Prospecção de Mercado - PMR - BrasilGlobalNet
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<strong>Prospecção</strong> <strong>de</strong> <strong>Mercado</strong> - <strong>PMR</strong><br />
Discriminação<br />
Número <strong>de</strong> série 0004<br />
1436/0004/2010<br />
Posto/SECOM SECOM PARIS<br />
Data <strong>de</strong> preenchimento julho 2010<br />
Código NCM 7117<br />
Descrição do produto<br />
Limite <strong>de</strong> valida<strong>de</strong><br />
Bijuterias<br />
País importador França<br />
Observações<br />
Responsável pela elaboração<br />
Função/Cargo<br />
E-mail<br />
Nome do arquivo <strong>PMR</strong>14346000410.PDF<br />
Aprovado por Conselheiro Pedro Scalisse<br />
Chefe do SECOM
Ì N D I C E<br />
Pág.<br />
1. I<strong>de</strong>ntificação do produto...........................................................................................04<br />
2. Histórico....................................................................................................................05<br />
3. Panorama mundial................................................................................................... 05<br />
3.1. Exportações...................................................................................................06<br />
3.2. Importações...................................................................................................07<br />
4. <strong>Mercado</strong> francês........................................................................................................08<br />
4.1. Produção ..................................................................................................... 09<br />
4.2. Exportações .................................................................................................10<br />
4.3. Importações .................................................................................................11<br />
4.4. Consumo aparente........................................................................................16<br />
5. Importações originárias do Brasil..............................................................................17<br />
6. Fatores relevantes que influenciam as importações.................................................20<br />
6.1. Tendência <strong>de</strong> mercado nos países fornecedores / concorrentes..................20<br />
6.2. Sistema <strong>de</strong> transportes..................................................................................20<br />
6.3. Padronização do produto importado, embalagem, rotulagem e <strong>de</strong>sign .......20<br />
6.4. Grau <strong>de</strong> informatização e nível tecnológico...................................................20<br />
7. Características do mercado.......................................................................................21<br />
7.1. Condicionantes da <strong>de</strong>manda por produtos fabricados localmente face os<br />
importados............................................................................................................21<br />
7.2. Preferência das consumidoras......................................................................21<br />
7.3. Perspectivas e tendências do mercado interno.............................................22<br />
8. Acesso ao <strong>Mercado</strong>...................................................................................................22<br />
8.1. Sistema tarifário aplicado ao produto importado...........................................22<br />
8.2. Base <strong>de</strong> imposição........................................................................................22<br />
8.3. Restrições tarifárias e não-tarifárias..............................................................22<br />
8.4. Normas e regulamentos................................................................................24<br />
8.5. Documentação e formalida<strong>de</strong>s no <strong>de</strong>sembaraço alfan<strong>de</strong>gário.....................24<br />
8.6. Regimes especiais <strong>de</strong> importação.................................................................24<br />
9. Estrutura <strong>de</strong> comercialização. ..................................................................................25<br />
9.1. Canais <strong>de</strong> distribuição. .................................................................................26<br />
9.2. Canais recomendados para a distribuição do produto brasileiro...................27<br />
9.3. Promoção <strong>de</strong> vendas e veículos publicitários................................................27<br />
9.4. Feiras e exposições.......................................................................................27<br />
9.5. Consultoria <strong>de</strong> marketing...............................................................................29<br />
9.6. Estudos <strong>de</strong> <strong>Mercado</strong>......................................................................................29<br />
9.7. Publicações edição em francês.....................................................................29<br />
10. Práticas comerciais.................................................................................................30<br />
2<br />
2
10.1. Características gerais do processo <strong>de</strong> negociação.....................................30<br />
10.2. Uso <strong>de</strong> catálogos e amostras......................................................................30<br />
10.3. Visitas e outras formas <strong>de</strong> contato..............................................................30<br />
10.4. Condições gerais dos contratos <strong>de</strong> importação...........................................30<br />
10.5. Seguros e frete............................................................................................30<br />
10.6. Desembaraço alfan<strong>de</strong>gário..........................................................................31<br />
10.7. Designação <strong>de</strong> agentes...............................................................................31<br />
10.8. Litígios e arbitragem....................................................................................31<br />
10.9. Métodos <strong>de</strong> pagamento (antecipado, à vista, carta <strong>de</strong> crédito, e outros)....31<br />
11. Comentários específicos sobre o produto brasileiro...............................................31<br />
11.1. Pontos fortes................................................................................................33<br />
11.2. Pontos fracos...............................................................................................33<br />
12. Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação com empresas brasileiras......................................33<br />
13. Principais empresas do ramo <strong>de</strong> bijuteria...............................................................33<br />
13.1. Principais ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas..........................................................................33<br />
13.2. Principais empresas no mercado francês...................................................33<br />
13.3. Principais atacadistas / importadores..........................................................37<br />
13.4. Principais lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento................................................................38<br />
13.5. Principais empresas especializadas em vendas por correspondência.......39<br />
13.6. Principais sítios na Internet, especializados em bijuteria............................39<br />
14. Associações e entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe no ramo <strong>de</strong> bijuteria........................................40<br />
15. Conclusões e recomendações gerais.....................................................................42<br />
3<br />
3
1. I<strong>de</strong>ntificação do produto<br />
O presente estudo tem como objetivo o conhecimento do mercado francês<br />
para artesanato, especificamente para artigos <strong>de</strong> bijuteria. Contudo, nas estatísticas<br />
encontradas constam também os produtos industrializados, não havendo no Sistema<br />
Harmonizado <strong>de</strong> Descrição e <strong>de</strong> Codificação <strong>de</strong> <strong>Mercado</strong>rias (SH) código específico<br />
para aqueles confeccionados artesanalmente.<br />
Os artigos <strong>de</strong> bijuteria compreen<strong>de</strong>m os seguintes códigos do SH, em seis<br />
dígitos, conforme publicado pela Organização Mundial do Comércio (OMC):<br />
• 7117.11 – Abotoaduras e outros botões, <strong>de</strong> metais comuns;<br />
• 7117.19 – Outras bijuterias <strong>de</strong> metais comuns;<br />
• 7117.90 – Outras bijuterias.<br />
Entretanto, os códigos aduaneiros das mercadorias constantes na tarifa da<br />
União Européia (Nomenclatura Combinada) e na do Brasil (Tarifa Externa Comum –<br />
TEC) possuem oito dígitos. A correlação dos códigos da Tarifa Integrada da<br />
Comunida<strong>de</strong> (TARIC) com os códigos da Nomenclatura Comum do MERCOSUL<br />
(NCM) é a seguinte:<br />
SH<br />
NOMENCL.<br />
COMBINADA<br />
7117.11 7117.11.00<br />
7117.19<br />
7117.19.10<br />
7117.19.91<br />
7117.19.99<br />
7117.90 7117.90.00<br />
DESCRIÇÃO NCM<br />
Abotoaduras e botões similares, em metais<br />
comuns, mesmo prateados, dourados ou<br />
platinados.<br />
Bijuterias <strong>de</strong> metais comuns, mesmo<br />
prateados, dourados ou platinados (exceto<br />
abotoaduras e outros botões).<br />
Bijuterias <strong>de</strong> metais comuns, mesmo<br />
prateados, dourados ou platinados (que não<br />
contenham partes <strong>de</strong> vidro, exceto<br />
abotoaduras e outros botões).<br />
Bijuterias <strong>de</strong> metais comuns, mesmo<br />
prateados, dourados ou platinados (que não<br />
contenham partes <strong>de</strong> vidro, não sejam<br />
prateados, dourados nem platinados, exceto<br />
abotoaduras e outros botões).<br />
Bijuterias (em outros metais comuns, mesmo<br />
prateados, dourados ou platinados).<br />
7117.11.00<br />
7117.19.00<br />
7117.90.00<br />
Conforme informações da tarifa brasileira - Tarifa Externa Comum (TEC) -, as<br />
bijuterias são consi<strong>de</strong>radas pequenos objetos <strong>de</strong> adorno pessoal. Por exemplo: anéis,<br />
braceletes ou pulseiras, colares, broches, brincos, correntes <strong>de</strong> relógio, berloques,<br />
pen<strong>de</strong>ntes, alfinetes ou pregadores <strong>de</strong> gravata, abotoaduras e artefatos semelhantes,<br />
medalhas e insígnias, religiosas ou outras. Não estão incluídos no grupo bijuterias<br />
artigos tais como pentes, travessas e semelhantes, assim como os grampos para<br />
cabelo.<br />
Os artigos <strong>de</strong> bijuterias po<strong>de</strong>m conter metais preciosos ou metais folheados<br />
ou chapeados <strong>de</strong> metais preciosos (plaquê) como guarnições ou acessórios, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
que utilizados em uma mínima quantida<strong>de</strong> e que não dêem muita importância à peça.<br />
4<br />
4
2. Histórico<br />
A valorização do artesanato como objeto <strong>de</strong> consumo passou a ser ao<br />
mesmo tempo uma garantia <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> da ativida<strong>de</strong> e também uma forma <strong>de</strong><br />
satisfação ao <strong>de</strong>sejo gerado na socieda<strong>de</strong> pós-industrial. Entre os elementos que<br />
contribuem para o crescimento dos artigos <strong>de</strong> artesanato está a moda. Como<br />
diferenciação social, os artigos <strong>de</strong> artesanato são usados principalmente pelas elites,<br />
que querem mostrar um nível <strong>de</strong> intelectualida<strong>de</strong> ou superiorida<strong>de</strong> cultural em relação<br />
aos outros grupos sociais. O artesanato serve como meio <strong>de</strong> legitimar a posição social<br />
e cultural dos indivíduos e grupos coletivos.<br />
Além disso, o uso <strong>de</strong> artigos artesanais revela uma pessoa politicamente<br />
correta, que está preocupada com o planeta, preocupação essa traduzida na idéia <strong>de</strong><br />
divisão social do trabalho e na reciclagem. O artigo artesanal é normalmente<br />
produzido por pessoas humil<strong>de</strong>s, principalmente mulheres, que acrescentam<br />
criativida<strong>de</strong> aos recursos naturais disponíveis ou <strong>de</strong> alguma forma recicla-os.<br />
O artesanato, por representar valores psicossociais e estéticos (<strong>de</strong> moda),<br />
possui singular importância entre os consumidores, e por isso a <strong>de</strong>manda por esses<br />
