17.04.2013 Views

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

porém, acaba levando LANGLOIS e ROBERTSON (1995, p. 30) a afirmar<strong>em</strong> que a TCT é<br />

uma teoria <strong>de</strong> curto prazo, capaz apenas <strong>de</strong> dar respostas a mudanças institucionais <strong>em</strong><br />

situações momentâneas (comentários a respeito <strong>de</strong>sse ponto serão feitos mais à frente nesta<br />

seção). Se o que se <strong>de</strong>seja é incluir na análise a passag<strong>em</strong> do t<strong>em</strong>po, é preciso incluir<br />

aspectos <strong>de</strong> conhecimento e aprendizado. Através <strong>de</strong>stes, no longo prazo, 96 os custos <strong>de</strong><br />

transação passarão a ser irrelevantes, na medida <strong>em</strong> que atue uma tendência para as<br />

ativida<strong>de</strong>s, inclusive a <strong>de</strong> transacionar, se tornar<strong>em</strong> crescent<strong>em</strong>ente rotinas ou para o<br />

conhecimento contido nas competências da firma acabar<strong>em</strong> se diss<strong>em</strong>inando ou sendo <strong>de</strong><br />

alguma outra forma replicado. Nesse caso, os limites da firma serão <strong>de</strong>terminados inteira-<br />

mente pelas competências relativas entre a mesma e os mercados, ou mais precisamente<br />

pelos custos dinâmicos <strong>de</strong> transação. 97 O argumento po<strong>de</strong> ser sumariado no Quadro 2<br />

(reproduzido <strong>de</strong> LANGLOIS e ROBERTSON, 1995, p. 42).<br />

sentido <strong>de</strong> conjugá-lo com o marco teórico da TCT (cf. PONDÉ, 1996, p. 547). Po<strong>de</strong>mos, no<br />

entanto, simplesmente imaginar que ambientes <strong>de</strong> alto potencial inovativo não faz<strong>em</strong> parte do que<br />

Williamson se propôs explicar, apesar das generalizações dos títulos das obras <strong>de</strong> sua "trilogia".<br />

96 Sendo o longo prazo <strong>de</strong>finido não no t<strong>em</strong>po operacional <strong>em</strong> que todos os fatores <strong>de</strong><br />

produção se tornam variáveis, mas como "the asymptotic end-state of a process of learning"<br />

(LANGLOIS e ROBERTSON, 1995, p. 33). Etapas sucessivas <strong>de</strong> aprendizado indicam, então,<br />

seqüências <strong>de</strong> curtos termos.<br />

97 DUNN (1998, p. 5) corrobora a crítica. Nesse ponto, é interessante anotar uma das críticas<br />

pós-keynesianas à TCT: os custos <strong>de</strong> transação são um fenômeno <strong>de</strong> curto prazo, vigorando para<br />

esse intervalo a capacida<strong>de</strong> explanatória (parcial) da TCT. Para Stephen Dunn, Williamson t<strong>em</strong><br />

uma visão ergódica da natureza e seus fenômenos, cuja linha condutora é a eficiência, <strong>em</strong> função<br />

da adoção do princípio darwinista da seleção natural. Sendo assim, com o <strong>de</strong>senrolar dos eventos<br />

será possível aos agentes apren<strong>de</strong>r sobre as distribuições objetivas <strong>de</strong> probabilida<strong>de</strong> que <strong>de</strong>screv<strong>em</strong><br />

o ambiente ergódico, diminuindo a surpresa potencial (no caso, Williamson na verda<strong>de</strong> estaria se<br />

referindo ao risco knightiano, e não à incerteza) e construindo contratos mais eficientes com<br />

utilização crescente dos mercados (como prevê a TCT para ambientes com incerteza reduzida). Ou<br />

seja, para Dunn (p. 6), "Williamson's argument has to be one of 'in the beginning there were<br />

markets' and then there were firms (in the short run) and then there were markets (in the long run)."<br />

56

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!