O - Universo Holográfico
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vibração com as mãos. Para surpresa delas, imediatamente depois da vibração com as mãos, a irmã se levantou de sua cama sem a tormentosa dor da fratura e aparentemente curada. Levou apenas duas semanas para chegar à recuperação completa, depois dó que ela voltou ao hospital e se apresentou a seu médico, que a recebeu surpreso. 13 Embora Gardner não tente responder por esta ou por qualquer das outras curas que discutiu em seu artigo, a PK parece uma explicação provável. Dado que a cura natural de uma fratura é um processo prolongado, e mesmo a regeneração milagrosa da pelve de Michelli levou vários meses, sugeriu-se que talvez as habilidades de PK inconscientes das freiras realizando a vibração com as mãos completaram a tarefa. Gardner descreve uma cura semelhante que aconteceu no século 17 durante a construção da igreja de Hexham, Inglaterra, envolvendo São Wilfrid, então bispo de Hexham. Durante a construção da igreja um pedreiro chamado Bothelm caiu de uma grande altura, quebrando as duas pernas e os dois braços. Enquanto estava quase morrendo, Wilfrid rezou sobre ele e pediu que os outros trabalhadores se juntassem a ele. Eles o fizeram, "a respiração vital voltou" para Bothelm e ele sarou rapidamente. Desde que a cura aparentemente não aconteceu até que São Wilfrid pedisse aos outros trabalhadores que se juntassem a ele, pode-se perguntar se São Wilfrid foi o catalisador ou novamente se foi a PK inconsciente combinada do grupo inteiro? O dr. William Tufts Brigham, curador do Museu Bishop em Honolulu e um notável botânico que dedicou muito de sua vida pessoal na investigação da paranormalidade, registrou um incidente no qual um osso quebrado foi curado instantaneamente por um xamã nativo do Havaí ou kahuna. O incidente foi testemunhado por um amigo de Brigham chamado J. A. K. Combs. A avó da mulher de Combs era considerada uma das mulheres kahunas mais poderosas nas ilhas e uma vez, quando compareceu a uma festa na casa da mulher, Combs observou suas habilidades em primeira mão. Na ocasião em questão, um dos convidados escorregou e caiu na areia da praia, quebrando a perna tão seriamente que o osso fez pressão para fora da pele. Reconhecendo a seriedade da fratura, Combs recomendou que o homem fosse levado para o hospital imediatamente, mas a kahuna de idade avançada não ouviu nada disso. Ajoelhando-se ao lado do homem, ela endireitou sua perna e fez pressão sobre a área onde os ossos fraturados faziam pressão para fora, contra a pele. Depois de rezar e meditar durante vários minutos ela se levantou e comunicou que a cura estava terminada. O homem se levantou surpreendentemente, deu um passo e então outro. Estava completamente curado e sua perna não mostrava nenhum indício de fratura. 14 A Psicocinese em Massa na França do Século 18 Incidentes tão irresistíveis, uma das mais surpreendentes manifestações de psicocinese e umas das mais notáveis demonstrações de eventos milagrosos já registrados, aconteceram em Paris na primeira metade do século 18. Os eventos centraram-se em torno de uma seita puritana de católicos de influência holandesa conhecida como os jansenistas e foram precipitados pela morte de um diácono jansenista santo e venerado chamado François de Paris. Embora poucas pessoas vivas hoje tenham ouvido falar dos milagres jansenistas, eles foram um dos eventos mais falados na Europa na maior parte do século. Para entender completamente os milagres jansenistas é necessário saber um pouco sobre os eventos históricos que precederam a morte de François de Paris. O jansenismo foi fundado no início do século 17 e desde o início esteve em disputa tanto com a Igreja Católica Romana como com a monarquia francesa. Muitas das crenças divergiam nitidamente da doutrina padrão da igreja mas era um movimento popular e rapidamente ganhou seguidores entre a população francesa. O mais condenado de todos os movimentos religiosos, era visto tanto pelo papado como pelo rei Luís XV, um devoto católico, como um prolcslantismo apenas mascarado de catolicismo. Como resultado, tanto a igreja como o rei manobravam constantemente para minar o poder do movimento. Um obstáculo a estas manobras, e um dos fatores que contribuiu para a popularidade do movimento, foi que os líderes do jansenismo pareciam especialmente capacitados na realização de curas milagrosas. Entretanto, a igreja e a monarquia persistiram, fazendo furiosos debates para enfurecer toda a França. Foi em l? de maio