17.04.2013 Views

Lição 1 Ester Torna-se Rainha Ester 1:1-2:18 Versículo: Efésios 1:3 ...

Lição 1 Ester Torna-se Rainha Ester 1:1-2:18 Versículo: Efésios 1:3 ...

Lição 1 Ester Torna-se Rainha Ester 1:1-2:18 Versículo: Efésios 1:3 ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Versículo</strong>: <strong>Efésios</strong> 1:3<br />

O Império do Rei Assuero<br />

<strong>Lição</strong> 1<br />

<strong>Ester</strong> <strong>Torna</strong>-<strong>se</strong> <strong>Rainha</strong><br />

<strong>Ester</strong> 1:1-2:<strong>18</strong><br />

O povo judeu vivia na Babilónia pagã. Porque eles haviam desobedecido o Senhor,<br />

Deus permitira que fos<strong>se</strong>m levados da sua terra natal, Israel, como escravos para a<br />

Babilónia. Deus prometera aos judeus que após 70 anos de cativeiro, na Babilónia, Ele<br />

permitiria que voltas<strong>se</strong>m à sua própria terra, Israel. O profeta Isaías dis<strong>se</strong>ra a eles que o<br />

nome do rei que iria permitir-lhes voltar a Israel <strong>se</strong>ria Ciro, rei da Pérsia.<br />

Enquanto os judeus viviam na Babilónia, ob<strong>se</strong>rvavam os acontecimentos em volta<br />

deles e, embora o império babilónico pareces<strong>se</strong> poderoso demais para <strong>se</strong>r destruído, eles<br />

sabiam que, eventualmente poderia acontecer, porque o profeta de Deus, Daniel, dis<strong>se</strong>ra<br />

que o império persa destruiria o império babilónico.<br />

Enquanto o tempo passava, aconteceu exactamente como os profetas de Deus<br />

haviam predito. Durante o governo do rei babilónico, Belsazar, os persas tomaram o<br />

império babilónico, com a ajuda dos medos. Dois anos mais tarde, quando os judeus já<br />

completaram 70 anos de cativeiro na Babilónia, Ciro, o rei da Pérsia, deu-lhes permissão<br />

para voltar à terra natal deles, Israel, tal qual predis<strong>se</strong> o profeta Isaías.<br />

Nem todos os judeus escolheram voltar a habitar em Israel. Alguns como o profeta<br />

Daniel, eram muito velhos e fracos para empreenderem a extenuante viagem. Outros, <strong>se</strong>m<br />

dúvida, não estavam interessados em encarar a difícil tarefa de reconstruir as cidades em<br />

ruínas, porque haviam nascido na Babilónia e viviam confortavelmente lá.<br />

A Festa do Rei Assuero<br />

O rei que governava a Pérsia naquela época chamava-<strong>se</strong> Assuero. Na história ele é<br />

conhecido como Xerxes, que reinou de 486 a 465 A.C. Este rei persa era imensamente rico.<br />

Possuía o <strong>se</strong>u palácio de Inverno em Susã, a capital da Pérsia, que ficava a cerca de 3,288<br />

quilómetros a leste da Babilónia. O palácio era uma construção magnífica com belíssimos<br />

pisos em mármore nas cores vermelha, azul, branca e preta e ricas cortinas em geral, branca<br />

e verde. Era mobilado com peças em ouro e prata. A família real e <strong>se</strong>us convidados bebiam<br />

em taças do mais fino ouro, designadas individualmente a cada um e todas diferentes entre<br />

si.<br />

No 3° ano do reinado de Assuero, ele deu uma grande festa em <strong>se</strong>u magnífico<br />

palácio, para todos os nobres, príncipes e outras figuras importantes de todos os paí<strong>se</strong>s do<br />

<strong>se</strong>u império. Grandes preparativos para essa festa tiveram que <strong>se</strong>r feitos. O povo de Susã<br />

trabalhou duro para tornar o escrito perfeito de acordo com o de<strong>se</strong>jo do rei Assuero. No<br />

devido tempo, caravanas de todos os paí<strong>se</strong>s do mundo começaram a chegar a Susã.<br />

A grande festa finalmente começou e durou <strong>18</strong>0 dias - cerca de 6 me<strong>se</strong>s. Então a<br />

longa celebração terminou. E chegou o dia em que os convidados começaram a retornar a<br />

<strong>se</strong>us paí<strong>se</strong>s.<br />

Depois disso tudo, o rei Assuero decidiu fazer uma festa para todo o povo da cidade


de Susã, porque eles haviam trabalhado tão duramente, ajudando-o a entreter tantos<br />

convidados durante aqueles 6 me<strong>se</strong>s. O rei Assuero de<strong>se</strong>java recompensá-los e<br />

demonstrar-lhes a sua profunda apreciação por todo o trabalho deles. Até mesmo os pobres<br />

de Susã, tanto quanto os ricos, foram convidados a esta festa que durou 7 dias. Uma vez<br />

que não era costume naquela época que homens e mulheres festejas<strong>se</strong>m juntos, a rainha<br />

Vasti decidiu que ela iria entreter as mulheres de Susã, oferecendo também uma festa<br />

magnífica em <strong>se</strong>u palácio real. Estas duas festas tão brilhantes foram oferecidas<br />

<strong>se</strong>paradamente aos homens e mulheres de Susã.<br />

No sétimo e último dia da festa, depois que bebera vinho em excesso, o rei Assuero<br />

mandou chamar a sua esposa, a rainha Vasti, para apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> e <strong>se</strong>us convidados, de sorte<br />

que pudes<strong>se</strong>m apreciar a grande beleza da sua esposa e de<strong>se</strong>java exibir a sua adorável<br />

rainha a todos os homens de Susã. A rainha Vasti sabia que o rei, àquela altura, já havia<br />

bebido excessivamente e que poderia estar for a de si, agindo feito um louco e, comera o<br />

último dos <strong>18</strong>7 dias de festa, a rainha Vasti recusou-<strong>se</strong> a atender o convite do rei.<br />

Naqueles dias, uma esposa desobedecer o marido era um acontecimento inusitado,<br />

especialmente <strong>se</strong> ele fos<strong>se</strong> o rei que governava o mundo. Quando o rei Assuero sabia que a<br />

rainha recusara-<strong>se</strong> a vir, ficou envergonhado na pre<strong>se</strong>nça dos <strong>se</strong>us convidados e isto o<br />

deixou furioso com a desobediência dela. Ele reuniu o con<strong>se</strong>lho de homens sábios do reino<br />

para decidirem qual a punição a <strong>se</strong>r aplicada à rainha por <strong>se</strong>u óbvio, flagrante e público acto<br />

de desobediência ao <strong>se</strong>u comando.<br />

Um dos <strong>se</strong>us príncipes, Memucã, dis<strong>se</strong> ao rei Assuero: "Vasti, a rainha, não<br />

somente desobedeceu a Vossa Majestade, mas ela igualmente afrontou todos os homens do<br />

<strong>se</strong>u reino. Porque agora todas as mulheres do <strong>se</strong>u vastíssimo império <strong>se</strong>guirão o exemplo<br />

dela e decidirão que podem igualmente desobedecer os <strong>se</strong>us maridos. Pen<strong>se</strong> em todo o<br />

transtorno que isto irá causar em todos os lares do <strong>se</strong>u grande império! Eu o acon<strong>se</strong>lho a<br />

baixar um decreto estabelecendo que a rainha Vasti não tenha mais acesso à pre<strong>se</strong>nça do rei<br />

e que <strong>se</strong>ja escolhida outra rainha para tomar o lugar dela. Desta forma, quando as mulheres<br />

de Susã e de todo o <strong>se</strong>u reino ouvirem sobre a forma como a Vossa Majestade tratou com a<br />

desobediência da rainha e lerem o decreto, ela obedecerão cuidadosamente a <strong>se</strong>us<br />

maridos."<br />

O rei e os príncipes escutaram e ficaram muito satisfeitos com o con<strong>se</strong>lho de<br />

Memucã. Em con<strong>se</strong>quência, um comunicado foi expedido a todo o povo do império persa,<br />

estabelecendo que o chefe de família <strong>se</strong>ria <strong>se</strong>nhor em sua casa e que as esposas todos<br />

deveriam submeter-<strong>se</strong> à liderança de <strong>se</strong>us maridos.<br />

O rei Assuero imediatamente destituiu a rainha Vasti de <strong>se</strong>u trono. Isto,<br />

naturalmente, foi muito chocante para a cidade de Susã e para o mundo todo, quando a<br />

mensagem do rei espalhou-<strong>se</strong> por todo o vasto império.<br />

Depois disso tudo, o rei Assuero <strong>se</strong>ntiu-<strong>se</strong> muito solitário. Ele <strong>se</strong>ntia a falta da sua<br />

esposa. Talvez ele a de<strong>se</strong>jas<strong>se</strong> de volta, mas ele mesmo assinara um decreto real<br />

destituindo-a do trono. Além disso, era sabido por todos, que as leis dos medos e persas não<br />

podiam <strong>se</strong>r revogadas. O rei Assuero, mesmo que de<strong>se</strong>jas<strong>se</strong>, não poderia mudar uma lei<br />

feita por ele mesmo.<br />

Os <strong>se</strong>rvos do rei notaram que ele parecia cada vez mais triste e solitário. Para tornar<br />

o rei feliz, eles sugeriram a ele que procuras<strong>se</strong> outra rainha para o lugar de Vasti. Eles<br />

ofereceram-<strong>se</strong> para vasculhar todo o reino a fim de encontrar as jovens mais belas para que<br />

ele pudes<strong>se</strong> escolher entre elas a nova rainha.


O rei gostou da sugestão. Assim, ele escolheu oficiais em todas as províncias do <strong>se</strong>u<br />

reino a fim de <strong>se</strong>leccionar as jovens mais belas do <strong>se</strong>u reino e enviá-la ao palácio real.<br />

Dentre essas lindas mulheres o rei deveria escolher aquela que <strong>se</strong>ria a nova rainha do<br />

império persa.


