17.04.2013 Views

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

para a firma. 104 Ou seja, "in the same way as physical productive capacity (machines) the<br />

human resource acquires a specific character through a process: it must be shaped before it<br />

can be utilised in new forms" (AMENDOLA e GAFFARD, i<strong>de</strong>m, p. 630). 105 A teoria da<br />

firma <strong>de</strong>veria voltar-se para os motivos da cooperação (ou ausência <strong>de</strong>la) entre e intra-<br />

firmas, que tornam viáveis os processos <strong>de</strong> mudança, e não preocupar-se com os limites<br />

entre firmas e mercados - como sugere a tradição coaseana.<br />

Embora as críticas <strong>de</strong> Amendola e Gaffard tenham sua peculiarida<strong>de</strong>, suas<br />

conclusões a respeito da teoria da firma suscitam um outro veio <strong>de</strong> discussão, no qual este<br />

tópico está centrado. Diferente, então, daqueles autores, FOSS, N. (1996b, p. 18 e 1996c,<br />

p. 13) admite a preocupação <strong>de</strong> pesquisadores da "firma evolucionista" com questões<br />

enfatizadas pela TCT, 106 <strong>de</strong>ntre elas a dos limites da firma. No entanto, como<br />

anteriormente comentado, tais limites são fort<strong>em</strong>ente <strong>de</strong>terminados pelas competências <strong>de</strong><br />

cada firma. Nesse ponto, a discussão pe<strong>de</strong> que seja levantada outra questão: segundo<br />

FOSS, N. (1996b, p. 18) e também LANGLOIS e ROBERTSON (1995, p. 3), a<br />

representação da teoria das competências para limitar as ativida<strong>de</strong>s da firma correspon<strong>de</strong> a<br />

104 O termo usado por AMENDOLA e GAFFARD (1994, p. 630) não significa excesso<br />

físico ou numérico, mas expressa a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma flexibilida<strong>de</strong> ativa que consiste <strong>em</strong><br />

capacida<strong>de</strong> ou competência para criar e usar novas e diferentes opções ou combinações <strong>de</strong> fatores,<br />

e implica afirmar que a atuação (produção e/ou capacida<strong>de</strong> produtiva) <strong>de</strong> uma firma <strong>em</strong> dado<br />

momento no t<strong>em</strong>po é construída s<strong>em</strong>pre sobre a utilização parcial <strong>de</strong> pelo menos um <strong>de</strong> seus fatores<br />

(o trabalho, neste caso). Tal argumento parece estar fort<strong>em</strong>ente ancorado <strong>em</strong> Edith PENROSE<br />

(1959, apud LANGLOIS e ROBERTSON, 1995, p. 14; vi<strong>de</strong> também ROBERTSON e<br />

LANGLOIS, 1994, p. 365), para qu<strong>em</strong> as firmas têm tendência a adquirir recursos <strong>em</strong> excesso:<br />

primeiro, por questões <strong>de</strong> indivisibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stes; e, segundo, por questões <strong>de</strong> aprendizado e<br />

adaptação dos recursos humanos ao longo do t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> ativida<strong>de</strong> na firma, pois absorv<strong>em</strong> e<br />

aplicam mais (e mais apropriados) conhecimentos e informações oriundos tanto do ambiente<br />

externo quanto do próprio ambiente interno da organização.<br />

105 Mas se há capacida<strong>de</strong> humana <strong>em</strong> excesso, como argumentam, po<strong>de</strong> não ser estritamente<br />

necessário que a mão-<strong>de</strong>-obra precise ser moldada a novas tarefas se estas exig<strong>em</strong> competências<br />

ainda não exploradas, mas existentes. O argumento po<strong>de</strong> ainda estar generalizando e/ou<br />

superestimando a exigência <strong>de</strong> qualificações numa situação <strong>de</strong> alto nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego e, assim,<br />

invertendo a causalida<strong>de</strong>: há <strong>de</strong>s<strong>em</strong>prego porque muitos trabalhadores não têm qualificação e n<strong>em</strong><br />

todos quer<strong>em</strong> arcar com os custos <strong>de</strong> qualificá-los, enquanto po<strong>de</strong>-se dizer que há cada vez menos<br />

postos <strong>de</strong> trabalho (por algum outro motivo qualquer) e os que exist<strong>em</strong> po<strong>de</strong>m preferencialmente<br />

ser ocupados por trabalhadores com, por ex<strong>em</strong>plo, mais qualificação formal ou escolar.<br />

106 Ou mais precisamente pelo contractual approach, que reúne a TCT, a teoria da agência<br />

<strong>de</strong> Holmstron, a teoria do nexo <strong>de</strong> contratos <strong>de</strong> Alchian, D<strong>em</strong>setz e Cheung, e a abordag<strong>em</strong> dos<br />

contratos incompletos <strong>de</strong> Grossman e Hart, <strong>de</strong> acordo com FOSS, N. (1996c, p. 4). Tal tratamento<br />

conjunto, no entanto, concorre com PONDÉ (1993a,b e 1994, anteriormente nesta seção), já que<br />

61

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!