O - Universo Holográfico

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teria traído se tivesse simplesmente me contentado com o termo imaginário", afirma Corbin. 84 Por causa da natureza imaginai do domínio pós-morte, os sufis concluíram que apropria imaginação é uma faculdade de percepção, uma idéia que fornece nova luz na razão porque o sujeito de Whitton materializou uma mão apenas depois que começou a pensar, e porque visualizar imagens tem um efeito tão potente sobre a saúde e a estrutura física de nosso corpo. Também contribuiu para a crença dos sufis de que alguém poderia usar a visualização, um processo que eles chamavam de "oração criativa", para alterar e reformar a verdadeira textura do destino de alguém. Numa noção que é paralela às ordens implícita e explícita de Bohm, os sufis acreditam que, apesar de suas qualidades fantasmáticas, o domínio da vida após a morte é a matriz geradora que dá luz ao universo físico inteiro. Todas as coisas na realidade física surgem desta realidade espiritual, diziam os sufis. Porém, mesmo os mais sábios entre eles achavam isto estranho, que ao meditar e se aventurar profundamente na psique, alguém chegasse num mundo interior que "mostra envolver, circundar ou conter aquilo que a princípio era externo e visível." 85 Esta compreensão, é claro, é apenas outra referência às qualidades holográficas e não locais da realidade. Cada um de nós contém a totalidade do céu. Mais do que isso, cada um de nós contém o lugar do céu. Ou como os sufis colocam, em vez de ter de procurar pela realidade espiritual "no onde", o "onde" está em nós. Na verdade, ao discutir os aspectos não locais da vida após a morte, um místico presa do século 12 chamado Sohrawardi disse que o país do Imame oculto çpoderia ser melhor chamado de Na-Koja-Abad, "a terra do não-lugar". 86 Reconhecidamente esta idéia não é nova. É o mesmo sentimento expresso na afirmação "o reino do céu está dentro". O que é novo é a idéia de que tais noções são na realidade referências aos aspectos não locais dos níveis mais sutis da realidade. Outra vez, sugeriu-se que quando uma pessoa tem uma OBE na verdade poderia não viajar para lugar nenhum. Poderia simplesmente alterar o sempre ilusório holograma da realidade de forma que tenha a experiência de viajar para algum lugar. Num universo holográfico a consciência não só está em todo lugar, está também em nenhum lugar. A idéia de que o domínio da vida após a morte existe profundamente na expansão não local da psique foi aludida por alguns que experimentaram NDE. Como um menino de 7 anos de idade coloca: "A morte é como andar para dentro de sua mente". 87 Bohin propõe um ponto de vista não local parecido com o que acontece durante nossa transição desta vida para a próxima: "No presente, nosso processo total de pensamento está dizendo a nós que temos de manter nossa atenção aqui. Você não pode atravessar a rua, por exemplo, se não o fizer. Mas a consciência está sempre na profundeza ilimitada que está além do espaço e do tempo, em níveis mais sutis da ordem implícita. Portanto, se você fosse profundamente o bastante no presente real, então talvez não existisse nenhuma diferença entre este momento e o próximo. A idéia seria de que na experiência da morte você vai entrar nela. O contato com a eternidade está no momento presente, mas é mediada pelo pensamento. É uma questão de atenção". 88 Imagens de Luz Coordenadas e Inteligentes A idéia de que se pode ter acesso aos níveis mais sutis da realidade por meio de uma mudança apenas na consciência também é uma das premissas principais da tradição da ioga. Muitas práticas iogues são destinadas em especial a ensinar os indivíduos como fazer tais viagens. E mais uma vez, os indivíduos que obtém sucesso nestas aventuras descrevem, no entanto, uma paisagem familiar. Um destes sujeitos foi Sri Yukteswar Giri, pouco conhecido mas amplamente respeitado homem sagrado hindu que morreu em Puri, índia, em 1936. Evans- Wentz, que encontrou Sri Yukteswar nos anos 20, o descreveu como um homem de "presença agradável e personalidade elevada" completamente "merecedor da veneração que seus seguidores concediam a ele". 89 Sri Yukteswar parece ter sido especialmente dotado para transpor para frente e para trás entre este mundo e o próximo e descreveu a dimensão da vida depois da morte como um mundo composto de "diversas vibrações sutis de luz e cor" e "centenas de vezes maior do que o cosmos material". Ele também dizia que era infinitamente mais bonito do que nosso próprio domínio de existência rico em "lagos de opala, mares brilhantes e rios de arco-íris." Por ser mais "vibrante com a luz criativa de Deus" seu clima é sempre agradável, e suas manifestações climáticas são muitas vezes precipitações de "neve branca luminosa e de chuva de luzes multicoloridas". Indivíduos que vivem neste domínio

