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4.1.1 Consi<strong>de</strong>rações dinâmicas: aprendizado, competências e<br />

construção <strong>de</strong> alternativas no processo <strong>de</strong> competição<br />

De certa forma, aos olhos evolucionistas a TCT parece conter avanços relevantes -<br />

se comparada à análise neoclássica tradicional - na composição <strong>de</strong> uma teoria das firmas;<br />

no entanto, ainda lhe falta superar um caráter estático. A literatura evolucionista a que<br />

tiv<strong>em</strong>os acesso mostrou-se bastante receptiva e disposta a incorporar preocupações e<br />

argumentações da TCT <strong>em</strong> sua agenda <strong>de</strong> pesquisas. 69 A aliança porém não viria s<strong>em</strong><br />

atritos. 70<br />

Essa principal crítica po<strong>de</strong> ser expressa <strong>de</strong> forma sintética pelas palavras <strong>de</strong> Bart<br />

NOOTEBOOM (1992, p. 281):<br />

Standard transaction cost economics consi<strong>de</strong>rs transactions from the perspective of<br />

static efficiency. Increasingly, attention is required to dynamic efficiency; to<br />

capabilities to exploit transaction relations for innovation. Since innovation is<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt on knowledge and learning, the step from the statics to the dynamics of<br />

exchange requires an un<strong>de</strong>rstanding of the <strong>de</strong>velopment and acquisition of<br />

knowledge, preferences, and meaning, and the role in that of interaction between<br />

transaction partners. 71<br />

Também David Teece <strong>de</strong>ixa claro que "In or<strong>de</strong>r to fully <strong>de</strong>velop its capabilities,<br />

transaction cost economics must be joined with a theory of knowledge and production"<br />

(1990, p. 59, apud FOSS, N., 1996b, p. 9).<br />

69 Do ponto <strong>de</strong> vista williamsoniano, po<strong>de</strong>r-se-ía dizer que as preocupações e argumentações<br />

evolucionistas são passíveis <strong>de</strong> incorporação pela TCT, já que para WILLIAMSON (1985, p. xii)<br />

"transaction cost arguments are often best used in conjunction with, rather than to the exclusion of,<br />

other ways of examining the same phenomena." No entanto, se se acredita que não há interseção<br />

dos domínios <strong>de</strong> aplicação entre a TCT e a(s) abordag<strong>em</strong>(ns) evolucionista(s) da firma, elas passam<br />

então a concorrer diretamente (cf. FOSS, N., 1996c, p. 13 e 1996b, p. 12). Há, porém, <strong>em</strong> tal<br />

interpretação margens tanto para consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> compl<strong>em</strong>entarida<strong>de</strong> quanto <strong>de</strong> excludibilida<strong>de</strong>,<br />

como mencionar<strong>em</strong>os mais à frente nesta seção e nas conclusões, como suger<strong>em</strong> WINTER (1993,<br />

p. 189-193) e GROENEWEGEN e VROMEN (1996).<br />

70 Talvez seja válido criar um aparato institucional que dê chance a esta transação... S<strong>em</strong> o<br />

abuso do jogo <strong>de</strong> palavras, é o que se encontra sugerido <strong>em</strong> DOSI et al. (1994, apud BERGERON,<br />

1996, p. 152 - aliás, com a plena concordância <strong>de</strong>ste, cf. p. 134).<br />

71 O mesmo argumento é apresentado <strong>em</strong> NOOTEBOOM (1996, p. 329).<br />

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