O - Universo Holográfico

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17.04.2013 Views

amado. Ou qualquer um que já sentiu as palmas das mãos suadas depois ter a memória de alguma experiência extraordinariamente amedrontadora. À primeira vista, o fato de o corpo não poder distinguir entre um evento imaginário e um real pode parecer estranho, mas quando alguém leva em conta o modelo holográfico — um modelo quê afirma que todas as experiências, sejam reais ou imaginárias, estão reduzidas à mesma linguagem comum de formas de onda organizadas holograficamente — a situação se torna muito menos enigmática. Ou, como observa Achterberg: "Quando as imagens são lembradas de maneira holográfica, sua influência onipotente sobre a função física segue-se logicamente. A imagem, o comportamento e os concomitantes fisiológicos são um aspecto unificado do mesmo fenômeno". 3 Bohm utiliza sua idéia da ordem implícita, o nível de existência não local mais profundo a partir do qual nosso universo inteiro se origina, para concordar com tal pensamento: "Toda ação surge de uma intenção na ordem implícita. A imaginação já é a criação da forma; ela já tem a intenção e os germes de todos os movimentos necessários para realizá-los. E isso afeta o corpo e assim por diante, de forma que, à medida que a criação acontece desse modo, a partir dos níveis mais sutis da ordem implícita, vai através deles até se manifestar no explícito." 4 Em outras palavras, na ordem implícita, como no próprio cérebro, a imaginação e a realidade na verdade são indistinguíveis e portanto não deveria ser nenhuma surpresa para nós que as imagens na mente possam conseqüentemente se manifestar como realidades no corpo físico. Achterberg achou que os efeitos fisiológicos produzidos por meio do uso da imaginação não só são poderosos como também podem ser extremamente específicos. Por exemplo, o termo célula branca do sangue (glóbulo branco) na verdade se refere a inúmeros tipos diferentes de célula. Num estudo, Achterberg decidiu ver se poderia treinar indivíduos para aumentar o número de apenas um tipo específico de célula branca do sangue em seu corpo. Para isso, ela ensinou um grupo de estudantes a imaginar a célula conhecida como neutrófilo, o principal constituinte da população de glóbulos brancos. Ela treinou um segundo grupo para imaginar células T, um tipo mais especializado de glóbulo branco. No final do estudo, o grupo que aprendeu a imagem do neutrófilo teve um aumento significativo no número de neutrófilos em seus corpo, mas nenhuma mudança no número de células T. O grupo que aprendeu a imagem de células T, teve um aumento significativo no número daquele tipo de célula, mas o número de neutrófilos em seu corpo permaneceu o mesmo. 5 Achterberg diz que acredita que isto também é decisivo para a saúde de uma pessoa. Como ela salienta, virtualmente todas as pessoas que tiveram contato com o mundo médico sabem pelo menos uma história de um paciente que foi mandado para casa para morrer mas, porque "acreditava" no contrário, surpreendeu seus médicos recuperando-se completamente. Em seu fascinante livro A Imaginação na Cura ela descreve vários de seus próprios encontros com tais casos. Em um, uma mulher estava em coma e paralisada ao entrar no hospital e foi diagnosticada com um tumor cerebral grave. Ela se submeteu à cirurgia para "diminuir" seu tumor (remover tanto quanto possível com segurança) mas, porque era considerada agonizante, foi mandada para casa sem receber nem radiação nem quimioterapia. Em vez de morrer imediatamente, a mulher ficou mais forte dia a dia. Como sua terapeuta de regeneração biológica, Achterberg foi capaz de monitorar o progresso da mulher e ao fim de dezesseis meses a mulher não mostrava nenhuma evidência de câncer. Por quê? Embora a mulher fosse inteligente num sentido comum, tinha apenas uma formação mediana e não sabia realmente o significado da palavra tumor — ou a sentença de morte que isso implicava. Assim, ela não acreditava que ia morrer e venceu seu câncer com a mesma confiança e determinação com que costumava vencer todas as outras doenças de sua vida, diz Achterberg. Quando Achterberg a viu pela última vez, a mulher não tinha mais nenhum sinal de paralisia, tinha jogado fora as ataduras das pernas e a bengala e tinha até saído para dançar várias vezes. 6 Achterberg nos traz de volta sua afirmação ao observar que os mentalmente retardados e perturbados emocionalmente — indivíduos que não podem compreender a sentença de morte que a sociedade associa ao câncer — também têm um índice de câncer significativamente mais baixo. Durante um período de quatro anos no Texas, apenas cerca de 4 por cento das mortes nestes dois grupos foram por câncer, comparados à norma do estado que era de 15 e 18 por cento. De forma intrigante, não houve nenhum caso registrado de leucemia entre os anos de 1925 e 1978 nestes dois grupos. Estudos registraram resultados semelhantes nos Estados Unidos como um todo, assim como em vários outros países incluindo a Inglaterra, Grécia e Romênia. 7 Por causa destes e de outros achados, Achterberg pensa que uma pessoa com uma doença, mesmo um simples resfriado, deveria se abastecer de tantos "hologramas neurais" de saúde quantos forem possíveis — na forma de crenças, imagens de bem estar e de harmonia e imagens de funções imunológicas específicas sendo ativadas. Ela acha também que devemos exorcizar quaisquer crenças e imagens que tenham conseqüências negativas para nossa saúde e compreender que nossos hologramas corporais são mais do que apenas imagens. Eles contêm uma infinidade de outros tipos de informação, incluindo entendimentos intelectuais e interpretações, preconceitos tanto conscientes como inconscientes, medos, esperanças, preocupações e assim por diante. A recomendação de Achterberg para nos livrarmos de imagens negativas é benvinda, pois existe evidência de que a imaginação pode provocar doenças

