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forçado acreditar que os físicos de todo o mundo estão inconscientemente se<br />
interligando uns com os outros e usando uma forma de hipnose mútua<br />
semelhante àquela utilizada pelos sujeitos de Tart para criar as características<br />
consensuais que eles observam num elétron? Esta possibilidade pode ser<br />
apoiada por um outro aspecto incomum da hipnose. Diferente de outros estados<br />
alterados da consciência, a hipnose não está associada a quaisquer padrões EEG<br />
incomuns. Fisiologicamente falando, o estado mental com o qual a hipnose<br />
mais se parece é nossa consciência desperta normal. Isto quer dizer que a<br />
consciência desperta normal é em si um tipo de hipnose, e estamos todos<br />
acessando constantemente campos de realidade?<br />
O ganhador do Prêmio Nobel Josephson sugeriu que algo parecido com<br />
isso possa acontecer. Como Globus, ele leva a sério o trabalho de Castaneda e<br />
tentou relacioná-lo com a física quântica. Ele propõe que a realidade objetiva é<br />
criada a partir de memórias coletivas da espécie humana, enquanto eventos<br />
anormais, tais como aqueles vivenciados por Castaneda, são a manifestação da<br />
vontade individual. 50<br />
A consciência humana pode não ser a única coisa que participa na criação<br />
dos campos de realidade. Experimentos de visão remota mostraram que as<br />
pessoas podem descrever exatamente locais distantes mesmo quando não existe<br />
nenhum observador humano presente nos locais. 51 Da mesma forma, os sujeitos<br />
podem identificar o conteúdo de caixas seladas selecionadas ao acaso de um<br />
grupo de caixas seladas e cujos conteúdos sejam, portanto, totalmente<br />
desconhecidos. 52 Isto quer dizer que podemos fazer mais do que apenas acessar<br />
os sentidos de outras pessoas. Podemos também acessar a própria realidade<br />
para obter informação. Bizarro como isto soa, não é tão estranho quando<br />
alguém se lembra que, num universo holográfico, a consciência impregna toda<br />
a matéria e o "significado" tem uma presença ativa tanto no mundo mental<br />
como físico.<br />
Bohm acredita que a onipresença de significado fornece uma explicação<br />
possível tanto para a telepatia como para a visão remota. Ele acha que ambas<br />
podem na verdade ser apenas diferentes formas de psicocinese. Assim como a<br />
PK é uma ressonância de significados transmitidos de uma mente para um<br />
objeto, a telepatia pode ser vista como uma ressonância de significados<br />
transmitidos de uma mente para outra, diz Bohm. De maneira parecida, a visão<br />
remota pode ser encarada como uma ressonância de significados transmitidas<br />
de um objeto para uma mente. "Quando a harmonia ou ressonância de significados'<br />
é estabelecida, a ação opera nos dois modos, de forma que os<br />
significados' do sistema distante possam agir no observador para produzir um<br />
tipo de psicocinese inversa que transmitiria, no efeito, uma imagem daquele<br />
sistema para ele", ele afirma. 53<br />
Jahn e Dunne têm uma opinião parecida. Embora acreditem que a<br />
realidade é estabelecida apenas na interligação de uma consciência com seu<br />
ambiente, são muito liberais na forma como definem a consciência. No modo<br />
como a vêem, qualquer coisa capaz de gerar, receber, ou utilizar informação<br />
pode qualificar. Assim, animais, vírus, DNA, máquinas (artificialmente<br />
inteligentes e diferentes) e os assim chamados objetos não vivos podem todos<br />
ter as propriedades pré-requisitos para tomar parte na criação da realidade. 54<br />
Se tais afirmações são verdadeiras, e podemos obter informação não só da<br />
mente de outros seres humanos mas do holograma vivo da própria realidade, a<br />
psicometria — a capacidade de obter informação sobre a história de um objeto<br />
simplesmente tocando-o — também seria explicada. Antes de ser inanimado,<br />
um tal objeto seria inundado com seu próprio tipo de consciência. Em vez de<br />
ser uma "coisa" que existe separadamente do universo, seria parte da<br />
interligação de todas as coisas — ligado aos pensamentos de cada pessoa que já<br />
entrou em contato com ele, ligado à consciência que perpassa cada animal e objeto<br />
que já se associou à sua existência, ligado por meio do implícito a seu<br />
próprio passado e ligado à mente de psicometrista que o segura.<br />
Você Pode Obter Algo do Nada<br />
Os físicos desempenham um papel na criação das partículas subatômicas?<br />
No presente, o enigma permanece insolúvel, mas nossa capacidade de nos<br />
interligarmos uns com os outros e criar por mágica realidades que são tão reais<br />
quanto nossa realidade desperta normal não é o único indício de que este pode<br />
ser o casso. Na verdade, a evidência dos milagres indica que nós apenas<br />
começamos a sondar nossos talentos nessa área. Considere a seguinte cura<br />
milagrosa relatada por Gardner. Em 1982 uma médica inglesa chamada Ruth<br />
Coggin, que trabalhava no Paquistão, recebeu a visita de uma mulher paquistanesa<br />
de 35 anos chamada Kamro. Kamro estava grávida de oito meses e na<br />
maior parte de sua gravidez tinha sofrido de sangramentos e de dor abdominal<br />
intermitente. Coggin recomendou que ela desse entrada no hospital<br />
imediatamente, mas Kamro se recusou. Entretanto, dois dias depois seu<br />
sangramento se agravou tanto que ela foi admitida numa base de emergência.<br />
O exame de Coggin revelou que a perda de sangue de Kamro tinha sido<br />
"muito grande" e os pés e o abdome dela estavam patologicamente inchados.<br />
No dia seguinte Kamro teve "outra grande hemorragia" forçando Coggin a<br />
realizar uma cesariana. Assim que Coggin abriu o útero ainda mais uma<br />
quantidade copiosa de sangue escuro jorrou e continuou a jorrar em tão grande<br />
quantidade que ficou claro que Kamro não tinha nenhuma capacidade de<br />
coagular. Até a hora em que Coggin salvou a filha saudável de Kamro, "bacias<br />
fundas de sangue não coagulado" encheram sua cama e continuaram a jorrar de<br />
sua incisão. Coggin conseguiu obter l litro de sangue para fazer uma transfusão<br />
na mulher gravemente anêmica, mas não chegava nem perto do necessário para<br />
repor a perda estonteante. Sem nenhuma outra opção, Coggin recorreu à<br />
oração.