Download - Núcleo de Pesquisa em Economia Empresarial ...
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i<strong>de</strong>ntified and discussed this phenomenon of 'opportunistic behavior' and my recent<br />
paper [...] att<strong>em</strong>pted to make operational some of the conditions un<strong>de</strong>r which this<br />
hold-up potential is likely to be large.<br />
Dessa forma, o conceito <strong>de</strong> oportunismo parece englobar o que Williamson chamou<br />
<strong>de</strong> forma s<strong>em</strong>i-forte <strong>de</strong> comportamento egoísta - o comportamento maximizador explícito,<br />
s<strong>em</strong> qualquer cinismo, consi<strong>de</strong>rado pela teoria neoclássica. A forma forte <strong>de</strong> auto-<br />
interesse, o oportunismo, simplesmente não dispensa a presença do comportamento egoísta<br />
explícito s<strong>em</strong>pre que houver a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> barganha ou expropriação <strong>em</strong> um conflito<br />
(e.g., <strong>de</strong>corrente <strong>de</strong> quase-rendas não previstas, geradas ao longo da transação), ou é<br />
apenas a forma final <strong>em</strong> que se apresenta o egoísmo quando revelado. 212<br />
O segundo ponto <strong>de</strong> Alchian e Woodward é bastante peculiar, e diz respeito às<br />
instituições econômicas do capitalismo, que não se restring<strong>em</strong> às firmas, aos mercados e às<br />
relações contratuais: o tipo <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência social entre os indivíduos que leva à criação <strong>de</strong><br />
tais entida<strong>de</strong>s gera ainda arranjos precaucionários ainda mais complexos e variados, como<br />
cooperativas, famílias, clubes sociais, joint-ventures, <strong>de</strong>ntre outros, e que <strong>de</strong>v<strong>em</strong> <strong>de</strong> alguma<br />
forma ser abordados. Essa crítica parece ter sido <strong>em</strong> parte absorvida pela TCT nos anos<br />
seguintes (WILLIAMSON, 1991a) com a maior atenção prestada às formas híbridas. É<br />
interessante notar que ALCHIAN e WOODWARD (1988, p. 77) utilizam o Country Club<br />
como ex<strong>em</strong>plo <strong>de</strong> instituição capitalista complexa e rica, tratando-o como firma coo-<br />
perativa. Admitindo nossa gran<strong>de</strong> ignorância quanto ao funcionamento <strong>de</strong> tal instituição,<br />
po<strong>de</strong>mos acreditar estar<strong>em</strong> Alchian e Woodward até corretos <strong>em</strong> tratá-la por capitalista<br />
(no sentido mais superficial possível, por ter o Country Club nascido <strong>em</strong> socieda<strong>de</strong>s<br />
capitalistas), mas não creio po<strong>de</strong>r<strong>em</strong> apropriadamente tratá-la por econômica no sentido<br />
usual <strong>de</strong> produção, circulação e distribuição <strong>de</strong> bens. A não ser <strong>de</strong>ntro da tradição do<br />
"imperialismo econômico" que circunda a Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Chicago, na tradição <strong>de</strong> Gary<br />
Backer 213 , <strong>em</strong> que fenômenos <strong>de</strong> diversas naturezas (tais como o casamento, o suicídio, a<br />
<strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> ter filhos, <strong>de</strong>ntre outros) são analisados com conceitos econômicos tradicionais.<br />
212<br />
A mesma interpretação continua sendo usada por Benjamin Klein alguns anos <strong>de</strong>pois<br />
(KLEIN, B., 1988, e.g., p. 213-214 e 223).<br />
213<br />
Uma aplicação <strong>de</strong>sta visão "imperialista" à organização familiar e sua relação com a<br />
organização do trabalho com utilização do instrumental da TCT po<strong>de</strong> ser vista <strong>em</strong> Robert POLLAK<br />
120