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O - Universo Holográfico

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australianos muitas vezes se referem à vida depois da morte como<br />

"sobrevivência no infinito". 93<br />

Holger Kalweit, um etnopsicólogo alemão com graduações tanto<br />

em psicologia como em antropologia cultural, vai um pouco além de<br />

Thero. Um especialista em xamanismo que é também ativo na pesquisa<br />

do limiar da morte, Kalweit salienta que virtualmente todas as tradições<br />

xamanistas do mundo contêm descrições deste reino extra-dimensional e<br />

vasto, repleto de referências ao retrospecto de vida, serés espirituais<br />

superiores que ensinam e guiam, comida que aparecem a partir do<br />

pensamento e prados indescritivelmente belos, florestas e montanhas.<br />

Na verdade, a capacidade para viajar a reinos da vida após a morte não<br />

só é a exigência mais universal para ser um xamã, como os que<br />

experimentaram NDE são muitas vezes o verdadeiro catalisador que<br />

impulsiona o indivíduo para o papel. Por exemplo, os Oglala Sioux, os<br />

Seneca, os Yakut Siberianos, os Guajiro da América do Sul, os Zulu, os<br />

Kikuyu do Kcnia, os Mu dang coreanos, os Mcntawai insulanos da<br />

Indonésia e os Caribou esquimós — todos têm tradições de indivíduos<br />

que se tornaram xamãs depois de uma doença com ameaça de vida que<br />

os impeliu abruptamente para o reino da vida após a morte.<br />

Porém, diferentes dos que experimentam NDE ocidentais, para os<br />

quais tais experiências são de uma maneira desorientadamente nova,<br />

estes exploradores xamanismos parecem ter um conhecimento muito<br />

mais vasto da geografia destes reinos mais sutis e são muitas vezes<br />

capazes de voltar a eles repetidas vezes. Por quê? Kalweit acredita que é<br />

porque tais experiências são uma realidade diária para tais culturas.<br />

Enquanto que nossa sociedade suprime qualquer pensamento ou menção<br />

à morte e ao morrer, e desvalorizou o místico ao definir a realidade<br />

estritamente em termos do material, os povos tribais ainda têm contato<br />

diário cpm a natureza sensitiva da realidade. Assim, eles têm um<br />

entendimento maior das regras que governam estes reinos internos, diz<br />

Kalweit e são muito mais hábeis ao navegar seus territórios. 94 Que estas<br />

regiões internas tenham sido bem percorridas pelos povos xamanismos<br />

fica evidente na experiência que o antropólogo Michael Harner teve<br />

entre os índios Conibo do Amazonas peruano. Em 1960 o Museu<br />

Americano de História Natural enviou Harner numa expedição de um<br />

ano para estudar os Conibo e enquanto estava lá ele pediu aos nativos<br />

Amazonenses para contar a ele sobre suas crenças religiosas. Eles<br />

disseram a ele que se ele realmente quisesse aprender, tinha que tomar<br />

uma bebida xamanista sagrada feito de uma planta alucinógena<br />

conhecida como ayahuasca, o "vinho da alma". Ele concordou e depois<br />

de beber a mistura amarga teve uma experiência fora do corpo na qual<br />

viajou a um nível de realidade povoado pelo que parecia ser deuses ou<br />

demônios da mitologia dos Conibos. Ele viu demônios com cabeças de<br />

crocodilos sorridentes. Viu uma rosa "com essência de energia" subir de<br />

seu peito e flutuar sobre um navio com cabeça de dragão tripulado por<br />

figuras de estilo egípcio com cabeças de gaio-azul e sentiu o que achou<br />

ser a lenta chegada do entorpecimento de sua própria morte.<br />

Mas a experiência mais dramática que ele teve durante sua viagem<br />

de espírito foi um encontro com um grupo de seres parecidos com<br />

dragões alados que surgiram de sua espinha. Depois de terem rastejado<br />

para fora de seu corpo, cies "projetaram" uma cena visual na frente dele<br />

na qual lhe mostravam que o que diziam era a "verdadeira" história da<br />

Terra. Por meio de uma espécie de "linguagem de pensamento" eles<br />

explicaram que eram os responsáveis tanto pela origem como pela<br />

evolução de toda vida no planeta. Na verdade, eles residiam não só nos<br />

seres humanos mas em toda vida e tinham criado a multidão de formas<br />

vivas que povoam a Terra para fornecer a si próprios um lugar<br />

escondido de alguns inimigos não revelados no espaço exterior (Harner<br />

observou que embora os seres fossem quase como o DNA, na época,<br />

1961, ele não sabia nada do DNA).<br />

Depois que esta concatenação de visões acabou, Harner procurou<br />

por um xamã conibo cego considerado por seus talentos paranormais<br />

para falar com ele sobre a experiência. O xamã, que tinha feito muitas<br />

viagens ao mundo do espírito, acenava com a cabeça muitas vezes<br />

quando Harner relatava os eventos que tinham acontecido com ele, mas<br />

quando ele contou ao velho homem sobre os seres parecidos com<br />

dragões e as afirmações deles de que eram os verdadeiros senhores da<br />

terra, o xamã sorriu com deleite. "Oh, eles estão sempre dizendo isto.<br />

Mas eles são apenas os Senhores da Escuridão Exterior", ele corrigiu.<br />

"Fiquei atordoado", diz Harner. "O que eu tinha experimentado já<br />

era familiar para este xamã cego descalço. Conhecido por ele a partir de<br />

suas próprias explorações do mesmo mundo escondido no qual tinha me<br />

aventurado." Porém, este não foi o único choque que Harner recebeu.<br />

Ele também recontou sua experiência a dois missionários cristãos que<br />

viviam perto dali e ficou intrigado quando eles também pareceram saber<br />

sobre o que ele estava falando. Depois que terminou eles disseram a ele

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