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4 UMA APRESENTAÇÃO ÀS CRÍTICAS DA TEORIA DOS<br />
43<br />
CUSTOS DE TRANSAÇÃO<br />
As críticas à TCT, como já sugerido anteriormente, aportam dos mais diversos<br />
veios teóricos, sinalizando a princípio o êxito da estratégia <strong>de</strong> Williamson <strong>em</strong> difundir seu<br />
trabalho, mas também tornando difícil um tratamento or<strong>de</strong>nado e razoavelmente<br />
concatenado das consi<strong>de</strong>rações envolvidas, b<strong>em</strong> como uma precisa i<strong>de</strong>ntificação daquelas<br />
que têm recebido a <strong>de</strong>vida pon<strong>de</strong>ração e/ou contra argumentação dos cientistas mais<br />
simpáticos à TCT. Isso se <strong>de</strong>ve tanto à sua racionalida<strong>de</strong> limitada quanto à ausência <strong>de</strong><br />
canais <strong>de</strong> informação que lhes disponibilize várias <strong>de</strong>las - sendo estas duas limitações<br />
plena ou ampliadamente aplicáveis a nós mesmos, obviamente -, mas é possível também<br />
que resulte da imprevisibilida<strong>de</strong> das reações acadêmicas ao percebê-los ouvindo correntes<br />
teóricas excomungadas pelo mainstream ou <strong>de</strong> sua conduta estratégica ou oportunista <strong>de</strong><br />
selecionar os t<strong>em</strong>as e dirigir as respostas!<br />
A qualificação dos autores envolvidos foi certamente o maior obstáculo a ser<br />
vencido nesta dissertação, <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> da n<strong>em</strong> s<strong>em</strong>pre fácil e justa tarefa <strong>de</strong> "rotular" suas<br />
idéias, e também <strong>em</strong> função das coincidências com relação aos alvos <strong>de</strong> suas críticas.<br />
Aliás, como se po<strong>de</strong>rá perceber, <strong>em</strong> várias passagens julgamos ser válido (pelo peso da<br />
omissão que nos abate) compl<strong>em</strong>entar críticas mais comuns a uma corrente, mas que<br />
aparec<strong>em</strong> também contidas nas idéias <strong>de</strong> outro(s) autor(es) consi<strong>de</strong>rado(s) <strong>em</strong> uma outra,<br />
<strong>em</strong>bora com menor evidência. Alternativamente, po<strong>de</strong>ríamos ter reunido as críticas <strong>de</strong><br />
forma t<strong>em</strong>ática, o que abriria a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> agrupar as correntes não ortodoxas por sua<br />
afinida<strong>de</strong> metodológica ao redor do não reducionismo, instigando a elaboração <strong>de</strong> uma<br />
espécie <strong>de</strong> "síntese não reducionista" da teoria da firma. 67 Embora tentador, optamos por<br />
analisar separadamente cada corrente e reunir <strong>de</strong> forma mais contun<strong>de</strong>nte as críticas<br />
particulares, o que parece um passo intermediário e necessário para qualquer tentativa <strong>de</strong><br />
"síntese". Não obstante, um esforço inicial (ou até mesmo propedêutico) nessa direção é<br />
assumido mais à frente, no capítulo conclusivo ao final do trabalho, <strong>em</strong> busca justamente