<strong>Versículo</strong>: Romanos 8:28<br />

<strong>Ester</strong> é escolhida como candidata a rainha<br />

<strong>Lição</strong> 2<br />

A coroação de <strong>Ester</strong><br />

<strong>Ester</strong> 2<br />

Em Susã vivia um velho judeu chamado Mordecai. Ele assumira a responsabilidade<br />

de criar e educar a sua prima órfã, cujo nome era <strong>Ester</strong>. Ela perdera os pais quando era<br />

criancinha e ele a tomara para criar como <strong>se</strong> fos<strong>se</strong> a sua própria filha. <strong>Ester</strong> considerava<br />

Mordecai como o <strong>se</strong>u próprio pai e <strong>se</strong>mpre for a muito obediente a ele. Eles eram muito<br />

chegados, muito amigos um do outro.<br />

<strong>Ester</strong> era uma linda jovem judia. Ela logo despertou a atenção dos oficiais do rei<br />

que estavam a procura duma nova esposa para o rei.<br />

<strong>Ester</strong> recebeu ordens para deixar a sua casa e o <strong>se</strong>u primo Mordecai e mudar-<strong>se</strong> para<br />

o palácio real. Antes de ela mudar-<strong>se</strong>, Mordecai advertiu-a para que não contas<strong>se</strong> a<br />

ninguém a sua origem porque, embora naqueles dias o povo da Babilónia fos<strong>se</strong> bem<br />

tolerante com os judeus, ainda assim existia uma certa desconfiança da parte deles em<br />

relação aos jovens. Talvez essa desconfiança decorres<strong>se</strong> do facto de o povo judeu <strong>se</strong>r muito<br />

trabalhador e prosperar financeiramente, o que despertava ciúmes nos demais. Talvez<br />

alguns <strong>se</strong> res<strong>se</strong>ntis<strong>se</strong>m das suas leis for a do comum, tais como o guarda do sábado e<br />

abstenção de certas comidas. Mordecai não de<strong>se</strong>java que a sua amada <strong>Ester</strong> fos<strong>se</strong><br />

envolvida em dificuldades por causa da sua nacionalidade, por isso acon<strong>se</strong>lhou-a a manter<br />

<strong>se</strong>gredo. Como <strong>Ester</strong> <strong>se</strong>mpre for a obediente a Mordecai, ela fez tal qual ele mandou.<br />

<strong>Ester</strong> foi trazida ao palácio para juntar-<strong>se</strong> as muitas outras jovens candidatas a<br />

ocupar o trono como rainha do império persa. Ninguém no palácio descobriu que <strong>Ester</strong> era<br />

judia. Evidentemente, cada uma das jovens, trazidas para o palácio de<strong>se</strong>java <strong>se</strong>r a nova<br />

rainha. Este foi provavelmente o mais importante concurso de beleza jamais realizada.<br />

<strong>Ester</strong> no Palácio Real<br />

Viver no lindo palácio real era algo muito diferente da vida simples a que <strong>Ester</strong><br />

estava acostumada. Em sua casa, ela possuía <strong>se</strong>te mucamas para <strong>se</strong>u <strong>se</strong>rviço pessoal. Ela<br />

tratava essas <strong>se</strong>rvas gentilmente e tornou-<strong>se</strong> amiga delas. Sendo uma crente no Deus<br />

verdadeiro, ela sabia que não deveria <strong>se</strong>r nem egoísta, nem orgulhosa.<br />

Talvez essa atitude tenha feito com que Hegai, guarda das mulheres, responsável<br />

por todas as jovens candidatas a rainha, passas<strong>se</strong> a apreciar <strong>Ester</strong> de forma especial. Entre<br />

todas as belas jovens, <strong>Ester</strong> destacava-<strong>se</strong>. Havia algo de diferente nela. Embora todas as<br />

jovens fos<strong>se</strong>m lindas, <strong>Ester</strong> possuía algo diferente, que as outras não tinham: beleza<br />

interior. Sua fé em Deus fazia com que tives<strong>se</strong> um brilho e encanto que as outras não<br />

possuíam. Este rapidamente tornou-<strong>se</strong> a favorita de Hegai, o encarregado da casa das<br />

jovens. Ele instalou <strong>Ester</strong> e as suas coisas no melhor lugar no palácio e também <strong>se</strong> mostrou<br />

muito bondoso para com ela em todos os aspectos.<br />

As jovens candidatas precisavam de preparar-<strong>se</strong> muito especialmente antes de<br />

<strong>se</strong>rem apre<strong>se</strong>ntadas ao rei Assuero. Durante 6 me<strong>se</strong>s elas eram tratadas com óleo de mirra


para que a pele delas ficas<strong>se</strong>m macia e linda. Depois, por mais 6 me<strong>se</strong>s elas usavam<br />

perfumes e outros cosméticos para completar o <strong>se</strong>u tratamento de beleza. Provavelmente<br />

muitas dessas raparigas tornaram-<strong>se</strong> vaidosas e egoístas após ficarem um ano inteiro<br />

somente a cuidar da sua própria beleza.<br />

Uma a uma, cada jovem era chamada a apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> ao rei. Quando chegava a<br />

oportunidade da apre<strong>se</strong>ntação, cada jovem podia pedir o que de<strong>se</strong>jas<strong>se</strong> para adornar-<strong>se</strong> e<br />

ficar mais atraente para o rei. <strong>Ester</strong> não solicitou nada além daquilo que Hegai<br />

providenciou para ela. Ela demonstrava possuir um espírito submisso e de<strong>se</strong>josa de receber<br />

orientação dos outros. Sua simplicidade fez com que a sua beleza <strong>se</strong> tornas<strong>se</strong> magnífica em<br />

contraste com o excesso de enfeitos usados pelas outras jovens. Em I Pedro 3:4, a palavra<br />

de Deus diz-nos que o mais precioso ornamento da mulher é um "espírito manso e<br />

tranquilo". <strong>Ester</strong> com certeza possuía essas qualidades.<br />

<strong>Ester</strong> Perante o Rei<br />

O coração de <strong>Ester</strong> deve ter batido muito forte quando chegou a vez dela de<br />

comparecer perante o rei. Quando o rei Assuero a olhou, ficou encantado com a<br />

extraordinária beleza dela. Mas isto não era tudo. Ele notou que havia algo diferente em<br />

<strong>Ester</strong>, algo que a destacava entre todas as moças que ele já vira. Ela possuía beleza interior<br />

tão intensa quanto a beleza exterior. Ele gostou disso. O rei Assuero imediatamente<br />

escolheu-a entre todas as jovens que já lhe haviam sido apre<strong>se</strong>ntadas. Por isso, ele escolheu<br />

<strong>Ester</strong> para a sua esposa e rainha do império da Pérsia.<br />

A coroação de <strong>Ester</strong><br />

O rei Assuero planejou uma cerimónia de coroação bem especial. Ele convidou<br />

todos os <strong>se</strong>us príncipes e todos os <strong>se</strong>us <strong>se</strong>rvos para celebrarem a coroação de <strong>Ester</strong> como<br />

rainha da Pérsia. Que honra para <strong>Ester</strong>, quando o rei Assuero colocou a coroa real em sua<br />

cabeça! Ela era agora a rainha sobre todo o império persa, que dominara o mundo de então.<br />

O rei estava tão feliz e em tão boa disposição de espírito, que distribuiu pre<strong>se</strong>ntes entre os<br />

<strong>se</strong>us palacianos e até mesmo reduziu os impostos, para celebrar a coroação da nova rainha.<br />

Deus permitiu que esta jovem judia fos<strong>se</strong> escolhida entre todas do reino, porque<br />

Deus tinha um plano muito especial para <strong>Ester</strong>. Embora <strong>Ester</strong> desconheces<strong>se</strong> o plano de<br />

Deus, Deus mesmo o conhecia muito bem. Às vezes nós não compreendemos as coisas que<br />

nos acontecem. Podemos ficar confusos, perturbados ou ficarmos alegres com outros<br />

acontecimentos em nossas vidas, mas nós precisamos de confiar em Deus porque Ele está<br />

traçando um lindo plano para as nossas vidas.<br />

Uma grande calamidade estava a acontecer na vida de <strong>Ester</strong> e ela nem desconfiava<br />

disso, naquele dia tão feliz em que estava <strong>se</strong>ndo coroada rainha da Pérsia, mas Deus sabia.<br />

Deus pode transformar calamidades em bênçãos. Nós lemos acerca de Israel:<br />

"Nosso Deus transformou em bênção a maldição que estava sobre nós" (Neemias 13:2).<br />

Sim, Deus é capaz de realizar grandes coisas. Nossa parte é somente confiar NELE e<br />

obedecê-Lo tanto em tempos bons como em tempos difíceis, de forma que, quando<br />

chegarem as calamidades, possamos continuar a confiar em Deus. Paulo diz-nos:<br />

"Sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a<br />

Deus, daqueles que são chamados <strong>se</strong>gundo o Seu propósito" (Rom. 8:28).


<strong>Versículo</strong>: Hebreus 13:6<br />

A Linda <strong>Rainha</strong> <strong>Ester</strong><br />

<strong>Lição</strong> 3<br />

Hamã conspira contra os Judeus<br />

<strong>Ester</strong> 3:1-4:17<br />

Chegou o dia em que a linda <strong>Ester</strong>, escolhida pelo rei Assuero como a mais bela e<br />

de<strong>se</strong>jada de todas as mulheres do império persa, foi coroada rainha! Que honra para <strong>Ester</strong>,<br />

<strong>se</strong>r escolhida entre todas as lindas jovens do reino e <strong>se</strong>r coroada rainha! <strong>Ester</strong> não sabia, até<br />

então, que Deus permitira que ela fos<strong>se</strong> escolhida para aquela posição tão elevada, a fim de<br />

salvar <strong>se</strong>u povo da destruição completa.<br />

E o rei Assuero não sabia que a sua nova rainha era judia. Tão pouco qualquer pessoa no<br />

palácio sabia deste facto, porque Mordecai advertira <strong>Ester</strong> para que con<strong>se</strong>rvas<strong>se</strong> a sua<br />

nacionalidade em <strong>se</strong>gredo.<br />

Mordecai, o judeu<br />

Uma vez que Mordecai era primo de <strong>Ester</strong>, ele era agora o primo da rainha da Pérsia e<br />

adquirira, em con<strong>se</strong>quência, uma posição no governo e por isso, “<strong>se</strong>ntava-<strong>se</strong> à porta do<br />

rei”. Em outras palavras, ele estava investido de autoridade, ocupando, provavelmente, um<br />

cargo do tipo “juiz de pequenas causas”.<br />

Um dia, enquanto Mordecai de<strong>se</strong>mpenhava as suas tarefas, ele escutou dois oficiais da<br />

guarda conspirando para matar o rei Assuero. Estes homens, cujo cargo era o de guardarem<br />

as portas do palácio real, estavam muito indignados com o rei e, embora a função deles<br />

fos<strong>se</strong> guardar a vida do rei, estavam planejando assassiná-lo.<br />

Mordecai, imediatamente deu ciência à rainha <strong>Ester</strong> da conspiração contra a vida do rei.<br />

