17.04.2013 Views

Il signore Alfonso Bovero: um anatomista ilustre na ... - RiMe - Cnr

Il signore Alfonso Bovero: um anatomista ilustre na ... - RiMe - Cnr

Il signore Alfonso Bovero: um anatomista ilustre na ... - RiMe - Cnr

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>RiMe</strong>, n. 6, giugno 2011, pp. 353-373. ISSN 2035-794X<br />

<strong>Il</strong> <strong>signore</strong> <strong>Alfonso</strong> <strong>Bovero</strong>:<br />

<strong>um</strong> <strong>a<strong>na</strong>tomista</strong> <strong>ilustre</strong> <strong>na</strong> terra dos bandeirantes,<br />

São Paulo 1914-1937<br />

Introdução<br />

André Mota<br />

Acompanhamos aqui a presença do médico e <strong>a<strong>na</strong>tomista</strong> italiano<br />

<strong>Alfonso</strong> <strong>Bovero</strong> (1871-1937), a partir de sua chegada a São Paulo,<br />

em 1914, e sua trajetória médica e intelectual <strong>na</strong> Faculdade de<br />

Medici<strong>na</strong> e Cirurgia de São Paulo. Igualmente, buscamos indícios que<br />

recomponham sua partida de volta a Turim em 1937, quando veio a<br />

falecer, e a forma pela qual sua memória foi sendo erguida <strong>na</strong>s<br />

décadas seguintes, sobretudo pela elite médica formada <strong>na</strong><br />

Faculdade de Medici<strong>na</strong>. Em s<strong>um</strong>a, pretende-se seguir <strong>um</strong><br />

determi<strong>na</strong>do homem no tempo e, mesmo que a intenção não seja a<br />

de ape<strong>na</strong>s construir sua “história de vida”, a pesquisa passará<br />

necessariamente por sua biografia 1 .<br />

O recurso à observação do campo biográfico pretende capturar<br />

como certos mitos de origem passam a ser “criados” e introduzidos<br />

<strong>na</strong> memória de <strong>um</strong> biografado. Para isso:<br />

(...) o significado de <strong>um</strong>a vida nunca é unívoco, só pode decli<strong>na</strong>r-se<br />

no plural, não ape<strong>na</strong>s pelo fato das mudanças que a atravessia do<br />

tempo implica, mas também pela importância a conceder à recepção<br />

do biografado e de sua obra é correlativa do momento considerado e<br />

do meio que deles se apropria 2 .<br />

Nesse sentido, o tratamento metodológico da doc<strong>um</strong>entação<br />

pesquisada deve, por <strong>um</strong> lado, levantar, orde<strong>na</strong>r e interpretar suas<br />

informações, dando ao objeto histórico <strong>um</strong> direcio<strong>na</strong>mento lógico, e,<br />

por outro, atentar ao risco de se produzir <strong>um</strong>a <strong>na</strong>rrativa histórica<br />

«fundante, atemporal e totalizante». Para isso, a história deve ser<br />

1 Vavy Pacheco BORGES, “O ‘eu’ e o ‘outro’ <strong>na</strong> relação biográfica: alg<strong>um</strong>as<br />

reflexões”, in Márcia NAXARA - Izabel MARSON - Marion BREPOHL (orgs.), Figurações<br />

do outro <strong>na</strong> história, Uberlândia, Edufu, 2009.<br />

2 François DOSSE, O desafio biográfico: escrever <strong>um</strong>a vida, trad. Gilson C.C. SOUZA,<br />

São Paulo, Edusp, 2009, p. 375.<br />

353

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!