Pensar é transgredir
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Mulher não “trabalhava fora” a não ser que fosse<br />
muito pobre, ou tivesse um marido incompetente para<br />
a sustentar.<br />
“Mulher minha não trabalha” era dito com satisfação<br />
e certa arrogância. Hoje, em grupos de jovens<br />
mulheres, olha-se com certa piedade a que “só” fica<br />
em casa.<br />
Isso pode levar a uma inversão exagerada.<br />
Ficar “só” em casa será mesmo tão pouco assim? Ser<br />
“apenas” mãe desses filhos, administradora dessas<br />
contas e projetos pode não satisfazer plenamente<br />
quem sente em si potencial para muito mais que isso.<br />
Mas será uma função inferior?<br />
Que compensações pode trazer em cada família, em<br />
cada caso individual?<br />
As questões humanas são complexas começando por<br />
isso: dificilmente se podem estabelecer com justiça e<br />
justeza regras gerais, quando se trata de costumes,<br />
sentimentos, tradições, legados familiares emocionais<br />
e conceituais, tipos de relacionamento.<br />
Estamos botando de pernas para o ar nossos<br />
conceitos: às vezes <strong>é</strong> preciso plantar bananeiras<br />
mentais para entender o que se passa, e descobrir o<br />
que deveríamos fazer. Na maior parte das vezes,<br />
temos de nos contentar com o que podemos realizar<br />
ou pensar.<br />
_________________________<br />
Lya Luft – <strong>Pensar</strong> <strong>é</strong> <strong>transgredir</strong><br />
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