<strong>Ester</strong>, no mesmo instante, informou tudo ao rei, contando a ele que fora Mordecai quem<br />

denunciara o facto. Em con<strong>se</strong>quência, os conspiradores foram presos, julgados,<br />

condenados e enforcados. Em <strong>se</strong>guida, conforme o costume da é+oca, todos estes<br />

acontecimentos foram registados nos livros dos feitos memoráveis do reino.<br />

Passaram-<strong>se</strong> vários anos e tudo parecia correr bem para o rei e para os judeus, no reino da<br />

Pérsia.<br />

Hamã e exaltado<br />

Na corte do rei Assuero, havia um príncipe chamado Hamã, o agagita, que era<br />

descendente de Ameleque. Os descendentes de Ameleque eram um povo egoísta,<br />

implacável e <strong>se</strong>mpre odiaram o povo de Deus, os judeus, e os trataram vergonhosamente<br />

durante séculos.<br />

O rei, desconhecendo o verdadeiro carácter de Hamã, tomou-<strong>se</strong> de simpatia por ele.<br />

Colocou-o numa posição elevada, acima de todos os príncipes, ate mesmo ordenando que<br />

<strong>se</strong>us súbditos <strong>se</strong> curvas<strong>se</strong>m ante Hamã. Hamã queria que à sua passagem, todos <strong>se</strong><br />

prostras<strong>se</strong>m com o rosto tocando o chão e prestas<strong>se</strong>m-lhe obediência. Todos assim faziam<br />

– todos, com excepção de Mordecai. Mordecai jamais iria curvar-<strong>se</strong> ante alguém, porque


ele era um judeu. O nome “Mordecai” significa “homem pequeno”. Embora Mordecai não<br />

fos<strong>se</strong> grande, ele era corajoso, com certeza, quando <strong>se</strong> tratava de fazer aquilo que ele<br />

pensava que era correcto. Ele sabia que peso e altura não eram tão importantes quanto fazer<br />

o que é recto.<br />

As pessoas em volta de Mordecai começaram a notar que ele não <strong>se</strong> curvava ante Hamã e<br />

perguntaram-lhe a razão. Mordecai explicou-lhes que ele era um judeu e, como tal, não<br />

poderia curvar-<strong>se</strong> ou prestar adoração a nenhum homem. Os <strong>se</strong>rvos do rei tentaram<br />

convencer Mordecai a curvar-<strong>se</strong> ante Hamã, como todo o mundo, mas ele não cedeu e não<br />

o faria jamais. Finalmente, eles mesmos notificaram o facto a Hamã e esperaram para ver o<br />

que iria acontecer.<br />

Dali para frente, Hamã passou a notar que Mordecai <strong>se</strong>mpre o ignorava enquanto todos<br />

os demais curvavam-<strong>se</strong> perante ele. “Como ousa aquele pequeno judeu recusar-<strong>se</strong> a<br />

curvar-<strong>se</strong> perante mim”, pensava Hamã cheio de raiva. “Vou puni-lo por sua insolência.”<br />

Hamã poderia ter ido ao rei e requerido a morte de Mordecai, mas ele planejou algo<br />

melhor. Que glória adviria a ele por matar um único judeu (Mordecai), pensou ele. Afinal<br />

de contas, Mordecai ousara insultar um grande homem tal como Hamã. Por que não matar<br />

todos os judeus no reino da Pérsia? Isto incluiria eliminar toda a nação judaica, incluindo<br />

Mordecai.<br />

Hamã traçou os <strong>se</strong>us planos cuidadosamente. Sendo um homem muito supersticioso,<br />

acreditava em dias de sorte e em dias de azar. Por isso, ele resolveu consultar os sábios do<br />

reino para saber qual dia <strong>se</strong>ria favorável para ele executar sua cruel vingança. Foram<br />

lançadas sortes no primeiro mês do ano e os dados apontaram o 13º dia do mês de Adar, o<br />

12º mês do ano. Assim, Hamã decidiu aniquilar todos os judeus no 13º dia do 12º mês do<br />

ano.<br />

Hamã pede ao Rei que sancione um decreto<br />

Hamã apre<strong>se</strong>ntou-<strong>se</strong> ao rei. Ele fingiu que estava muito preocupado com os interes<strong>se</strong>s do<br />

reino da Pérsia. Ele começou falando assim: “Ó rei, existe, espalhado por todas as<br />

províncias do teu reino, um povo cujos costumes e leis são totalmente diferentes das<br />

demais nações do teu vasto império e eles não obedecem aos decretos reais. Seria melhor<br />

para ti, ó rei, livrar-<strong>se</strong> des<strong>se</strong> povo e todo o reino iria prosperar mais <strong>se</strong>m eles”.<br />

Após convencer o rei de que estava interessado no progresso de todo o império persa,<br />

Hamã continuou: “Se for do teu agrado, ó rei, ordena que <strong>se</strong> faça um decreto condenando<br />

todos os judeus à morte.” Hamã generosamente dispôs-<strong>se</strong> a pagar 10 mil talentos de prata<br />

ao rei, para livrar o reino des<strong>se</strong> povo tão abjecto. Dez mil talentos de prata era uma soma<br />

muito grande de dinheiro, mas Hamã estava ansioso para pagar o preço para obter a<br />

destruição de todos os judeus! O rei Assuero não <strong>se</strong> importou em perguntar quem era es<strong>se</strong><br />

povo desprezível porque naqueles dias a vida humana não tinha muito valor.<br />

O rei confiava tanto em Hamã que tirou o <strong>se</strong>u anel do dedo e o entregou a Hamã para que<br />

<strong>se</strong>las<strong>se</strong> o decreto. “Faça como qui<strong>se</strong>r”, o rei falou. Em outras palavras, o rei deu a Hamã<br />

permissão irrestrita para decretar a destruição des<strong>se</strong> “povo abjecto”, da forma que ele<br />

de<strong>se</strong>jas<strong>se</strong>.


<strong>Versículo</strong>: I João 4:4<br />

Hamã faz um decreto<br />

<strong>Lição</strong> 4<br />

<strong>Ester</strong> Recebe a Mensagem de Mordecai<br />

<strong>Ester</strong> 3:1-4:17<br />

O plano de Hamã estava a <strong>se</strong>r mais bem sucedido do que ele pensava. Rapidamente ele<br />

convocou os escrivães do rei e fê-los escrever uma proclamação que ordenava a todos os<br />

povos, em todas as províncias do império persa, que matas<strong>se</strong>m todos os judeus, jovens e<br />

velhos, homens mulheres e até mesmo as crianças, na data escolhida – 13º dia do 12º mês<br />

do ano. Ao povo do reino igualmente era dada permissão para confiscar para si próprio<br />

todas as propriedades dos judeus. Hamã leu o decreto. Era tudo o que ele de<strong>se</strong>java. Isto<br />

completaria o <strong>se</strong>u plano: em menos de 12 me<strong>se</strong>s todos os judeus estariam mortos, incluindo<br />

Mordecai.<br />

O édito de Hamã foi escrito no nome do grande rei Assuero e <strong>se</strong>lado com o <strong>se</strong>lo real e<br />

escrito em todos os idiomas falados no vasto império persa. Esta era a forma como era feito<br />

a lei dos medas e persas, a qual não podia <strong>se</strong>r revogada.<br />

O decreto é expedido a todo o império<br />

Assim que o decreto foi escrito, Hamã expediu correios montados em camelos, cavalos e<br />

dromedários, para divulgarem o decreto até aos confins do império.<br />

Lembre que o império persa estendia-<strong>se</strong> desde a Índia até a Etiópia. Os judeus viviam<br />

espalhados em todo es<strong>se</strong> vasto território e, o decreto de Hamã determinara que, todos os<br />

povos que viviam em todas aquelas nações, poderiam matar o povo escolhido de Deus,<br />

todos <strong>se</strong>m excepção.<br />

Havendo concluído o <strong>se</strong>u plano cruel para destruir o povo judeu, Hamã <strong>se</strong>ntou-<strong>se</strong> junto<br />

com o rei para beber, despreocupado com toda a dor que estava para sobrevir, por culpa<br />

sua, sobre todo o povo judeu espalhado no vasto império persa.<br />

Os judeus de Susã pranteiam<br />

Enquanto isso, os judeus que viviam na fortaleza de Susã foram os primeiros a receberem<br />

a notícia chocante. Eles estavam atónitos e confusos. Quando Mordecai soube da notícia,<br />

rasgou as suas vestes, vestiu-<strong>se</strong> de saco e cobriu-<strong>se</strong> de cinzas, para demonstrar a sua<br />

profunda dor e aflição. Mordecai saiu às ruas de Susã e começou a levantar a sua voz com<br />

choro amargo. Os judeus de Susã também prantearam, levantaram-<strong>se</strong> e rasgaram as suas<br />

vestes para demonstrarem a sua profunda tristeza. Muitos deles igualmente vestiam-<strong>se</strong> de<br />

saco e cobriam-<strong>se</strong> de cinzas, para demonstrarem o <strong>se</strong>u estado de de<strong>se</strong>spero porque sabiam<br />

que estavam condenados a morrer no dia 13 do 12º mês do ano.<br />

Assim que o decreto era lido em cada província do reino, o quadro era o mesmo, entre os<br />

judeus. Eles ficaram chocados e atónitos ao ouvirem que toda a nação judaica <strong>se</strong>ria<br />

eliminada, destruída, no dia 13 do 12º mês do ano! Eles sabiam que, dentro de um ano,<br />

<strong>se</strong>riam todos mortos. Havia pranto e lamentações em todos os lares judeus espalhados por


todas as cidades do vasto império persa.<br />

Mordecai não entrou no palácio real porque não era permitido que ninguém, vestido de<br />

saco, <strong>se</strong> aproximas<strong>se</strong> do palácio do rei. <strong>Ester</strong> <strong>se</strong>mpre <strong>se</strong> mantivera em estreito contacto com<br />

o <strong>se</strong>u primo Mordecai e, logo ficou a saber que ele andara pelas ruas de Susã vestido de<br />

saco e pranteando e lamentando-<strong>se</strong>. Ela imediatamente enviou-lhe roupas para que trocas<strong>se</strong><br />

as vestes de saco, porém ele recusou. <strong>Ester</strong> enviou, em <strong>se</strong>guida, Hatá, um dos eunucos que<br />

o rei designara para <strong>se</strong>rvi-la, ordenando-lhe: “Vá e descubra porque Mordecai recusou as<br />

roupas que eu mandei a ele e também qual a razão, porque usa vestes de saco. Algo errado<br />

está a acontecer. Preciso de descobrir o que é”.<br />

Hatá saiu imediatamente. Encontrou Mordecai coberto de saco e cinzas, na praça da<br />

cidade, em frente aos portões do palácio.<br />

“A rainha <strong>Ester</strong> enviou-me, para descobrir o que o está a perturbar. Ela de<strong>se</strong>ja saber<br />

porque razão está vestido assim”, Hatá falou.<br />

“Será que ela não ouviu falar no decreto de Hamã contra todos os judeus?”, exclamou<br />