produtos é crescente a cada ano. As tendências <strong>de</strong> moda são veículos <strong>de</strong> divulgação,<br />
pois se apropriam <strong>de</strong> peças simbólicas adaptando-as às necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumo.<br />
Os gran<strong>de</strong>s estilistas <strong>de</strong> moda utilizam esses adornos nos seus mo<strong>de</strong>los, o que<br />
valoriza ainda mais o produto.<br />
Com relação aos artigos <strong>de</strong> bijuteria, po<strong>de</strong>-se dizer que foram usados<br />
inicialmente como amuletos <strong>de</strong> sorte para proteção pessoal. Por exemplo: medalhas,<br />
escapulários, cruzes, pulseiras com imagens <strong>de</strong> santos. O uso <strong>de</strong>sses artigos não<br />
fazia distinção <strong>de</strong> classe social, <strong>de</strong>sse modo tornou-se popular o uso <strong>de</strong> diferentes<br />
tipos <strong>de</strong> adornos feitos com materiais menos nobres por mulheres <strong>de</strong> todas as classes<br />
sociais.<br />
O valor da bijuteria está diretamente ligado à criativida<strong>de</strong> apresentada na<br />
peça. Quanto mais original, maior o reconhecimento. Atualmente são utilizados<br />
diferentes materiais na sua criação, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os metais comuns (prateados, dourados<br />
que imitam jóias), até pedras semipreciosas, sementes, tecidos, crochê, resinas, papel<br />
e uma infinida<strong>de</strong> <strong>de</strong> outras matérias-primas.<br />
3. Panorama mundial<br />
Os principais produtores mundiais <strong>de</strong> bijuteria são China e Hong Kong. Por<br />
seu gran<strong>de</strong> volume <strong>de</strong> produção, baixo custo <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra e por sua originalida<strong>de</strong><br />
aos olhos oci<strong>de</strong>ntais, os produtos provenientes <strong>de</strong>sses países invadiram todos os<br />
mercados compradores.<br />
Entretanto, vale assinalar que os consumidores <strong>de</strong>sses produtos não sentem<br />
orgulho no seu uso. A tendência atual dos gran<strong>de</strong>s compradores internacionais é,<br />
cada vez mais, escolher produtos provenientes <strong>de</strong> países em <strong>de</strong>senvolvimento que<br />
possuam uma certificação <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> no que diz respeito às normas ambientais e<br />
sociais.<br />
5<br />
5
3.1. Exportações<br />
As exportações mundiais <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria apresentaram expressivos<br />
crescimentos nos últimos anos. Entre 2005 e 2009, conforme estatísticas da<br />
UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map, as vendas expandiram quase 6% ao ano, evoluindo <strong>de</strong> US$<br />
4,5 bilhões, para US$ 5,5 bilhões.<br />
Vale notar que os valores mantiveram-se crescentes em todos os anos do<br />
qüinqüênio, mostrando o melhor <strong>de</strong>sempenho em 2005, aquecimento <strong>de</strong> 17% em<br />
relação a 2004. Em 2009, as vendas mundiais mostraram discreto aquecimento da<br />
or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 1,8%, conforme po<strong>de</strong> ser observado na tabela a seguir:<br />
Exportações mundiais<br />
<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, 2005-2009<br />
(US$ milhões, fob)<br />
Ano Valor Var. %<br />
2005 4.452 16,7%<br />
2006 4.487 0,8%<br />
2007 5.033 12,2%<br />
2008 5.420 7,7%<br />
2009 5.520 1,8%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
Dentro do grupo <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, o item que mais se <strong>de</strong>stacou foi o <strong>de</strong><br />
“outras bijuterias <strong>de</strong> metais comuns” (código SH: 7117.19), cujos valores<br />
representaram mais <strong>de</strong> 70% do total do grupo, passando <strong>de</strong> US$ 3,3 bilhões em 2005,<br />
para US$ 3,8 bilhões em 2009.<br />
Em 2008, as vendas mundiais <strong>de</strong> bijuterias foram distribuídas entre os<br />
seguintes itens: “outras bijuterias <strong>de</strong> metais comuns” - código SH 7117.19 – (70%);<br />
“outras bijuterias” - código SH: 7117.90 – (27%); e “abotoaduras e outros botões, <strong>de</strong><br />
metais comuns” – código SH 7117.11 – (3%).<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
Exportações mundiais <strong>de</strong> bijuterias,<br />
por principais produtos, 2008<br />
6<br />
6
No tocante aos principais exportadores mundiais, observa-se que os países<br />
asiáticos são responsáveis por mais da meta<strong>de</strong> das vendas mundiais <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong><br />
bijuteria. Somente China e Hong Kong respon<strong>de</strong>ram por mais <strong>de</strong> 1/3 das vendas<br />
mundiais nos últimos anos.<br />
Em 2009, por exemplo, China e Hong Kong respon<strong>de</strong>ram, em conjunto, por<br />
aproximadamente 34% das exportações mundiais. Em seguida aparecem os seguintes<br />
países: Áustria (8%); França (5%); Itália (4%); Tailândia (4%) e Estados Unidos (4%).<br />
Principais exportadores mundiais<br />
<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, 2009<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
A participação brasileira no mercado mundial <strong>de</strong> bijuterias ainda é pouco<br />
expressiva diante da potencialida<strong>de</strong>. Em 2009, a bijuteria brasileira respon<strong>de</strong>u por<br />
apenas 0,3% da oferta mundial, registrando exportações da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> US$ 18 milhões.<br />
3.2. Importações<br />
As importações mundiais <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria experimentaram sucessivos<br />
incrementos em todo o intervalo entre 2005 e 2009, exceto em 2009, quando<br />
mostraram <strong>de</strong>saceleração em torno <strong>de</strong> 19%. Em valores, as compras mundiais<br />
passaram <strong>de</strong> US$ 5,2 bilhões, para US$ 5,6 bilhões.<br />
Importações mundiais<br />
<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, 2005-2009<br />
(US$ milhões, fob)<br />
Ano Total Var. %<br />
2005 5.150 30,0%<br />
2006 5.706 10,8%<br />
2007 6.441 12,9%<br />
2008 6.945 7,8%<br />
2009 5.608 -19,3%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
7<br />
7
Dentro do grupo <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria o que mais se <strong>de</strong>stacou foi o <strong>de</strong><br />
“outras bijuterias <strong>de</strong> metais comuns”, cujos valores representaram mais <strong>de</strong> 65% do<br />
total das compras mundiais.<br />
No que se refere à origem das importações mundiais <strong>de</strong> bijuterias, conforme<br />
estatísticas da UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map, os Estados Unidos são historicamente o<br />
principal comprador, responsável por quase ¼ da <strong>de</strong>manda global. Os dados <strong>de</strong> 2009<br />
mostram que o país absorveu 27% das importações totais, seguido do Reino Unido<br />
(9%); Alemanha (9%); França (8%); Itália (5%); Hong Kong (5%); e Áustria (5%).<br />
4. <strong>Mercado</strong> francês<br />
Principais importadores mundiais<br />
<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, 2009<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
Enquete anual realizada pelo Comitê Professionnel <strong>de</strong> Dévelopement <strong>de</strong><br />
l’Horlogerie, <strong>de</strong> la Bijuterie, <strong>de</strong> la Joaillerie et <strong>de</strong> l’Orfèvrerie (CPDHBJO) indicou as<br />
seguintes tendências dos artigos <strong>de</strong> bijuteria e jóias no mercado para 2009:<br />
Em alta Em baixa<br />
Deslocamento da produção francesa <strong>de</strong><br />
peças em ouro para países com mão-<strong>de</strong>obra<br />
mais barata. Hoje mais <strong>de</strong> 43% são<br />
produzidos fora da França.<br />
Exportações <strong>de</strong> jóias trabalhadas em<br />
ouro, prata ou banhadas a ouro ou prata<br />
Bijuteria artesanal trabalhada com<br />
elementos naturais, em tons prateados –<br />
crescimento <strong>de</strong> 2%. Números <strong>de</strong> fabricantes<br />
Bijuteria fina trabalhada em prata com ou<br />
sem pedras preciosas ou semipreciosas<br />
Bijuterias sem metais na sua elaboração<br />
8<br />
8
Conforme mostra o gráfico a seguir, 56% da produção francesa <strong>de</strong> bijuteria,<br />
joalheria e ourivesaria são <strong>de</strong>stinadas ao mercado interno, o restante é exportado,<br />
sendo 35% para terceiros países e 9% para a União Européia.<br />
4.1. Produção<br />
Fonte: Bulletin Economique et Statistique CPDHBJO.<br />
Conforme estatísticas do Comitê Professionnel <strong>de</strong> Dévelopement <strong>de</strong><br />
l’Horlogerie, <strong>de</strong> la Bijuterie, <strong>de</strong> la Joaillerie et <strong>de</strong> l’Orfèvrerie (CPDHBJO), a produção<br />
francesa <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria <strong>de</strong> fantasia apresentou <strong>de</strong>créscimos sucessivos nos<br />
últimos quinze anos. Em média, a produção recuou cerca <strong>de</strong> 4% ao ano, passando <strong>de</strong><br />
334 milhões <strong>de</strong> euros em 1995, para 192 milhões <strong>de</strong> euros em 2009.<br />
Esse é um fenômeno recorrente no mercado francês em diversos setores, o<br />
custo da mão-<strong>de</strong>-obra cresceu significativamente, levando à terceirização da produção<br />
para países que oferecem custos mais baixos. O mercado permaneceu apenas com a<br />
fabricação <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> alto luxo, que exigem mão-<strong>de</strong>-obra especializada e agilida<strong>de</strong><br />
para atendimento da <strong>de</strong>manda.<br />
A planilha a seguir mostra a <strong>de</strong>saceleração da produção francesa <strong>de</strong> artigos<br />
<strong>de</strong> bijuteria, joalheria e ourivesaria da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 7%, entre 2005 e 2009. O volume<br />
produzido passou <strong>de</strong> 1,7 bilhões <strong>de</strong> euros para 1,6 bilhões <strong>de</strong> euros. Em contrapartida,<br />
mostra o bom <strong>de</strong>sempenho das trocas internacionais com crescimento <strong>de</strong> 19% nas<br />
exportações e <strong>de</strong> 10% nas importações.<br />
Produção francesa <strong>de</strong> artigos<br />
<strong>de</strong> bijuteria, joalheria e ourivesaria, 2005-2009<br />
(Em milhões <strong>de</strong> Euros)<br />
Descrição 2005 2006 2007 2008 2009 Var. %<br />
Produção<br />
Exportação<br />
Importação<br />
1.695<br />
1.295<br />
1.607<br />
1.905<br />
1.540<br />
1.741<br />
Fonte: Bulletin Economique et Statistique CPDHBJO.<br />
1.835<br />
1.644<br />
1.972<br />
1.888<br />
1.801<br />
2.062<br />
1.577 -7,0%<br />
1.538 18,8%<br />
1.771 10,2%<br />
9<br />
9
No que se refere ao número <strong>de</strong> fabricantes, os dados do CPDHBJO indicam<br />
<strong>de</strong>créscimo ao longo dos anos. Entre 2005 e 2009, por exemplo, registrou-se<br />
<strong>de</strong>saquecimento médio <strong>de</strong> 4% ao ano, passando <strong>de</strong> 3.375 para 2.885<br />
estabelecimentos.<br />
No tocante ao faturamento do mercado <strong>de</strong> bijuterias, observa-se<br />
<strong>de</strong>saquecimento na <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> 2009, em torno <strong>de</strong> 15%. Com queda em todos os<br />
itens, exceto medalhas contendo metais comuns, cujas vendas expandiram em 3%.<br />
<strong>Mercado</strong> francês:<br />
faturamento do mercado <strong>de</strong> bijuterias, 2008-2009<br />
(Em milhões <strong>de</strong> euros)<br />
Descrição 2008 2009 Var.%<br />
Total <strong>de</strong> bijuteria 204,3 173,2 -15%<br />
Bijuteria <strong>de</strong> metais comuns 136,2 117,1 -14%<br />
Abotoaduras 15,6 11,0 -29%<br />
Medalhas contendo metais comuns 7,3 7,5 3%<br />
Bijuterias <strong>de</strong> outros materiais 45,2 37,6 -17%<br />
Fonte: Bulletin Economique et Statistique do CPDHBJO.<br />
As vendas no mercado francês <strong>de</strong> jóias e bijuterias apresentaram mudanças<br />
estruturais nos últimos anos. Como po<strong>de</strong> ser constatado na planilha a seguir, o<br />
número <strong>de</strong> consumidores <strong>de</strong> jóias em ouro e prata caiu, dando lugar à bijuteria. Em<br />
2005, por exemplo, cerca <strong>de</strong> 1/3 das vendas referiam-se àquelas confeccionadas em<br />
ouro, em 2009 esse número <strong>de</strong>cresceu para 21%. Em contrapartida, as vendas <strong>de</strong><br />
bijuteria, que representavam 45% do total em 2005, saltaram para 48% em 2009.<br />
A planilha a seguir mostra também que o número <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> jóias e<br />
