Maçonaria Tensões e Perguntas

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17.04.2013 Views

maçonaria atual, seguidos por H. W. Coil, Newton, Duncan, Clausen, Waite, Mellor et. a!. Assim, as raízes históricas não vêm diretamente das religiões pagãs; o ocultismo, em parte, foi imposto à fraternidade. Por outro lado, discordar de que a maçonaria originou-se diretamente das religiões pagãs não significa negar que os símbolos maçônicos encerram um significado ocultista. As questões principais não são tanto históricas, mas filosóficas: de onde vêm os símbolos maçônicos usados hoje? E, ainda mais importante, quais são as interpretações normativas desses símbolos dentro da confraria? Os limites do presente trabalho exigem um resumo desse tópico, que é ao mesmo tempo abrangente e fundamental. Há uma crescente dominância das interpretações explicitamente ocultas acerca dos símbolos da maçonaria. Albert Pike e Manly P. Hall eram conhecidos como cabalistas e luciferianos,[91] e sua influência é notável nos graus mais altos da maçonaria. Pike declarou que "a cabala é a chave das ciências ocultas" e “todas as associações maçônicas devem a ela [a cabala] seus símbolos e seus segredos”.[92] Junto com a cabala, a maçonaria bebe livremente das fontes da filosofia hermética, do rosicrucianismo, das religiões orientais e da Nova Era. O mais condecorado maçom do mundo, H. V. B. Voorhis, autor de vinte e seis livros, declara que existe um nível da maçonaria - “mais profundo do que a membresia geral compreende” - chamado de maçonaria oculta.[93] O Soberano Grande Comendador Henry C. Clausen promulga “a verdadeira Nova Era” com “nosso altar no Oriente” e a “divindade em todas as coisas”.[94] No Brasil, quase não há exceção à simbologia oculta, existindo centenas de livros que defendem as interpretações cabalistas, alquimistas, gnósticas, teosofistas e espíritas dos ritos e símbolos da maçonaria.[95] Já observamos os nomes atribuídos a Deus (JABULOM, Abadom), a missa maçônica da Semana Santa e certos ritos e juramentos, com suas implicações pagãs. Símbolos como a estrela invertida (pentalfa, sinal comum do satanismo), a serpente, a pirâmide com o olho esquerdo, crânios humanos, o bafomet (cabra de Mendes, deus do Egito) etc. dificilmente são neutros, e muito menos cristãos.[96] Infelizmente, justamente por serem símbolos ocultos, é impossível provar por completo seu significado absoluto sem que se profira outra interpretação. Com a União Batista da Escócia, concluímos: “Certamente, todo o complexo de idéias inerentes à maçonaria traz semelhanças precisas com o ocultismo, estando em nítido contraste com a pureza e a simplicidade do evangelho, e seria inconsistente com o 'caminhar na luz' do cristão”.[97] Provavelmente, segundo Ankerberg,[98] com o novo misticismo mundial (e sem dúvida no Brasil), a fraternidade e o ocultismo estarão cada vez mais servindo um ao outro - os maçons sendo levados às artes negras, e os ocultistas infiltrando-se e dominando a maçonaria. CONCLUSÃO

Baseado em sua extensa pesquisa, Stephen Knight - que não é nem cristão, nem maçom - observa o seguinte: "A maçonaria está extremamente preocupada em ter - ou parecer que tem - boas relações com todas as igrejas cristãs".[99] Ele prossegue dizendo que, dentro da igreja, o poder maçônico é tão forte que "a igreja... não ousa ofender ou provocar milhares de leigos influentes e, muitas vezes, financeiramente abastados, investigando as implicações religiosas da maçonaria.[100] Notamos as evidências de que: (1) é possível obter um conhecimento adequado da filosofia e das cerimônias da maçonaria; (2) a fraternidade é, em todos os elementos básicos da definição, religiosa por natureza; (3) o uso da Bíblia é meramente simbólico, sendo os ensinos reinterpretados conforme qualquer filosofia que o maçom quiser; (4) o vago conceito do G.A.D.U. maçônico é compatível com toda religião; (5) há uma omissão quase absoluta de referências sobre Jesus Cristo, mas não de vários outros líderes religiosos; (6) o homem, bom em si mesmo, torna-se aceitável por sua própria justiça diante do G.A.D.U.; e (7) há elos cada vez mais fortes com o ocultismo, os quais, de fato, saturam os ritos e símbolos maçônicos. Portanto, fica autoevidente que a religião maçônica é ambígua, mas não vazia. E é justamente essa ambigüidade, assim como as religiões sincretistas do Egito, de Caná, da Babilônia da antiga cultura grega e do Império Romano - sempre vistas na Bíblia como falsas e diabólicas - que torna a maçonaria totalmente incompatível com a fé cristã. Mas o enigma continua. Como cristãos, e até mesmo pastores evangélicos, podem pertencer à loja? Por um lado, "é impossível... manchar os caráteres de tantos maçons ilustres com a adoração ao diabo".[101] Há indivíduos bons na irmandade. E nem todas as lojas e ordens funcionam com a mesma ênfase em seus ensinos religiosos e filosóficos. Por outro lado, uma vez dentro da confraria, é difícil sair. Diante de poderosos membros da sociedade, o cristão maçom faz juramentos solenes de segredos. Pode-se dizer, também, que o cristão geralmente permanece nos graus inferiores, muitas vezes mantendo uma ignorância intencional para aproveitar as ligações privilegiadas.[102] Sem dúvida, muitos cristãos maçons justificam-se com razões sentimentais por se sentirem bem e aceitos na irmandade elite, não fazendo nenhuma reflexão religiosa. Como há outros cristãos na Ordem, ele se engana, evitando as inescapáveis implicações dos ritos, palestras e escritos dos mais adeptos, e explica-se dizendo que, de uma forma ou de outra, está servindo a Deus. Visto de uma maneira mais crítica, ele adora 11m deus falso, cala seu testemunho de Cristo, aceita o fato de que o homem pode salvar a si mesmo, contribui com mensalidades e taxas para cada grau e, assim, colabora tacitamente para a perdição dos outros maçons que precisam da verdadeira luz. Alva J. McClain, fundador do Grace Theological Seminary, apresenta quatro explicações para o fato de o chamado cristão permanecer na Maçonaria.[103] (1) Ele não entende de que consiste o cristianismo

