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O - Universo Holográfico

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Figura 4. Ao contrário das fotografias normais, num pedaço de filme holográfico<br />

cada parte contém toda a informação do todo. Portanto, se uma chapa holográfica se<br />

fragmentar, cada pedaço poderá ser utilizado para reconstruir a imagem inteira.<br />

A Visão Também É Holográfica<br />

A memória não é a única função que o cérebro pode processar<br />

holograficamente. Uma outra descoberta de Lashley foi que os centros visuais<br />

do cérebro também eram surpreendentemente resistentes à amputação<br />

cirúrgica. Mesmo depois de remover de um rato aproximadamente 90 por cento<br />

do córtex visual (a parte do cérebro que recebe e interpreta o que o olho vê), ele<br />

descobriu que o rato ainda podia .realizar tarefas que exigiam uma complexa<br />

habilidade visual. Do mesmo modo, pesquisas conduzidas por Pribram<br />

revelavam que aproximadamente 98 por cento dos nervos ópticos de um gato<br />

podem ser cortados sem prejudicar seriamente sua habilidade para realizar tarefas<br />

visuais complexas. 3<br />

Tal estado de coisas era equivalente a acreditar que um público de cinema<br />

ainda poderia assistir a um filme mesmo faltando 90 por cento da tela, e os<br />

experimentos dele apresentavam uma vez mais um sério desafio ao padrão de<br />

entendimento de como a funciona a visão. De acordo com a principal teoria da<br />

época, havia uma correspondência de um para um entre a imagem que o olho<br />

vê e o modo que a imagem é representada no cérebro. Em outras palavras,<br />

acreditava-se que, ao olharmos para um quadrado, a atividade elétrica em nosso<br />

córtex visual também assumia a forma de um quadrado (Figura 5).<br />

Figura 5. Os teóricos da visão acreditavam que existia uma correspondência<br />

de um para um entre uma imagem que o olho vê e a maneira como aquela imagem<br />

é representada no cérebro. Pribram descobriu que isto não é verdade.<br />

Embora descobertas como as de Lashley parecessem desferir um golpe<br />

mortal nesta idéia, Pribram não ficou satisfeito. Enquanto permanecia em Yale,<br />

planejou uma série de experimentos para resolver o assunto e passou os sete<br />

anos seguintes medindo cuidadosamente a atividade elétrica no cérebro de<br />

macacos, enquanto os animais realizavam variadas tarefas visuais. Acabou<br />

descobrindo que não só não existia nenhuma correspondência de um para um,<br />

como não havia nem mesmo um padrão discernível para a seqüência na qual os<br />

eletrodos disparavam. Sobre essas descobertas, ele escreveu: "Estes resultados<br />

experimentais são incompatíveis com o ponto de vista de que uma imagem<br />

semelhante à fotográfica seja projetada na superfície cortical". 4<br />

Mais uma vez, a resistência que o córtex visual mostrava em relação à<br />

remoção cirúrgica sugeria que, como a memória, a visão também era

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