bijuterias vendidas no mercado francês, pouco modificou nos últimos cinco anos. Aliás,<br />
foi o mesmo em 2005 e 2009: 66 milhões <strong>de</strong> peças.<br />
Distribuição das vendas <strong>de</strong> jóias e bijuterias no mercado francês,<br />
por principais produtos, 2005-2009<br />
Descrição 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Bijuteria 44,8% 44,8% 47,0% 48,5% 48,2%<br />
Prata 23,7% 25,0% 24,8% 25,4% 27,2%<br />
Ouro 25,3% 24,1% 22,3% 20,5% 19,4%<br />
Folheadas 6,2% 6,1% 5,9% 5,6% 5,2%<br />
Milhões <strong>de</strong> peças 66 64 66 65 66<br />
Fonte: Bulletin Economique et Statistique do CPDHBJO.<br />
No tocante ao consumo, por item, as vendas <strong>de</strong> bijuterias apresentaram-se<br />
concentradas em colares e pulseiras, cuja participação conjunta somou 54% do total<br />
10<br />
10
das vendas. Em seguida, <strong>de</strong>stacaram anéis (26%) e outros itens (20%), conforme<br />
mostra o gráfico a seguir:<br />
Outros<br />
20,1%<br />
Colares<br />
27,7%<br />
Anéis<br />
25,6% Pulseiras<br />
26,6%<br />
Fonte: Bulletin Economique et Statistique CPDHBJO.<br />
Quanto às regiões com maior volume <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, a Ile<br />
<strong>de</strong> France concentra cerca <strong>de</strong> 35% do consumo, seguida <strong>de</strong> Rhône-Alpes (21%);<br />
Franche-Comté (7%); Alsace (6%); Picardine (4%) e Provence-Alpes-Côte d’Azur<br />
(4%).<br />
4.2. Exportações<br />
Vendas <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> joalheria e <strong>de</strong> bijuteria,<br />
por principais regiões, 2008-2009<br />
(milhões <strong>de</strong> euros)<br />
Região 2008 2009 Var. %<br />
Ile <strong>de</strong> France 3.532 2.768 -21,6%<br />
Rhône-Alpes 1.947 1.657 -14,9%<br />
Franche-Comté 548 536 -2,2%<br />
Alsace 549 453 -17,5%<br />
Picardie 341 308 -9,7%<br />
Provence-Alpes-Côte d'Azur 389 298 -23,4%<br />
Outras regiões 2.034 1.818 -10,6%<br />
Fonte: Bulletin Economique et Statistique CPDHBJO.<br />
As vendas francesas <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria apresentaram crescimentos<br />
sucessivos no último qüinqüênio <strong>de</strong> 2005-2009, conforme estatísticas da<br />
UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map. Nesse intervalo, somente houve retração em 2009, quando<br />
os reflexos da crise internacional baixaram as exportações em 17%, em relação ao<br />
resultado alcançado em 2008. As vendas francesas evoluíram <strong>de</strong> US$ 254 milhões em<br />
2005, para US$ 298 milhões em 2009.<br />
11<br />
11
Exportações francesas<br />
<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, 2005-2009<br />
(US$ milhões)<br />
Ano Valor Var. %<br />
2005 253,9 16,5%<br />
2006 289,4 14,0%<br />
2007 317,0 9,5%<br />
2008 357,7 12,8%<br />
2009 297,7 -16,8%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
No âmbito mundial, a França é o quarto maior exportador <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong><br />
bijuteria, respon<strong>de</strong>ndo por aproximadamente 5,4% do mercado mundial. Entretanto,<br />
esses produtos são pouco representativos no âmbito da pauta <strong>de</strong> exportação francesa,<br />
representando apenas 0,1% do total. Dentro do grupo <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, o item<br />
<strong>de</strong> maior importância é o <strong>de</strong> “bijuterias <strong>de</strong> metais comuns”. Em 2009 representou cerca<br />
<strong>de</strong> 74% do total exportado, seguido <strong>de</strong> “bijuterias em outros metais comuns” (25%) e<br />
“abotoaduras e outros botões <strong>de</strong> metais comuns” (1%).<br />
4.3. Importações<br />
Exportações francesas<br />
<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, 2009<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
A França figura também como o quarto principal importador <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong><br />
bijuteria. Em 2009 respon<strong>de</strong>u por 8,1% da <strong>de</strong>manda mundial. Entre 2005 e 2008 as<br />
compras francesas mostraram expressivo crescimento médio da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 10,6% ao<br />
ano, evoluindo <strong>de</strong> US$ 336 milhões, para US$ 486 milhões. Em 2009, contudo, as<br />
compras experimentaram <strong>de</strong>saceleração em torno <strong>de</strong> 6%, totalizando em US$ 455<br />
milhões.<br />
12<br />
12
Importações francesas<br />
<strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, 2005-2009<br />
(US$ milhões)<br />
Ano Total Var. %<br />
2005 336,4 31,1%<br />
2006 363,5 8,1%<br />
2007 419,9 15,5%<br />
2008 485,8 15,7%<br />
2009 455,3 -6,3%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
Quanto aos itens mais expressivos das compras francesas, observa-se que<br />
as “bijuterias <strong>de</strong> metais comuns” também representaram percentual significativo nas<br />
compras francesas. Em 2009 foram responsáveis por 79% do total, seguidas das<br />
“bijuterias <strong>de</strong> outros metais comuns”, com 20%; e “abotoaduras e outros botões <strong>de</strong><br />
metais comuns”, com 1%.<br />
Importações francesas <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria,<br />
por principais itens, 2009<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
Os principais fornecedores <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria ao mercado francês são os<br />
países asiáticos, principalmente China e Tailândia. Em 2009, esses dois países<br />
respon<strong>de</strong>ram, em conjunto, por 51% <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda francesa. Entretanto, as tendências<br />
do mercado indicam queda em torno <strong>de</strong> 10% do produto asiático e a preferência do<br />
consumidor está mais ligada aos novos materiais, principalmente aqueles ligados à<br />
reciclagem. Tem também <strong>de</strong>staque nas compras francesas a Alemanha, com 13% da<br />
<strong>de</strong>manda, seguida da Itália (8%); Áustria (7%) e Índia (3%).<br />
13<br />
13
Principais fornecedores <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria,<br />
2009<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map..<br />
O Brasil apresenta participação pouco significativa diante das suas<br />
potencialida<strong>de</strong>s. O artesanato brasileiro tem gran<strong>de</strong> aceitação no mercado, mas é<br />
pouco conhecido. Ações no sentido <strong>de</strong> divulgar os produtos brasileiros são<br />
comprovadamente benéficas. Em 2005, por exemplo, ano <strong>de</strong> comemoração do Brasil<br />
na França, várias ativida<strong>de</strong>s foram realizadas e as vendas brasileiras <strong>de</strong> vários<br />
produtos cresceram.<br />
A seguir uma análise <strong>de</strong>talhada do comportamento, por item que compõe o<br />
grupo <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria:<br />
• 7117.11 - Abotoaduras e outros botões, <strong>de</strong> metais comuns<br />
Conforme estatísticas da UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map, a China é a principal<br />
fornecedora do item à França. Em 2009, respon<strong>de</strong>u por 29% da <strong>de</strong>manda francesa,<br />
seguida do Reino Unido (24%); Alemanha (16%); Itália (13%); e Suíça (7%). As<br />
exportações brasileiras para a França foram pouco significativas, totalizando em 2009<br />
apenas US$ 3,7 mil.<br />
Principais exportadores <strong>de</strong> “abotoaduras e<br />
outros botões, <strong>de</strong> metais comuns” para a França, 2009<br />
(US$ milhões)<br />
País Valor Part. %<br />
China 1,3 28,9%<br />
Reino Unido 1,1 24,4%<br />
Alemanha 0,7 15,6%<br />
Itália 0,6 13,3%<br />
Suíça 0,3 6,7%<br />
Subtotal 4,0 88,9%<br />
Outros países 0,5 11,1%<br />
14<br />
14
Total 4,5 100,0%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
• 7117.19 – bijuterias <strong>de</strong> metais comuns<br />
A posição tarifária correspon<strong>de</strong> ao código NCM 7117.19.00 e a três códigos<br />
na TARIC. São eles:<br />
a) 7117.19.10 – bijuterias <strong>de</strong> metais comuns, mesmo prateados, dourados ou<br />
platinados (exceto abotoaduras e outros botões);<br />
b) 7117.19.91 – Bijuterias <strong>de</strong> metais comuns, mesmo prateados, dourados ou<br />
platinados (que não contenham partes <strong>de</strong> vidro, exceto abotoaduras e outros<br />
botões);<br />
c) 7117.19.99 - Bijuterias <strong>de</strong> metais comuns, mesmo prateados, dourados ou<br />
platinados (que não contenham partes <strong>de</strong> vidro, não sejam prateados,<br />
dourados nem platinados, exceto abotoaduras e outros botões).<br />
“Bijuterias <strong>de</strong> metais comuns” constituem o item mais importante do grupo <strong>de</strong><br />
artigos <strong>de</strong> bijuteria, representando mais <strong>de</strong> 75% das compras francesas <strong>de</strong> bijuteria.<br />
Entre 2005 e 2009, as importações mostraram expressivo crescimento médio <strong>de</strong> 7,8%<br />
ao ano, evoluindo <strong>de</strong> US$ 264,6 milhões para US$ 358,2 milhões.<br />
Os países asiáticos também figuram como principais fornecedores à França.<br />
Em 2009, China, Tailândia, Índia, Coréia do Sul e Hong Kong respon<strong>de</strong>ram por<br />
aproximadamente 55% das compras francesas do produto.<br />
Individualmente, a China apareceu como principal fornecedora ao mercado<br />
francês, responsável por mais <strong>de</strong> 36% das compras francesas. Vale notar que em<br />
2006, essa participação era <strong>de</strong> 42%, o que comprova a <strong>de</strong>saceleração no crescimento<br />
dos produtos chineses. Em 2009, os principais exportadores para a França foram:<br />
China (36%); Alemanha (16%); Tailândia (14%); Áustria (9%); Itália (8%); e Suíça<br />
(2%). O Brasil ocupou, nesse ano, a 29ª posição, absorvendo 0,1% da <strong>de</strong>manda<br />
francesa.<br />
Principais exportadores <strong>de</strong> “bijuterias<br />
<strong>de</strong> metais comuns” para a França, 2009<br />
(US$ milhões)<br />
País Valor Part. %<br />
China 129,0 36,0%<br />
Alemanha 55,5 15,5%<br />
Tailândia 48,9 13,7%<br />
Áustria 32,8 9,2%<br />
Itália 29,0 8,1%<br />
Suíça 7,7 2,1%<br />
República da Coréia 7,6 2,1%<br />
Índia 7,1 2,0%<br />
Hong Kong 5,5 1,5%<br />
Subtotal 323,1 90,2%<br />
15<br />
15
Outros países 35,1 9,8%<br />
Total 358,2 100,0%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
• 7117.90 – Outras bijuterias<br />
Esse item representa aproximadamente 20% das compras francesas <strong>de</strong><br />
artigos <strong>de</strong> bijuteria. Apresentou crescimento médio da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 7,8% ao ano,<br />
passando <strong>de</strong> US$ 69 milhões em 2005, para US$ 93 milhões em 2009.<br />
Os principais exportadores para o mercado francês em 2009 foram: China<br />
(57%); Itália (7%); Índia (5%); República da Coréia (4%); Filipinas (3%); e Hong Kong<br />
(3%). O Brasil ocupou, nesse ano, a 17ª posição, com aproximadamente 1% da<br />
<strong>de</strong>manda francesa.<br />
Principais exportadores <strong>de</strong><br />
“outras bijuterias” para a França, 2009<br />
4.4. Consumo aparente<br />
(US$ milhões)<br />
País Valor Part. %<br />
China 52,2 56,6%<br />
Itália 6,1 6,6%<br />
Índia 4,6 5,0%<br />
República da<br />
Coréia<br />
3,2<br />
3,5%<br />
Filipinas 2,6 2,8%<br />
Hong Kong 2,3 2,5%<br />
Bélgica 1,6 1,7%<br />
Tailândia 1,4 1,5%<br />
Países Baixos 1,2 1,3%<br />
Subtotal 75,2 81,5%<br />
Outros países 17,1 18,5%<br />
Total 92,3 100,0%<br />
Fonte: UNCTAD/ITC/Tra<strong>de</strong>map.<br />
O consumo aparente, medido pela soma da produção e importações<br />
menos exportações (produção + importação – exportação), totalizou em 2009<br />
aproximadamente 1,8 bilhões <strong>de</strong> euros, conforme estatísticas do Comitê Professionnel<br />
<strong>de</strong> Dévelopement <strong>de</strong> l’Horlogerie, <strong>de</strong> la Bijuterie, <strong>de</strong> la Joaillerie et <strong>de</strong> l’Orfèvrerie<br />
(CPDHBJO).<br />
A equação apresentou-se da seguinte forma, em 2009:<br />
- Produção: 1.577 milhões <strong>de</strong> euros<br />
- Importação: 1.538 milhões <strong>de</strong> euros<br />
16<br />
16
- Exportação: 1.771 milhões <strong>de</strong> euros<br />
Consumo aparente = 1.810 milhões <strong>de</strong> euros<br />
Quanto às mudanças no comportamento do consumidor francês, pesquisas<br />
mostram que as importações do setor sofreram importantes variações na sua<br />
procedência, nos últimos anos. As importações originárias dos países em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento estão mais aceleradas, combinando arrojados <strong>de</strong>signs e novos<br />
materiais.<br />
A planilha a seguir mostra essas variações na origem das importações<br />
