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não se compatibiliza com o suposto <strong>de</strong> racionalida<strong>de</strong> limitada <strong>de</strong> Simon - que <strong>de</strong>veria,<br />

então, ser adotado enfaticamente, como suscitam, por ex<strong>em</strong>plo, Dietrich, Hodgson,<br />

Groenewegen e Vromen.<br />

Um outro probl<strong>em</strong>a apontado é o da centralida<strong>de</strong> do oportunismo na TCT. Dietrich<br />

tenta mostrar que mesmo na ausência do oportunismo, os probl<strong>em</strong>as alegados por<br />

Williamson para adotá-lo tão centralmente <strong>em</strong> sua abordag<strong>em</strong> po<strong>de</strong>rão continuar<br />

acontecendo. Em tal situação, a incerteza, a mera diversida<strong>de</strong> cognitiva ou mesmo o<br />

altruísmo po<strong>de</strong>rão, diante <strong>de</strong> contingências, levar ao rompimento contratual ou a uma<br />

situação <strong>de</strong> ineficiência. Moschandreas tenta mostrar, então, quantos outros fatores<br />

comportamentais, ligados à cultura <strong>de</strong> um modo geral, po<strong>de</strong>m afetar a elaboração <strong>de</strong> um<br />

contrato ou a execução <strong>de</strong> uma transação, <strong>de</strong>ntre eles a lealda<strong>de</strong> ou confiança. E é sobre<br />

esse aspecto que Noor<strong>de</strong>rhaven constrói um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> "núcleo compartilhado" entre<br />

oportunismo e confiança, tentando estipular as condições <strong>em</strong> que cada um prevalece nas<br />

relações entre os agentes. Ou seja, não seria o caso <strong>de</strong> banir o oportunismo da análise,<br />

negando sua importância - o que, a propósito, Williamson v<strong>em</strong> fazendo com as <strong>de</strong>mais<br />

manifestações do caráter humano que não o oportunismo - mas sim <strong>de</strong> absorver para a<br />

análise outras características fortes que têm encontrado evidência <strong>em</strong>pírica, como é o caso<br />

da confiança. Particularmente, acreditamos que o conceito <strong>de</strong> "transformação fundamental"<br />

<strong>de</strong> Williamson <strong>de</strong>ixa uma porta entreaberta tanto para consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> aprendizado<br />

quanto para observar a construção <strong>de</strong> relações com características outras que não as<br />

oportunistas, das quais faz<strong>em</strong> parte as relações <strong>de</strong> confiança, b<strong>em</strong> como aquelas sugeridas<br />

por Simon <strong>de</strong> docilida<strong>de</strong> e i<strong>de</strong>ntificação do indivíduo com o coletivo.<br />

Embora essa nossa síntese conclusiva, como antecipadamente previsto, não corres-<br />

ponda à síntese não reducionista a qual nos referimos na primeira parte <strong>de</strong>ste trabalho,<br />

acreditamos representar um apontamento que engatinha <strong>em</strong> tal direção, como havíamos<br />

proposto <strong>de</strong>senvolver - pelo menos num espectro pluralista <strong>de</strong>ntro da ciência econômica.<br />

As questões <strong>de</strong> interdisciplinarida<strong>de</strong>, muitas vezes levantadas pelo próprio Williamson,<br />

<strong>de</strong>ntre outros, obviamente situam-se ainda muito além <strong>de</strong>sta mo<strong>de</strong>sta pesquisa.<br />

Por fim, sendo recorrentes as críticas referentes às inconsistências internas da TCT<br />

por parte das correntes heterodoxas, b<strong>em</strong> como por parte do próprio mainstream<br />

neoclássico, por que então não optam por ignorá-la? Diante <strong>de</strong> seu potencial explanatório<br />

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