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A curva DC, no entanto, é justamente a reconsi<strong>de</strong>ração <strong>de</strong>ssa simplificação. Nela<br />
está expressa a capacida<strong>de</strong> dos mercados <strong>em</strong> agregar <strong>de</strong>mandas com vantagens e obter<br />
economias <strong>de</strong> escala e escopo, mas seu comportamento é <strong>de</strong>crescente com o crescimento<br />
da especificida<strong>de</strong> do ativo. Ela é s<strong>em</strong>pre positiva, aproximando-se assintoticamente <strong>de</strong><br />
zero. Ou seja, mesmo no caso <strong>de</strong> um ativo com gran<strong>de</strong> especificida<strong>de</strong>, um fornecedor<br />
especializado será mais eficiente para produzir tal b<strong>em</strong> do que a firma que vai utilizá-lo. A<br />
integração nunca se daria exclusivamente por vantagens <strong>de</strong> custos na produção. 64<br />
A reta DC + DG representa a soma dos custos <strong>de</strong> produção e "burocráticos" ou <strong>de</strong><br />
gestão da transação, sobre a qual <strong>de</strong>v<strong>em</strong> estar voltadas as atenções da firma para a<br />
economização. Com baixa especificida<strong>de</strong> do ativo t<strong>em</strong>os, <strong>de</strong> modo correspon<strong>de</strong>nte, altos<br />
valores <strong>de</strong> DC e DG oriundos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s diferenças ( CI(k) - CM(k) e B(k) - M(k) ) que<br />
favorec<strong>em</strong> a escolha do mercado para promoção da transação. A opção pelas firmas só fará<br />
sentido no critério <strong>de</strong> economização conjunta quando a reta DC + DG passar a assumir<br />
valores negativos, correspon<strong>de</strong>ndo a custos dos mercados maiores que os da firma, e isso<br />
acontece a partir do ponto k1. Nas proximida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sse ponto <strong>de</strong> indiferença, a escolha não<br />
é, na verda<strong>de</strong>, um processo simples, principalmente <strong>em</strong> função da racionalida<strong>de</strong> limitada<br />
dos agentes, que lhes impedirá <strong>de</strong> chegar à <strong>de</strong>terminação exata do valor <strong>de</strong> k1. É mais<br />
plausível consi<strong>de</strong>rar que há um intervalo <strong>de</strong> indiferença na vizinhança do ponto on<strong>de</strong> a<br />
escolha <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá principalmente da forma anterior <strong>de</strong> organização das firmas (plantas<br />
únicas ou múltiplas, por ex<strong>em</strong>plo, que necessit<strong>em</strong> <strong>de</strong> ativos específicos unitários ou <strong>em</strong><br />
maior quantida<strong>de</strong> na produção para um <strong>de</strong>terminado mercado), como argumenta<br />
WILLIAMSON (1985, p. 93 e 96, nr. 13).<br />
As linhas tracejadas ilustram o caso <strong>em</strong> que uma (gran<strong>de</strong>) firma t<strong>em</strong> vantagens <strong>de</strong><br />
escala, ou seja, menores custos <strong>de</strong> produção, mas maiores custos burocráticos. A curva DG<br />
original sofreria uma rotação no sentido horário, partindo <strong>de</strong> um ponto mais elevado no<br />
eixo dos custos, representada agora por DG'. 65 Em função das economias <strong>de</strong> escala<br />
atingidas pela firma, a curva DC recuaria <strong>em</strong> direção à orig<strong>em</strong> dos eixos, indicando<br />
menores custos <strong>de</strong> produção para a firma com um mesmo grau <strong>de</strong> especificida<strong>de</strong> dos ativos<br />
64 Talvez aqui o argumento <strong>de</strong>ixe-se levar apenas pela ótica das economias <strong>de</strong> escala, mas<br />
não <strong>de</strong> escopo - <strong>em</strong> que uma <strong>em</strong>presa possa ter maior "familiarida<strong>de</strong>" com um equipamento ou<br />
técnica <strong>de</strong> produção, por ex<strong>em</strong>plo, que precise <strong>de</strong> um compl<strong>em</strong>ento a jusante ou a montante.<br />
65 A prova <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento é apresentada <strong>em</strong> WILLIAMSON (1985, p. 94).<br />
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