Mordecai. “Ele vai pagar 10 mil talentos de prata ao tesouro do rei para que todos os judeus<br />

<strong>se</strong>jam destruídos. Hamã proclamou um édito, em nome do rei Assuero!” Mordecai mostrou<br />

a Hatá o decreto que Hamã escrevera no nome do rei Assuero, ordenando a morte de todos<br />

os judeus no dia 13 do 12º mês, o mês de Adar.<br />

“Você precisa de falar urgentemente com a rainha <strong>Ester</strong> par que vá imediatamente pedir<br />

mi<strong>se</strong>ricórdia para o povo judeu”, dis<strong>se</strong> Mordecai a Hatá, que estava bastante surpreso em<br />

saber que a rainha <strong>Ester</strong> era judia, porque nada ouvira a respeito, até então.<br />

<strong>Ester</strong> recebe a mensagem de Mordecai<br />

Hatá voltou imediatamente à pre<strong>se</strong>nça da rainha <strong>Ester</strong> com o recado de Mordecai. A<br />

rainha ficou <strong>se</strong>m respiração quando soube do cruel decreto contra <strong>se</strong>u povo. Ela soltou um<br />

gemido angustiado e, subitamente, caiu no sofá <strong>se</strong>m forças. Como pode Hamã fazer uma<br />

coisa tão terrível? E como foi possível o rei apoiar tal coisa» Lógico que ela queria ajudar<br />

<strong>se</strong>u povo. Mas, como poderia fazê-lo? Embora ela fos<strong>se</strong> a rainha do império persa,<br />

precisava de obedecer as leis, como todo o mundo. As regras da corte determinavam que<br />

ninguém (nem mesmo a rainha) podia entrar no palácio interior, na pre<strong>se</strong>nça do rei, <strong>se</strong>m <strong>se</strong>r<br />

chamado por ele. Na verdade a <strong>se</strong>ntença para quem violas<strong>se</strong> esta regra frequentemente era<br />

a morte. Como poderia ela apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> ao rei e interceder por <strong>se</strong>u povo, como Mordecai<br />

pedira?<br />

<strong>Ester</strong> mandou a resposta a Mordecai, através de <strong>se</strong>u fiel <strong>se</strong>rvo Hatá dizendo: “Todos os<br />

<strong>se</strong>rvos do rei e todo o povo das províncias sabem perfeitamente que qualquer homem ou<br />

mulher que apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> ao rei, no pátio interior, <strong>se</strong>m <strong>se</strong>r chamado por ele, poderá <strong>se</strong>r<br />

condenado à morte, excepto <strong>se</strong> o rei para ele estender o ceptro de ouro, caso em que viverá.<br />

E eu não fui chamada para me apre<strong>se</strong>ntar ao rei nos próximos 30 dias.”<br />

Mordecai enviou a sua resposta a <strong>Ester</strong> imediatamente: “Se es<strong>se</strong> decreto for executado,<br />

você também perecerá. Se não interceder por <strong>se</strong>u povo, eles <strong>se</strong>rão livrados de alguma outra<br />

forma. Mas você e a casa de <strong>se</strong>u pai <strong>se</strong>rão destruídos. Quem sabe <strong>se</strong> você foi elevada a essa<br />

posição tão importante, de rainha de todo o império persa, unicamente para salvar o povo<br />

judeu de tal calamidade?”<br />

Embora os oficiais do rei tives<strong>se</strong>m conduzido <strong>Ester</strong> ao palácio, inicialmente, o que<br />

Mordecai queria dizer é que Deus é quem realmente a colocara ali com o propósito de


usá-la para fazer algo maravilhoso por <strong>se</strong>u povo. <strong>Ester</strong> deve ter ficado com medo quando<br />

pensou em tão grande responsabilidade. Um grande conflito formou-<strong>se</strong> dentro dela. Se ela<br />

<strong>se</strong> apre<strong>se</strong>ntas<strong>se</strong> ao rei <strong>se</strong>m <strong>se</strong>r chamada, podia <strong>se</strong>r condenada à morte. Mas, como poderia<br />

ela recusar-<strong>se</strong> a ajudar o <strong>se</strong>u povo nesta hora?<br />

Mesmo que isso significas<strong>se</strong> arriscar a sua vida, ela devia apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> ao rei Assuero,<br />

em defesa de <strong>se</strong>u povo. Havendo tomado esta difícil decisão, <strong>Ester</strong> enviou a <strong>se</strong>guinte<br />

mensagem a Mordecai: “Reúne todos os judeus que habitam em Susã e jejuem por mim.<br />

Não comam, nem bebam por três dias e três noites. Eu e minhas <strong>se</strong>rvas também jejuaremos<br />

por igual período. No final dos três dias, irei apre<strong>se</strong>ntar-me ao rei. E <strong>se</strong> perecer, pereci”.<br />

<strong>Ester</strong> e suas <strong>se</strong>rvas clamam a Deus<br />

<strong>Ester</strong> sabia que iria precisar de muita coragem para apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> ao rei em defensa de<br />

<strong>se</strong>u povo. Ela certamente não con<strong>se</strong>guiria fazer tal coisa com as suas próprias forças. <strong>Ester</strong><br />

reuniu as suas <strong>se</strong>rvas e explicou-lhes que deveriam jejuar e orar junto com ela.<br />

Evidentemente <strong>Ester</strong> havia ensinado essas moças persas a respeito do Deus verdadeiro. Ela<br />

estava a buscar a ajuda de Deus e, para isso, pedira a todos os judeus em Susã que<br />

jejuas<strong>se</strong>m e oras<strong>se</strong>m por ela durante três dias e, ao mesmo tempo, ela e as suas <strong>se</strong>rvas<br />

também jejuariam e orariam. Somente após es<strong>se</strong>s três dias iria ousar desafiar a lei dos<br />

medas e dos persas e apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> ao rei <strong>se</strong>m ter sido convocada para tanto.<br />

O jejum para os judeus, significava humilhar-<strong>se</strong> perante Deus e colocar-<strong>se</strong> em atitude de<br />

súplica por algum pedido. Deveria <strong>se</strong>r acompanhado por confissão de pecados e orações a<br />

Deus. Os judeus de Susã humilharam-<strong>se</strong> diante de Deus quando começaram a jejuar e orar.<br />

Embora o nome de Deus não <strong>se</strong>ja mencionado no livro de <strong>Ester</strong>, ele certamente estava<br />

pre<strong>se</strong>nte em todos aqueles acontecimentos. Talvez a razão pelo qual o nome de Deus não<br />

<strong>se</strong>ja mencionado no livro de <strong>Ester</strong> é porque o povo judeu estivera no cativeiro babilónico<br />

por 70 longos anos, entre aquele povo pagão e idólatra e, por isso tenha <strong>se</strong> desacostumado<br />

de incluir o nome de Deus em suas conversas. Os pagãos, em volta deles, com certeza<br />

zombavam e ridicularizavam as suas crenças de tal forma que eles evitavam, mesmo<br />

quando falavam das coisas de Deus, mencionar o <strong>se</strong>u nome. Para aqueles que haviam<br />

desistido de voltar a Israel e escolhido viver na Babilónia isto era especialmente<br />

verdadeiro. Igualmente, é verdade que prosperavam e enriqueciam na terra do exílio,<br />

muitos judeus esqueceram-<strong>se</strong> de Deus completamente. Mas o decreto de Hamã obrigou<br />

todos os judeus, inclusive <strong>Ester</strong>, a voltarem toda a sua atenção para Deus, a fim de suplicar<br />

o Seu auxílio e mi<strong>se</strong>ricórdia. <strong>Ester</strong> sabia que não havia ajuda humana que pudes<strong>se</strong> livrá-los<br />

da grande tragédia que sobreviera a <strong>se</strong>u povo. Ela sabia que somente Deus poderia dar-lhes<br />

graça perante o rei Assuero e que, somente Deus poderia evitar a grande tragédia que iria<br />

abater-<strong>se</strong> sobre ela e o <strong>se</strong>u povo.<br />

Deus frequentemente permite que tribulações sobrevenham a <strong>se</strong>u povo para levá-los a<br />

lembrar de buscá-Lo e orar a Ele. Deus de<strong>se</strong>ja que o Seu povo dependa dele, ao invés de<br />

dependerem de si mesmos. Quando tudo corre do nosso jeito, nossa tendência é esquecer<br />

de Deus e achar que não precisamos dele.<br />

Durante 3 dias e 3 noites os judeus de Susã jejuaram. E <strong>Ester</strong> e as suas <strong>se</strong>rvas igualmente<br />

jejuaram.<br />

Deus ouviu o clamor angustiado deles, tal como Ele o ouve quando você <strong>se</strong>nte-<strong>se</strong><br />

atribulado e ora. Deus sabe o que está em <strong>se</strong>u coração. Ele o ouve quando clama a ele em


suas tribulações. Ele <strong>se</strong>mpre responde o clamor de Seus filhos da forma que produz o<br />

melhor resultado para eles.<br />

Embora aparentemente Hamã, sozinho, tenha concebido es<strong>se</strong> horrível crime contra a<br />

nação judaica, na verdade, Satanás estava por trás de tudo. Satanás <strong>se</strong>mpre tentou destruir a<br />

nação judaica. No jardim do Éden, Deus prometeu enviar um Salvador e, o plano de Deus é<br />

que es<strong>se</strong> Salvador vies<strong>se</strong> através dos judeus. Se Satanás con<strong>se</strong>guis<strong>se</strong> destruir a nação<br />

escolhida de Deus, então a promessa de Deus não poderia cumprir-<strong>se</strong>. Assim, Satanás<br />

tentara realizar o <strong>se</strong>u plano através de Hamã.<br />

Quão agradecidos devemos <strong>se</strong>r porque Deus é mais Poderoso do que Satanás! Veremos<br />

na próxima lição como <strong>se</strong> deu a intervenção de Deus nessa situação impossível. Lembre<br />

que Satanás actua <strong>se</strong>mpre, tentando destruir todos que confiam em Deus. Satanás de<strong>se</strong>ja<br />

que você siga a ele, no lugar de <strong>se</strong>rvir a Deus. Satanás o conduzirá à destruição, enquanto<br />

Deus o conduzirá ao céu. Precisa de decidir <strong>se</strong> vai <strong>se</strong>guir a Deus ou a Satanás. Você fará<br />

como Hamã e <strong>se</strong>guirá a Satanás ou <strong>se</strong>rá como Mordecai e escolherá o caminho de Deus?