de 1727, no auge desta luta de poder, que François de Paris morreu e foi enterrado num cemitério da paróquia de Saint-Médard, Paris. Por causa da reputação de santidade do abade, adoradores começaram a se reunir em seu túmulo e desde o começo muitas curas milagrosas foram relatadas. As doenças assim curadas incluíam tumores cancerosos, paralisias, surdez, artrites, reumatismo, feridas ulcerosas, febres persistentes, hemorragias prolongadas e cegueira. Mas isto não era tudo. Os lamentadores também começavam a experimentar estranhos espasmos ou convulsões involuntários è a sofrer das mais espantosas contorções dos membros. Estas doenças repentinas se mostravam rapidamente contagiosas, espalhando-se como um ataque de surpresa, até que as ruas ficavam abarrotadas de homens, mulheres e crianças, todos se contorcendo e se debatendo como que tomados por um encantamento surrealista. Foi enquanto estavam neste estado espasmódico parecido com o transe que os "convulsionários", como vieram a ser chamados, demonstravam o mais extraordinário de seus talentos. Um era a capacidade de suportar sem dor uma variedade quase inimaginável de torturas físicas. Estas incluíam açoitamentos violentos, pancadas tanto com objetos pesados como pontiagudos e
estrangulamento — todos sem nenhum sinal de ferimento ou mesmo o mais leve traço de machucados ou contusões. O que faz estes eventos milagrosos tão únicos é que eram testemunhados literalmente por milhares de observadores. As reuniões enfurecidas em volta do túmulo do Abade Paris não eram efêmeras de maneira nenhuma. O cemitério e as ruas dos arredores ficaram apinhadas dia e noite durante anos, e até duas décadas depois os milagres ainda estavam sendo relatados (para dar uma idéia da imensidão dos fenômenos, em 1733 mencionou-se em registros públicos que cerca de 3 mil voluntários eram necessários simplesmente para assistir os convulsionários e garantir, por exemplo, que as mulheres participantes não fossem expostas impudicamente durante suas doenças repentinas). Como resultado, as habilidades supranormais dos convulsionários vieram a ser uma célebre causa internacional e milhares de pessoas chegavam para vê-los, inclusive indivíduos provenientes de todos os estratos sociais e oficiais de todas as instituições governamentais, religiosas e educacionais imagináveis; numerosos relatos, tanto oficiais como não oficiais, dos milagres presenciados estão registrados nos documentos da época. Além disso, muitas testemunhas, tais como os investigadores provenientes da Igreja Católica Romana, tinham investido interesse em refutar os milagres dos jansenistas, mas ainda partiam confirmando-os (a Igreja Católica Romana mais tarde remediou este embaraçoso estado de coisas admitindo que os milagres existiam mas eram obra do demônio, provando assim que os jansenistas eram pervertidos). Um investigador, membro do Parlamento de Paris chamado Louis-Basile Carre de Montgeron, testemunhou milagres suficientes para encher quatro grossos volumes sobre o assunto, que publicou em 1737 sob o título de A Verdade dos Milagres. Na obra, ele fornecia inúmeros exemplos da aparente invulnerabilidade dos convulsionários à tortura. Em um exemplo, uma convulsionária de 20 anos chamada Jeanne Maulet se inclinava contra uma parede de pedra enquanto um voluntário da multidão, "um homem muito forte", desferia cem pancadas em seu abdome com um martelo de 13 quilos (os próprios convulsionários pediam para serem torturados porque diziam que isso os aliviava da tormentosa dor das convulsões). Para testar a força das pancadas, o próprio Montgeron então pegou o martelo e experimentou sobre a parede de pedra na qual a moça estava encostada. Ele escreveu: "Na vigésima quinta pancada a pedra sobre a qual bati, abalada pelas tentativas anteriores, de repente ficou frouxa e caiu do outro lado da parede, fazendo uma abertura de mais de 15 centímetros." 15 Montgeron descreve um outro exemplo no qual uma convulsionária se curvou para trás num arco, de forma que a parte de baixo de suas costas ficou apoiada na "ponta pontiaguda de uma pequena estaca". Ela então pediu que uma pedra de 22 quilos atada a uma corda fosse levantada numa "altura máxima" e que a deixassem cair com todo o peso sobre seu abdômen. A pedra foi levantada e a deixaram cair repetidas vezes, mas a mulher parecia completamente impassível a isso. Ela conservou sem esforço sua complicada posição, não sofrendo nenhuma dor ou ferimento, e saiu da provação sem nada além de uma marca sobre a pele das costas. Montgeron observou que, enquanto a provação estava acontecendo, ela permanecia gritando: "Bate mais forte, mais forte!" 