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O - Universo Holográfico

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suscita uma questão interessante. Se os físicos não descobrem o mundo<br />

subatômico mas o criam, por que algumas partículas, tais como os elétrons,<br />

parecem ter uma realidade estável independente de quem os observa? Em<br />

outras palavras, por que um estudante de física sem nenhum conhecimento de<br />

um elétron ainda descobre as mesmas características que um físico maduro?<br />

Uma resposta possível é de que nossa percepção do mundo pode não estar<br />

baseada apenas na informação que recebemos por meio de nossos cinco<br />

sentidos. Tão fantástico como isso possa parecer, um exemplo muito bom pode<br />

contribuir para uma tal noção. Antes de explicar, gostaria de relatar uma<br />

ocorrência que testemunhei em meados dos anos 70. Meu pai tinha contratado<br />

um hipnotizador profissional para entreter um grupo de amigos em sua casa e<br />

convidou-me para comparecer ao evento. Depois de determinar rapidamente a<br />

suscetibilidade hipnótica dos vários indivíduos presentes, o hipnotizador<br />

escolheu um amigo de meu pai chamado Tom como cobaia. Esta era a primeira<br />

vez que Tom tinha encontrado o hipnotizador.<br />

Tom provpu ser um paciente de hipnose muito bom e em segundos o<br />

hipnotizador o tinha colocado num transe profundo. Ele então prosseguiu com<br />

os truques realizados por hipnotizadores de palco. Convenceu Tom de que<br />

havia uma girafa no recinto e Tom ficou boquiaberto de admiração. Disse a<br />

Tom que uma batata era na verdade uma maçã e Tom a comeu com gosto. Mas<br />

o ponto alto da noite foi quando ele disse a Tom que, quando ele saísse do<br />

transe, sua filha adolescente Laura, estaria completamente invisível para ele.<br />

Então, depois que Laura estava bem em frente à cadeira em que Tom estava<br />

sentado, o hipnotizador o despertou e perguntou a ele se podia vê-la.<br />

Tom olhou em volta no recinto e seu olhar parecia perpassar sua filha que<br />

dava risadinhas. "Não" respondeu ele. O hipnotizador perguntou a Tom se tinha<br />

certeza, e novamente, apesar das risadas progressivas de Laura, ele respofideu<br />

que não. Então o hipnotizador ficou atrás de Laura, de forma que estava<br />

escondido da visão de Tom e puxou um objeto do bolso. Manteve o objeto<br />

cuidadosamente escondido, de forma que ninguém na sala podia vê-lo e<br />

pressionou-o cuidadosamente contra as costas de Laura. Ele pediu a Tom para<br />

identificar o objeto. Tom inclinou-se para frente como se olhasse fixamente<br />

através do abdome de Laura e disse que era um relógio. O hipnotizador acenou<br />

e perguntou se Tom podia ler a inscrição que estava no relógio. Tom olhou de<br />

soslaio corno se esforçasse para decifrar o escrito e repetiu tanto o nome do<br />

dono do relógio (que aconteceu de ser uma pessoa desconhecida de qualquer<br />

um de nós no recinto) quanto a mensagem. O hipnotizador então revelou que o<br />

objeto era na verdade um relógio e o passou pelas pessoas da sala de forma que<br />

todo mundo pudesse ver que Tom tinha lido sua inscrição corretamente.<br />

Quando conversei com Tom depois disso, ele me disse que sua filha tinha<br />

ficado absolutamente invisível para ele. Tudo o que tinha visto era o<br />

hipnotizador de pé segurando um relógio na palma da mão. Se o hipnotizador o<br />

tivesse deixado sair sem contar a ele o que tinha acontecido, ele nunca teria<br />

sabido que não estava percebendo a realidade consensual normal.<br />

É óbvio que a percepção'de Tom do relógio não estava baseada na<br />

informação que ele recebia por meio dos seus cinco sentidos. De onde ele<br />

obtinha a informação? Uma explicação é que ele a estava obtendo<br />

telepaticamente a partir da mente de alguma outra pessoa, neste caso, a do<br />

hipnotizador. A capacidade de indivíduos hipnotizados "penetrarem" os<br />

sentidos de outra pessoa foi relatado por outros investigadores. O físico inglês<br />

Sir William Barrctl achou evidencia do fenômeno numa série de experimentos<br />

com uma moça. Depois de hipnotizá-la, disse-lhe que»ela sentiria o gosto de<br />

tudo que ele sentisse. "Estando de pé atrás da moça, cujos olhos vendei com<br />

firmeza, peguei um pouco de sal e pus em minha boca; instantaneamente ela<br />

salivou e exclamou: Para que você está pondo sal em minha boca?' Então,<br />

experimentei açúcar; ela disse: Este é melhor'; perguntei a ela com que se<br />

parecia e ela disse: Doce'. Então mostarda, pimenta, gengibre etc foram<br />

experimentados; cada um era nomeado e aparentemente experimentado pela<br />

moça quando os punha em minha própria boca." 41<br />

Em seu livro Experimentos de Influência a Distância o fisiologista<br />

soviético Leonid Vasiliev cita um estudo alemão conduzido nos anos 50 que<br />

produziu achados semelhantes. Neste estudo, o sujeito hipnotizado não só<br />

sentiu o gosto, como piscou quando uma luz foi acesa nos olhos do<br />

hipnotizador, espirrou quando o hipnotizador cheirou amônia, ouviu o tiquetaque<br />

de um relpgio posto no ouvido do hipnotizador e experimentou dor<br />

quando o hipnotizador se cutucou com uma agulha — todos feito numa<br />

maneira que a impedia de obter a informação por meio das sugestões sensoriais<br />

normais. 42<br />

Nossa capacidade de penetrar os sentidos dos outros não é limitada aos<br />

estados hipnóticos. Numa famosa série de experimentos, os físicos Harold<br />

Puthoff e Russell Targ, do Instituto de Pesquisas Stanford, na Califórnia,<br />

acharam que exatamente todas as pessoas que testaram tinham a capacidade<br />

que eles chamaram de "visão remota", capacidade de descrever exatamente o<br />

que uma cobaia do teste à distância está vendo. Eles acharam que indivíduo<br />

após indivíduo podia ver remotamente simplesmente ao relaxamento e<br />

descrever qualquer imagem que lhe viesse à mente. 43 Os achados de Puthoff e<br />

Targ foram reproduzidos por vários laboratórios de todo o mundo, indicando<br />

que a visão remota provavelmente é uma capacidade latente espalhada em<br />

todos nós.<br />

O laboratório de Pesquisas Anômalas Princeton também corroborou os<br />

achados de Puthoff e Targ. Num estudo, o próprio Jahn serviu como receptor e<br />

tentou perceber o que um colega estava observando em Paris, uma cidade que<br />

Jahn nunca tinha visitado. Além de ver uma rua agitada, a imagem de um<br />

cavaleiro de armadura veio à mente de Jahn. Mais tarde descobriu-se que o

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