francesas. Nota-se que, se comparados 2008 e 2009, observa-se <strong>de</strong>créscimo no<br />
consumo dos produtos franceses e dos vizinhos da União Européia, em contraposição<br />
ao dos outros países.<br />
Origem dos artigos <strong>de</strong> bijuteria no mercado francês,<br />
2008-2009<br />
5. Importações originárias do Brasil<br />
País 2008 2009<br />
França 32,5% 29,4%<br />
Áustria 5,9% 5,2%<br />
Outros países da EU 19,5% 18,4%<br />
China 27,1% 28,3%<br />
Outros países 15,0% 18,7%<br />
Fonte: Bulletin Economique et Statistique CPDHBJO.<br />
As importações francesas <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria provenientes do Brasil<br />
experimentaram expressivos crescimentos no <strong>de</strong>cênio <strong>de</strong> 2000-2009. Em média, os<br />
valores expandiram em 50,5% ao ano, passando <strong>de</strong> US$ 28 mil, para US$ 1,1 milhão<br />
em 2009. Vale notar que, no contexto da crise internacional iniciada em fins <strong>de</strong> 2008,<br />
as vendas brasileiras apresentaram <strong>de</strong>créscimo da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 25% em 2009, o que<br />
representou baixa em torno <strong>de</strong> US$ 366 mil.<br />
No primeiro semestre <strong>de</strong> 2010, as exportações brasileiras <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong><br />
bijuteria ainda refletiram o cenário da crise, com <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> 13% em relação a<br />
janeiro-junho <strong>de</strong> 2009. Essa queda tem conseqüências maiores, uma vez que o ano<br />
<strong>de</strong> 2009 foi marcado pelo auge da crise, que já indicava <strong>de</strong>saquecimento.<br />
Exportações brasileiras <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria para a França,<br />
2000-2009 e 2010(janeiro-junho)<br />
(US$ mil fob)<br />
Ano Total Var. %<br />
2000 28 211,1%<br />
2001 40 42,9%<br />
2002 105 162,5%<br />
2003 233 121,9%<br />
17<br />
17
2004 444 90,6%<br />
2005 1.071 141,2%<br />
2006 1.039 -3,0%<br />
2007 1.160 11,6%<br />
2008 1.474 27,1%<br />
2009 1.108 -24,8%<br />
2010(jan-jun) 448 -13,3%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
No que se refere à composição do grupo <strong>de</strong> bijuterias, observa-se que o item<br />
“outras bijuterias” – NCM 7117.90.00 – representa a quase totalida<strong>de</strong> das vendas<br />
brasileiras para a França, responsável por mais <strong>de</strong> 75% do total nos últimos <strong>de</strong>z anos.<br />
Em 2009, 86% das vendas brasileiras <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria foram referentes a “outras<br />
bijuterias” e 13,5% a “outras bijuterias <strong>de</strong> metais comuns”, conforme mostra o gráfico a<br />
seguir:<br />
7117.90<br />
86,1%<br />
7117.11<br />
0,3%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
7117.19<br />
13,5%<br />
O comportamento dos itens “outras bijuterias” e “outras bijuterias <strong>de</strong> metais<br />
comuns” nos últimos <strong>de</strong>z anos, foi o seguinte:<br />
• Outras bijuterias – NCM 7117.90.00<br />
O presente item representou a quase totalida<strong>de</strong> do grupo e foi responsável<br />
pelo bom <strong>de</strong>sempenho mostrado nos últimos anos. Entre 2000 e 2009 o crescimento<br />
médio alcançado foi da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 49,2% ao ano, quando os valores evoluíram <strong>de</strong> US$<br />
26 mil, para US$ 955 mil. Os anos que apresentaram maiores crescimentos foram<br />
2000 (249%); 2002 (140%); 2003 (176%); e 2005 (134%).<br />
Em 2009, a França posicionou-se como segundo maior <strong>de</strong>stino das vendas<br />
brasileiras <strong>de</strong> outras bijuterias, após Estados Unidos, respon<strong>de</strong>ndo por cerca <strong>de</strong> 18%<br />
da oferta exportadora brasileira.<br />
18<br />
18
Exportações brasileiras para a França <strong>de</strong> “outras bijuterias”,<br />
2000-2009 e 2010(janeiro-junho)<br />
(US$ mil, fob)<br />
Ano Total Var. %<br />
2000 26 248,6%<br />
2001 33 26,7%<br />
2002 78 139,8%<br />
2003 216 175,9%<br />
2004 387 79,1%<br />
2005 908 134,4%<br />
2006 906 -0,2%<br />
2007 1.018 12,4%<br />
2008 1.330 30,6%<br />
2009 955 -28,2%<br />
2010(jan-jun) 357 -23,1%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
• Outras bijuterias <strong>de</strong> metais comuns (NCM 7117.19.00)<br />
As vendas brasileiras <strong>de</strong> “outras bijuterias <strong>de</strong> metais comuns”, no <strong>de</strong>cênio<br />
2000-2009, foram marcadas por crescimentos em todo o intervalo, exceto em 2003<br />
(40%) e 2006 (18%). Mesmo a partir <strong>de</strong> 2008, com a crise econômica internacional, as<br />
vendas apresentaram crescimentos, ainda que discretos. Em valores, as vendas<br />
brasileiras para a França passaram <strong>de</strong> US$ 3 mil em 2000, para US$ 150 mil em 2009.<br />
Isso representa incremento médio da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 54% ao ano.<br />
Exportações brasileiras para a França <strong>de</strong><br />
“outras bijuterias <strong>de</strong> metais comuns”, 2000-2009 e 2010(janeiro-junho)<br />
(US$ mil, fob)<br />
Ano Total Var. %<br />
2000 2,5 31,6%<br />
2001 7,5 200,0%<br />
2002 27,1 261,3%<br />
2003 16,4 -39,5%<br />
2004 56,3 243,3%<br />
2005 162,8 189,2%<br />
2006 133,1 -18,2%<br />
2007 137,8 3,5%<br />
2008 142,2 3,2%<br />
2009 149,8 5,3%<br />
2010(jan-jun) 90,2 69,6%<br />
Fonte: MDIC/SECEX/Aliceweb.<br />
19<br />
19
6. Fatores relevantes que influenciam as importações<br />
Os principais fatores que influenciam as importações são:<br />
• produto similar a preço mais baixo;<br />
• produto inovador.<br />
Tratando-se <strong>de</strong> um acessório <strong>de</strong> moda como a bijuteria, a inovação parece ter<br />
maior peso. Todos os canais <strong>de</strong> distribuição estão em busca <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s e <strong>de</strong><br />
produtos diferenciados.<br />
6.1.Tendência <strong>de</strong> mercado nos paises fornecedores / concorrentes<br />
Os principais países concorrentes do Brasil no mercado francês são China e<br />
Hong Kong. A situação atual interna nesses países é <strong>de</strong> plena expansão econômica e<br />
se diferenciam do Brasil pela produção em larga escala e pela distribuição<br />
internacional <strong>de</strong> seus produtos. Esses fatores, aliados à gran<strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>obra,<br />
são as principais explicações dos preços muito baixos.<br />
6.2. Sistema <strong>de</strong> transportes<br />
O sistema <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> mercadorias francês (rodoviário, ferroviário e<br />
aéreo) cobre todo o território. A maioria das empresas gradua suas tarifas para<br />
entrega em 24, 48 ou 72 horas.<br />
6.3. Padronização do produto importado, embalagem, rotulagem e <strong>de</strong>sign<br />
Um selo <strong>de</strong> procedência que indique quem e o local on<strong>de</strong> a peça foi<br />
produzida representa também uma forma <strong>de</strong> agregação <strong>de</strong> valor. Conhecer a origem<br />
da peça <strong>de</strong> artesanato é <strong>de</strong> fundamental importância. Do mesmo modo, uma<br />
embalagem bem planejada e produzida po<strong>de</strong> fazer toda a diferença. Para valorizar o<br />
artesanato é necessária uma correta estratégia <strong>de</strong> marketing, aliada a um eficiente e<br />
direcionado planejamento promocional, além do <strong>de</strong>sign das embalagens e dos<br />
materiais <strong>de</strong> apoio.<br />
Um artesanato <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ter uma clara i<strong>de</strong>ntificação com sua origem<br />
impressa nas cores, nas texturas, nas marcas <strong>de</strong>ixadas pelas mãos dos artesãos em<br />
cada peça.<br />
6.4. Grau <strong>de</strong> informatização e nível tecnológico<br />
Nos circuitos <strong>de</strong> distribuição mais estruturados como as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas,<br />
lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento e supermercados, as peças são etiquetadas com código <strong>de</strong><br />
barra.<br />
Referindo-se à fabricação, existem empresas prestadoras <strong>de</strong> serviços que<br />
fazem a maquete em 3D, partindo do esboço do cliente até o mol<strong>de</strong> em resina ou cera.<br />
Isso permite ao pequeno artesão beneficiar-se <strong>de</strong> alta tecnologia sem investimentos<br />
em equipamentos ou conhecimentos técnicos.<br />
7. Características do mercado<br />
A bijuteria é <strong>de</strong>nominada em francês <strong>de</strong> “bijuteria fantasia”. Essa <strong>de</strong>finição é<br />
em oposição à bijuteria <strong>de</strong> metais ou pedras preciosas ou semipreciosas. O termo<br />
“fantasia” induz prazer, supérfluo, por conseqüência o ato <strong>de</strong> compra é mais<br />
20<br />
20
<strong>de</strong>scompromissado. As compras <strong>de</strong> bijuterias fantasia são feitas pelas próprias<br />
consumidoras e com mais freqüência (diferente da jóia ou semi-jóia que raramente o<br />
ato <strong>de</strong> compra apresenta-se impulsivo), e a maioria das aquisições é para presente.<br />
O mercado francês <strong>de</strong> bijuteria é dinâmico, mas difícil <strong>de</strong> conquistar em razão<br />
da sua gran<strong>de</strong> fragmentação. Esse mercado se diferencia do mercado <strong>de</strong> jóias pela<br />
sua heterogeneida<strong>de</strong>, tanto das matérias-primas utilizadas para a fabricação das<br />
peças, quanto pelos diversos canais <strong>de</strong> distribuição que vão do salão <strong>de</strong> beleza à loja<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>coração ou <strong>de</strong> vestuário.<br />
As butiques que trabalham exclusivamente com bijuterias representam em<br />
torno <strong>de</strong> 1/3 do volume do mercado. As aberturas <strong>de</strong> butiques exclusivas são tão<br />
freqüentes quanto os encerramentos. De acordo com os dados divulgados pela<br />
Société 5 (quadro a seguir), o mercado <strong>de</strong> bijuteria apresentou <strong>de</strong>saquecimento nos<br />
últimos anos, passando <strong>de</strong> 3,96 bilhões <strong>de</strong> euros em 2001, para 3,80 bilhões <strong>de</strong> euros<br />
em 2009.<br />
<strong>Mercado</strong> francês <strong>de</strong> jóias e bijuterias, 2001 / 2003 / 2005-2009<br />
Descrição 2001 2003 2005 2006 2007 2008 2009<br />
Bijuteria 8,7% 11,0% 44,8% 44,8% 47,0% 48,5% 48,2%<br />
Prata 7,6% 11,4% 23,7% 25,0% 24,8% 25,4% 27,2%<br />
Ouro 80,2% 72,9% 25,3% 24,1% 22,3% 20,5% 19,4%<br />
Folheadas 3,5% 4,7% 6,2% 6,1% 5,9% 5,6% 5,2%<br />
Total (milhões <strong>de</strong> Euros) 3.964 3.852 3.882 3.876 3.971 3.871 3.803<br />
Fonte: Société 5.<br />
7.1. Condicionantes da <strong>de</strong>manda por produtos fabricados localmente face aos<br />
importados<br />
Ainda existem pequenos artesãos oferecendo linhas <strong>de</strong> produtos a preços<br />
mais populares, mas a maioria da produção francesa é <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> luxo e que<br />
somente uma faixa da população tem acesso. Ou seja, o fator preço é a principal<br />
condicionante da <strong>de</strong>manda por produtos importados.<br />
7.2. Preferência dos consumidores<br />
Po<strong>de</strong>-se classificar a <strong>de</strong>manda em quatro tipos <strong>de</strong> consumidores distintos:<br />
• Mulheres com menos <strong>de</strong> 25 anos: estão sob forte influência da moda,<br />
compram mais quantida<strong>de</strong> a preços mais baixos;<br />
• Mulheres acima <strong>de</strong> 25 anos: compram para si mesmas e também para<br />
presentear. Buscam melhor qualida<strong>de</strong>, têm maior po<strong>de</strong>r aquisitivo, porém as<br />
compras são realizadas com menor freqüência;<br />
• Homens com menos <strong>de</strong> 25 anos: compram principalmente para presentear<br />
nas datas especiais como dia das mães, aniversário e dia dos namorados. Mas<br />
esse mercado tem-se modificado, a bijuteria representa hoje um acessório <strong>de</strong><br />
moda também para o público masculino. Nessa faixa etária <strong>de</strong> baixo po<strong>de</strong>r<br />
aquisitivo, o preço é fator importante;<br />
21<br />
21
• Homens acima <strong>de</strong> 25 anos: a motivação é praticamente a mesma, porém com<br />
maior po<strong>de</strong>r aquisitivo.<br />
7.3. Perspectivas e tendências do mercado interno<br />
Como <strong>de</strong>monstram as estatísticas (item 4), o mercado <strong>de</strong> bijuteria francês<br />
vem apresentando bom crescimento, a ponto <strong>de</strong> as gran<strong>de</strong>s marcas <strong>de</strong> alta-costura<br />