maçonaria atual, seguidos por H. W. Coil, Newton, Duncan, Clausen,<br />

Waite, Mellor et. a!. Assim, as raízes históricas não vêm diretamente das<br />

religiões pagãs; o ocultismo, em parte, foi imposto à fraternidade.<br />

Por outro lado, discordar de que a maçonaria originou-se diretamente<br />

das religiões pagãs não significa negar que os símbolos maçônicos<br />

encerram um significado ocultista. As questões principais não são tanto<br />

históricas, mas filosóficas: de onde vêm os símbolos maçônicos usados<br />

hoje? E, ainda mais importante, quais são as interpretações normativas<br />

desses símbolos dentro da confraria? Os limites do presente trabalho<br />

exigem um resumo desse tópico, que é ao mesmo tempo abrangente e<br />

fundamental. Há uma crescente dominância das interpretações<br />

explicitamente ocultas acerca dos símbolos da maçonaria. Albert Pike e<br />

Manly P. Hall eram conhecidos como cabalistas e luciferianos,[91] e sua<br />

influência é notável nos graus mais altos da maçonaria. Pike declarou<br />

que "a cabala é a chave das ciências ocultas" e “todas as associações<br />

maçônicas devem a ela [a cabala] seus símbolos e seus segredos”.[92]<br />

Junto com a cabala, a maçonaria bebe livremente das fontes da filosofia<br />

hermética, do rosicrucianismo, das religiões orientais e da Nova Era. O<br />

mais condecorado maçom do mundo, H. V. B. Voorhis, autor de vinte e<br />

seis livros, declara que existe um nível da maçonaria - “mais profundo<br />

do que a membresia geral compreende” - chamado de maçonaria<br />

oculta.[93] O Soberano Grande Comendador Henry C. Clausen<br />

promulga “a verdadeira Nova Era” com “nosso altar no Oriente” e a<br />

“divindade em todas as coisas”.[94] No Brasil, quase não há exceção à<br />

simbologia oculta, existindo centenas de livros que defendem as<br />

interpretações cabalistas, alquimistas, gnósticas, teosofistas e espíritas<br />

dos ritos e símbolos da maçonaria.[95] Já observamos os nomes<br />

atribuídos a Deus (JABULOM, Abadom), a missa maçônica da Semana<br />

Santa e certos ritos e juramentos, com suas implicações pagãs.<br />

Símbolos como a estrela invertida (pentalfa, sinal comum do<br />

satanismo), a serpente, a pirâmide com o olho esquerdo, crânios<br />

humanos, o bafomet (cabra de Mendes, deus do Egito) etc. dificilmente<br />

são neutros, e muito menos cristãos.[96] Infelizmente, justamente por<br />

serem símbolos ocultos, é impossível provar por completo seu<br />

significado absoluto sem que se profira outra interpretação.<br />

Com a União Batista da Escócia, concluímos: “Certamente, todo o<br />

complexo de idéias inerentes à maçonaria traz semelhanças precisas<br />

com o ocultismo, estando em nítido contraste com a pureza e a<br />

simplicidade do evangelho, e seria inconsistente com o 'caminhar na<br />

luz' do cristão”.[97] Provavelmente, segundo Ankerberg,[98] com o novo<br />

misticismo mundial (e sem dúvida no Brasil), a fraternidade e o<br />

ocultismo estarão cada vez mais servindo um ao outro - os maçons<br />

sendo levados às artes negras, e os ocultistas infiltrando-se e<br />

dominando a maçonaria.<br />

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