assim como curá-las. Em Amor, Medicina e Milagres, Bernie Siegel diz que muitas vezes encontra experiências onde as imagens mentais que os pacientes usam para descrever a si próprios ou às suas vidas parece desempenhar um papel na criação de sua condição. Os exemplos incluem uma paciente de mastectomia que disse a ele que "precisava tirar algo de seu peito"; um paciente com mieloma múltiplo na coluna vertebral que disse a ele que "sempre foi considerado fraco, sem força moral e também sem espinha"; e um homem com carcinoma de laringe cujo pai o castigava quando criança apertando sua garganta constantemente e dizendo a ele "cale a boca!" Muitas vezes a relação entre a imagem e a doença é tão surpreendente que é difícil entender por que não é aparente para o indivíduo envolvido, como no caso de uma psicoterapeuta que sofreu uma cirurgia de emergência para remover vários centímetros de intestino morto e então disse a Siegel: "Estou satisfeita que você seja meu cirurgião. Passei por uma análise didática. Não podia lidar com toda a bosta que estava surgindo, ou digerir a merda da minha vida". 8 Incidentes como estes convenceram Siegel de que quase todas as doenças se originam, pelo menos em algum grau, da mente, mas ele não acha que isto as torne psicossomáticas ou irreais. Ele prefere dizer que são significativas ao soma, um termo cunhado por Bohm para resumir melhor a relação, extraído da palavra grega soma, que quer dizer corpo. O fato de que todas as doenças podem ter sua origem na mente não preocupa Siegel. Ele vê isso mais como um sinal de enorme esperança, um indicador de que, se alguém tem o poder de criar a doença, também tem o poder de criar a saúde. A ligação entre a imagem e a doença é tão potente que a imaginação até pode ser usada para prever as perspectivas de sobrevivência de um paciente. Num outro experimento fundamental, Simonton, sua mulher, a psicóloga Stephanie Matthews-Simonton, Achterberg e o psicólogo G. Frank Lawlis realizaram uma bateria de testes sangüíneos em 126 pacientes com câncer avançado. Então submeteram ps pacientes a uma lista igualmente extensa de testes psicológicos, incluindo exercícios nos quais se pedia aos pacientes para pintar imagens de si mesmos, de seu câncer, de seu tratamento e de seu sistema imunológico. Os testes sangüíneos ofereciam alguma informação sobre a condição dos pacientes, mas não forneciam nenhuma revelação maior. Porém, os resultados dos testes psicológicos, especialmente as pinturas, eram enciclopédias de informações sobre o nível de saúde dos pacientes. Na verdade, analisando apenas as pinturas dos pacientes, Achterberg mais tarde atingiu 95 por cento de taxa de exatidão ao predizer quem morreria dentro de poucos meses e quem venceria sua doença e entraria em remissão. 9 Os Jogos de Basquete da Mente Ainda que a evidência selecionada pelos pesquisadores mencionados acima seja inacreditável, é apenas a ponta do iceberg quando se chega ao controle que a mente holográfica tem sobre o corpo físico. E as aplicações práticas de tal controle não são limitadas estritamente aos assuntos de saúde. Inúmeros estudos realizados por todo o mundo mostram que a imaginação também tem um enorme efeito sobre a performance atlética e física. Num experimento recente, o psicólogo Shlomo Breznitz, da Universidade Hebraica, Jerusalém, tinha diversos grupos de soldados israelenses que marchavam 40 quilômetros, mas deu a cada grupo uma informação diferente. Ele tinha alguns grupos que marcharam 30 quilômetros e então foi dito a eles que tinham outros 10 quilômetros a marchar. Ele disse aos outros que iam marchar 60 quilômetros, mas na realidade marcharam só 40 quilômetros. A alguns ele permitiu ver os marcadores de distância e não forneceu aos outros nenhum vestígio do quanto tinham andado. No final do estudo, Brezniz achou que o nível de hormônios de estresse no sangue dos soldados sempre refletia suas estimativas e não a distância real que tinham marchado. 10 Em outras palavras, o sangue deles respondia não à realidade, mas ao que eles estavam imaginando como realidade. De acordo com o dr. Charles A. Garfield, pesquisador fundador da Administração Espacial e Aeronáutica Nacional (NASA) e atual presidente do Instituto de Realizações Científicas em Berkeley, Califórnia, os soviéticos pesquisaram extensamente a relação entre a imaginação e a performance física. Em um estudo, um grupo de atletas soviéticos de nível mundial foi dividido em quatro grupos. O primeiro grupo passou 100 por cento de seu tempo de treinamento treinando. O segundo grupo passou 75 por cento de seu tempo treinando e 25 por cento de seu tempo visualizando os movimentos exatos e as realizações que queriam atingir em seu esporte. O terceiro passou 50 por cento de seu tempo treinando e 50 por cento visualizando e o quarto passou 25 por cento treinando e 75 por cento visualizando. De maneira inacreditável, nos Jogos de Inverno de 1980 no lago Placid, Nova York, o quarto grupo mostrou o maior desempenho na performance, seguida pelos grupos 3, 2 e l nesta ordem." Garfield, que passou centenas de horas entrevistando atletas e pesquisadores de esporte por todo o mundo, diz que os soviéticos incorporaram sofisticadas técnicas de imaginação em diversos programas atléticos e que eles acreditam que as imagens mentais agem como precursores no processo de gerar impulsos neuromusculares. Garfield acredita que a imaginação funciona porque o movimento é registrado holograficamente no cérebro. Em seu livro O Ponto Mais Alto da Performance: Técnicas de Treinamento Mental dos Maiores Atletas do Mundo, ele afirma: "Estas imagens são holográficas e funcionam fundamentalmente a nível subliminar. O mecanismo holográfico de imaginar capacita você a resolver rapidamente problemas espaciais tais como construir uma máquina complexa, coreografar a seqüência de uma dança ou passar imagens visuais de jogos em sua mente." 12

