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parte <strong>de</strong>sse grupo, ao menos por parecer estar preocupada <strong>em</strong> firmar componentes teóricos<br />

comportamentais e ambientais mais próximos da realida<strong>de</strong> e situados fora do núcleo da<br />

teoria neoclássica, colocando-se à frente da controvérsia marginalista.<br />

Um t<strong>em</strong>a bastante recorrente nas críticas heterodoxas à TCT é o seu uso da estática<br />

comparativa. Autores como Nooteboom, Pondé, Langlois, N. Foss, Dietrich, Pitelis,<br />

Hodgson e Knoedler, <strong>de</strong>ntre outros, <strong>de</strong>stacam a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se adotar uma perspectiva<br />

dinâmica para explicação <strong>de</strong> processos <strong>de</strong> mudança. Disso <strong>de</strong>rivam dois outros t<strong>em</strong>as<br />

discutidos com freqüência, quais sejam, as questões do aprendizado e do po<strong>de</strong>r, bastante<br />

negligenciadas pela TCT. Uma visão pluralista <strong>de</strong> compl<strong>em</strong>entação teórica, no entanto, é<br />

possível, como suger<strong>em</strong> GROENEWEGEN e VROMEN (1996, p. 372-374). Em seu<br />

artigo, rel<strong>em</strong>bram que Williamson <strong>em</strong> várias ocasiões sugere que a TCT t<strong>em</strong> vasta<br />

aplicação <strong>em</strong> mercados <strong>de</strong> produtos intermediários e no mercado <strong>de</strong> capitais, on<strong>de</strong><br />

prevalece a simetria <strong>de</strong> informações, e parece menos exitoso <strong>em</strong> situações <strong>de</strong> assimetria <strong>de</strong><br />

informações, como no mercado <strong>de</strong> trabalho e no <strong>de</strong> produtos finais - on<strong>de</strong> haveria espaço<br />

apropriado para uma abordag<strong>em</strong> <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Também <strong>em</strong> mercados on<strong>de</strong> as condições <strong>de</strong><br />

competição (e contestabilida<strong>de</strong>) são acirradas, a motivação da minimização dos custos <strong>de</strong><br />

transação t<strong>em</strong> forte aplicabilida<strong>de</strong> e é capaz <strong>de</strong> garantir um processo <strong>de</strong> seleção (<strong>em</strong>bora no<br />

sentido "fraco") mais vigoroso das estruturas <strong>de</strong> gestão. Uma outra questão apresentada por<br />

Hodgson e Nooteboom refere-se à importância das mudanças tecnológicas e dos regimes<br />

inovativos para a teoria das firmas, o que clama por consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> aprendizado e<br />

formação <strong>de</strong> competências, l<strong>em</strong>brando que WILLIAMSON (1985, p. 143) admite ser o<br />

t<strong>em</strong>a um complicador relevante para a análise das organizações (ao qual não se dispõe a<br />

<strong>de</strong>strinchar, ao <strong>de</strong>dicar pouco mais <strong>de</strong> uma página com conteúdo um tanto evasivo para o<br />

assunto, num livro <strong>de</strong> 450).<br />

Qual seria a perspectiva pluralista diante <strong>de</strong> tais evidências? Como o próprio<br />

Hodgson sugere, a abordag<strong>em</strong> estática da TCT po<strong>de</strong> sim ter alguma relevância nas<br />

situações <strong>de</strong>stacadas por Williamson, ou mesmo na questão da orig<strong>em</strong> da firma, mas pouco<br />

se apropria à questão da evolução das mesmas, a não ser para mudanças <strong>em</strong> ambientes <strong>de</strong><br />

tranqüilida<strong>de</strong> tecnológica (como suscitou Britto). Em casos <strong>de</strong> regimes inovativos intensos,<br />

a teoria evolucionista das competências e do aprendizado seria a estrutura <strong>de</strong> análise mais<br />

apropriada.<br />

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