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5 CONCLUSÕES<br />

A idéia <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> transação parece ter conseguido um lugar ao sol na análise<br />

econômica, para a satisfação <strong>de</strong> Coase. E a TCT t<strong>em</strong> sido b<strong>em</strong> recebida <strong>em</strong> várias vertentes<br />

do pensamento econômico, muito <strong>em</strong>bora não <strong>de</strong> forma pura ou integral, como certamente<br />

<strong>de</strong>sejaria Williamson. Alguns autores (como GROENEWEGEN e VROMEN, 1996, p.<br />

365) comentam mesmo que a TCT t<strong>em</strong> se tornado a ortodoxia <strong>de</strong>ntre novas abordagens da<br />

firma que têm <strong>em</strong> comum a superação do marginalismo, ou da visão da firma como uma<br />

função <strong>de</strong> produção.<br />

Enquanto algumas linhas vê<strong>em</strong> a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> integrar a TCT como caso<br />

particular <strong>de</strong> suas estruturas teóricas, a própria TCT parece ter a maleabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> absorver<br />

vários casos particulares <strong>de</strong> outras linhas. Por vezes, <strong>de</strong> forma pessimista, se t<strong>em</strong> a<br />

impressão <strong>de</strong> que o raciocínio da TCT está <strong>em</strong> todo e <strong>em</strong> nenhum lugar ao mesmo t<strong>em</strong>po.<br />

DIETRICH (1994, p. ix) <strong>de</strong> certa forma traduz tal sentimento ao dizer que sentia-se<br />

assustado pelas imensas dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> enxergar o que a TCT não podia explicar! Isso<br />

t<strong>em</strong> dado marg<strong>em</strong> tanto a grupos aparent<strong>em</strong>ente um tanto fanáticos, que faz<strong>em</strong> da TCT um<br />

arsenal com características <strong>de</strong> todo-po<strong>de</strong>roso para a explicação <strong>de</strong> fenômenos <strong>de</strong> mais<br />

variadas naturezas, quanto a grupos <strong>de</strong> pensadores completamente céticos diante <strong>de</strong> tal<br />

euforia. Tal ceticismo v<strong>em</strong> <strong>de</strong> alguns autores neoclássicos tanto quanto <strong>de</strong> marxistas ou<br />

institucionalistas, por ex<strong>em</strong>plo, os quais, <strong>em</strong> termos gerais, part<strong>em</strong> <strong>de</strong> uma visão monística<br />

das teorias econômicas, como apresentam GROENEWEGEN e VROMEN (1996, p. 370-<br />

371). Ou seja, acreditam que só <strong>de</strong>ve haver uma, e verda<strong>de</strong>ira, teoria para um conjunto <strong>de</strong><br />

fenômenos e esta já está estabelecida pela corrente teórica da qual participam. Infelizmente<br />

tal posição resulta muitas vezes <strong>em</strong> isolamento e simples indiferença a novas idéias fora <strong>de</strong><br />

seu campo metodológico ou <strong>de</strong> interesse, não sendo capaz <strong>de</strong> suscitar sequer um <strong>de</strong>bate<br />

salutar (ou, quando muito, fugaz), como dito por GLACHANT (1997).<br />

Embora tal posicionamento tenha sido percebido ao longo da pesquisa - e obvia-<br />

mente não tenha sido possível incorporá-lo -, não foi <strong>de</strong> longe o predominante. O que pô<strong>de</strong><br />

ser percebido, ao contrário, foi que por outras vezes, <strong>de</strong> forma otimista, se imagina que a<br />

TCT po<strong>de</strong> vir a ser uma espécie <strong>de</strong> amálgama, conseguindo ligar e cobrir os espaços<br />

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