maravilhoso podem materializar qualquer corpo que quiserem e podem "ver" com qualquer área do corpo que desejarem. Eles podem também materializar qualquer fruta ou outra comida que quiserem, embora eles "estejam sempre livres de qualquer necessidade de comer" e "se banqueteiam apenas na ambrosia do conhecimento eternamente novo". Eles se comunicam por meip de séries telepáticas de "imagens de luz", se regozijam na "imortalidade da amizade, compreendem "a indestrutibilidade do amor", sentem uma dor aguda "se algum erro é cometido na conduta ou percepção da verdade" e quando são confrontados com a multidão de parentes, pais, mães, esposas, maridos e amigos conquistados durante suas "diferentes encarnações na terra", ficam perplexos com a quem devem amar em especial e assim aprendem a dar "um amor igual e divino a todos". Qual é a natureza requintada de nossa realidade uma vez que fixamos residência nesta terra luminosa? A esta pergunta, Sri Yukteswar deu uma resposta que era tão simples quanto holográfica. Neste domínio onde comer e mesmo respirar são desnecessários, onde um único pensamento pode materializar "Todo um jardim de flores perfumadas", e todos os males corporais são "curados de uma só vez pelo simples desejo", somos por completo, simples "imagens de luz coordenadas e inteligentes". 90 Mais Referências à Luz Sri Yukteswar não é o único mestre ioguc a usar tais termos semelhantes ao holograma quando descreve os níveis mais sutis de realidade. Um outro é Sri Aurobindo Ghose, um pensador, ativista político e místico que os indianos reverenciam lado a lado com Gandhi. Nascido em 1872 de uma família indiana de classe alta, Sri Aurobindo foi educado na Inglaterra, onde rapidamente desenvolveu reputação como um tipo de prodígio. Ele tinha fluência não só no inglês, hindi, russo, alemão, francês, mas também no antigo sânscrito. Ele podia ler uma caixa de livros por dia (quando jovem ele lia tudo de muitos e volumosos livros sagrados da índia) e repetia literalmente cada palavra de toda página que lia. seus poderes de concentração eram lendários e dizia-se que ele podia ficar sentado estudando na mesma posição durante toda a noite, abstraído até das picadas incessantes dos mosquitos. Como Gandhi, Sri Aurobindo foi ativo no movimento nacionalista na índia e passou um tempo na prisão por sedição. Porém, apesar de toda sua paixão humanitária e intelectual, ele permaneceu ateu até que um dia quando viu um ioguc errante curar instantaneamente seu irmão de uma doença que ameaçava sua vida. A partir deste momento Sri Aurobindo devotou sua vida às disciplinas iogues e como Sri Yukteswar, por meio da meditação finalmente aprendeu a se tornar, em suas próprias palavras, "um explorador dos níveis da consciência". Não foi uma tarefa fácil para Sri Aurobindo e um dos obstáculos mais inconvenientes que ele teve que superar para realizar seu objetivo foi aprender como silenciar o murmúrio sem fim de palavras e pensamentos que fluem incessantemente através da mente humana norma. Qualquer um que já tenha tentado esvaziar sua mente de todo pensamento mesmo por um momento ou dois sabe o quão desanimadora uma tarefa desta é. Mas é também uma coisa necessária, pois os textos iogues são totalmente explícitos sobre este ponto. Sondar as regiões mais implícitas e sutis da psique exige na verdade uma mudança da atenção bohmiana (de Bohm). Ou como Sri Aurobindo coloca, para descobrir o "novo país dentro de nós precisamos aprender primeiro como "deixar o antigo para trás". Levou anos para Sri Aurobindo aprender a silenciar sua mente e viajar para dentro, mas uma vez que obteve sucesso, descobriu o mesmo vasto território encontrado por todos os outros Marcos Pólos do espírito aos quais estivemos vendo — um domínio além do espaço e do tempo, composto de uma "infinidade multicolorida de vibrações" e povoado por seres não físicos tão mais adiantados do que a consciência humana que nos faz parecer crianças. Estes seres podem tomar qualquer,forma à vontade, dizia Sri Aurobindo, o mesmo ser aparecendo a um cristão como um santo cristão e para um indiano como um santo hindu, apesar dele salientar que o propósito deles não é enganar mas simplesmente se tornarem mais acessíveis "a uma determinada consciência". De acordo com Sri Aurobindo, em sua forma mais verdadeira estes seres aparecem como "vibração pura". Em sua obra de dois volumes, Sobre loga, ele até compara a capacidade deles de aparecerem tanto com uma forma como em vibração, com a dualidade onda-partícula descoberta pela "ciência moderna". Sri Aurobindo também observou que neste domínio luminoso a pessoa não está mais limitada a receber informação de uma maneira "ponto a ponto", mas pode absorvê-la "em