16 De fato, parece que nada podia machucar os convulsionários. Eles não podiam ser feridos pelas pancadas de barras de metal, correntes ou vigas. Os mais fortes dos homens não podiam estrangulá-los. Alguns eram crucificados e mais tarde não mostravam nenhum sinal de ferimentos. 17 Mais estonteante de tudo, eles não podiam nem mesmo ser cortados ou perfurados com facas, espadas ou machados! Montgeron cita um incidente no qual a ponta afiada de uma verruma de ferro foi posta contra o abdome de uma convulsionária e então martelada com um martelo de forma tão violenta que parecia "que ia penetrar através da espinha e romper todas as entranhas". Mas isso não aconteceu, e a convulsionária mantinha uma "expressão de perfeito êxtase", chorando: "Oh, isto me faz bem! Coragem, irmão; bata duas vezes mais forte, se puder!" 18 A invulnerabilidade não era o único talento que os jansenistas demonstravam durante seus ataques repentinos. Alguns se tornavam clarividentes e eram capazes de "perceber coisas ocultas". Outros podiam ler, mesmo quando seus olhos estavam fechados c vendados de forma apertada e exemplos de levitação foram relatados. Um dos levitadores, um abade chamado Bescherand de Montpellier, foi tão "violentamente suspenso no ar" durante suas convulsões, que mesmo quando as testemunhas tentavam abaixá-lo não conseguiam impedi-lo de subir acima do chão. 19 .Embora tenhamos todos esquecido os milagres dos jansenistas hoje em dia, eles estavam longe de serem ignorados pelos intelectuais da época. A sobrinha do matemático e filósofo Pascal obteve sucesso fazendo desaparecer uma grave úlcera no olho em horas como resultado do milagre de um jansenista. Quando o rei Luís XV tentou sem sucesso deter os convulsionários fechando o cemitério de Saint-Médard, Voltaire zombou: "Deus foi impedido, por ordem do rei, de operar qualquer milagre ali". E em seus Ensaios Filosóficos o filósofo escocês David Hume escreveu: "Certamente nunca houve um número tão grande de milagres atribuídos a uma pessoa quanto aqueles, que posteriormente se disse, foram feitos na França sobre o túmulo do Abade Paris. Muitos dos milagres foram imediatamente demonstrados no lugar, diante de juizes de inquestionável crédito e distinção, numa era erudita, e sobre o mais eminente teatro que há agora no mundo". Como explicamos os milagres realizados pelos convulsionários? Apesar de Bohm estar disposto a considerar a possibilidade da PK e de outros fenômenos paranormais, prefere não especular sobre eventos específicos tais
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leve traço de machucados ou contusões.<br />
O que faz estes eventos milagrosos tão únicos é que eram testemunhados<br />
literalmente por milhares de observadores. As reuniões enfurecidas em volta do<br />
túmulo do Abade Paris não eram efêmeras de maneira nenhuma. O cemitério e<br />
as ruas dos arredores ficaram apinhadas dia e noite durante anos, e até duas<br />
décadas depois os milagres ainda estavam sendo relatados (para dar uma idéia<br />
da imensidão dos fenômenos, em 1733 mencionou-se em registros públicos que<br />
cerca de 3 mil voluntários eram necessários simplesmente para assistir os<br />
convulsionários e garantir, por exemplo, que as mulheres participantes não<br />
fossem expostas impudicamente durante suas doenças repentinas). Como<br />
resultado, as habilidades supranormais dos convulsionários vieram a ser uma<br />
célebre causa internacional e milhares de pessoas chegavam para vê-los,<br />
inclusive indivíduos provenientes de todos os estratos sociais e oficiais de todas<br />
as instituições governamentais, religiosas e educacionais imagináveis;<br />
numerosos relatos, tanto oficiais como não oficiais, dos milagres presenciados<br />
estão registrados nos documentos da época.<br />
Além disso, muitas testemunhas, tais como os investigadores provenientes<br />
da Igreja Católica Romana, tinham investido interesse em refutar os<br />
milagres dos jansenistas, mas ainda partiam confirmando-os (a Igreja Católica<br />
Romana mais tarde remediou este embaraçoso estado de coisas admitindo que<br />
os milagres existiam mas eram obra do demônio, provando assim que os<br />
jansenistas eram pervertidos).<br />
Um investigador, membro do Parlamento de Paris chamado Louis-Basile<br />
Carre de Montgeron, testemunhou milagres suficientes para encher quatro<br />