<strong>Versículo</strong>: Provérbios 27:1<br />

A situação dos judeus<br />

<strong>Lição</strong> 5<br />

<strong>Ester</strong> Peticiona ao Rei<br />

<strong>Ester</strong> 5:1-14<br />

Os judeus na cidade de Susã continuaram a prantear porque todos eles <strong>se</strong>riam<br />

assassinados no 13º dia do 12º mês do ano, o mês de Adar. Mordecai continuou vestindo-<strong>se</strong><br />

de saco e cobrindo-<strong>se</strong> de cinza, para mostrar a sua tristeza e abatimento. Ele dis<strong>se</strong>ra à<br />

rainha <strong>Ester</strong>: “Quem sabe você foi colocada nessa posição para <strong>se</strong>r usada especificamente<br />

numa época como esta”.<br />

Após três dias de jejum e oração, <strong>Ester</strong> achou-<strong>se</strong> pronta para apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> ao rei <strong>se</strong>m<br />

<strong>se</strong>r chamada. Ela sabia que tal acto poderia significar a sua condenação à morte. Contudo,<br />

suplicando pela vida de <strong>se</strong>u povo era agora mais importante do que salvar a sua própria<br />

vida.<br />

<strong>Ester</strong> vestiu os <strong>se</strong>us ornamentos reais e preparou-<strong>se</strong> cuidadosamente. Então, dirigiu-<strong>se</strong><br />

ao pátio interior do rei. Embora fisicamente fraca pelo jejum, ela não estava fraca na<br />

determinação de realizar tudo que lhe fos<strong>se</strong> possível para salvar o <strong>se</strong>u povo. <strong>Ester</strong> sabia que<br />

poderia estar a caminhar para a morte, caso o rei não de<strong>se</strong>jas<strong>se</strong> vê-la. Esta era uma das leis<br />

mais <strong>se</strong>veras daquele país: que ninguém, nem mesmo a rainha, poderia apre<strong>se</strong>ntar-<strong>se</strong> ao rei<br />

<strong>se</strong>m ter sido requisitada para isto. Com o coração batendo forte, ela entrou lentamente na<br />

pre<strong>se</strong>nça do rei.<br />

<strong>Ester</strong> apre<strong>se</strong>nta-<strong>se</strong> ao Rei<br />

O rei estava as<strong>se</strong>ntado em <strong>se</strong>u trono quando subitamente <strong>se</strong>ntiu que alguém viera à sua<br />

pre<strong>se</strong>nça. Levantando os olhos, viu a linda rainha <strong>Ester</strong>. Ele não a chamara, mas quando viu<br />

a sua extraordinária beleza, foi tocado. Levantou o <strong>se</strong>u ceptro de ouro para mostrar-lhe que<br />

ela estava a salvo e aceita em sua pre<strong>se</strong>nça.<br />

<strong>Ester</strong> soltou um suspiro de alívio e gratidão enquanto aproximava-<strong>se</strong> do trono. Ela<br />

sabia que as orações haviam sido ouvidas. Naquele momento ela convenceu-<strong>se</strong> de que as<br />

outras orações e súplicas também poderiam <strong>se</strong>r respondidas favoravelmente.<br />

O rei dis<strong>se</strong>: “Que de<strong>se</strong>ja, rainha <strong>Ester</strong>? Qual o <strong>se</strong>u pedido? Ser-lhe-à concedido, até<br />

mesmo metade do meu reino.”<br />

<strong>Ester</strong> não estava preparada para o grande pedido – salvar <strong>se</strong>u povo do massacre. Ela<br />

sabia que aquela não era a ocasião oportuna para tal pedido. Assim, <strong>Ester</strong> dis<strong>se</strong>: “Se parecer<br />

bem ao rei, gostaria que o rei e Hamã compareces<strong>se</strong> hoje à noite ao banquete que lhes<br />

preparei.”<br />

O rei as<strong>se</strong>gurou a <strong>Ester</strong> que teria muito prazer em comparecer ao banquete. Em<br />

<strong>se</strong>guida, o rei enviou uma mensagem a Hamã para que <strong>se</strong> preparas<strong>se</strong> para encontrá-lo e a<br />

rainha <strong>Ester</strong> no banquete que estaria preparado para eles.<br />

<strong>Ester</strong> retirou-<strong>se</strong> rapidamente, cheia de gratidão e alívio. Certamente que o trabalho que<br />

iniciara em favor dos judeus iria continuar. Com o coração muito mais leve, <strong>Ester</strong> fez os<br />

últimos preparativos para o banquete.


O Banquete de <strong>Ester</strong><br />

Ambos, o rei e Hamã, chegaram para o banquete. O rei Assuero sabia que <strong>Ester</strong> não os<br />

convidara simplesmente par um banquete e que ela certamente teria um pedido a fazer. O<br />

rei estava curiosíssimo para saber qual <strong>se</strong>ria o pedido de <strong>Ester</strong>.<br />

Sem dúvida, devia <strong>se</strong>r muito difícil para <strong>Ester</strong> receber e entreter Hamã, sabendo do<br />

cruel édito que ele decretara contra o <strong>se</strong>u povo. Mas Hamã deleitava-<strong>se</strong>, enquanto isso, com<br />

a companhia do rei e da rainha, <strong>se</strong>ntindo em <strong>se</strong>u íntimo que, a partir de agora, ele não era<br />

somente o favorito do rei, mas também o favorito da rainha. Hamã, é claro, não suspeitava<br />

de nada. Como iria ele adivinhar que a sua rainha era judia, que pertencia ao povo que ele<br />

decretara fos<strong>se</strong> massacrado.<br />

Durante o banquete, o rei voltou a perguntar a <strong>Ester</strong> qual <strong>se</strong>ria a sua petição,<br />

prometendo atendê-la, ainda que fos<strong>se</strong> metade do reino.<br />

<strong>Ester</strong> ainda não estava preparada para revelar a sua petição. Ela de<strong>se</strong>java aguardar mais<br />

um dia, por isso falou: “Meu pedido é que, <strong>se</strong> for do agrado do rei, gostaria que voltas<strong>se</strong><br />

amanhã, juntamente com Hamã, para outro banquete. Então, dir-lhe-ei qual a minha<br />

petição”.<br />

Esta demora parece estranha a nós. Contudo, nos paí<strong>se</strong>s orientais as pessoas estão<br />

acostumadas desta forma porque eles são muitos hábeis em <strong>se</strong>us pedidos e os negócios não<br />

são discutidos <strong>se</strong>não após todos terem comido um delicioso jantar. Desta forma, ao rei não<br />

pareceu nada estranho que a rainha <strong>Ester</strong> de<strong>se</strong>jas<strong>se</strong> fazer o <strong>se</strong>u pedido em um <strong>se</strong>gundo<br />

banquete. O rei estava, é verdade, um pouco intrigado, de<strong>se</strong>jando saber qual a razão de a<br />

rainha esperar mais um dia para apre<strong>se</strong>ntar a sua petição.<br />

Fora Deus quem dera a <strong>Ester</strong> sabedoria para adiar o <strong>se</strong>u pedido, porque ele estava<br />

silenciosamente preparando os acontecimentos que iriam conduzir até o Livramento de<br />

Seu povo. O tempo de Deus é <strong>se</strong>mpre perfeito.<br />

Hamã, é claro, pensava que a rainha certamente o incluíra em <strong>se</strong>u pedido e pretendia<br />

louvá-la de alguma forma especial e por esta razão de<strong>se</strong>java que ele compareces<strong>se</strong> ao<br />

banquete. Cheio de orgulho, Hamã deixou o palácio real e foi para casa. Ele mal podia<br />

esperar para contar à sua família e amigos sobre a sua boa sorte. Ele havia jantado com o rei<br />

e a rainha, num banquete íntimo em <strong>se</strong>us apo<strong>se</strong>ntos e estava convidado par jantar com eles<br />

no dia <strong>se</strong>guinte, outra vez. Quão feliz ele <strong>se</strong> <strong>se</strong>ntia!<br />

Mordecai recusa-<strong>se</strong> a encurvar-<strong>se</strong> perante Hamã<br />

Quando Hamã atravessou os portões do rei, novamente viu Mordecai. Como de praxe,<br />

Mordecai não <strong>se</strong> levantou quando Hamã passou, nem mesmo moveu-<strong>se</strong> do lugar quando<br />

viu Hamã. Isto deixou Hamã cheio de raiva e perturbado. Aquele judeuzinho desconhecia<br />

quão grande e poderoso ele era? Como ousava não prestar a ele a honra devida, como os<br />

demais cidadãos de Susã? Será que ele não sabia quão grande e poderoso era Hamã?<br />

Mordecai fez Hamã <strong>se</strong>ntir-<strong>se</strong> frustrado e cheio de ódio e toda a alegria e orgulho foram<br />

tirados de Hamã.<br />

Hamã gaba-<strong>se</strong> para a sua família e amigos<br />

Hamã tentou reprimir a sua raiva e <strong>se</strong>ntimentos negativos e <strong>se</strong>ntir-<strong>se</strong> feliz outra vez,


porque ele de<strong>se</strong>java comunicar à sua família e amigos, as boas novas. Assim, quando<br />

chegou em casa, mandou chamar a sua mulher Zeres e os <strong>se</strong>us amigos. Depois que todos<br />

eles estavam reunidos na elegante residência de Hamã, este começou a contar-lhes quão<br />

importante ele era. Ele falou acerca das suas riquezas. Ele gabou-<strong>se</strong> de ter 10 filhos. Ele<br />

gabava-<strong>se</strong> acerca de ter sido promovido pelo rei à posição de primeiro ministro do império.<br />

Ele lembrara a eles que ele era mais importante e influente do que todos os oficiais do<br />

reino.<br />

Então, deixando a melhor notícia para o final, Hamã contou a <strong>se</strong>us amigos o <strong>se</strong>u último<br />

triunfo: a rainha pessoalmente o convidara para um banquete que ela preparara para o rei.<br />