maravilhoso podem materializar qualquer corpo que quiserem e podem<br />

"ver" com qualquer área do corpo que desejarem. Eles podem também<br />

materializar qualquer fruta ou outra comida que quiserem, embora eles<br />

"estejam sempre livres de qualquer necessidade de comer" e "se<br />

banqueteiam apenas na ambrosia do conhecimento eternamente novo".<br />

Eles se comunicam por meip de séries telepáticas de "imagens de<br />

luz", se regozijam na "imortalidade da amizade, compreendem "a<br />

indestrutibilidade do amor", sentem uma dor aguda "se algum erro é<br />

cometido na conduta ou percepção da verdade" e quando são confrontados<br />

com a multidão de parentes, pais, mães, esposas, maridos e<br />

amigos conquistados durante suas "diferentes encarnações na terra",<br />

ficam perplexos com a quem devem amar em especial e assim aprendem<br />

a dar "um amor igual e divino a todos".<br />

Qual é a natureza requintada de nossa realidade uma vez que fixamos<br />

residência nesta terra luminosa? A esta pergunta, Sri Yukteswar deu<br />

uma resposta que era tão simples quanto holográfica. Neste domínio<br />

onde comer e mesmo respirar são desnecessários, onde um único<br />

pensamento pode materializar "Todo um jardim de flores perfumadas", e<br />

todos os males corporais são "curados de uma só vez pelo simples<br />

desejo", somos por completo, simples "imagens de luz coordenadas e<br />

inteligentes". 90<br />

Mais Referências à Luz<br />

Sri Yukteswar não é o único mestre ioguc a usar tais termos semelhantes<br />

ao holograma quando descreve os níveis mais sutis de realidade.<br />

Um outro é Sri Aurobindo Ghose, um pensador, ativista político e<br />

místico que os indianos reverenciam lado a lado com Gandhi. Nascido<br />

em 1872 de uma família indiana de classe alta, Sri Aurobindo foi<br />

educado na Inglaterra, onde rapidamente desenvolveu reputação como<br />

um tipo de prodígio. Ele tinha fluência não só no inglês, hindi, russo,<br />

alemão, francês, mas também no antigo sânscrito. Ele podia ler uma<br />

caixa de livros por dia (quando jovem ele lia tudo de muitos e<br />

volumosos livros sagrados da índia) e repetia literalmente cada palavra<br />

de toda página que lia. seus poderes de concentração eram lendários e<br />

dizia-se que ele podia ficar sentado estudando na mesma posição<br />

durante toda a noite, abstraído até das picadas incessantes dos<br />

mosquitos.<br />

Como Gandhi, Sri Aurobindo foi ativo no movimento nacionalista<br />

na índia e passou um tempo na prisão por sedição. Porém, apesar de toda<br />

sua paixão humanitária e intelectual, ele permaneceu ateu até que um dia<br />

quando viu um ioguc errante curar instantaneamente seu irmão de uma<br />

doença que ameaçava sua vida. A partir deste momento Sri Aurobindo<br />

devotou sua vida às disciplinas iogues e como Sri Yukteswar, por meio<br />

da meditação finalmente aprendeu a se tornar, em suas próprias<br />

palavras, "um explorador dos níveis da consciência".<br />

Não foi uma tarefa fácil para Sri Aurobindo e um dos obstáculos<br />

mais inconvenientes que ele teve que superar para realizar seu objetivo<br />

foi aprender como silenciar o murmúrio sem fim de palavras e pensamentos<br />

que fluem incessantemente através da mente humana norma.<br />

Qualquer um que já tenha tentado esvaziar sua mente de todo<br />

pensamento mesmo por um momento ou dois sabe o quão desanimadora<br />

uma tarefa desta é. Mas é também uma coisa necessária, pois os textos<br />

iogues são totalmente explícitos sobre este ponto. Sondar as regiões<br />

mais implícitas e sutis da psique exige na verdade uma mudança da<br />

atenção bohmiana (de Bohm). Ou como Sri Aurobindo coloca, para<br />

descobrir o "novo país dentro de nós precisamos aprender primeiro<br />

como "deixar o antigo para trás".<br />

Levou anos para Sri Aurobindo aprender a silenciar sua mente e<br />

viajar para dentro, mas uma vez que obteve sucesso, descobriu o mesmo<br />

vasto território encontrado por todos os outros Marcos Pólos do espírito<br />

aos quais estivemos vendo — um domínio além do espaço e do tempo,<br />

composto de uma "infinidade multicolorida de vibrações" e povoado por<br />

seres não físicos tão mais adiantados do que a consciência humana que<br />

nos faz parecer crianças. Estes seres podem tomar qualquer,forma à<br />

vontade, dizia Sri Aurobindo, o mesmo ser aparecendo a um cristão<br />

como um santo cristão e para um indiano como um santo hindu, apesar<br />

dele salientar que o propósito deles não é enganar mas simplesmente se<br />

tornarem mais acessíveis "a uma determinada consciência".<br />

De acordo com Sri Aurobindo, em sua forma mais verdadeira estes<br />

seres aparecem como "vibração pura". Em sua obra de dois volumes,<br />

Sobre loga, ele até compara a capacidade deles de aparecerem tanto com<br />

uma forma como em vibração, com a dualidade onda-partícula<br />

descoberta pela "ciência moderna". Sri Aurobindo também observou que<br />

neste domínio luminoso a pessoa não está mais limitada a receber<br />

informação de uma maneira "ponto a ponto", mas pode absorvê-la "em

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