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cia) e seu t<strong>em</strong>po para tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões são limitados. 38 Sendo assim, as organizações<br />

(firmas) são formas úteis <strong>de</strong> "unir" capacida<strong>de</strong>s limitadas para levar a bom fim os propósi-<br />

tos humanos. WILLIAMSON (1985, p. 45-7) faz referência a outras duas formas <strong>de</strong><br />

racionalida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>radas na teoria econômica: i) uma forma forte, que correspon<strong>de</strong> à<br />

racionalida<strong>de</strong> maximizadora utilizada pela teoria neoclássica; ii) e uma forma fraca, que<br />

correspon<strong>de</strong> à racionalida<strong>de</strong> orgânica ou processual, utilizada pela Escola Austríaca e por<br />

evolucionistas. A racionalida<strong>de</strong> limitada é consi<strong>de</strong>rada uma forma s<strong>em</strong>i-forte, ou interme-<br />

diária, e que v<strong>em</strong> sendo analisada sobretudo <strong>em</strong> duas instâncias pela teoria econômica,<br />

quais sejam, nos processos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão e nas estruturas <strong>de</strong> gestão. A TCT está interessada<br />

na e se ocupa principalmente com a segunda instância, enquanto, por ex<strong>em</strong>plo, teorias<br />

evolucionistas da firma têm se preocupado mais intensamente com a primeira.<br />

Williamson alu<strong>de</strong> a comentários (não i<strong>de</strong>ntificados) pelos quais a racionalida<strong>de</strong><br />

limitada seria vista como forma distorcida <strong>de</strong> dizer que as informações são custosas.<br />

Embora <strong>em</strong> parte isso possa ser significativo, já que os agentes são intencionalmente<br />

racionais, a partir <strong>de</strong> um certo momento o que seria a busca da maximização se <strong>de</strong>para com<br />

acontecimentos imprevisíveis - o que não <strong>de</strong>ve ser confundido com acontecimentos <strong>de</strong><br />

baixa probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrência. Tais acontecimentos alteram o comportamento do<br />

agente, mostrando-lhe que não é possível estar a par <strong>de</strong> tudo o que acontece no momento<br />

<strong>de</strong> sua <strong>de</strong>cisão e <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>sdobramentos pertinentes não só <strong>de</strong>ssa sua <strong>de</strong>cisão, mas<br />

também daqueles que <strong>de</strong>corr<strong>em</strong> dos fatos que não chegaram sequer ao seu conhecimento.<br />

Se consi<strong>de</strong>rarmos que não há um momento exato no t<strong>em</strong>po <strong>em</strong> que o agente receba um<br />

corte <strong>em</strong> sua racionalida<strong>de</strong> ilimitada (ou seja, que a racionalida<strong>de</strong> esteve s<strong>em</strong>pre sujeita a<br />

tais "obstáculos"), ver<strong>em</strong>os que seus objetivos <strong>de</strong> maximização nunca seriam possíveis,<br />

originando o que Herbert Simon chamou <strong>de</strong> "busca da satisfação." 39 No mesmo sentido,<br />

38 Economistas Novo-Clássicos têm se aventurado a usar a idéia <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong> limitada,<br />

muito <strong>em</strong>bora sua aplicação possa ser inusitada. Vi<strong>de</strong> o caso <strong>de</strong> Thomas SARGENT (1993, p. 3): "I<br />

interpret a proposal to build mo<strong>de</strong>ls with 'boun<strong>de</strong>dly rational' agents as a call to retreat from the<br />

second piece of rational expectations (mutual consistency of perceptions) by expelling rational<br />

agents from our mo<strong>de</strong>l environments and replacing th<strong>em</strong> with 'artificially intelligent' agents who<br />

behave like econometricians. These 'econometricians' theorize, estimate, and adapt in att<strong>em</strong>pting to<br />

learn about probability distributions which, un<strong>de</strong>r rational expectations, they already know."<br />

39 Para uma noção mais clara das diferenças entre informações limitadas e racionalida<strong>de</strong><br />

limitada, po<strong>de</strong>mos, a ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> WILLIAMSON (1985, p. 46, nr. 6), citar NELSON e WINTER<br />

(1982, p. 67): "There is similarly a fundamental difference between a situation in which the<br />

<strong>de</strong>cision maker is uncertain about the state of X and a situation in which the <strong>de</strong>cision maker has not<br />

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