assim como curá-las. Em Amor, Medicina e Milagres, Bernie Siegel diz que<br />

muitas vezes encontra experiências onde as imagens mentais que os pacientes<br />

usam para descrever a si próprios ou às suas vidas parece desempenhar um<br />

papel na criação de sua condição. Os exemplos incluem uma paciente de<br />

mastectomia que disse a ele que "precisava tirar algo de seu peito"; um paciente<br />

com mieloma múltiplo na coluna vertebral que disse a ele que "sempre foi<br />

considerado fraco, sem força moral e também sem espinha"; e um homem com<br />

carcinoma de laringe cujo pai o castigava quando criança apertando sua<br />

garganta constantemente e dizendo a ele "cale a boca!"<br />

Muitas vezes a relação entre a imagem e a doença é tão surpreendente que<br />

é difícil entender por que não é aparente para o indivíduo envolvido, como no<br />

caso de uma psicoterapeuta que sofreu uma cirurgia de emergência para<br />

remover vários centímetros de intestino morto e então disse a Siegel: "Estou<br />

satisfeita que você seja meu cirurgião. Passei por uma análise didática. Não<br />

podia lidar com toda a bosta que estava surgindo, ou digerir a merda da minha<br />

vida". 8 Incidentes como estes convenceram Siegel de que quase todas as<br />

doenças se originam, pelo menos em algum grau, da mente, mas ele não acha<br />

que isto as torne psicossomáticas ou irreais. Ele prefere dizer que são<br />

significativas ao soma, um termo cunhado por Bohm para resumir melhor a<br />

relação, extraído da palavra grega soma, que quer dizer corpo. O fato de que<br />

todas as doenças podem ter sua origem na mente não preocupa Siegel. Ele vê<br />

isso mais como um sinal de enorme esperança, um indicador de que, se alguém<br />

tem o poder de criar a doença, também tem o poder de criar a saúde. A ligação<br />

entre a imagem e a doença é tão potente que a imaginação até pode ser usada<br />

