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1ª <strong>Sessão</strong><br />
<strong>Palácio</strong> <strong>do</strong> <strong>Correio</strong> <strong>Velho</strong> Antiguidades<br />
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971<br />
Importantes lavanda e gomil em prata portuguesa, D. João V, trabalho da 1ª metade<br />
<strong>do</strong> séc. XVIII. Lavanda com centro <strong>do</strong> fun<strong>do</strong> liso, orla com canela<strong>do</strong> largo, aba com<br />
motivos vegetalistas entrelaça<strong>do</strong>s grava<strong>do</strong>s, ainda com influência francesa <strong>do</strong> final<br />
<strong>do</strong> séc. XVII dita “à Berain”, e bor<strong>do</strong> moldura<strong>do</strong> com decoração repuxada e cinzelada<br />
com conchea<strong>do</strong>s, fitas entrelaçadas e motivos vegetalistas. Gomil com a mesma<br />
decoração sobre faixas de canela<strong>do</strong>s largos, bico largo com moldura, nó em forma<br />
de bolacha lisa, pé circular recorta<strong>do</strong> com canela<strong>do</strong>s largos, tanto o corpo como<br />
o pé, apresentam motivos decorativos repuxa<strong>do</strong>s, semelhantes a reforços aplica<strong>do</strong>s,<br />
que denotam a, atrás mencionada, influência francesa. Asa perdida em forma<br />
de C, com folhas de acanto e godrões, ligação ao corpo por concha.<br />
Alt.: 32.5 cm Comp.:52.5 cm. Peso Total aprox.: 3570 gr.<br />
€ 15.000 / € 25.000<br />
São muito raras as lavandas e gomis desta época. As características decorativas destas peças são<br />
extremamente consistentes com a gramática decorativa delineada por Jean Berain (1638- 1711)<br />
e que vai nortear o gosto na Europa francófona nesta época.<br />
Durante o final <strong>do</strong> séc. XVII e início <strong>do</strong> séc. XVIII é marcada a influência francesa no gosto português,<br />
durante um breve perío<strong>do</strong> as influências inglesa e italiana vão surgir, (pelo trata<strong>do</strong> de Methwen<br />
e pela capela de S. João Baptista, respectivamente), mas de novo, com a 1ª baixela Germain,<br />
regressa em força o gosto francês, que se irá manter até ao final <strong>do</strong> séc. XVIII.<br />
Para peças semelhantes ou com os mesmos motivos decorativos e com marcas de contraste<br />
e de ourives da 1ª metade <strong>do</strong> séc. XVIII, ver “A Colecção de Ourivesaria da Fundação Ricar<strong>do</strong><br />
Espírito Santo Silva”, D’Orey, Leonor, Lisboa, 1998, págs. 48/49 e 156/157; “Exposição de<br />
ourivesaria”, Maio Flori<strong>do</strong>, Porto, 1964, item 50, gomil; “Pratas Portuguesas em Colecções<br />
Particulares, séc. XV ao séc. XX”, D. Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, Porto, 1998, pág. 106/107.
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