17.04.2013 Views

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

disformes que separam abordagens até então imiscíveis. Nessa visão, aproximamo-nos do<br />

que GROENEWEGEN e VROMEM (1996) tratam por "pluralismo teórico". Ao contrário<br />

da visão monística, a visão pluralista admite a combinação ou co-existência <strong>de</strong> teorias não<br />

conciliáveis, obviamente quando não contraditórias. HODGSON (1996, p. 254) também<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong> uma mudança <strong>de</strong> explicações singulares para outras pluralistas, quando o<br />

fenômeno a ser estudado t<strong>em</strong> significativa complexida<strong>de</strong> - o que é o caso da firma.<br />

Também KŒNIG (1993) adverte para os probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> teorias monocausais: estarão<br />

s<strong>em</strong>pre sendo contestadas, quer por outras explicações monocausais, quer por explicações<br />

pluricausais; e ainda estão s<strong>em</strong>pre expostas a falácias e reificação <strong>de</strong> conceitos ou<br />

princípios. O próprio Williamson não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> l<strong>em</strong>brar que a abordag<strong>em</strong> da TCT é poten-<br />

cialmente enriquecida <strong>em</strong> po<strong>de</strong>r exploratório ao combinar-se com outras abordagens<br />

(obviamente, no espectro da não-contraditorieda<strong>de</strong>). Williamson também alega que a TCT<br />

t<strong>em</strong> potencialmente muito <strong>de</strong> compl<strong>em</strong>entar com a teoria neoclássica - mas não é nesse<br />

ponto que recai nosso interesse. Como argumentado <strong>em</strong> nossa seção 4.4, a manutenção do<br />

núcleo rígido neoclássico e a tentativa <strong>de</strong> utilizar a TCT para fortificar seu cinturão <strong>de</strong><br />

proteção (caracterizando a chamada "cheia do mainstream") sinalizam um potencial <strong>de</strong><br />

progresso, no sentido lakatosiano do termo, bastante inferior ao que parece sinalizar o<br />

abandono do núcleo rígido neoclássico, mesmo que ainda parcialmente, se tomarmos por<br />

parâmetro a controvérsia marginalista. A TCT <strong>em</strong> si encampa um rol muito maior <strong>de</strong><br />

"novos fatos" passíveis <strong>de</strong> tratamento do que a "abordag<strong>em</strong> da teoria dos preços aplicada",<br />

como indicam GROENEWEGEN e VROMEN (1996, p. 376), e uma relação pluralista<br />

com outras correntes não ortodoxas parece promissora <strong>em</strong> encampar ainda mais.<br />

É a partir <strong>de</strong>sse ponto que <strong>de</strong>stacamos o interesse da heterodoxia econômica pela<br />

abordag<strong>em</strong> da TCT, com a promoção <strong>de</strong> diálogos recorrentes e proveitosos, como a maior<br />

parte dos apresentados <strong>em</strong> nossas seções 4.1, 4.2 e 4.3. Também tentamos <strong>de</strong>stacar as<br />

interseções <strong>de</strong> suas críticas para lançar luzes sobre uma agenda <strong>de</strong> pesquisa pluralista. Até<br />

quando, com alguma reserva, a TCT consegue <strong>de</strong> economistas heterodoxos a mínima<br />

tolerância ou mesmo indignação, o <strong>de</strong>bate acadêmico é diss<strong>em</strong>inado e consegue levantar<br />

"brigas" saudáveis. Talvez parte disso se <strong>de</strong>va ao que parece ser uma crescente simpatia<br />

entre diversos programas <strong>de</strong> pesquisa críticos ao mainstream neoclássico <strong>em</strong> tentar<br />

enfatizar suas s<strong>em</strong>elhanças e sobre elas trabalhar<strong>em</strong>, como sugere FERNÁNDEZ (1996a,<br />

p. 159 e 1996b), e a TCT tenha sido i<strong>de</strong>ntificada parcialmente ou potencialmente como<br />

127

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!