“Isto não é tudo”, ele acrescentou com a face radiante, “a rainha convidou-me para outro<br />

banquete com o rei, amanhã à noite! Vocês podem ver, por tudo isso, que eles me<br />

consideram alguém de muita importância para o reino”. A família de Hamã e os <strong>se</strong>us<br />

amigos alegraram-<strong>se</strong> com ele por causa dos ventos da fortuna que sopravam plenamente a<br />

<strong>se</strong>u favor. Eles estavam verdadeiramente impressionados. Eles sabiam que Hamã era um<br />

homem de grande importância e influência no império persa.<br />

Mas, enquanto falava, Hamã lembrou-<strong>se</strong> de Mordecai no portão do rei e a sua face<br />

imediatamente anuviou-<strong>se</strong>. Ele franziu a testa e dis<strong>se</strong>: “Mas tudo isso não me fará feliz<br />

enquanto eu vir aquele judeu Mordecai, as<strong>se</strong>ntado à porta do rei”.<br />

Os amigos de Hamã e a sua esposa Zeres estavam atónitos. Eles pediram<br />

imediatamente a Hamã que lhes contas<strong>se</strong> qual o problema que Mordecai estava a causar.<br />

Depois de o escutaram, perguntaram-lhe <strong>se</strong> não havia nada a <strong>se</strong>r feito para que ele ficas<strong>se</strong><br />

livre daquele judeu que estava a tornar o grande Hamã tão infeliz. Hamã as<strong>se</strong>gurou-lhes<br />

que Mordecai <strong>se</strong>ria morto juntamente com todos os judeus no 13º dia do mês de Adar. Mas<br />

es<strong>se</strong> evento ainda aconteceria dentro de vários me<strong>se</strong>s. Certamente que Hamã, com toda a<br />

sua influência poderia livrar-<strong>se</strong> de Mordecai antes disso.<br />

“Por que não manda construir uma forca de 50 côvados de altura?”, sugeriu um dos<br />

amigos de Hamã. “Peça ao rei permissão para enforcar Mordecai amanhã, antes do<br />

banquete da rainha. Assim, poderá jantar com o rei e a rainha, com o coração feliz, sabendo<br />

que Mordecai está morto.”<br />

“Esta é uma ideia excelente.” Exclamou Hamã.<br />

A forca<br />

Rapidamente Hamã reuniu trabalhadores para construir uma forca para pendurar nele<br />

Mordecai. Uma forca de 50 côvados de altura devia <strong>se</strong>r bem alta – cera de 80 pés. Hamã<br />

de<strong>se</strong>java ter a certeza que todos, longe e perto, poderiam ver Mordecai pendurado na forca.<br />

Seria uma lição para todos os judeus e iria fazê-los temer qualquer oposição ao grande<br />

Hamã, que era o favorito do rei. Oh, quão orgulhoso e satisfeito Hamã <strong>se</strong>ntiu-<strong>se</strong> com este<br />

plano. Iria funcionar lindamente para ele e Mordecai logo estaria pendurado lá.<br />

Convicto de que logo estaria livre de Mordecai, Hamã olhava com satisfação para a<br />

enorme forca que mandara erguer em <strong>se</strong>u quintal. Amanhã de manhã ele iria obter<br />

permissão do rei para enforcar Mordecai. Isto o deixava excitado!<br />

Mas Hamã teria uma grande surpresa! Se estivés<strong>se</strong>mos lá, poderíamos tê-lo advertido:<br />

“Cuidado, Hamã! Não é Mordecai quem corre perigo. É você!” E assim acontece com<br />

todos aqueles que <strong>se</strong> enchem de orgulho e vaidade. Em Provérbios 16:<strong>18</strong>, lemos: “O<br />

orgulho procede a ruína e um espírito altivo a queda”.


Sabemos que Deus odeia o orgulho, porque o orgulho faz com que abandonemos o<br />

caminho de Deus. Quando somos orgulhosos estamos a dizer que construímos nossas vidas<br />

sozinhos e que não necessitamos de Deus. Na verdade Deus nos criou e é Ele quem nos dá<br />

o fôlego da vida. Deus pode tirar-nos a vida quando ele qui<strong>se</strong>r, porque é Ele quem ordena<br />

os acontecimentos das nossas vidas. Os Provérbios dizem: “Não te glories do dia de<br />

amanhã, porque não sabes o que trará a luz. Seja outro o que te louve e não a tua boca, o<br />

estrangeiro e não os teus lábios.” O salmista faz a <strong>se</strong>guinte colocação (Salmo 37:35-36):<br />

“Vi o ímpio com grande poder espalhar-<strong>se</strong> como a árvore verde na terra natal. Mas passou<br />

e já não é; procurei-o, mas não <strong>se</strong> pode encontrar.”<br />

Sim, Hamã não sabia, mas ele estava a caminhar para uma grande queda.


<strong>Versículo</strong>: Gálatas 6:7<br />

A forca<br />

<strong>Lição</strong> 6<br />

Hamã é Enforcado em sua Própria Forca<br />

<strong>Ester</strong> 6-7<br />

Hamã erigiu a forca para pendurar nela a Mordecai. Seu plano era dirigir-<strong>se</strong> cedo pela<br />

manhã ao palácio, obter a permissão do rei e enforcar Mordecai à tarde, antes de ir ao<br />

banquete da rainha. Então, com Mordecai for do <strong>se</strong>u caminho, Hamã poderia aproveitar de<br />

verdade o banquete de <strong>Ester</strong>.<br />

A insónia do Rei<br />

Contudo, naquela noite o rei Assuero estava <strong>se</strong>ntindo grande dificuldade para<br />

adormecer. Deus o mantinha acordado como parte de Seu plano, em resposta às orações de<br />

Seu povo, para salvá-lo do massacre.<br />

Sempre que o rei tinha insónia e ficava agitado, revirando-<strong>se</strong> na cama, ele costumava<br />

mandar que fos<strong>se</strong> providenciado algo para entretê-lo. Algumas vezes ele chamava o bobo<br />

da corte para fazê-lo rir ou cantores e dançarinos para alegrá-lo. Mas, nesta noite, o rei<br />

estava com uma disposição de espírito diferente. Ele mandou buscar os livros dos feitos<br />

memoráveis do reino. Ele estava inclinado a de<strong>se</strong>nvolver algum tipo de trabalho e de<strong>se</strong>java<br />

rever os acontecimentos conforme registados nos livros oficiais do reino.<br />

O escrivão leu nas crónicas o episódio em que Mordecai salvara a vida do rei<br />

denunciando a conspiração de dois guardas palacianos para assassiná-lo. O rei Assuero<br />

esquecera totalmente aquele incidente. Naquele momento ele <strong>se</strong>ntiu grande gratidão por<br />

Mordecai haver denunciado a conspiração, desta forma salvando-lhe a vida.<br />

“De que forma nós recompensamos es<strong>se</strong> homem, Mordecai, por ter salvado minha<br />

vida?” o rei perguntou ao escrivão.<br />

O escrivão pesquisou os registos e respondeu: “De acordo com os registos, Senhor,<br />

nada foi feito por ele”.<br />

O rei ficou pensativo. Afinal ele deveria recompensar de alguma forma tal homem que<br />

lhe prestara tão grande <strong>se</strong>rviço. Quando amanheceu, o rei Assuero continuou pensando no<br />

assunto. Qual a melhor forma de honrar este Mordecai que lhe salvara a vida? Ele iria<br />

colher a opinião de outras pessoas.<br />

Hamã apre<strong>se</strong>nta-<strong>se</strong> ao Rei<br />

Assim que iniciaram as actividades no palácio, a corte fervilhava com os <strong>se</strong>us<br />

movendo-<strong>se</strong> de um lado para o outro. O primeiro oficial a <strong>se</strong>r chamado à pre<strong>se</strong>nça do rei foi<br />

Hamã. Hamã chegara muito cedo ao palácio naquela manhã para requerer do rei permissão<br />

para enforcar Mordecai em sua recém-construída forca. Contudo, antes de Hamã fazer a<br />

sua petição, o rei fez-lhe uma pergunta: “Que acha que deve <strong>se</strong>r feito ao homem a quem o<br />

rei de<strong>se</strong>ja honrar?”<br />

Hamã, ao ouvir a pergunta, pensou que o rei certamente <strong>se</strong> referia a ele. Sendo um


homem tão egoísta e orgulhoso, Hamã não duvidou um só momento que ele <strong>se</strong>ria tal<br />

homem. Afinal não fora ele tomado pelo rei ao <strong>se</strong>r escolhido primeiro ministro do reino e<br />

pela rainha ao <strong>se</strong>r convidada para o banquete íntimo juntamente com o rei? E agora aqui<br />

estava o rei de<strong>se</strong>jando honrá-lo ainda mais! Por um momento Hamã esqueceu todo o <strong>se</strong>u<br />

propósito de mandar enforcar Mordecai. Ao invés, ele pensou somente na pergunta do rei e<br />

em como respondê-la. Ele estava tão confiante quanto a sua posição diante do rei que<br />

respondeu imprudentemente: “Assim <strong>se</strong> fará ao homem a quem o rei de<strong>se</strong>ja honrar –<br />

faça-<strong>se</strong> com que vista as vestes reais que o rei costuma usar, que monte no cavalo em que o<br />

rei costuma andar montado e que ponha na cabeça a coroa real. Faça-<strong>se</strong> com que os mais<br />

nobres príncipes do reino o vistam dessa forma e que o conduzam assim montado a cavalo<br />

pela cidade de Susã e adiante dele proclamem: assim <strong>se</strong> fará ao homem a quem o rei de<strong>se</strong>ja<br />

honrar”.<br />

Em <strong>se</strong>u orgulho e egoísmo, Hamã de<strong>se</strong>java a honra e o prestígio do trono do rei<br />

Assuero. O uso por ele da roupa, do cavalo, da coroa e do ceptro do rei, induziriam o povo<br />

a pensar que Hamã era o próprio rei Assuero.<br />

O rei Assuero dis<strong>se</strong> no mesmo instante: “Apres<strong>se</strong>-<strong>se</strong>, tome a roupa, o cavalo e o ceptro<br />

e faça assim como falou com Mordecai, o judeu que <strong>se</strong> as<strong>se</strong>nta à porta do rei. Não deixe<br />

faltar nada daquilo que falou”. Hamã estava atónito. As palavras do rei fizeram Hamã ficar<br />

a ponto de desmaiar. O rei não <strong>se</strong> referiu a ele, então, mas a Mordecai! Como era possível<br />

tal coisa, <strong>se</strong> era es<strong>se</strong> mesmo Mordecai que Hamã planejou enforcar naquele dia!<br />

