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um jogo cooperativo ou <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação ao invés <strong>de</strong> jogos com dil<strong>em</strong>a do prisioneiro. 107 E<br />

isso "is a matter of getting agents to un<strong>de</strong>rstand each other in the first place, rather than<br />

avoiding strategic behavior by agents who have already a <strong>de</strong>tailed un<strong>de</strong>rstanding of each<br />

other" (FOSS, N., i<strong>de</strong>m). 108 O oportunismo (ou incerteza), contudo, não estaria<br />

potencialmente presente apenas na segunda situação <strong>de</strong>scrita por N. Foss, mas também ao<br />

longo da primeira. O probl<strong>em</strong>a, então, se tornaria: <strong>de</strong>ve-se atentar apenas para a<br />

cooperação entre os agentes e por suposto eliminar qualquer espécie <strong>de</strong> comportamento<br />

predatório (individual ou não)? Se a resposta é não, qu<strong>em</strong> v<strong>em</strong> primeiro ou qu<strong>em</strong> prevalece<br />

<strong>em</strong> quais circunstâncias e quais as conseqüências da interação? 109<br />

Nesse ponto, NOORDERHAVEN (1996) alega ser insuficiente a centralida<strong>de</strong> do<br />

oportunismo como atributo humano a prevalecer nas transações, e <strong>de</strong>senvolve o que chama<br />

<strong>de</strong> split-core mo<strong>de</strong>l of human nature. Em tal mo<strong>de</strong>lo admite-se o indivíduo como<br />

inerent<strong>em</strong>ente oportunista e confiável, tendo o contexto transacional como condicionante<br />

periférico <strong>de</strong> seu comportamento. Dessa forma, as salvaguardas contratuais <strong>de</strong> uma<br />

organização híbrida ou mesmo a escolha entre mercado e hierarquia po<strong>de</strong>m ser afetadas<br />

este acredita ser a adoção da incerteza e da racionalida<strong>de</strong> limitada um diferencial da TCT com<br />

relação à teoria da agência e do nexo <strong>de</strong> contratos.<br />

107<br />

Mais sobre o assunto po<strong>de</strong> ser encontrado <strong>em</strong> FOSS, N. e CHRISTENSEN (1996).<br />

108<br />

Preocupação s<strong>em</strong>elhante é levantada por FREEMAN (1994, p. 471) ao comentar que<br />

muitos estudos <strong>de</strong> economistas neo-schumpeterianos vêm enfatizando o papel da confiança nas<br />

relações entre firmas <strong>em</strong> re<strong>de</strong> (e.g. NOORDERHAVEN, 1992) - <strong>em</strong>bora negligenci<strong>em</strong>, como<br />

também o faz a TCT, os papéis do po<strong>de</strong>r e do medo nessas mesmas relações. A questão chega a<br />

causar imensa objeção por parte <strong>de</strong> alguns estudiosos no campo da administração <strong>de</strong> <strong>em</strong>presas;<br />

DONALDSON (1995, p. 166) chega a dizer que: "a more accurate title for the two theories of<br />

agency and transaction cost theory, in regard to their theories of organizational manag<strong>em</strong>ent, might<br />

be the theory of managerial <strong>de</strong>linquency". Isso porque alega ser a centralida<strong>de</strong> do oportunismo uma<br />

con<strong>de</strong>nação axiomática da natureza humana (principalmente dos gestores), exógena à toda e<br />

qualquer estrutura organizacional, enquanto <strong>de</strong>veríamos enxergar que o comportamento e a<br />

motivação dos agentes econômicos são <strong>em</strong> uma parte <strong>de</strong>terminados pela própria estrutura<br />

organizacional com a qual trabalham - portanto, endógenos -, e <strong>em</strong> outra por contingências<br />

estruturais. Ou seja, o oportunismo é apenas um tipo <strong>de</strong> comportamento <strong>de</strong>ntre vários outros, e.g. a<br />

confiança e a subseqüente cooperação. Sendo assim, "The best approach lies in the continued<br />

construction of contingency theories in which a variety of behaviours and structures are seen as<br />

appropriate <strong>de</strong>pending on the situation" (i<strong>de</strong>m, p. 201). WILLIAMSON (1985, p. 406) apenas não<br />

se onera: "operationalizing trust has proved inordinately difficult. A noncalculative orientation may<br />

help to unpack the issues. Organization theorists would appear to be well suited to the task."<br />

109<br />

Mais diretamente, po<strong>de</strong>-se perguntar como é possível associar e.g. espionag<strong>em</strong> industrial,<br />

apropriação espúria ou uso <strong>de</strong> patentes alheias e conflitos trabalhistas com estratégias <strong>em</strong>presariais<br />

cooperativas b<strong>em</strong> sucedidas?<br />

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