lançarem linhas <strong>de</strong> bijuteria visando um público jovem (15-25 anos). Isso permite uma<br />
maior visibilida<strong>de</strong> da marca, como por exemplo, a “Dior”, que lançou uma linha <strong>de</strong><br />
bijuteria utilizando sua logomarca a preço acessível a esse público. Outro exemplo é<br />
dos famosos fabricantes franceses <strong>de</strong> cristais, “Baccarat” e “Lalique”, cujas vendas <strong>de</strong><br />
bijuteria representam hoje aproximadamente 20% do faturamento. Com o ramo <strong>de</strong><br />
bijuterias essas duas empresas não somente mantiveram a visibilida<strong>de</strong> da marca,<br />
como também crescimento substancial do volume <strong>de</strong> negócios.<br />
Observa-se aumento mais acentuado nos artigos prateados. Essa tendência<br />
é também observada no mercado <strong>de</strong> jóias, os artigos <strong>de</strong> prata ou platina apresentam<br />
crescimento, enquanto os artigos em ouro <strong>de</strong>cresceram.<br />
8. Acesso ao <strong>Mercado</strong><br />
8.1. Sistema tarifário aplicado ao produto importado<br />
O imposto <strong>de</strong> importação aplicado aos artigos <strong>de</strong> bijuteria é <strong>de</strong> 4%.<br />
Entretanto, conforme Regulamento 0732/08, a França conce<strong>de</strong> aos países em<br />
<strong>de</strong>senvolvimento, inclusive ao Brasil, o benefício do Sistema Geral <strong>de</strong> Preferências<br />
(SGP), que consiste na redução total dos direitos aduaneiros inci<strong>de</strong>ntes nas<br />
mercadorias originárias <strong>de</strong>sses países. Portanto, os artigos <strong>de</strong> bijuteria brasileiros<br />
são livres do imposto <strong>de</strong> importação no mercado francês.<br />
Vale lembrar que os produtos são onerados no mercado francês pelo<br />
imposto sobre valor agregado (IVA) <strong>de</strong> 19,6% sobre o total da mercadoria.<br />
É possível consultar a TARIC, em português, no sítio da Comunida<strong>de</strong><br />
Européia, no en<strong>de</strong>reço<br />
http://ec.europa.eu/taxation_customs/dds2/taric/taric_consultation.jsp?Lang=pt&Scr<br />
een=0&redirectionDate=20100720.<br />
8.2. Base <strong>de</strong> imposição<br />
O imposto <strong>de</strong> importação no mercado francês é calculado sobre o preço CIF<br />
e o IVA é calculado sobre o preço CIF acrescido dos impostos.<br />
8.3. Restrições tarifárias e nao-tarifárias<br />
Não existem restrições à entrada na França dos produtos com códigos<br />
tarifários 7117.11.00 e 7117.19.00. Vale notar que é proibida a colocação no<br />
mercado e a importação <strong>de</strong> peles <strong>de</strong> gato e <strong>de</strong> cão, bem como os produtos que as<br />
contenham (artigo 3º do Regulamento CE 1523/2007).<br />
22<br />
22
Para o item 7117.90.00 existe uma medida <strong>de</strong> controle aplicada a todos os<br />
países. Para a entrada do produto na França, é necessária a apresentação do<br />
certificado CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da<br />
Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas <strong>de</strong> Extinção – também conhecida como<br />
Convenção <strong>de</strong> Washington). O CITES é um acordo multilateral, assinado em 1973,<br />
cujo objetivo é assegurar que o comércio <strong>de</strong> animais e plantas selvagens, e <strong>de</strong><br />
produtos <strong>de</strong>les <strong>de</strong>rivados, não ponha em risco a sobrevivência das espécies nem<br />
constitua perigo para a manutenção da biodiversida<strong>de</strong>.<br />
O Acordo Multilateral atribui aos países produtores e consumidores sua<br />
parte na responsabilida<strong>de</strong> comum e estabelece mecanismos necessários para<br />
garantir a exploração não prejudicial da flora e da fauna. Com base nesses<br />
preceitos, o Governo brasileiro, por meio do Instituto do Meio Ambiente e dos<br />
Recursos Renováveis (IBAMA), incorporou-as em seus procedimentos para a<br />
avaliação e emissão <strong>de</strong> Licenças <strong>de</strong> Exportação.<br />
O Ibama tornou disponível em seu sítio (http://www.ibama.gov.br) software,<br />
on-line, pelo qual os exportadores brasileiros po<strong>de</strong>rão solicitar licenças CITES. O<br />
serviço é constituído <strong>de</strong> dois módulos: um externo e outro interno. Utilizando o módulo<br />
externo o usuário solicita a licença e no módulo interno, <strong>de</strong> acesso exclusivo do Ibama,<br />
os técnicos analisam as solicitações e proce<strong>de</strong>m à emissão das licenças.<br />
8.4. Normas e regulamentos<br />
Embora as posições referentes aos metais preciosos não façam parte <strong>de</strong>sse<br />
estudo, segue abaixo um resumo da legislação para fabricação e comercialização <strong>de</strong><br />
jóias no mercado francês.<br />
Para uma rápida i<strong>de</strong>ntificação dos metais utilizados, o Estado impõe aos<br />
fabricantes <strong>de</strong> jóias e bijuterias uma punção <strong>de</strong>nominada “Garantia do Estado”. Essa<br />
punção permite uma i<strong>de</strong>ntificação rápida dos metais utilizados.<br />
As principais punções são:<br />
Cabeça <strong>de</strong> águia: peça em ouro 1000/1000 e750/1000 (antigamente chamada <strong>de</strong> 24<br />
e 18 quilates). As <strong>de</strong>nominações 18 ou 24 quilates não são mais permitidas na França.<br />
Cabeça da Minerva: peça em prata 925/1000.<br />
Trevo <strong>de</strong> 3 folhas: peças em ouro 375/1000, antigamente chamada <strong>de</strong> 9 quilates.<br />
23<br />
23
As peças recebem uma segunda punção que é a i<strong>de</strong>ntificação do fabricante<br />
ou importador, chamada <strong>de</strong> “punção <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>”. Trata-se <strong>de</strong> uma figura<br />
geométrica com letras permitindo a i<strong>de</strong>ntificação do fabricante ou importador:<br />
• losango: para peças em ouro;<br />
• oval: para peças em prata;<br />
• quadrado: para peças folheadas <strong>de</strong> fabricação francesa ou CEE;<br />
• quadrado com um lado arredondado: para peças folheadas <strong>de</strong> fabricação em<br />
outros países.<br />
Maiores <strong>de</strong>talhes po<strong>de</strong>rão ser obtidos junto à Compagnie Générale <strong>de</strong> l'Or<br />
(Companhia Geral do Ouro) no sítio:<br />
http://www.cgo.com/or/objets/poincons.htm#PoinÁons%20Or.<br />
Para o caso <strong>de</strong> fabricantes estrangeiros, o mesmo <strong>de</strong>ve ter uma filial ou um<br />
representante legal, pessoa física sediada na França, para a obtenção da punção <strong>de</strong><br />
responsabilida<strong>de</strong>.<br />
O projeto <strong>de</strong> punção <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>positado junto ao Bureau <strong>de</strong> Garantie no<br />
seguinte en<strong>de</strong>reço:<br />
DNGSI - Direction Nationale <strong>de</strong> Services <strong>de</strong> la Garantie<br />
14, rue Perrée - 75003 Paris - France<br />
Tel.: + 331.44.54.57.07 - Fax: + 331.44.54.57.00<br />
O <strong>de</strong>senho das peças <strong>de</strong>verá ser figurativo e conter as iniciais da empresa<br />
precedidas da palavra “Sté” (abreviação <strong>de</strong> “société” no sentido <strong>de</strong> empresa). Deverão<br />
ser apresentadas três opções, para o caso <strong>de</strong> já haver concessão para o mo<strong>de</strong>lo<br />
apresentado.<br />
Condições <strong>de</strong> obtenção do direito da <strong>de</strong>nominação folheado, prateado ou<br />
platinado:<br />
Denominação: (folheado a ouro, prateado ou platina)<br />
O metal precioso aplicado sobre o metal não-precioso <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> no<br />
mínimo 500 milésimos.<br />
Espessura<br />
Ouro e platina: mínimo <strong>de</strong> 3 microns;<br />
Prata: mínimo <strong>de</strong> 10 microns.<br />
8.5. Documentação e formalida<strong>de</strong>s no <strong>de</strong>sembaraço alfan<strong>de</strong>gário<br />
Os documentos necessários para o <strong>de</strong>sembaraço da mercadoria na<br />
alfân<strong>de</strong>ga francesa são:<br />
• conhecimento <strong>de</strong> embarque (bill of lading ou AWB) original;<br />
• fatura e packing list;<br />
• certificado <strong>de</strong> origem “Form A”;<br />
• CITES (se for o caso).<br />
8.6. Regimes especiais <strong>de</strong> importação<br />
É possível fazer uma importação temporária para apresentação do produto<br />
em feiras e exposições. Para tanto, é necessário entrar com um pedido <strong>de</strong> autorização<br />
24<br />
24
prévia junto à alfân<strong>de</strong>ga e <strong>de</strong>positar uma caução correspon<strong>de</strong>nte ao valor dos direitos<br />
e taxas. No momento da saída da mercadoria, <strong>de</strong>ntro do prazo estipulado, a caução é<br />
<strong>de</strong>volvida.<br />
9. Estrutura <strong>de</strong> comercialização<br />
O mercado francês <strong>de</strong> bijuteria é constituído por múltiplos atores (fabricantes,<br />
distribuidores, varejistas), mas está estruturado em torno <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />
marcas <strong>de</strong> duas categorias:<br />
• ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas (múltiplas marcas ou não, a gran<strong>de</strong> notorieda<strong>de</strong> é da ca<strong>de</strong>ia e<br />
não das marcas dos artigos comercializados);<br />
• marcas dos fabricantes (comercializadas através <strong>de</strong> lojas próprias e também<br />
por outros canais).<br />
As marcas são o motor do mercado. De acordo com o INSEE (Institut<br />
National <strong>de</strong> la Statistique et <strong>de</strong>s Etu<strong>de</strong>s Economiques), o numero <strong>de</strong> empresas (cuja<br />
ativida<strong>de</strong> é fabricação <strong>de</strong> bijuteria) totalizou 1.064 em 2006. Essas empresas<br />
empregaram 2.542 pessoas e realizaram um volume <strong>de</strong> vendas <strong>de</strong> 280 milhões <strong>de</strong><br />
euros, sendo 28% referente às exportações. A oferta é bastante pulverizada diante da<br />
abundância <strong>de</strong> alternativas e da limitação do orçamento, a consumidora procura os<br />
mo<strong>de</strong>los que mais se adaptam às suas características. A presença <strong>de</strong> uma marca é<br />
um critério <strong>de</strong> escolha <strong>de</strong>cisivo. Segundo estimativa do ECOSTAT (Institute for<br />
Economic Analysis and Informatics), o preço médio <strong>de</strong> uma bijuteria foi <strong>de</strong> 15 euros<br />
em 2009.<br />
Com relação ao preço, o mercado é segmentado em quatro classes:<br />
• preço baixo: a ca<strong>de</strong>ia inglesa “Claire’s” é a lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong>sse segmento. Conta com<br />
210 lojas e os projetos <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> novas filiais são constantes;<br />
• preço médio: é o segmento ocupado pelas marcas tradicionais do mercado,<br />
como por exemplo: Aghata, Clio Blue, Eliot, entre outras. Essas marcas se<br />
impõem pela notorieda<strong>de</strong> dos produtos, contudo, sofrem atualmente com uma<br />
concorrência mais agressiva;<br />
• preço elevado: esse segmento apresenta-se dinâmico e crescente. Inúmeros<br />
criadores <strong>de</strong> moda se lançam nesse setor. Por exemplo: “Claire <strong>de</strong> Divonne”,<br />
“Eric” e “Lydie”, <strong>de</strong>ntre outras.<br />
• alto luxo: as gran<strong>de</strong>s marcas estão presentes no mercado há muito tempo e<br />
continuam agressivas, aumentando a sua oferta e a distribuição <strong>de</strong> seus<br />
produtos.<br />
Anos<br />
Vendas <strong>de</strong> bijuterias, 2002-2008<br />
Valor<br />
(milhões<br />
<strong>de</strong> Euros)<br />
Cresc.%<br />
Quantida<strong>de</strong><br />
(milhões<br />
<strong>de</strong><br />
unida<strong>de</strong>s)<br />
Cresc.%<br />
2002 380 10,5% 11,9 16,7%<br />
2003 423 11,3% 13,0 9,2%<br />
2004 482 13,9% 15,3 17,7%<br />
2005 477 -1,0% 15,6 2,0%<br />
2006 451 -5,5% 16,0 2,6%<br />
2007 466 3,3% 16,4 2,5%<br />
25<br />
25
2008 480 3,0% 16,6 1,2%<br />
Fonte: Comité FranceEclat – 2008<br />
9.1. Canais <strong>de</strong> distribuição<br />
Distribuição do mercado <strong>de</strong> bijuteria e jóia<br />
Produto Valor Volume<br />
Bijuteria 12,4% 48,5%<br />
Joia em prata 14,1% 25,4%<br />
Joia folheada a ouro 3,7% 5,6%<br />
Joia <strong>de</strong> ouro 69,8% 20,5%<br />
Fonte: Comité FranceEclat, 2008<br />
Crescimento do mercado <strong>de</strong> bijuteria<br />
Ano Variação %<br />
2002 14,6%<br />
2003 10,3%<br />
2004 14,2%<br />
2005 1,8%<br />
2006 1,2%<br />
2007 5,0%<br />
2008 4,1%<br />
Fonte: Comité FranceEclat, 2008<br />
