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preceitos <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser relevantes para sua sobrevivência; com isso os indivíduos incorporam<br />

tais el<strong>em</strong>entos à sua cultura, apren<strong>de</strong>ndo a ser oportunistas cada vez mais e aceitando e<br />

confinando-se aos limites <strong>de</strong> sua racionalida<strong>de</strong>. As firmas reag<strong>em</strong>, incr<strong>em</strong>entando ou<br />

aprofundando os componentes <strong>de</strong> sua estrutura relacionados àqueles preceitos esperados<br />

dos indivíduos, agora comprovados pela ação dos mesmos, e assim sucessivamente, num<br />

círculo vicioso que retroalimenta indivíduos e firmas nas pr<strong>em</strong>issas <strong>em</strong> questão.<br />

É importante enten<strong>de</strong>r, então, que a performance no trabalho não é conseqüência <strong>de</strong><br />

uma natureza humana imutável calcada no oportunismo. O comportamento humano po<strong>de</strong><br />

muito b<strong>em</strong> ser construído a partir das instituições sociais com as quais os agentes<br />

interag<strong>em</strong>. Por isso, como sugere HODGSON (1988, p. 211, e 1993b, p. 94), <strong>de</strong>v<strong>em</strong>os<br />

atentar para o fato da firma ser uma instituição capaz <strong>de</strong> moldar preferências e ações<br />

humanas, e conseguir com isso mais altos níveis <strong>de</strong> confiança e lealda<strong>de</strong> entre os agentes<br />

que <strong>de</strong>la faz<strong>em</strong> parte. 179 Em suas próprias palavras (1988, p. 211):<br />

In contrast [[to] the view of the human agent in [...] individualistic tradition], as<br />

Bowles points out, the work performance function should not be regar<strong>de</strong>d as<br />

exogenously given, as partly a consequence of immutable 'human nature'; it is<br />

endogenous and partly a function of the institutions and structures involved. We<br />

could add here that it is also a function of the general atmosphere of cooperation<br />

and trust.<br />

Nas palavras <strong>de</strong> MILLER (1993, p. 1050): "The analysis ignores interaction and<br />

inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nce between society and the individual or, for that matter, among individuals,<br />

except when they engage in exchange". Dessa forma, as posições e orientações <strong>de</strong> políticas<br />

públicas, por ex<strong>em</strong>plo, permanec<strong>em</strong> normativas, reduzindo casos particulares à lógica<br />

interna do mundo ou do hom<strong>em</strong> contratual, e virtualmente idênticas às geradas pela<br />

ortodoxia neoclássica.<br />

Com a mesma ênfase, SAMUELS (1995, p. 571 e 580) apresenta como um dos<br />

princípios básicos da OIE a visão holística pela qual a economia é muito mais que os<br />

mercados. Isso porque estes são, na verda<strong>de</strong>, um mecanismo (ou mesmo uma instituição)<br />

resultante da operação <strong>de</strong> instituições humanas mais básicas (como normas <strong>de</strong> convivência<br />

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