O orgulho de Hamã desmoronou e descaiu-lhe o <strong>se</strong>mblante. As escrituras dizem: “O<br />

orgulho procede a ruína”. Vejamos como isso aconteceu na vida de Hamã.<br />

Mordecai é exaltado<br />

Quanta humilhação <strong>se</strong>ntiu Hamã ao vestir as roupas do rei em Mordecai, ao pôr-lhe a<br />

coroa real na cabeça e em <strong>se</strong>guida ao fazê-lo montar no cavalo do rei! Mas a pior<br />

humilhação de todas foi quando teve que conduzir Mordecai, <strong>se</strong>u desprezado inimigo,<br />

através das ruas de Susã, proclamando: “Este é aquele a quem o rei de<strong>se</strong>ja honrar”. Hamã<br />

sabia agora que não poderia jamais pedir ao rei que <strong>se</strong>ntencias<strong>se</strong> Mordecai à morte. O rei<br />

não lhe daria ouvidos. Hamã entrara em profundo estado de choque porque a sorte mudara<br />

de tal maneira e tão rapidamente que agora ele <strong>se</strong> achava em total humilhação.<br />

Quando Hamã finalmente terminou a sua detestável tarefa de conduzir Mordecai<br />

através da cidade de Susã, vestido nas roupas reais, montado no cavalo do rei e usando a<br />

coroa e o ceptro reais, Hamã trouxe Mordecai de volta ao portão do rei. Em <strong>se</strong>guida Hamã<br />

dirigiu-<strong>se</strong> o mais rapidamente possível para a sua casa, cobrindo a sua cabeça e desfalecido<br />

de horror. Hamã trouxera grande sofrimento e lamentação sobre o povo judeu. Agora<br />

chegara a sua vez. Seus planos de enforcar Mordecai haviam desmoronado. Ele fora<br />

obrigado a honrar tão grandemente es<strong>se</strong> mesmo homem que era o <strong>se</strong>u mais desprezado<br />

inimigo. O que mais poderia advir dessa mudança de acontecimento? – ele <strong>se</strong> perguntava.<br />

Quando Hamã chegou em casa, a sua esposa e os amigos reuniram-<strong>se</strong> en torno dele.<br />

Hamã retornou sozinho, rejeitado e cheio de medo. Eles esperavam que ele trouxes<strong>se</strong><br />

Mordecai com ele e então assistiriam ao enforcamento.<br />

Hamã contou-lhes as péssimas novas de como o rei o obrigara a honrar Mordecai, o<br />

mesmo homem que ele planejara enforcar. A sua esposa e os amigos compreenderam, no<br />

acto, que a calamidade <strong>se</strong> abatera sobre ele.


Após escutarem o <strong>se</strong>u triste relato, a esposa de Hamã e os <strong>se</strong>us amigos dis<strong>se</strong>ram-lhe:<br />

“Você não vencerá Mordecai jamais. Você está numa grande encrenca”.<br />

Realmente, Hamã estava numa grande encrenca. Ele certamente não estava com<br />

disposição para participar do banquete de <strong>Ester</strong>, mas não havia como desculpar-<strong>se</strong> àquela<br />

altura. Não demorou muito tempo e chegou o mensageiro do rei para escoltá-lo até ao<br />

banquete da rainha <strong>Ester</strong>.<br />

O <strong>se</strong>gundo banquete de <strong>Ester</strong><br />

Hamã de<strong>se</strong>java comparecer ao banquete da rainha com o coração feliz, mas ao<br />

contrário, estava indo com o coração pesado e cheio de maus presságios. Ele estava<br />

muitíssimo preocupado com o que poderia acontecer. Parecia que tudo voltar-<strong>se</strong> contra ele.<br />

Ele chegou e foi recebido com cortesia pela rainha <strong>Ester</strong>. Durante o banquete, o rei<br />

Assuero voltou a perguntar à rainha <strong>Ester</strong> qual era a sua petição e a prometer-lhe que, até<br />

metade do reino <strong>se</strong> lhe daria. E isto as<strong>se</strong>gurou à rainha que o rei <strong>se</strong>ria o mais generoso<br />

possível em atender o <strong>se</strong>u pedido.<br />

<strong>Ester</strong> começou lentamente a formalizar <strong>se</strong>u pedido: “Nós (eu e meu povo), fomos<br />

vendidos”, ela dis<strong>se</strong> hesitantemente, “para <strong>se</strong>rmos destruídos e perecermos”. Ela continuou<br />

a explicar que, <strong>se</strong> eles tives<strong>se</strong>m sido vendidos como escravos, haveria alguma esperança<br />

para eles. Contudo, todos eles estavam para <strong>se</strong>r mortos <strong>se</strong>m mi<strong>se</strong>ricórdia, completamente<br />

eliminados. O rei ouviu atentamente, demonstrando a sua admiração e choque diante de tal<br />

afirmação. O rei parecia atónito! Ele não esperava que o pedido dela fos<strong>se</strong> dessa natureza.<br />

<strong>Ester</strong> suplicou a ele que a sua própria vida e a vida de <strong>se</strong>u povo fos<strong>se</strong>m poupados.<br />

“Bem, quem foi que ordenou isto?” O rei perguntou irado.<br />

<strong>Ester</strong> respondeu devagar: “O inimigo é este mau Hamã.”<br />

Então <strong>Ester</strong> voltou-<strong>se</strong> e encarou Hamã. Subitamente o terror encheu o coração de<br />

Hamã. Ele sabia agora que a sua vida estava em perigo.<br />

Hamã suplica por sua vida<br />

O rei estava tão irado que não con<strong>se</strong>guiu continuar <strong>se</strong>ntado. Ele levantou-<strong>se</strong> e foi para o<br />

jardim do palácio. Pensar que o <strong>se</strong>u favorito e homem de confiança havia conspirado contra<br />

a rainha e o enganara, induzindo-o a emitir um decreto condenando-a e a todo o <strong>se</strong>u povo, à<br />

morte! Es<strong>se</strong> simples pensamento deixava o rei enfurecido.<br />

O medo tomou conta de Hamã. Ele também não con<strong>se</strong>guiu mais continuar <strong>se</strong>ntado. Ele<br />

sabia que a sua única esperança era suplicar a <strong>Ester</strong> por mi<strong>se</strong>ricórdia. Ele voltou-<strong>se</strong> para a<br />

rainha para suplicar a ela. Compreendendo a grande encrenca em que <strong>se</strong> envolvera, ele<br />

deixou-<strong>se</strong> cair no sofá em que estava a rainha para lhe suplicar por perdão e mi<strong>se</strong>ricórdia.<br />

Quando o rei voltou do jardim, ele o viu caído sobre o sofá da rainha. Isto deixou o rei<br />

ainda mais furioso. O rei sabia que havia um só veredicto para Hamã. Ele tinha que morrer!<br />

Rapidamente os guardas foram convocados. Eles vieram, prenderam Hamã e<br />

cobriram-lhe a face com um capuz, o que era feito <strong>se</strong>mpre com os condenados à morte,<br />

uma vez que eles não mereciam ver a face do rei.<br />

Um dos <strong>se</strong>rvos do rei dis<strong>se</strong>: “Existe na casa de Hamã, uma forca de 50 côvados de<br />

altura que ele construiu para enforcar Mordecai, o mesmo Mordecai que salvou a vida do<br />

rei!”


“Então enforquem-no naquela mesma forca.” Ordenou o rei, <strong>se</strong>m nem um momento de<br />

hesitação.<br />

Assim, Hamã foi enforcado naquele dia, na mesma forca que mandou erguer para<br />

Mordecai. O pecado de Hamã finalmente o destruíra, tal como o pecado <strong>se</strong>mpre faz.<br />

Embora pareces<strong>se</strong> por um momento que ele sairia vitorioso, agora ele realmente havia<br />

perdido tudo. Isto é a con<strong>se</strong>quência natural para uma pessoa que exalta a si mesmo e<br />

enche-<strong>se</strong> de orgulho e maldade. David dis<strong>se</strong>: “Trama o ímpio contra o justo e contra ele<br />

range os dentes. Rir-<strong>se</strong>-à dele o Senhor, pois vê estar-<strong>se</strong> aproximando o <strong>se</strong>u dia” (Salmo<br />

37:12-13). Paulo fez a <strong>se</strong>guinte colocação: “Não vos enganeis: de Deus não <strong>se</strong> zomba. Pois<br />

aquilo que o homem <strong>se</strong>mear isto também ceifará” (Gal. 6:7). Deus <strong>se</strong>mpre tem a última<br />

palavra, não o homem.<br />

Quão melhor é andar nos caminhos do Senhor e fazer Sua vontade. Porque para aqueles<br />

que andam nos caminhos do Senhor, a Palavra de Deus diz: “Porque o fim daquele homem<br />

<strong>se</strong>rá paz” (Salmo 37:37).


<strong>Versículo</strong>: Mateus 16:26<br />

<strong>Ester</strong> intercede junto ao rei por <strong>se</strong>u povo<br />

<strong>Lição</strong> 7<br />

Vitória para o Povo Judeu<br />

<strong>Ester</strong> 8-10<br />

A rainha <strong>Ester</strong> pediu ao rei que revogas<strong>se</strong> as cartas que Hamã enviara a todas as<br />

províncias. Com lágrimas correndo dos <strong>se</strong>us olhos, a rainha falou: “Como poderei ver o<br />

mal que sobre virá ao meu povo? E como poderei ver a destruição da minha parentela?”<br />

Embora Hamã estives<strong>se</strong> morto, a armadilha mortal que ele armara contra os judeus não<br />

estava desarmada. O decreto determinando a morte dos judeus no dia 13 do mês de Adar<br />

fora espalhado por todas as províncias do vasto império persa e continuava em vigor. Os<br />

inimigos dos judeus estavam a fazer os <strong>se</strong>us preparativos para destruírem os judeus, cada<br />

um em sua área, na data marcada.<br />

Naquela época, a lei dos medas e persas não podia <strong>se</strong>r revogada, mesmo pelo próprio<br />

rei; alem disso, o rei poderia não possuir os recursos necessários para reverter a lei que ele<br />

mesmo decretara.<br />

O rei dis<strong>se</strong> então: “Eis que dei à rainha <strong>Ester</strong> e ao judeu Mordecai a casa de Hamã e a<br />

ele penduraram-no numa forca porquanto intentara matar os judeus. Agora, você,<br />

Mordecai, pode escrever uma nova lei que irá sobrepor-<strong>se</strong> e revogar a lei de Hamã e eu a<br />

<strong>se</strong>larei com o anel real, de sorte que não poderá mais <strong>se</strong>r revogada.”<br />