Os canais <strong>de</strong> distribuição mais utilizados para a venda <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria<br />
no mercado francês são as butiques exclusivas <strong>de</strong> bijuteria; as joalherias; as butiques<br />
<strong>de</strong> acessórios <strong>de</strong> moda localizadas nos centros das cida<strong>de</strong>s e nos centros comerciais;<br />
as lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento; as lojas <strong>de</strong> prêt-a-porter e vendas por correspondência.<br />
Descrição<br />
Distribuição das vendas por circuito <strong>de</strong> distribuição<br />
Pontos <strong>de</strong><br />
Venda<br />
Butiques (exclusivamente bijuteria) 45%<br />
Butiques tradicionais (joalherias) 24%<br />
Supermercados 11%<br />
VPC / (venda por correspondência) 7%<br />
Outros (lojas <strong>de</strong> prêt-a-porter, cabeleireiros,<br />
perfumarias, etc)<br />
7%<br />
Lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento 6%<br />
Fonte: Comité FranceEclat, 2008<br />
26<br />
26
Não estão disponíveis dados sobre a repartição das vendas <strong>de</strong> bijuteria em<br />
metal comum, por tipo <strong>de</strong> artigo. Porém existem dados sobre as bijuterias em prata:<br />
Item<br />
Percentual<br />
do<br />
mercado<br />
Colares 27,7%<br />
Anéis 25,7%<br />
Pulseiras 25,7%<br />
Brincos 13,9%<br />
Pingentes 5,9%<br />
Outros 1,0%<br />
Fonte: Comité FranceEclat, 2008<br />
9.2. Canais recomendados para a distribuição do produto brasileiro<br />
• Ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas:<br />
a) butiques ven<strong>de</strong>ndo exclusivamente bijuterias: esse canal é <strong>de</strong><br />
acesso mais fácil e está em permanente busca <strong>de</strong> novida<strong>de</strong>s;<br />
b) butiques <strong>de</strong> prêt-a-porter: quase todas as ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> prêt-a-porter<br />
introduziram uma linha <strong>de</strong> bijuteria em suas coleções. A implantação<br />
<strong>de</strong>ssas ca<strong>de</strong>ias é muito boa. Esse canal busca produtos com preços<br />
baixos.<br />
• Lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento: além <strong>de</strong> uma oferta variada em número <strong>de</strong> marcas e<br />
qualida<strong>de</strong>, buscam apresentar novida<strong>de</strong>s em primeiro lugar, além disso<br />
dispõem <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>doras qualificadas para aconselhar a cliente. Em geral, as<br />
lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento não dispõem <strong>de</strong> um serviço <strong>de</strong> importação e preferem<br />
passar por um distribuidor e/ou importador;<br />
• Venda por correspondência: trabalham com qualida<strong>de</strong> média e alta e têm a<br />
vantagem <strong>de</strong> atingir consumidoras isoladas dos centros <strong>de</strong> consumo;<br />
• Joalherias: a venda <strong>de</strong> bijuteria representa 5% do volume <strong>de</strong> vendas da<br />
maioria das joalherias. Esse canal tem a vantagem <strong>de</strong> apresentar produtos<br />
com preços mais elevados.<br />
9.3. Promoção <strong>de</strong> vendas e veículos publicitários<br />
O veículo publicitário mais utilizado é a imprensa escrita através das revistas<br />
femininas.<br />
As lojas, sobretudo as ca<strong>de</strong>ias, fazem promoções em datas especiais como<br />
dia das mães e natal, mas buscam também promover certos artigos em todo o<br />
<strong>de</strong>correr do ano. As liquidações acontecem duas vezes por ano, em julho e janeiro, e<br />
representam um percentual significativo do volume <strong>de</strong> vendas.<br />
Os artigos <strong>de</strong> bijuteria são muito utilizados pelas ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas <strong>de</strong> perfume<br />
para presentear as clientes.<br />
9.4. Feiras e exposições<br />
27<br />
27
As principais feiras e exposições do ramo <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria são as<br />
seguintes:<br />
1. BISOU<br />
Localida<strong>de</strong>: Nice - Palais <strong>de</strong>s expositions ACROPOLIS<br />
Periodicida<strong>de</strong>: anual – janeiro<br />
Produtos: Objetos para presentes e <strong>de</strong>coração<br />
Organizador:<br />
ORGEXPO - SMAC PRODUCTIONS<br />
B.P. 137 06103 NICE CEDEX 2<br />
Tel.: 04.93.52.13.12 - Fax 04.93.52.10.18<br />
info@bisou.com<br />
www.bisou.com<br />
2. Eclat <strong>de</strong> Mo<strong>de</strong> - BIJORHCA<br />
Localida<strong>de</strong>: Paris, Porte <strong>de</strong> Versailles<br />
Periodicida<strong>de</strong>: semestral (janeiro e setembro)<br />
Produtos: Bijuteria, jóias, relógios, acessórios <strong>de</strong> moda<br />
Organizador:<br />
REED EXPOSITIONS FRANCE<br />
52-54 quai <strong>de</strong> Dion-Bouton - 92806 PUTEAUX CEDEX<br />
Tel.: 01.47.56.21.82 - Fax 01.47.56.24.21<br />
info@bijorhca.com<br />
www.bijorhca.com<br />
3. KARA - Salon du Bijou <strong>de</strong> Createurs<br />
Local: 7 Place Vendôme, 75001 Paris<br />
Periodicida<strong>de</strong>: anual - Novembro<br />
Posicionamento: salão aberto ao público, com vendas no estan<strong>de</strong><br />
Organizador:<br />
VECTEUR EXPO<br />
Mme Valentine LECETRE<br />
42 rue du Faubourg Poissonnière<br />
75010 PARIS<br />
Tel.: 01.55.77.11.33 - Fax 01.47.70.16.30<br />
info@kara-expo.com<br />
www.kara-expo.com<br />
4. Premiere Classe Porte <strong>de</strong> Versailles<br />
Localida<strong>de</strong>: PARIS Porte <strong>de</strong> Versailles<br />
Periodicida<strong>de</strong>: semestral (janeiro e setembro)<br />
Produtos: prêt-à-porter e acessórios <strong>de</strong> moda<br />
Organizador:<br />
PREMIERE CLASSE<br />
23 rue du Mail<br />
75002 PARIS<br />
Tel.: 01.40.13.74.70 - Fax 01.40.13.74.80<br />
www.premiere-classe.com<br />
5. PRINT’OR (Salon international <strong>de</strong>s professionnels Horlogerie - Bijouterie –<br />
Joaillerie)<br />
Localida<strong>de</strong>: Palais Brongniart, Place <strong>de</strong> la Bourse em Paris<br />
Periodicida<strong>de</strong>: semestral (fevereiro e setembro)<br />
Produtos: jóias, semi-jóias, relógios, acessórios <strong>de</strong> moda, artefatos <strong>de</strong> couro.<br />
28<br />
28
Organizador: GL EVENTS<br />
Sylvie Chapuzet<br />
Directrice du pôle HBJO<br />
Tel. +33 (0)1 44 31 82 26<br />
Celular: +33 (0)6 07 42 86 82<br />
sylvie.chapuzet@gl-events.com<br />
www.printor.fr/<br />
9.5. Consultoria <strong>de</strong> marketing<br />
1. Eurostaf<br />
16, rue du Quatre Septembre<br />
75112 PARIS Ce<strong>de</strong>x 02<br />
Tel : +33 (0)1 49 53 89 10 Fax : +33 (0)1 49 53 89 20<br />
commercial@eurostaf.fr<br />
www.eurostaf.fr<br />
9.6 Estudos <strong>de</strong> <strong>Mercado</strong><br />
A seguir, estão relacionadas empresas especializadas em pesquisas e<br />
estudos <strong>de</strong> mercado:<br />
1 . Eurostaf<br />
16, rue du Quatre Septembre<br />
75112 PARIS Ce<strong>de</strong>x 02<br />
Tel : +33 (0)1 49 53 89 10 Fax : +33 (0)1 49 53 89 20<br />
commercial@eurostaf.fr<br />
www.eurostaf.fr<br />
2. SERGECO<br />
2, rue Henri Desgrange<br />
75012 Paris France<br />
Tel: +33 (0)1 43 41 10 80 Fax +33 (0)9 56 69 64 42<br />
sergeco.efa@wanadoo.fr<br />
3. Société Panel 5 – Etu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Marché<br />
5, avenue <strong>de</strong> Fouilleuse<br />
92210 - Saint Cloud - France<br />
Tel.: +33 (0)1.46.02.09.07<br />
4. XERFI<br />
3-15, rue <strong>de</strong> Calais<br />
75009 Paris - France<br />
Tel.: 0810 038 035 Fax: +33 (0)1 42 81 42 14<br />
etu<strong>de</strong>s@xerfi.fr<br />
www.xerfi.com<br />
9.7. Publicaçoes edição em francês<br />
1. Fantaisies, les bijoux chic et toc<br />
J. Mulvagh<br />
Editions du Chêne, Paris 1989<br />
BAD (XU 2211)<br />
29<br />
29
2. Jewels of fantasy: costume jewelry of the 20th century, New York, H.N.<br />
D. Farneti Cera<br />
Abrams, 1992<br />
BAD (XY 2656/2)<br />
Obs.: Edição inglesa <strong>de</strong> um livro italiano sobre bijuteria.<br />
3. Le Bijoutier (Revista mensal)<br />
Editolux SA<br />
81, rue <strong>de</strong> Clichy 75009 Paris<br />
Tel.: +33 (0)1.53.32.11.55 - Fax +33 (0)1 53 32 11 57<br />
• Estudos <strong>de</strong> <strong>Mercado</strong><br />
1. La bijouterie fantaisie: <strong>de</strong> la création artisanale à la consolidation <strong>de</strong>s<br />
business mo<strong>de</strong>ls<br />
Precepta<br />
Abril, 2007<br />
2. Le marché <strong>de</strong> la bijouterie fantaisie<br />
Quelle stratégie pour saisir les opportunités <strong>de</strong> croissance<br />
Precepta<br />
Abril, 2009<br />
10. Práticas comerciais<br />
10.1. Características gerais do processo <strong>de</strong> negociação<br />
A <strong>de</strong>finição do público-alvo e o posicionamento do nível <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong><br />
permitem i<strong>de</strong>ntificar o(s) circuito(s) mais a<strong>de</strong>quado(s) para a distribuição do produto.<br />
Uma oferta bem adaptada aumenta as chances <strong>de</strong> uma boa negociação.<br />
10.2. Uso <strong>de</strong> catálogos e amostras<br />
O catálogo eletrônico é bastante útil para os primeiros contatos. A avaliação<br />
da matéria utilizada e da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> fabricação será necessariamente através <strong>de</strong><br />
amostras.<br />
10.3. Visitas e outras formas <strong>de</strong> contato<br />
É sempre necessário agendar uma visita com bastante antecedência. Os<br />
responsáveis por compras ficam ausentes das empresas com muita freqüência, em<br />
visitas a feiras e outras fontes <strong>de</strong> fornecimento. Vale lembrar que a pontualida<strong>de</strong> nos<br />
horários dos encontros e no cumprimento <strong>de</strong> compromissos verbais é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
importância na cultura francesa.<br />
10.4. Condições gerais dos contratos <strong>de</strong> importação<br />
Não é habitual no mercado as empresas assumirem contratos <strong>de</strong> imediato.<br />
O aumento no volume <strong>de</strong> compras é proporcional ao sucesso dos artigos nos pontos<br />
<strong>de</strong> venda, assim como ao estreitamento da confiança entre os parceiros.<br />
10.5. Seguros e frete<br />
30<br />
30
Em geral, a base das negociações é FOB (free on board). A maioria das<br />
empresas importadoras francesas possui um <strong>de</strong>spachante <strong>de</strong> confiança, que dispõe<br />
<strong>de</strong> uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong> agentes no mundo inteiro e se encarrega da contratação do transporte<br />
e seguro. Contudo, há clientes que preferem comprar na base CIF (cust, insurand and<br />
freight) e, nesse caso o exportador brasileiro <strong>de</strong>verá contratar o transporte, aéreo ou<br />
marítimo, bem como o seguro.<br />
10.6. Desembaraço alfan<strong>de</strong>gário<br />
De posse <strong>de</strong> todos os documentos pertinentes, o <strong>de</strong>sembaraço alfan<strong>de</strong>gário<br />
é imediato. A alfân<strong>de</strong>ga faz controles físicos por amostragem.<br />
10.7. Designação <strong>de</strong> agentes<br />
São raros os casos <strong>de</strong> uma implantação bem sucedida sem uma estrutura in<br />
loco. A nomeação <strong>de</strong> um agente representa pouco investimento e po<strong>de</strong> trazer<br />
resultados em curto prazo. De preferência, <strong>de</strong>ve-se escolher um agente já introduzido<br />
no canal <strong>de</strong> distribuição alvo. É importante <strong>de</strong>finir a estratégia <strong>de</strong> ação e dar ao agente<br />
os meios necessários para atingir as metas. Vale lembrar que o processo <strong>de</strong><br />
implantação é lento e gradual. Nos primeiros anos será necessária muita<br />
agressivida<strong>de</strong> e perseverança.<br />
10.8. Litígios e arbitragem<br />
É importante ter toda a transação documentada para facilitar o <strong>de</strong>sfecho em<br />
caso <strong>de</strong> litígio.<br />
10.9. Métodos <strong>de</strong> pagamento (antecipado, à vista, carta <strong>de</strong> crédito, e outros)<br />
De modo geral, o mercado não trabalha com pagamento à vista. Os prazos<br />
utilizados são <strong>de</strong> 60, 90 dias ou mais, sobretudo nas re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> supermercados e lojas<br />
<strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento. Em caso <strong>de</strong> muito interesse pelo produto, po<strong>de</strong> ser possível<br />
negociar prazos menores.<br />
11. Comentários específicos sobre o produto brasileiro<br />
Há cerca <strong>de</strong> três décadas estão sendo realizadas pesquisas na França para<br />
i<strong>de</strong>ntificar a influência da imagem do país <strong>de</strong> origem (“ma<strong>de</strong> in”) junto aos<br />