para prever as perspectivas de sobrevivência de um paciente. Num outro<br />

experimento fundamental, Simonton, sua mulher, a psicóloga Stephanie<br />

Matthews-Simonton, Achterberg e o psicólogo G. Frank Lawlis realizaram uma<br />

bateria de testes sangüíneos em 126 pacientes com câncer avançado. Então<br />

submeteram ps pacientes a uma lista igualmente extensa de testes psicológicos,<br />

incluindo exercícios nos quais se pedia aos pacientes para pintar imagens de si<br />

mesmos, de seu câncer, de seu tratamento e de seu sistema imunológico. Os<br />

testes sangüíneos ofereciam alguma informação sobre a condição dos pacientes,<br />

mas não forneciam nenhuma revelação maior. Porém, os resultados dos testes<br />

psicológicos, especialmente as pinturas, eram enciclopédias de informações<br />

sobre o nível de saúde dos pacientes. Na verdade, analisando apenas as pinturas<br />

dos pacientes, Achterberg mais tarde atingiu 95 por cento de taxa de exatidão<br />

ao predizer quem morreria dentro de poucos meses e quem venceria sua doença<br />

e entraria em remissão. 9<br />

Os Jogos de Basquete da Mente<br />

Ainda que a evidência selecionada pelos pesquisadores mencionados<br />

acima seja inacreditável, é apenas a ponta do iceberg quando se chega ao<br />

controle que a mente holográfica tem sobre o corpo físico. E as aplicações<br />

práticas de tal controle não são limitadas estritamente aos assuntos de saúde.<br />

Inúmeros estudos realizados por todo o mundo mostram que a imaginação<br />

também tem um enorme efeito sobre a performance atlética e física.<br />

Num experimento recente, o psicólogo Shlomo Breznitz, da Universidade<br />

Hebraica, Jerusalém, tinha diversos grupos de soldados israelenses que<br />

marchavam 40 quilômetros, mas deu a cada grupo uma informação diferente.<br />

Ele tinha alguns grupos que marcharam 30 quilômetros e então foi dito a eles<br />

que tinham outros 10 quilômetros a marchar. Ele disse aos outros que iam<br />

marchar 60 quilômetros, mas na realidade marcharam só 40 quilômetros. A<br />

alguns ele permitiu ver os marcadores de distância e não forneceu aos outros<br />

nenhum vestígio do quanto tinham andado. No final do estudo, Brezniz achou<br />

que o nível de hormônios de estresse no sangue dos soldados sempre refletia<br />

suas estimativas e não a distância real que tinham marchado. 10 Em outras<br />

palavras, o sangue deles respondia não à realidade, mas ao que eles estavam<br />

imaginando como realidade.<br />

De acordo com o dr. Charles A. Garfield, pesquisador fundador da<br />

Administração Espacial e Aeronáutica Nacional (NASA) e atual presidente do<br />

Instituto de Realizações Científicas em Berkeley, Califórnia, os soviéticos<br />

pesquisaram extensamente a relação entre a imaginação e a performance física.<br />

Em um estudo, um grupo de atletas soviéticos de nível mundial foi dividido em<br />

quatro grupos. O primeiro grupo passou 100 por cento de seu tempo de<br />

treinamento treinando. O segundo grupo passou 75 por cento de seu tempo<br />

treinando e 25 por cento de seu tempo visualizando os movimentos exatos e as<br />

realizações que queriam atingir em seu esporte. O terceiro passou 50 por cento<br />

de seu tempo treinando e 50 por cento visualizando e o quarto passou 25 por<br />

cento treinando e 75 por cento visualizando. De maneira inacreditável, nos<br />

Jogos de Inverno de 1980 no lago Placid, Nova York, o quarto grupo mostrou o<br />

maior desempenho na performance, seguida pelos grupos 3, 2 e l nesta ordem."<br />

Garfield, que passou centenas de horas entrevistando atletas e pesquisadores<br />

de esporte por todo o mundo, diz que os soviéticos incorporaram<br />

sofisticadas técnicas de imaginação em diversos programas atléticos e que eles<br />

acreditam que as imagens mentais agem como precursores no processo de gerar<br />

impulsos neuromusculares. Garfield acredita que a imaginação funciona porque<br />

o movimento é registrado holograficamente no cérebro. Em seu livro O Ponto<br />

Mais Alto da Performance: Técnicas de Treinamento Mental dos Maiores<br />

Atletas do Mundo, ele afirma: "Estas imagens são holográficas e funcionam<br />

fundamentalmente a nível subliminar. O mecanismo holográfico de imaginar<br />

capacita você a resolver rapidamente problemas espaciais tais como construir<br />

uma máquina complexa, coreografar a seqüência de uma dança ou passar<br />

imagens visuais de jogos em sua mente." 12

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