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Desdobramentos do Socioconstrutivismo na Prática da ... - aedb

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Embora discurso e prática se apresentem imbuí<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s mesmos ideais, os problemas<br />

surgem no momento em que esses professores se deparam com a aparente dificul<strong>da</strong>de <strong>do</strong><br />

aluno. De imediato, busca-se responsabilizar esta nova proposta de alfabetização pelo<br />

reconheci<strong>do</strong> insucesso <strong>do</strong> alfabetizan<strong>do</strong>, com a certeza de que só pelo méto<strong>do</strong> tradicio<strong>na</strong>l<br />

será possível reverter o processo. A partir <strong>da</strong>í, tem-se a impressão de que tu<strong>do</strong> pode ser<br />

realiza<strong>do</strong> para que o aluno apren<strong>da</strong>. Isto implica seriamente mu<strong>da</strong>nça radical <strong>da</strong>s<br />

estratégias que passam a ser estabeleci<strong>da</strong>s com base nos princípios tradicio<strong>na</strong>is. Isto é, as<br />

ativi<strong>da</strong>des passam a ser propostas e desenvolvi<strong>da</strong>s segun<strong>do</strong> um planejamento inflexível e<br />

fecha<strong>do</strong>, no qual não se valoriza o saber e a participação discente. De alguma maneira, tal<br />

fato parece não constranger esses professores que, por razões por eles julga<strong>da</strong>s como<br />

superiores, sublimam seus próprios ideais teóricos e sentem-se como que absolvi<strong>do</strong>s por<br />

adquirirem tal postura. Essa situação sugere a idéia de que se reconheça serie<strong>da</strong>de, rigor e<br />

planejamento somente nos méto<strong>do</strong>s tradicio<strong>na</strong>is, em contraparti<strong>da</strong> a um certo<br />

espontaneísmo admiti<strong>do</strong> <strong>da</strong>s propostas que procuram a<strong>da</strong>ptar-se à cultura pessoal <strong>do</strong>s<br />

educan<strong>do</strong>s e suas especifici<strong>da</strong>des, e percebê-los como sujeitos de sua alfabetização.<br />

Embora no contexto <strong>da</strong> pesquisa em an<strong>da</strong>mento não se identifique tal situação, a professora<br />

a reconhece como uma possibili<strong>da</strong>de de uma prática <strong>do</strong>cente, quan<strong>do</strong> se refere à<br />

experiências de outros profissio<strong>na</strong>is em contextos diferencia<strong>do</strong>s.<br />

Considerações fi<strong>na</strong>is<br />

No processo de alfabetização basea<strong>do</strong> nos estu<strong>do</strong>s de Emília Ferreiro, vários são os<br />

caminhos que podem ser trilha<strong>do</strong>s pelos grupos, de forma que a utilização de méto<strong>do</strong>s<br />

tradicio<strong>na</strong>is ou inova<strong>do</strong>res aconteça, desde que mediante a sua adequação à reali<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s<br />

alunos. Isto significa que é viável a diversi<strong>da</strong>de <strong>do</strong>s méto<strong>do</strong>s, <strong>na</strong> medi<strong>da</strong> em que se<br />

prioriza a maneira e o ritmo pelos quais o aluno aprende. Porém, tais mu<strong>da</strong>nças não são<br />

concebi<strong>da</strong>s como redentoras de dificul<strong>da</strong>des, mas sim como possibili<strong>da</strong>des de avanços. Há<br />

de se ter atenção às possíveis tramas que podem decorrer <strong>do</strong> esforço de se contemplar as<br />

especifici<strong>da</strong>des <strong>do</strong>s alunos, com o propósito de não correr o risco de perder-se <strong>do</strong> objetivo.<br />

Esta perspectiva de trabalho considera que “os ritmos de aprendizagem variam, as<br />

experiências anteriores <strong>do</strong>s alunos com a leitura e a escrita também” (CARVALHO, 2005,<br />

p. 16). Portanto, é preciso que ao longo de to<strong>do</strong> o processo se tenha espaço para refletir<br />

sobre os avanços <strong>na</strong> concepção de escrita de ca<strong>da</strong> aluno, bem como possíveis entraves<br />

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