O rei mandou chamar os escribas e ordenou-lhes que escreves<strong>se</strong>m tudo que Mordecai<br />

ditas<strong>se</strong> a eles. Desta forma, uma nova carta foi escrita por Mordecai a todos os povos do<br />

vasto império persa. Foi escrita no nome do rei e <strong>se</strong>lada com o anel real.<br />

Embora o édito de Hamã tives<strong>se</strong> dado permissão aos inimigos dos judeus para matá-los<br />

e saquear-lhes os bens, a carta de Mordecai dava aos judeus permissão para defenderem-<strong>se</strong>.<br />

Mordecai escreveu a lei cuidadosamente, dizendo que os judeus receberiam pleno apoio do<br />

rei e que o rei encorajava os judeus a prepararem-<strong>se</strong> para lutar contra os <strong>se</strong>us atacantes.<br />

Assim, a lei de Mordecai contrapunha-<strong>se</strong> à lei de Hamã.<br />

Da Índia à Etiópia<br />

O édito de Mordecai devia <strong>se</strong>r expedido imediatamente aos judeus, aos sátrapas, aos<br />

governadores e a todos os príncipes das províncias desde a Índia até a Etiópia – a todas as<br />

127 províncias e a carta devia <strong>se</strong>r traduzida em todos os idiomas falados no império persa.<br />

Não havia muito tempo para distribuir a mensagem a todos aqueles lugares tão<br />

distantes uns dos outros. Mordecai despachou as cartas através dos cavaleiros mais<br />

rápidos, montados em cavalos, ginetes, mulas e camelos árabes que haviam sido treinados<br />

para viajarem com a máxima velocidade. Ele queria as<strong>se</strong>gurar-<strong>se</strong> que a nova lei chegaria a<br />

tempo de salvar os judeus.


A alegria dos judeus<br />

Quando o édito de Hamã foi lido nas províncias do vasto império persa, os judeus<br />

haviam rasgado as suas vestes e levantado uma grande lamentação. Agora, chegara o dia<br />

em que outro cavalo veloz chegara à cidade. Seu cavaleiro desmontou e o povo reconheceu<br />

nele um correio do rei. Imediatamente ajuntaram-<strong>se</strong> para ouvir a nova mensagem enviada<br />

pelo rei. A voz do correio do rei elevou-<strong>se</strong> alta e clara enquanto ele lia a mensagem: “O rei<br />

concede permissão a todos os judeus de <strong>se</strong>u império para defenderem a si, a suas famílias e<br />

a <strong>se</strong>us bens e propriedades dos ataques de <strong>se</strong>us inimigos no 13º dia do mês de Adar. Eles<br />

podem preparar-<strong>se</strong> para lutar em defesa das suas vidas e dos <strong>se</strong>us bens”.<br />

Os judeus que ouviram isto ficaram cheios de alegria e mal podiam crer em <strong>se</strong>us<br />

ouvidos. A notícia causou grande regozijo nos lares judeus, quando cada chefe de família<br />

comunicou a <strong>se</strong>us familiares: “O rei declarou que não teremos que morrer no 13º dia do<br />

mês de Adar! O rei mandou dizer que poderemos defender-nos de qualquer que nos ataque.<br />

Vamos começar agora mesmo a preparar nossa defesa! Não vamos morrer, afinal! O rei<br />

deu-nos a maravilhosa oportunidade de nos defender!”<br />

Eles choraram de alegria e riram e cantaram juntos, em cada lar judeu.<br />

Quando o 13º dia do mês de Adar finalmente chegou, os judeus estavam preparados<br />

para defenderem as suas vidas valentemente daqueles que os odiavam. E o rei e os oficiais<br />

de cada localidade estavam a apoiar os judeus. Em muitas cidades ninguém ousou<br />

incomodar os judeus porque sabiam que estes estavam bem preparados para lutar. Esta foi<br />

uma surpreendente sucessão de eventos e muitas pessoas estavam tão impressionadas com<br />

os judeus e com o Deus deles que estava a trabalhar tão poderosamente em favor deles, que<br />

resolveram tornar-<strong>se</strong> judias.<br />

O decreto do 13º dia do mês de Adar, foi celebrado com alegria, banquetes e festas.<br />

Mordecai expediu cartas a todos os judeus em todas as províncias dizendo-lhes que no<br />

futuro eles deveriam guardar o 14º e o 15º dias do mês de Adar todos os anos como<br />

lembrança do Livramento que Deus lhes concedera de <strong>se</strong>us amigos, trazendo-lhes tão<br />

grande regozijo.<br />

Este feriado especial foi chamado de Purim e os judeus deviam celebrar estes dias com<br />

festejos, regozijo e enviando pre<strong>se</strong>ntes uns aos outros. Muitos judeus hoje em dia ainda<br />

celebram Purim nos dias 14º e 15º de Março. Eles lêem juntos o livro de <strong>Ester</strong>, relembrando<br />

o feito da brava rainha <strong>Ester</strong> para com o povo judeu.<br />

Depois disso, o rei Assuero exaltou Mordecai no reino, elevando-o à posição de 2º no<br />

reino, tendo Mordecai lutado <strong>se</strong>mpre pelo bem estar do <strong>se</strong>u povo. Em troca, os judeus<br />

amavam e respeitavam Mordecai.<br />

A intervenção de Deus<br />

Você imagina porque uma história tão trágica teve um final tão feliz? Foi porque os<br />

judeus jejuaram e oraram e Deus mudou-lhes o destino transformando a tragédia em<br />

triunfo. Todos os factos e circunstâncias mudaram porque eles oraram. Deus é capaz de<br />

realizar coisas surpreendentes porque Ele sabe de todas as coisas, é completamente sábio,<br />

todo amor e todo-poderosos. A história de <strong>Ester</strong> nos faz saber o quão importante é a oração.<br />

Realmente vale a pena orar.<br />

Foi depois que os judeus jejuaram e oraram que os acontecimentos mudaram a favor


deles. Lembre, na véspera do enforcamento de Mordecai, Deus fez com que o rei Assuero<br />

tives<strong>se</strong> insónia. O rei mandou vir as crónicas para <strong>se</strong>rem lidas em sua pre<strong>se</strong>nça e, ouvindo o<br />

que Mordecai fizera, de<strong>se</strong>jou honrar Mordecai. Assim, ao invés de enforcar Mordecai,<br />

Hamã foi enforcado e os judeus foram salvos.<br />

Embora o nome de Deus não <strong>se</strong>ja jamais mencionado no livro de <strong>Ester</strong>, podemos ver<br />

Seu poder através dos acontecimentos. Vemos o Seu amor por Seu povo. Vemos que Ele<br />

governa sobre reis e muda os acontecimentos, quando o Seu povo ora.<br />

O Deus de <strong>Ester</strong> e Mordecai é também o nosso Deus. Ele responderá as nossas orações<br />

assim como respondeu a deles. Podemos confiar a Ele as nossas vidas porque Ele nos ama<br />

e sabe o que é melhor para nós. Sabemos que Deus está no controle de todas as coisas e que<br />

Ele pode fazer com que todas as coisas cooperem para o bem, <strong>se</strong> o amamos e nele<br />

confiamos.


1<br />

"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,<br />

o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais<br />

nos lugares celestiais em Cristo."<br />

<strong>Efésios</strong> 1:3<br />

"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,<br />

o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais<br />

nos lugares celestiais em Cristo."<br />

<strong>Efésios</strong> 1:3<br />

"Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,<br />

o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais<br />

nos lugares celestiais em Cristo."<br />

<strong>Efésios</strong> 1:3


2<br />

"Sabemos que todas as coisas contribuem<br />

juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,<br />

daqueles que são chamados<br />

<strong>se</strong>gundo o Seu propósito."<br />

(Rom. 8:28)<br />

"Sabemos que todas as coisas contribuem<br />

juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,<br />

daqueles que são chamados<br />

<strong>se</strong>gundo o Seu propósito."<br />

(Rom. 8:28)


3<br />

"E assim com confiança ou<strong>se</strong>mos dizer:<br />

O Senhor é o meu ajudador, e não<br />

temerei o que me possa fazer o homem."<br />

Hebreus 13:6<br />

"E assim com confiança ou<strong>se</strong>mos dizer:<br />

O Senhor é o meu ajudador, e não<br />

temerei o que me possa fazer o homem."<br />

Hebreus 13:6<br />

"E assim com confiança ou<strong>se</strong>mos dizer:<br />

O Senhor é o meu ajudador, e não<br />

temerei o que me possa fazer o homem."<br />

Hebreus 13:6


4<br />

"Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes<br />

vencido;<br />

porque maior é o que está em vós do que<br />

o que está no mundo."<br />

I João 4:4<br />

"Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes<br />

vencido;<br />

porque maior é o que está em vós do que<br />

o que está no mundo."<br />

I João 4:4<br />

"Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes<br />

vencido;<br />

porque maior é o que está em vós do que<br />

o que está no mundo."<br />

I João 4:4


5<br />

"Não presumas do dia de<br />

amanhã, porque não sabes o<br />

que produzirá o dia."<br />

Provérbios 27:1<br />

"Não presumas do dia de<br />

amanhã, porque não sabes o<br />

que produzirá o dia."<br />

Provérbios 27:1


6<br />

"Não presumas do dia de<br />

amanhã, porque não sabes o<br />

que produzirá o dia."<br />

Provérbios 27:1<br />

“Não vos enganeis: de Deus não <strong>se</strong> zomba.<br />

Pois aquilo que o homem<br />

<strong>se</strong>mear isto também ceifará.”<br />

(Gal. 6:7)<br />

“Não vos enganeis: de Deus não <strong>se</strong> zomba.<br />

Pois aquilo que o homem<br />

<strong>se</strong>mear isto também ceifará.”


7<br />

(Gal. 6:7)<br />

“Não vos enganeis: de Deus não <strong>se</strong> zomba.<br />

Pois aquilo que o homem<br />

<strong>se</strong>mear isto também ceifará.”<br />

(Gal. 6:7)<br />

"Pois que aproveita ao homem ganhar o<br />

mundo inteiro, <strong>se</strong> perder a sua alma? ou<br />

que dará o homem em recompensa da<br />

sua alma?"<br />

Mateus 16:26


"Pois que aproveita ao homem ganhar o<br />

mundo inteiro, <strong>se</strong> perder a sua alma? ou<br />

que dará o homem em recompensa da<br />

sua alma?"<br />

Mateus 16:26<br />

"Pois que aproveita ao homem ganhar o<br />

mundo inteiro, <strong>se</strong> perder a sua alma?...”<br />

Mateus 16:26a

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!