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O - Universo Holográfico

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amado. Ou qualquer um que já sentiu as palmas das mãos suadas depois ter a<br />

memória de alguma experiência extraordinariamente amedrontadora. À<br />

primeira vista, o fato de o corpo não poder distinguir entre um evento<br />

imaginário e um real pode parecer estranho, mas quando alguém leva em conta<br />

o modelo holográfico — um modelo quê afirma que todas as experiências,<br />

sejam reais ou imaginárias, estão reduzidas à mesma linguagem comum de<br />

formas de onda organizadas holograficamente — a situação se torna muito<br />

menos enigmática. Ou, como observa Achterberg: "Quando as imagens são<br />

lembradas de maneira holográfica, sua influência onipotente sobre a função<br />

física segue-se logicamente. A imagem, o comportamento e os concomitantes<br />

fisiológicos são um aspecto unificado do mesmo fenômeno". 3<br />

Bohm utiliza sua idéia da ordem implícita, o nível de existência não local<br />

mais profundo a partir do qual nosso universo inteiro se origina, para concordar<br />

com tal pensamento: "Toda ação surge de uma intenção na ordem implícita. A<br />

imaginação já é a criação da forma; ela já tem a intenção e os germes de todos<br />

os movimentos necessários para realizá-los. E isso afeta o corpo e assim por<br />

diante, de forma que, à medida que a criação acontece desse modo, a partir dos<br />

níveis mais sutis da ordem implícita, vai através deles até se manifestar no<br />

explícito." 4 Em outras palavras, na ordem implícita, como no próprio cérebro, a<br />

imaginação e a realidade na verdade são indistinguíveis e portanto não deveria<br />

ser nenhuma surpresa para nós que as imagens na mente possam<br />

conseqüentemente se manifestar como realidades no corpo físico. Achterberg<br />

achou que os efeitos fisiológicos produzidos por meio do uso da imaginação<br />

não só são poderosos como também podem ser extremamente específicos. Por<br />

exemplo, o termo célula branca do sangue (glóbulo branco) na verdade se<br />

refere a inúmeros tipos diferentes de célula. Num estudo, Achterberg decidiu<br />

ver se poderia treinar indivíduos para aumentar o número de apenas um tipo<br />

específico de célula branca do sangue em seu corpo. Para isso, ela ensinou um<br />

grupo de estudantes a imaginar a célula conhecida como neutrófilo, o principal<br />

constituinte da população de glóbulos brancos. Ela treinou um segundo grupo<br />

para imaginar células T, um tipo mais especializado de glóbulo branco. No<br />

final do estudo, o grupo que aprendeu a imagem do neutrófilo teve um aumento<br />

significativo no número de neutrófilos em seus corpo, mas nenhuma mudança<br />

no número de células T. O grupo que aprendeu a imagem de células T, teve um<br />

aumento significativo no número daquele tipo de célula, mas o número de<br />

neutrófilos em seu corpo permaneceu o mesmo. 5<br />

Achterberg diz que acredita que isto também é decisivo para a saúde de<br />

uma pessoa. Como ela salienta, virtualmente todas as pessoas que tiveram<br />

contato com o mundo médico sabem pelo menos uma história de um paciente<br />

que foi mandado para casa para morrer mas, porque "acreditava" no contrário,<br />

surpreendeu seus médicos recuperando-se completamente. Em seu fascinante<br />

livro A Imaginação na Cura ela descreve vários de seus próprios encontros<br />

com tais casos.<br />

Em um, uma mulher estava em coma e paralisada ao entrar no hospital e<br />

foi diagnosticada com um tumor cerebral grave. Ela se submeteu à cirurgia para<br />

"diminuir" seu tumor (remover tanto quanto possível com segurança) mas,<br />

porque era considerada agonizante, foi mandada para casa sem receber nem<br />

radiação nem quimioterapia.<br />

Em vez de morrer imediatamente, a mulher ficou mais forte dia a dia.<br />

Como sua terapeuta de regeneração biológica, Achterberg foi capaz de<br />

monitorar o progresso da mulher e ao fim de dezesseis meses a mulher não<br />

mostrava nenhuma evidência de câncer. Por quê? Embora a mulher fosse<br />

inteligente num sentido comum, tinha apenas uma formação mediana e não<br />

sabia realmente o significado da palavra tumor — ou a sentença de morte que<br />

isso implicava. Assim, ela não acreditava que ia morrer e venceu seu câncer<br />

com a mesma confiança e determinação com que costumava vencer todas as<br />

outras doenças de sua vida, diz Achterberg. Quando Achterberg a viu pela<br />

última vez, a mulher não tinha mais nenhum sinal de paralisia, tinha jogado<br />

fora as ataduras das pernas e a bengala e tinha até saído para dançar várias<br />

vezes. 6<br />

Achterberg nos traz de volta sua afirmação ao observar que os mentalmente<br />

retardados e perturbados emocionalmente — indivíduos que não<br />

podem compreender a sentença de morte que a sociedade associa ao câncer —<br />

também têm um índice de câncer significativamente mais baixo. Durante um<br />

período de quatro anos no Texas, apenas cerca de 4 por cento das mortes nestes<br />

dois grupos foram por câncer, comparados à norma do estado que era de 15 e<br />

18 por cento. De forma intrigante, não houve nenhum caso registrado de<br />

leucemia entre os anos de 1925 e 1978 nestes dois grupos. Estudos registraram<br />

resultados semelhantes nos Estados Unidos como um todo, assim como em<br />

vários outros países incluindo a Inglaterra, Grécia e Romênia. 7<br />

Por causa destes e de outros achados, Achterberg pensa que uma pessoa<br />

com uma doença, mesmo um simples resfriado, deveria se abastecer de tantos<br />

"hologramas neurais" de saúde quantos forem possíveis — na forma de<br />

crenças, imagens de bem estar e de harmonia e imagens de funções<br />

imunológicas específicas sendo ativadas. Ela acha também que devemos<br />

exorcizar quaisquer crenças e imagens que tenham conseqüências negativas<br />

para nossa saúde e compreender que nossos hologramas corporais são mais do<br />

que apenas imagens. Eles contêm uma infinidade de outros tipos de<br />

informação, incluindo entendimentos intelectuais e interpretações, preconceitos<br />

tanto conscientes como inconscientes, medos, esperanças, preocupações e<br />

assim por diante.<br />

A recomendação de Achterberg para nos livrarmos de imagens negativas<br />

é benvinda, pois existe evidência de que a imaginação pode provocar doenças

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