consumidores, em suas percepções dos produtos fabricados no exterior. Pesquisa<br />
mais recente 1 , i<strong>de</strong>ntificou as atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> consumidores franceses com relação a<br />
produtos fabricados na França, no Brasil, na Itália, na China, na Alemanha, no Japão e<br />
nos Estados Unidos.<br />
O universo da pesquisa abrangeu grupos técnicos <strong>de</strong> empresas e estudantes<br />
do Instituto <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> Empresas <strong>de</strong> Grenoble, na França. A idéia era<br />
comparar a imagem do produto “ma<strong>de</strong> in” <strong>de</strong> países que possuem papel importante no<br />
comércio mundial.<br />
No que se refere à metodologia aplicada à pesquisa, tratou-se <strong>de</strong> avaliar a<br />
percepção dos consumidores sobre cinco pontos distintos:<br />
1 mencionada no trabalho <strong>de</strong> Drouvot H. e Almeida F. C.: “Analise do “Ma<strong>de</strong> in Brazil” por executivos<br />
franceses”, apresentado no 3º Colloque <strong>de</strong> L’IFBAE (Instituto Franco-Brasileiro <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong><br />
Empresas), Grenoble em 20 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2005.<br />
31<br />
31
a) preço e valor dos produtos;<br />
b) natureza dos serviços e facilida<strong>de</strong>s;<br />
c) publicida<strong>de</strong> e notorieda<strong>de</strong>;<br />
d) <strong>de</strong>sign e estilo;<br />
e) perfil dos compradores.<br />
Para as respostas, os entrevistados <strong>de</strong>veriam referir-se a <strong>de</strong>terminados<br />
produtos ou ativida<strong>de</strong>s que lhes ocorressem no momento da avaliação. Assim,<br />
<strong>de</strong>veriam listar, <strong>de</strong> pronto, produtos que lhes viessem à mente, quando pensassem em<br />
<strong>de</strong>terminado país.<br />
Em função <strong>de</strong>ssas percepções, os consumidores estabelecem suas<br />
preferências com relação a produtos provenientes <strong>de</strong> certos países, tais como<br />
perfumes franceses, calçados italianos, automóveis alemães, entre outros. Nesse<br />
sentido, empresas <strong>de</strong> outros países que não gozam <strong>de</strong> uma percepção favorável no<br />
plano industrial, enfrentam sérias dificulda<strong>de</strong>s para competir no mercado.<br />
Resultados da pesquisa<br />
No que se refere ao preço, a pesquisa revelou que um país cujos produtos<br />
são consi<strong>de</strong>rados caros, recebe uma nota média na percepção francesa. Ao contrário,<br />
um país que oferece bons preços obtém uma nota mais favorável. Produtos<br />
provenientes <strong>de</strong> países como a China e o Brasil ainda possuem uma imagem<br />
<strong>de</strong>sfavorável quando comparados com os originários dos países industrializados.<br />
No caso do Brasil, a pesquisa revela que os preços são consi<strong>de</strong>rados<br />
razoáveis para produtos fabricados com tecnologias pouco mo<strong>de</strong>rnas e pouco<br />
originais. O país também não obtém boas notas no que concerne à produção em<br />
massa e à distribuição mundial. Os consumidores franceses não têm uma visão <strong>de</strong><br />
classe em relação ao uso dos produtos fabricados no Brasil. Seus consumidores são,<br />
sobretudo, jovens e mulheres <strong>de</strong> nível social inferior à média. Esses produtos têm<br />
pouca publicida<strong>de</strong> e suas marcas são pouco conhecidas.<br />
Quanto à imagem dos produtos chineses, nota-se que possuem certa<br />
semelhança com a dos produtos brasileiros, mas com percepções mais marcadas em<br />
termos <strong>de</strong> preços (muito baratos). Esses produtos são normalmente artigos <strong>de</strong><br />
primeira necessida<strong>de</strong>, com características <strong>de</strong> imitação e são utilizados pelas classes<br />
sociais abaixo da média.<br />
A partir <strong>de</strong>ssas análises é possível concluir que existe globalmente uma<br />
hierarquia <strong>de</strong> valores concernentes a produtos originários <strong>de</strong> três grupos <strong>de</strong> países:<br />
• - Brasil e China;<br />
• - Itália;<br />
• - Alemanha, Japão, França e Estados Unidos.<br />
A China recebeu avaliação mais <strong>de</strong>sfavorável, em termos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> e <strong>de</strong><br />
capacida<strong>de</strong> inovadora. O Brasil é o que mais se aproxima da China nesses quesitos. A<br />
Itália possui uma avaliação média e o terceiro grupo se beneficia <strong>de</strong> uma imagem<br />
tecnológica muito mais favorável.<br />
Para sintetizar, em comparação com outros países, a imagem do “ma<strong>de</strong> in<br />
Brazil” é competitiva em termos <strong>de</strong> preços, mas os produtos apresentam pouco valor<br />
agregado e baixo grau <strong>de</strong> inovação. No plano <strong>de</strong> marketing, as marcas brasileiras são<br />
pouco conhecidas e não atingem os gran<strong>de</strong>s canais <strong>de</strong> distribuição franceses,<br />
32<br />
32
diferentemente dos produtos chineses, frequentemente encontrados nos gran<strong>de</strong>s<br />
distribuidores.<br />
No entanto, os artigos <strong>de</strong> artesanato brasileiros são privilegiados com essa<br />
visão estereotipada do consumidor francês, possuindo características positivas e<br />
marcantes ligadas à criativida<strong>de</strong>, varieda<strong>de</strong> e combinação tropical <strong>de</strong> cores.<br />
11.1. Pontos fortes<br />
Os artigos <strong>de</strong> artesanato estão em momento <strong>de</strong> valorização, em que existe<br />
uma preocupação com o meio ambiente, com a distribuição da renda e com a<br />
reciclagem. O artesanato brasileiro está ligado a essas três vertentes. A criativida<strong>de</strong> e<br />
a reciclagem po<strong>de</strong>m acrescentar diferencial ao produto brasileiro.<br />
11.2. Pontos fracos<br />
A massa dos consumidores franceses não possui conhecimento sobre os<br />
artigos <strong>de</strong> artesanato brasileiros. A esse fator, soma-se que a pesquisa revelou que os<br />
produtos brasileiros não são reveladores <strong>de</strong> estilo ou <strong>de</strong> classe. Esses produtos<br />
possuem pouca publicida<strong>de</strong> no mercado francês e, em conseqüência, suas marcas<br />
também são pouco conhecidas.<br />
12. Oportunida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cooperação com empresas brasileiras<br />
A gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> matéria-prima para a fabricação <strong>de</strong> bijuteria<br />
disponível no Brasil representa uma real oportunida<strong>de</strong> para os artesãos<br />
<strong>de</strong>senvolverem cooperação com empresas francesas. O encontro das partes<br />
interessadas po<strong>de</strong>ria ser organizado por entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe dos dois países, uma vez<br />
que a dispersão <strong>de</strong>sses grupos é gran<strong>de</strong>, tanto no Brasil como na França. Participação<br />
em feiras também é um bom meio <strong>de</strong> promover a visibilida<strong>de</strong> da produção brasileira.<br />
13. Principais empresas do ramo <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria<br />
13.1. Principais ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas<br />
A seguir, estão listadas principais ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas prêt-à-porter que dispõem<br />
<strong>de</strong> linha <strong>de</strong> bijuteria:<br />
Ca<strong>de</strong>ia<br />
Nº <strong>de</strong> lojas<br />
(na França)<br />
Camaïe - www.camaieu.com 493<br />
La Halle - www.lahalle.com 480<br />
Jennyfer - www.jennyfer.com 270<br />
Gémo - www.gemo.fr 300<br />
Pimkie - www.pimkie.com 263<br />
Naf Naf - www.nafnaf.com 170<br />
Promod - www.promod.fr 266<br />
Defimo<strong>de</strong> - www.<strong>de</strong>fimo<strong>de</strong>.com 200<br />
Kiabi - www.kiabi.com 318<br />
Styleco - www.styleco.fr 156<br />
Zara - www.zara.fr 114<br />
H&M - www.hm.com/fr 137<br />
33<br />
33
Mango - www.mango.com 110<br />
Fonte:Respectivos sitios WEB<br />
13.2. Principais empresas no mercado francês<br />
Empresa<br />
Swarovski<br />
www.swarovski.com<br />
Claire’s France<br />
www.claires.fr<br />
Agatha<br />
www.agatha.fr<br />
Reminiscence<br />
39, av <strong>de</strong> Cannes<br />
06160 Juan-les-Pins - France<br />
informations@reminiscence.fr<br />
www.reminiscence.fr<br />
Folies Douces SAS<br />
1, chemin d’Arnauton<br />
33310 Cestas – France.<br />
www.reserve-naturelle.com<br />
Moa<br />
23, rue <strong>de</strong>s Barres<br />
45600 Sully sur Loire - France<br />
Tel.: +33(0)2 38 36 33 29<br />
Fax: +33(0)2 38 36 27 86<br />
toa@moa.fr<br />
www.moa.fr<br />
Gas Bijoux<br />
4, rue Etienne Marcel<br />
75002 – Paris - France<br />
Tel.: + 33 1 40 26 07 05<br />
Fax: + 33 1 45 08 49 71<br />
contact@gasbijoux.fr<br />
www.gasbijoux.fr<br />
Six Shop<br />
29 rue Aubry le Boucher<br />
75004 Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 44 78 68 40<br />
Fax: 1 44 78 89 80<br />
Art Diffusion<br />
9, Passage Dubail<br />
75010 - Paris - France<br />
Tel.: +33(0)1 55 34 95 70<br />
Fax: +33(0)1 55 34 95 70<br />
satellite@satellite.fr<br />
www.satelliteparis.com<br />
Clio Blue<br />
75003 Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 42 74 63 67<br />
Fax: +33(0)1 48 04 70 05<br />
Marca<br />
comercializada<br />
Swarosvski<br />
France<br />
Vendas<br />
(França)<br />
(Milhões <strong>de</strong><br />
Euros)<br />
Ano<br />
80,2 2007<br />
Pontos <strong>de</strong><br />
venda(*)<br />
320<br />
34<br />
34<br />
Controle<br />
acionário<br />
Áustria<br />
Claire’s 79,6 2008 201 EUA<br />
Agatha 31,4 2007 120 Tailândia<br />
Reminiscence 17,6 2007 34 França<br />
Reserve<br />
naturelle<br />
10,9 2007 32 França<br />
Moa 10,6 2007 136 França<br />
Gas bijoux 10,4 2007 8 França<br />
Beeline groupe 9,9 2007 n.d. Alemanha<br />
Satellite 6,3 2007 200<br />
França<br />
Clio blue 6,3 2007 330 França
isabelle@clioblue.com<br />
www.clioblue.com<br />
Bijoux Burma<br />
8, Boulevard <strong>de</strong>s Capucines<br />
75009 Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 42 66 27 09<br />
www.bijouxburma.com<br />
Cecile & Jeanne<br />
49, Avenue Daumesnil<br />
75012 Paris France<br />
Tel: +33 (0) 01 43 41 60 63<br />
c.chevrier@cecilejeanne.fr<br />
www.cecilejeanne.com<br />
Lollipops<br />
11, rue Greneta<br />
75003 – Paris - France<br />
Tel.: +33 1 41 83 2770<br />
Fax: +33 1 48 31 44 72<br />
contact@lollipops.fr<br />
www.lollipops.fr<br />
LGS SAS<br />
Les gens du Sud<br />
13, Rue <strong>de</strong>s Trois Journées<br />
66000 – Perpignan - France<br />
Tel.: 00 33 4 68 51 17 47<br />
Fax: 04 68 51 21 66<br />
contact@lgsbijoux.com<br />
www.lgsbijoux.com<br />
Scooter<br />
1O rue <strong>de</strong> Turbigo<br />
75001 Paris - France<br />
Tel.: +33(0) 1 45 08 89 31<br />
info@scooter-paris.com<br />
www.scooter.fr<br />
SK Créations<br />
189, rue d’Aubervilliers<br />
75018 - Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 55 26 99 20<br />
Fax: +33 (0)1 40 37 11 26<br />
info@skalli-paris.com<br />
www.skalli-paris.com<br />
Eliot Bijoux<br />
175, rue du Temple<br />
75003 - Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 44 54 59 01<br />
Fax: +33(0) 1 44 54 59 09<br />
contact@eliotbijoux.com<br />
www.eliotbijoux.com<br />
Nature<br />
279, av d’Allemagne Albasud<br />
82000 Montauban – France<br />
Tel.: +33 (0)5 63 23 03 95<br />
Fax : +33 (0)5 63 23 03 57<br />
35<br />
Bijoux Burma 5,4 2007 11 França<br />
-La Colombe<br />
d’Elie<br />
-Cecile & Jeanne<br />
Atelier<br />
-Cecile & Jeanne<br />
Voyages<br />
-Cecile & Jeanne<br />
5,0 2007 20 França<br />
Lollipops 5,0 2004 100 França<br />
Les gens du Sud 3,3 2007 n.d. França<br />
Scooter 2,9 2007 n.d. França<br />
Skalli 2,9 2007 132 França<br />
Eliot 2,6 2005 17 França<br />
Nature 2,4 2007 01 França<br />
35
www.nature.fr<br />
TGFA<br />
94, rue du Temple<br />
75003 Paris - France<br />
info@marclabat.com<br />
www.marclabat.com<br />
Ubu<br />
15 rue Portefoin<br />
75003 - Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 42 71 87 13<br />
Fax: +33(0)1 42 71 73 65<br />
info@ububijoux.com<br />
Anne Ghez Créations<br />
9, Rue Jacquemont<br />
75017 PARIS<br />
Tél. : +33(0)1.58.60.30.42<br />
Fax : +33(0)1.58.60.24.42<br />
www.anneghezcreations.fr<br />
Nerei<strong>de</strong>s Distr<br />
40, rue Tiquetonne<br />
75002 – Paris - France<br />
Fax: +33 (0)1 42 33 51 11<br />
www.lesnerei<strong>de</strong>s.com<br />
Metal Pointu’s<br />
46, rue Tiquetonne<br />
75002 - Paris - France<br />
Tel.: +33(0)1 42 33 24 83<br />
Fax: +33(0)1 42 33 46 96<br />