grossos volumes sobre o assunto, que publicou em 1737 sob o título de A<br />
Verdade dos Milagres. Na obra, ele fornecia inúmeros exemplos da aparente<br />
invulnerabilidade dos convulsionários à tortura. Em um exemplo, uma<br />
convulsionária de 20 anos chamada Jeanne Maulet se inclinava contra uma<br />
parede de pedra enquanto um voluntário da multidão, "um homem muito forte",<br />
desferia cem pancadas em seu abdome com um martelo de 13 quilos (os<br />
próprios convulsionários pediam para serem torturados porque diziam que isso<br />
os aliviava da tormentosa dor das convulsões). Para testar a força das pancadas,<br />
o próprio Montgeron então pegou o martelo e experimentou sobre a parede de<br />
pedra na qual a moça estava encostada. Ele escreveu: "Na vigésima quinta<br />
pancada a pedra sobre a qual bati, abalada pelas tentativas anteriores, de<br />
repente ficou frouxa e caiu do outro lado da parede, fazendo uma abertura de<br />
mais de 15 centímetros." 15<br />
Montgeron descreve um outro exemplo no qual uma convulsionária se<br />
curvou para trás num arco, de forma que a parte de baixo de suas costas ficou<br />
apoiada na "ponta pontiaguda de uma pequena estaca". Ela então pediu que<br />
uma pedra de 22 quilos atada a uma corda fosse levantada numa "altura<br />
máxima" e que a deixassem cair com todo o peso sobre seu abdômen. A pedra<br />
foi levantada e a deixaram cair repetidas vezes, mas a mulher parecia<br />
completamente impassível a isso. Ela conservou sem esforço sua complicada<br />
posição, não sofrendo nenhuma dor ou ferimento, e saiu da provação sem nada<br />
além de uma marca sobre a pele das costas. Montgeron observou que, enquanto<br />
a provação estava acontecendo, ela permanecia gritando: "Bate mais forte, mais<br />
forte!" 16<br />
De fato, parece que nada podia machucar os convulsionários. Eles não<br />
podiam ser feridos pelas pancadas de barras de metal, correntes ou vigas. Os<br />
mais fortes dos homens não podiam estrangulá-los. Alguns eram crucificados e<br />
mais tarde não mostravam nenhum sinal de ferimentos. 17 Mais estonteante de<br />
tudo, eles não podiam nem mesmo ser cortados ou perfurados com facas,<br />
espadas ou machados! Montgeron cita um incidente no qual a ponta afiada de<br />
uma verruma de ferro foi posta contra o abdome de uma convulsionária e então<br />
martelada com um martelo de forma tão violenta que parecia "que ia penetrar<br />
através da espinha e romper todas as entranhas". Mas isso não aconteceu, e a<br />
convulsionária mantinha uma "expressão de perfeito êxtase", chorando: "Oh,<br />
isto me faz bem! Coragem, irmão; bata duas vezes mais forte, se puder!" 18<br />
A invulnerabilidade não era o único talento que os jansenistas demonstravam<br />
durante seus ataques repentinos. Alguns se tornavam clarividentes<br />
e eram capazes de "perceber coisas ocultas". Outros podiam ler, mesmo quando<br />
seus olhos estavam fechados c vendados de forma apertada e exemplos de<br />
levitação foram relatados. Um dos levitadores, um abade chamado Bescherand<br />
de Montpellier, foi tão "violentamente suspenso no ar" durante suas<br />
convulsões, que mesmo quando as testemunhas tentavam abaixá-lo não<br />
conseguiam impedi-lo de subir acima do chão. 19<br />
.Embora tenhamos todos esquecido os milagres dos jansenistas hoje em<br />
dia, eles estavam longe de serem ignorados pelos intelectuais da época. A<br />
sobrinha do matemático e filósofo Pascal obteve sucesso fazendo desaparecer<br />
uma grave úlcera no olho em horas como resultado do milagre de um<br />
jansenista. Quando o rei Luís XV tentou sem sucesso deter os convulsionários<br />
fechando o cemitério de Saint-Médard, Voltaire zombou: "Deus foi impedido,<br />
por ordem do rei, de operar qualquer milagre ali". E em seus Ensaios<br />
Filosóficos o filósofo escocês David Hume escreveu: "Certamente nunca houve<br />
um número tão grande de milagres atribuídos a uma pessoa quanto aqueles, que<br />
posteriormente se disse, foram feitos na França sobre o túmulo do Abade Paris.<br />
Muitos dos milagres foram imediatamente demonstrados no lugar, diante de<br />
juizes de inquestionável crédito e distinção, numa era erudita, e sobre o mais<br />
eminente teatro que há agora no mundo".<br />
Como explicamos os milagres realizados pelos convulsionários? Apesar<br />
de Bohm estar disposto a considerar a possibilidade da PK e de outros<br />
fenômenos paranormais, prefere não especular sobre eventos específicos tais