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O Futuro <strong>Holográfico</strong><br />
Tão desconcertante quanto pode ser a idéia de ter acesso ao passado<br />
inteiro, esta empalidece diante da noção de que o futuro também é acessível no<br />
holograma cósmico. A propósito, existe uma quantidade imensa de evidências<br />
que provam que pelo menos alguns eventos futuros são tão fáceis de ver quanto<br />
eventos passados.<br />
Isto foi amplamente demonstrado em literalmente centenas de estudos.<br />
Nos anos 30, J. B. e Louisa Rhine descobriram que voluntários podiam<br />
adivinhar quais cartas seriam tiradas ao acaso de um maço, com um índice de<br />
sucesso maior do que a sorte ocasional em 3 milhões para um. 20 Nos anos 70,<br />
Helmut Schmidt, um físico da fábrica de aviões Boeing em Seattle,<br />
Washington, inventou um aparelho que o capacitava a testar se uma pessoa<br />
podia predizer eventos subatômicos casuais. Em testes repetidos com três<br />
voluntários e cerca de 60 mil provas, ele obteve resultados que eram de l bilhão<br />
para l contra o acaso. 21<br />
Em seu trabalho no Laboratório do Sonho, no Centro Médico<br />
Maimonides, Montague Ullman, junto com o psicólogo Stanley Krippner e o<br />
pesquisador Charles Honorton, produziu evidências notáveis de que a<br />
informação precognitiva correta também pode ser obtida nos sonhos. Em seu<br />
estudo, foi pedido a voluntários para passarem oito noites consecutivas no<br />
laboratório do sonho e a cada noite era pedido a eles para tentar sonhar com<br />
uma imagem que seria escolhida ao acaso e no dia seguinte mostrada. Ullman e<br />
seus colegas esperavam um sucesso em oito, mas acharam que alguns sujeitos<br />
podiam alcançar até cinco "sucessos" dos oito.<br />
Por exemplo, depois de acordar, um voluntário disse que tinha sonhado<br />
com "um grande edifício de concreto" do qual um "paciente" estava tentando<br />
escapar. O paciente tinha um sobretudo branco, como o jaleco de um médico, e<br />
tinha chegado "até a arcada". A pintura escolhida ao acaso no dia seguinte<br />
aconteceu de ser o Corredor de Hospital em São Remy, de Van Gogh, uma<br />
aquarela que retrata um paciente solitário, em pé, no fim de um corredor vazio,<br />
saindo rapidamente por uma porta embaixo de uma arcada. 22<br />
Em seus experimentos de visão remota no Instituto de Pesquisa Stanford,<br />
Puthoff e Targ acharam'que, além de ser capaz de descrever sensitivamente<br />
locais remotos que os experimentadores estavam visitando no presente, os<br />
cobaias do teste podiam também descrever locais que os experimentadores<br />
iriam visitar no futuro, antes dos locais terem sido decididos. Num caso, por<br />
exemplo, pediu-se a uma médium invulgarmente talentosa chamada Hella<br />
Hammid, fotógrafa por vocação, para descrever o lugar que Puthoff estaria<br />
visitando dali a uma hora e meia. Ela se concentrou e disse que podia vê-lo<br />
entrando "num triângulo de ferro preto". O triângulo era "maior do que um<br />
homem" e embora não soubesse exatamente o que era, podia ouvir um som<br />
rítmico guinchante que ocorria "cerca de uma vez por segundo".<br />
Dez minutos antes de ela dizer isto, Puthoff saiu num passeio pelas áreas<br />
do Parque Menlo e Paio Alto. No final de meia hora e bem depois de Hammid<br />
ter relatado sua percepção do triângulo de ferro preto, Puthoff tirou dez<br />
envelopes selados, contendo dez diferentes locais-alvo. Utilizando um gerador<br />
de número, ele escolheu um ao acaso. Dentro, estava o endereço de um<br />
pequeno parque, a cerca de 10 quilômetros do laboratório. Ele dirigiu-se para o<br />
parque e, quando chegou lá, encontrou um balanço de crianças — o triângulo<br />
de ferro preto — e andou no meio dele. Quando sentou no balanço, este<br />
guinchou ritmicamente à medida que balançava para a frente e para trás. 23 Os<br />
achados de visão remota precognitiva de Puthoff e Targ foram duplicados por<br />
inúmeros laboratórios em todo o mundo, incluindo a pesquisa da capacidade de<br />
Jahn e Dunne em Princeton. Na verdade, em 334 provas formais, Jahn e Dunne<br />
concluíram que os voluntários eram capazes de se aproximar da informação<br />
precognitiva correta em 62 por cento das vezes. 24<br />
Ainda mais impressionantes são os resultados dos assim chamados "testes<br />
da cadeira", uma famosa série de experimentos planejadas por Croiset.<br />
Primeiro, o experimentador selecionava ao acaso uma cadeira de uma planta<br />
dos assentos num evento público apresentado num grande hall ou auditório. O<br />
hall podia estar localizado em qualquer cidade do mundo e que somente tinha<br />
eventos sem reservas de assentos qualificados. Então, sem dizer a Croiset o<br />
nome ou o local do hall, ou a natureza do evento, o experimentador pedia ao<br />
sensitivo holandês para descrever quem estaria sentado na cadeira durante a<br />
noite em questão.<br />
No decorrer de um período de cerca de 25 anos, inúmeros investigadores<br />
tanto da Europa como dos Estados Unidos fizeram Croiset passar pela exatidão<br />
minuciosa do teste da cadeira e acharam que ele era quase sempre capaz de dar<br />
uma descrição correta e detalhada da pessoa que estaria sentada na cadeira,<br />
inclusive descrevendo seu sexo, aspectos faciais, roupa, ocupação e mesmo<br />
acidentes de seu passado.<br />
Por exemplo, em 6 de janeiro de 1969, num estudo conduzido pelo dr.<br />
Jule Eisenbud, um professor de psiquiatria clínica na Faculdade de Medicina da<br />
Universidade do Colorado, foi dito a Croiset que uma cadeira tinha sido<br />
escolhida para o evento que aconteceria em 23 de janeiro de 1969. Croiset, que<br />
estava em Utrecht, Holanda, na época, disse a Eisenbud que a pessoa que se<br />
sentaria na cadeira era um homem de 1,75 metro de altura que penteava o<br />
cabelo preto para trás, tinha um dente de ouro no maxilar inferior, uma cicatriz<br />
no dedão do pé, que trabalhava tanto em ciência como em indústria e algumas<br />
vezes usava o sobretudo de laboratório sujo de uma substância química<br />
esverdeada. Em 23 de janeiro de 1969, o homem que se sentou na cadeira, que<br />
era num auditório em Denver, Colorado, se encaixava à descrição de Croiset de<br />
todos os modos menos em um. Ele não tinha 1,75 metro de altura, mas 1,76. 25<br />
E assim a lista prossegue, mais e mais.