metalpointus@hotmail.fr<br />
Frey Wille Paris<br />
182,rue <strong>de</strong> Rivoli<br />
75001 - Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 42 60 03 03<br />
Fax: +33(0)1 42 60 47 60<br />
paris@frey-wille.com<br />
www.frey-wille.com<br />
JLN Taratata<br />
17, rue <strong>de</strong> Miséricor<strong>de</strong><br />
14000 Caen - France<br />
Tel.: +33(0)2 31 39 71 99<br />
Fax: +33 (0)2 31 39 58 58<br />
www.taratatabijoux.com<br />
Borgia<br />
BP 6615<br />
69466 Lyon Ce<strong>de</strong>x 06<br />
Tel.: +33(0)4 78 17 33 37<br />
Fax: +33 (0)4 78 17 33 39<br />
contact@borgia-bijoux.com<br />
Saoya<br />
83330 Ste Anne d’Evenos -<br />
France<br />
Tel: +33 (0)4 94 90 31 64<br />
www.saoya.com<br />
36<br />
Marc Labat 2,1 2007 162 França<br />
Ubu 2,0 2007 3 França<br />
Anne Ghez<br />
Créations<br />
1,5 2007 n.d.<br />
36<br />
França<br />
Les Nerei<strong>de</strong>s 1,5 2007 5 França<br />
Metal Pointu’s 1,5 2004 n.d. França<br />
Frey wille 1,4 2007 4 Austria<br />
Taratara 1,4 2008 n.d. França<br />
Rossi 1,3 2007 8 França<br />
Saoya 1,2 2007 n.d. França
Fontes: Precepta e sitios WEB respectivos.<br />
(*) número <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> vendas em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2006 (lojas próprias e/ou varejistas multimarcas).<br />
(n.d.) Dado não disponível.<br />
13.3. Principais atacadistas / importadores<br />
1. Amiralys Sarl<br />
2, Gran<strong>de</strong> Rue 01510 Artemare France<br />
Fax: +33 (0)9 50 07 74 18<br />
serviceclient@1001-bijoux.fr<br />
www.1001-bijoux.fr<br />
2. ANTIPODIA<br />
83, rue du Maréchal Foch, 95150 Taverny, France<br />
Tel.: +33 (0)1 34 18 85 75<br />
contact@antipodia.fr<br />
www.antipodia.fr/<br />
3. Bistar<br />
52, rue <strong>de</strong> Turbigo<br />
75003 - Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 49 96 98 00 Fax: 01 49 96 98 09<br />
info@bistar.fr<br />
www.bistar.fr<br />
Obs.: importador/distribuidor<br />
4. Bijouterie Pas Chère<br />
SARL KARELLE H<br />
40, Rue Jean Monnet Melpark Bat. 2<br />
68200 MULHOUSE - France<br />
Tel.: +33 (0)3 89 55 04 27 Fax : +33(0)3 89 53 90 71<br />
contact@bijouteriepaschere.com<br />
www.bijouteriepaschere.com<br />
5. Bijoux en ligne<br />
Ecofyl BP 22<br />
85170 Belleville Sur Vie - France<br />
Tel.: +33 (0)6 37 53 61 17<br />
info@bijouxenligne.net<br />
www.bijouxenligne.net<br />
6. Bijoux Fashion SALON A.<br />
10 rue Bellevue<br />
81600 – SENOUILLAC -FRANCE<br />
Tel: +33 (0)9 70 46 54 24<br />
contact@bijoux-fashion.com<br />
www.bijoux-fashion.com<br />
7. Curabet Sarl IJ3L<br />
Chemin <strong>de</strong> la Guille, La Cozonnière<br />
69290 Pollionnay - France<br />
info@curabet.com<br />
www.curabet.com/<br />
37<br />
37
8. GD Distribution Eurl<br />
6bis, rue <strong>de</strong>s écoles<br />
95500 Le Thillay - France<br />
contact@vertpastel.com<br />
www.vertpastel.com<br />
Obs.: atacadista + venda internet<br />
9. La Pangée<br />
18, rue <strong>de</strong> la Libération<br />
47200 Marman<strong>de</strong> - France<br />
Tel.: +33 (0)5 53 84 24 69 - +33 (0)6 32 90 18 81<br />
contact@lapangee-<strong>de</strong>co-bois.com<br />
http://www.lapangee-<strong>de</strong>co-bois.com<br />
Obs.: importador-distribuidor <strong>de</strong> bijuteria em ma<strong>de</strong>ira<br />
10. Sid Bijoux<br />
16, rue <strong>de</strong>s quatre fils<br />
75003 Paris, France<br />
Tél: 33 (0)1 42 74 61 44 - Fax: 33 (0)1 42 74 47 78<br />
sid@sid-bijoux.com<br />
www.sid-bijoux.com<br />
11. Shop France<br />
1, rue Henri Deslandres<br />
34500 Béziers - France<br />
Tel.: +33 (0)4 67 90 18 73<br />
contact@bijoutissimo.com<br />
www.bijoutissimo.com<br />
Obs.: atacadista<br />
12. TOPGROSSISTE.COM<br />
SARL BELLEATOUTPRIX<br />
99, Rue Jean Labro<br />
13016 MARSEILLE France<br />
Tel.: +33 (0)4.91.60.98.68.<br />
email : contact@topgrossiste.com<br />
www.topgrossiste.com<br />
13. Yvan <strong>de</strong> Véchy SARL (Degrifbijoux.com)<br />
35, Rue <strong>de</strong>s chantiers<br />
78000 Versailles France<br />
contact@<strong>de</strong>grifbijoux.com<br />
www.<strong>de</strong>grifbijoux.com<br />
13.4. Principais lojas <strong>de</strong> <strong>de</strong>partamento<br />
1. BHV<br />
4, rue du Temple<br />
75189 Paris Ce<strong>de</strong>x 4 - France<br />
Tel.: +33 1 42 74 90 00<br />
Fax: +33 1 42 74 96 79<br />
2. Galeries Lafayette<br />
38<br />
38
40, bd Haussmann<br />
75009 - Paris - France<br />
Tel.: +33 1.42.82.34.56<br />
Fax: +33 1.42.82.80.27<br />
www.galerieslafayette.com<br />
3. Le Bon Marché<br />
24, rue <strong>de</strong>s Sèvres<br />
75007 Paris – France<br />
Tel.: +33 1 44 39 80 00<br />
Fax: +33 1 44 39 80 50<br />
www.lebonmarche.fr<br />
Obs.: apenas uma loja em Paris voltada para a classe A.<br />
4. Printemps<br />
64, bd Haussmann<br />
75009 - Paris - France<br />
Tel.: +33 1 42 82 50 00<br />
www.printemps.com<br />
13.5. Principais empresas especializadas em vendas por correspondência<br />
1. Hypermarché Bon Prix<br />
Chemin du Verseau<br />
59708 Marcq en Baroeul Ce<strong>de</strong>x– France<br />
Tel.: +33 3 20 66 84 25<br />
Fax: +33 3 20 66 84 20<br />
www.bonprixservice.<strong>de</strong>/fr<br />
Obs.: venda pela Internet. Filial do grupo alemão OTTO Versand, lí<strong>de</strong>r <strong>de</strong> venda por<br />
correspondência na Alemanha.<br />
2. La Redoute<br />
101, Rue Boucher <strong>de</strong> Perthes<br />
59100 Roubaix - France<br />
Tel.: +33 3 20 68 95 30<br />
Fax: +33 3 20 68 95 39<br />
www.laredoute.fr<br />
3. 3 Suisses<br />
12 rue Centenaire<br />
59963 Croix Ce<strong>de</strong>x - France<br />
Tel.: +33 3 20 20 30 30<br />
Fax: +33 3 20 20 30 50<br />
www.3suisses.fr<br />
13.6. Principais sítios na Internet, especializados em bijuteria<br />
1. CPM Créations<br />
La Guittière<br />
86260 - Saint Pierre <strong>de</strong> Maillé – France<br />
Tel.: +33 (0)5 49 84 93 11<br />
www.bijoux-mouret.com<br />
39<br />
39
2. Elioka (Duhokotu SL)<br />
Flamingo Park<br />
Fase 1 F11<br />
29680 Estepona – Espagne<br />
info@elioka.com<br />
www.elioka.com<br />
3. Olivolga<br />
1, Avenue <strong>de</strong>s Sources<br />
21590 - Santenay - France<br />
Tel.: +33(0)8 75 88 38 15<br />
contact@olivolga.com<br />
www.olivolga.com<br />
4. Pacoti-Pacota<br />
4, rue <strong>de</strong> la Poste<br />
57380 - Faulquemont - France<br />
Tel.: +33(0)8 77 15 90 10<br />
Fax: +33(0)3 87 29 90 10<br />
contact@pacoti-pacota.fr<br />
www.pacoti-pacota.fr<br />
14. Associações e entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classe no ramo <strong>de</strong> bijuteria<br />
1. CCIP – Chambre <strong>de</strong> Commerce et d’Industrie <strong>de</strong> Paris<br />
(Câmara do Comércio e da Indústria <strong>de</strong> Paris)<br />
Direction <strong>de</strong>s Actions et <strong>de</strong> la Coopération Internationales<br />
2, rue <strong>de</strong> Viarmes<br />
75001 Paris - France<br />
Tel.: 33 1 55 65 36 73 Fax: 33 1 55 65 36 92<br />
Site: www.international.ccip.fr<br />
2. Chambre <strong>de</strong> Commerce International<br />
(Câmara <strong>de</strong> Comércio Internacional)<br />
38, Cours Albert 1 er<br />
75008 – Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1 49 53 28 28 Fax: +33(0)1 49 53 29 42<br />
3. Chambre Syndicale BOCI (Câmara Sindical <strong>de</strong> Bijuteria, Joalheria, Objetos<br />
para Presente e Indústria)<br />
26, rue du Renard<br />
75004 - Paris - France<br />
Tel.: +33(0)1 42 77 07 37 Fax: +33(0)1 42 77 07 42<br />
info@boci.org<br />
www.boci.org<br />
4. CSBJO (Fe<strong>de</strong>ration Francaise Bijouterie, Joaillerie, Orfevrerie)<br />
58 rue du Louvre<br />
75002 - Paris - France<br />
Tel.: +33(0)1 40 26 98 00 - Fax: +33(0)1 40 26 29 51<br />
standard@bjop-france.com<br />
www.bjo-france.com<br />
40<br />
40
5. CSBFOR (Chambre Syndicale Nationale Bijouterie Fantasie, Orfevrerie Metaux<br />
Precieux Ca<strong>de</strong>aux)<br />
26 rue du Renard<br />
75004 – Paris - France<br />
Tel.: +33(0)1 42 77 07 37 - Fax: +33(0)1 42 77 07 42<br />
6.Comité Professionnel <strong>de</strong> Développement <strong>de</strong> l'Horlogerie, <strong>de</strong> la Bijouterie, <strong>de</strong> la<br />
Joaillerie <strong>de</strong> Orfèvrerie et <strong>de</strong>s arts <strong>de</strong> la table<br />
22, avenue Franklin<br />
Roosevelt<br />
75008 Paris<br />
Tel. : +33(0)1 53 77 29 00 - Fax : +33(0)1 43 59 02 74<br />
info@cpdhbjo.com<br />
www.cpdhbjo.com<br />
7. Fe<strong>de</strong>ration <strong>de</strong>s Detaillants HBJO<br />
249, rue Saint Martin<br />
75003 - Paris - France<br />
Tel.: +33(0)1.44.54.34.00<br />
8. Fédération Nationale HBJO (Fe<strong>de</strong>ração Nacional <strong>de</strong> Relojoaria, Bijuteria,<br />
Joalheria e Objetos para Presente)<br />
249, rue Saint-Martin<br />
75003 - Paris - France<br />
Tel.: +33(0)1 44 54 34 00<br />
Fax: +33(0)1 44 54 34 07<br />
www.fe<strong>de</strong>hbjo.com<br />
Outros en<strong>de</strong>reços<br />
1. Bibliotheque <strong>de</strong>s Arts Decoratifs<br />
111, rue <strong>de</strong> Rivoli<br />
75001 – Paris – France<br />
Tel.: +33(0)1.44.55.59.20<br />
2. Bibliotheque Forney (especializada em bijuteria)<br />
1, rue du Figuier<br />
75004 - Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1.42.78.14.60<br />
3. Compagnie Générale <strong>de</strong> L’Or (Companhia Geral do Ouro)<br />
53, rue Vivienne<br />
75002 Paris - France<br />
Tel.: +33 (0)1.42.33.14.98<br />
info@cgo.com<br />
www.cgo.com<br />
4. DNGSI - Direction Nationale <strong>de</strong> Services <strong>de</strong> la Garantie<br />
14, rue Perrée<br />
75003 - Paris - France<br />
Tel.: + 331.44.54.57.07 - Fax: + 331.44.54.57.00<br />
41<br />
41
15. Conclusões e recomendações gerais<br />
O setor <strong>de</strong> bijuterias francês possui um consumo aparente <strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 1,8<br />
bilhões <strong>de</strong> euros, hoje dominado por produtos chineses e <strong>de</strong> Hong Kong. Entretanto,<br />
esses produtos estão em baixa e a tendência atual dos gran<strong>de</strong>s compradores<br />
mundiais em relação a artigos produzidos em países em <strong>de</strong>senvolvimento é <strong>de</strong><br />
somente efetivar compras após constatar que o produto esteja obe<strong>de</strong>cendo as normas<br />
ambientais e sociais. Essa perda <strong>de</strong> preferência por produtos chineses pelo<br />
consumidor francês po<strong>de</strong>rá trazer benefício para os produtos brasileiros.<br />
Diante da gran<strong>de</strong> segmentação do mercado francês <strong>de</strong> artigos <strong>de</strong> bijuteria, é<br />
imperativo apresentar algum diferencial que possibilite a entrada do produto no país e<br />
o caminho mais fácil para a sua penetração parece ser através dos importadores/<br />
distribuidores ou das ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> lojas. Trata-se <strong>de</strong> um ramo <strong>de</strong> forte concorrência, os<br />
distribuidores recebem ofertas novas constantemente.<br />
As marcas <strong>de</strong>finem minuciosamente suas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s e seu público-alvo. O<br />
mercado é bastante extenso, o público-alvo vai <strong>de</strong>s<strong>de</strong> crianças até adultos <strong>de</strong> ambos<br />
os sexos. A escala <strong>de</strong> estilos aumenta da mesma forma que a escala <strong>de</strong> preços. O<br />
primeiro passo é <strong>de</strong>finir em que canal e em qual faixa <strong>de</strong> preço o produto se enquadra.<br />
Com essa i<strong>de</strong>ntificação fica mais fácil <strong>de</strong>finir o campo <strong>de</strong> atuação e contatar as<br />
empresas certas. Um produto inovador, que apresente uma relação correta entre<br />
preço e qualida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong> ter uma perspectiva favorável na procura <strong>de</strong> um distribuidor.<br />
Vale notar que o mercado francês para artigos <strong>de</strong> bijuteria possui significativa<br />
perspectiva <strong>de</strong> crescimentos e se beneficia <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> dinamismo <strong>de</strong>mográfico, o que<br />
favorece o potencial <strong>de</strong> crescimento econômico. A população francesa aumentou em<br />
4,2% entre 2000 e 2007. Esse crescimento não está ligado ao fluxo migratório, mas<br />
sim à taxa <strong>de</strong> natalida<strong>de</strong> que quase atingiu o teto <strong>de</strong> renovação geracional. Segundo<br />
estudo da Precepta, as <strong>de</strong>spesas dos consumidores franceses com bijuteria evoluíram<br />
<strong>de</strong> 30% por família e <strong>de</strong> 21% per capita, entre 1997 e 2007.<br />
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