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palavras <strong>de</strong> BEIJE (1996, p. 232): "successful learning within an organization will<br />

'produce' asset specificity".<br />

Pondé entretanto adverte sobre o perigo da natureza <strong>de</strong> tal crítica, pois po<strong>de</strong><br />

significar "jogar fora a criança com a água do banho". Ou seja: "ao criticar as noções<br />

neoclássicas <strong>de</strong> eficiência alocativa e otimização [po<strong>de</strong>-se] fechar o espaço necessário para<br />

<strong>de</strong>senvolver uma teoria schumpeteriana da concorrência, que exige uma análise <strong>de</strong> como as<br />

firmas buscam elevar seus lucros aumentando sua eficiência capitalista" (PONDÉ, 1996, p.<br />

540). Po<strong>de</strong>mos também acabar incorrendo na não distinção <strong>de</strong> um curto e <strong>de</strong> um longo<br />

prazo analíticos, ou seja, ignorarmos que para chegar no longo prazo (t<strong>em</strong>po real ou<br />

operacional) é preciso <strong>de</strong>parar-se com várias <strong>de</strong>cisões <strong>em</strong>inent<strong>em</strong>ente <strong>de</strong> curto prazo. Em<br />

suma, o que se alerta é para que não superestim<strong>em</strong>os as lacunas da TCT, cobrando o que<br />

ela não se propôs explicar, e não façamos das análises <strong>de</strong> eficiência alocativa ou <strong>de</strong> curto<br />

prazo um el<strong>em</strong>ento <strong>de</strong>sprezível nas <strong>de</strong>cisões <strong>em</strong>presariais <strong>em</strong> <strong>de</strong>trimento da eficiência<br />

dinâmica, <strong>de</strong> maior i<strong>de</strong>ntificação com o longo prazo.<br />

4.1.4 No t<strong>em</strong>po real: aprendizado, cooperação e atributos humanos <strong>de</strong>senvolvidos<br />

Encontramos também, <strong>em</strong> AMENDOLA e GAFFARD (1994), consi<strong>de</strong>rações sobre<br />

a inclusão da dimensão t<strong>em</strong>po no processo <strong>de</strong> produção, trazendo novos probl<strong>em</strong>as à aná-<br />

lise. Se consi<strong>de</strong>rarmos centralmente o fenômeno da inovação, ver<strong>em</strong>os que os gastos<br />

necessários ao seu <strong>de</strong>senvolvimento têm a característica <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> irreversíveis (sunk costs)<br />

e somente passíveis <strong>de</strong> recuperação após um certo intervalo <strong>de</strong> t<strong>em</strong>po, o que traz duas<br />

principais implicações: i) o surgimento <strong>de</strong> uma restrição financeira, já que durante tal<br />

período os gastos estarão dissociados das receitas (ambos referentes à respectiva inovação<br />

<strong>em</strong> questão), sendo necessário consi<strong>de</strong>rar o papel do crédito nos processos inovativos,<br />

como já argumentado por SCHUMPETER (1912, cap. III); e ii) diferente do que se cos-<br />

tuma consi<strong>de</strong>rar - a mera alocação dos recursos -, tanto a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> produção quanto o<br />

produto <strong>em</strong> si precisam ser construídos, quer seja pelo processo inovativo <strong>em</strong> sua concep-<br />

ção mais restrita - gerando novas máquinas e novos produtos - quer pelo processo <strong>de</strong><br />

capacitação e aprendizado do fator mão-<strong>de</strong>-obra, que <strong>de</strong>ve estar disponível "<strong>em</strong> excesso"<br />

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