17.04.2013 Views

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Antes, porém, <strong>de</strong> construir a explicação alternativa, MARGLIN (1974, p. 16-7)<br />

elabora o mote principal para a invalidação do motivo eficiência, a partir do qual outros<br />

autores se orientam para refutar a <strong>de</strong>fesa do mesmo feita por Williamson:<br />

a method of production is technologically superior to another if it produces more<br />

output with the same inputs. It is not enough that a new method of production yield<br />

more output per day to be technologically superior. Even if labour is the only input,<br />

a new method of production might require more hours of labour, or more intensive<br />

efforts, or more unpleasant working conditions, in which case it would be providing<br />

more output for more input, not for the same amount.<br />

O argumento <strong>de</strong> Marglin é, então, posteriormente reapresentado por outros autores,<br />

não permitindo que o mesmo fosse silenciado pelo po<strong>de</strong>r da "última palavra" (cronologi-<br />

camente, <strong>de</strong> Williamson). MARGINSON (1993, p. 151), por ex<strong>em</strong>plo, comenta:<br />

to the extent that the increase in output is secured through <strong>em</strong>ployers' ability to<br />

extract more labour effort from a given workforce, then labour input has increased<br />

as well. Thus while costs may have been minimized and profits increased, the<br />

efficiency implications of strengthening authority relation are in<strong>de</strong>terminate - both<br />

outputs and inputs have increased.<br />

A obtenção <strong>de</strong> maior produção com o mesmo número <strong>de</strong> trabalhadores t<strong>em</strong> sido a<br />

justificativa <strong>de</strong> eficiência, s<strong>em</strong> que este termo seja precisamente <strong>de</strong>finido. Esse parece ser<br />

um uso utilitarista do conceito <strong>de</strong> eficiência para justificar um fato que não se pô<strong>de</strong> provar<br />

<strong>em</strong>piricamente, mas cujo estado final po<strong>de</strong> ser enquadrado no corpo teórico da TCT,<br />

conferindo-lhe uma legitimida<strong>de</strong> espúria. Em suma, trata-se <strong>de</strong> uma racionalização ex post.<br />

DIETRICH (1993, p. 181) também alega que a contabilização da eficiência po<strong>de</strong><br />

ser <strong>de</strong>sfavorável a Williamson, já que a assimetria <strong>de</strong> informações existente no putting-out<br />

e que precisava ser reduzida - como o foi, no sist<strong>em</strong>a fabril - causou mudanças significati-<br />

vas mas contrárias <strong>em</strong> diferentes componentes dos custos <strong>de</strong> transação. Embora o então<br />

novo sist<strong>em</strong>a fabril tenha proporcionado economias no componente <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação, exigiu<br />

uma elevação substancial nos custos relativos ao monitoramento dos trabalhadores,<br />

"agentes" estes que passaram a uma situação pior que a anterior - "workers [...] would<br />

clearly be worse-off" (ibid.) -, o que seria incompatível com a eficiência no sentido tradi-<br />

78

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!