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Qual é a explicação para tais achados? Krippner acredita que a afirmação<br />
de Bohm de que a mente pode ter acesso à ordem implícita é uma explicação. 26<br />
Tanto Puthoff quanto Targ acham que a interconexão quântica desempenha um<br />
papel na precognição, e Targ afirmou que durante uma experiência de visão<br />
remota a mente parece ser capaz de ter acesso a algum tipo de "sopa<br />
holográfica" ou domínio, no qual todos os pontos são infinitamente interligados<br />
não só no espaço, mas também no tempo. 27<br />
O dr. David Loye, psicólogo clínico e membro fundador das Faculdades<br />
de Medicina da UCLA e de Princeton, concorda. "Para aqueles que pensam no<br />
enigma do conhecimento prévio, a teoria da mente holográfica de Pribram-<br />
Bohm parece oferecer a maior esperança, mesmo para o progresso na direção<br />
da busca de uma solução", ele afirma. Loye, que atualmente é co-diretor do<br />
Instituto para a Previsão do Futuro no norte da Califórnia, sabe a respeito do<br />
que fala. Ele passou as últimas duas décadas investigando a precognição e a<br />
arte de previsão em geral, e desenvolve técnicas para capacitar as pessoas<br />
entrarem em contato com sua própria consciência intuitiva do futuro. 28<br />
A natureza semelhante ao holograma de muitas experiências de conhecimento<br />
prévio fornece mais evidências de que a capacidade de prever o<br />
futuro é um fenômeno holográfico. Como acontece com o rctreconhecimento,<br />
os sensitivos relatam que i\ informação do conhecimento prévio muitas vezes<br />
lhes aparece na forma de imagens tridimensionais. O sensitivo cubano Tony<br />
Cordero diz que, quando vê o futuro, é como assistir a um filme na mente.<br />
Cordero viu um dos primeiros destes "filmes" quando era criança c teve uma<br />
visão do golpe comunista em Cuba. "Disse à minha família que via bandeiras<br />
vermelhas sobre toda Cuba e que eles teriam de deixar o país e que muitos<br />
membros da família seriam mortos", diz Cordero. "Na verdade vi parentes<br />
sendo mortos. Podia sentir o cheiro da fumaça e ouvir o som das armas de fogo.<br />
Sinto como se estivesse na situação, posso ouvir pessoas falando mas elas não<br />
podem me ouvir ou me ver. É como viajar no tempo ou algo assim." 29<br />
As palavras que os sensitivos usam para descrever sua experiência<br />
também são parecidas com as de Bohm. Garrett descreveu a clarividência como<br />
"um sentido intensamente agudo de alguns aspectos de vida em funcionamento,<br />
e a partir de níveis clarividcntes o tempo é ininterrupto e total (itálicos<br />
acrescentados), a pessoa muitas vezes percebe o objeto ou mesmo o evento em<br />
suas fases passada, presente e futura, em sucessões abruptamente rápidas". 10<br />
Nós Todos Temos o Conhecimento Prévio<br />
A afirmação de Bohm de que toda consciência humana tem sua origem<br />
no implícito corresponde a que todos nós temos a capacidade de acessar o<br />
futuro e isto também é apoiado pela evidência. A descoberta de Jahn e Dunne<br />
de que mesmo indivíduos normais se dão bem nos testes de visão remota de<br />
conhecimento prévio é uma indicação da natureza difundida da capacidade.<br />
Inúmeros outros achados, tanto experimentais como anedóticos, fornecem<br />
evidência adicional. Num programa da rádio da BBC em 1934, Dame Edith<br />
Lyttelton, membro da social e politicamente notável família Balfour da<br />
Inglaterra e presidente da Sociedade Britânica para a Pesquisa Sensitiva,<br />
convidou ouvintes a enviar relatos de suas próprias experiências de<br />
conhecimento prévio. Ela foi inundada pelo correio e mesmo depois de<br />
eliminar os casos que não tinham evidência corroborativa, ainda teve o<br />
suficiente para encher um volume sobre o assunto. 31 Da mesma forma, levantamentos<br />
conduzidos por Louisa Rhine revelaram que os conhecimentos<br />
prévios ocorrem mais freqüentemente do que qualquer outro tipo de<br />
experiência sensitiva. 32<br />
Estudos também mostram que visões de conhecimento prévio tendem a<br />
ser de tragédias, com premonições de eventos infelizes excedendo o número<br />
das felizes numa proporção de quatro para um. Pressentimentos da morte<br />
predominam, com acidentes vindo em segundo lugar e doenças em terceiro. 33 A<br />
razão para isto parece óbvia. Estamos tão completamente condicionados a<br />
acreditar que perceber o futuro não é possível, que nossas capacidades<br />
precognitivas naturais adormeceram. A exemplo de indivíduos de forças sobrehumanas,<br />
que se mostram durante emergências ameaçadoras da vida, elas só se<br />
derramam em nossa mente consciente durante épocas de crise — quando<br />
alguém perto de nós está quase para morrer; quando nossos filhos ou algum<br />
outro ente amado está em perigo, e assim por diante. Que nosso "sofisticado"<br />
entendimento da realidade é responsável por nossa incapacidade, tanto de<br />
apreender como de utilizar a verdadeira natureza de nossa relação com o<br />
tempo, está evidente no fato de que as culturas primitivas quase sempre fazem<br />
mais pontos nos testes ESP do que as assim chamadas culturas civilizadas. 34<br />
Evidência adicional de que relegamos nossas capacidades inatas de<br />
conhecimento prévio ao interior do inconsciente podem ser encontrados na<br />
íntima associação" entre as premonições e os sonhos. Estudos mostram que de<br />
60 a 68 por cento de todas precognições ocorrem durante o sonho. 35 Podemos<br />
ter banido nossa capacidade de ver o futuro a partir da mente consciente, mas<br />
ela ainda está muito ativa nas camadas mais profundas de nossa psique.<br />
As culturas tribais são muito conscientes desse fato e as tradições<br />
xamanistas quase universalmente salientam o quanto é importante sonhar para<br />
adivinhar o futuro. Mesmo nossos escritos mais antigos prestam homenagem ao<br />
poder premonitório dos sonhos, como está evidenciado no relato bíblico do<br />
sonho do faraó sobre as sete vacas gordas e sete vacas magras. A antigüidade<br />
de tais tradições indica que a tendência das premonições ocorrerem em sonhos<br />
se deve a mais coisas além da nossa habitual atitude cética com relação à<br />
precognição. A proximidade que a mente inconsciente tem com o domínio<br />
atemporal do implícito também pode desempenhar um papel. Porque nosso eu<br />
sonhador está mais profundo na psique do que nosso eu consciente — e