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e encontrou que 437 delas, ou 89 por cento, tinham pelo menos alguma<br />
tradição relativa as OBE. 2<br />
Mesmo estudos atuais indicam que as OBE ainda são difundidas. O<br />
recentemente falecido dr. Robert Crookall, um geólogo da Universidade<br />
de Aberdeen e um parapsicólogo amador, investigou casos suficientes<br />
para encher nove livros sobre o assunto. Nos anos 60 Célia Green,<br />
diretora do Instituto de Pesquisa Parapsicológica em Oxford, apurou 115<br />
estudantes na Universidade Southampton e encontrou que 19 por cento<br />
admitiam ter uma OBE. Quando 380 estudantes da Oxford foram<br />
perguntados da mesma forma, 34 por cento responderam na afirmativa. 3<br />
Numa avaliação de 902 adultos, Haraldson encontrou que 8 por cento<br />
tinham experimentado estar fora do corpo pelo menos uma vez na vida. 4<br />
E um levantamento de 1980 conduzido pelo dr. Harvey Irwin na<br />
Universidade da Nova Inglaterra, na Austrália, revelou que 20 por cento<br />
dos 177 estudantes tinham experimentado OBE. 5 Quando se calcula a<br />
média, estes valores indicam que, grosseiramente falando, uma em cada<br />
cinco pessoas terão uma OBE em algum momento de sua vida. Outros<br />
estudos sugerem que o incidente pode estar mais próximo de uma em<br />
dez, mas o fato permanece: as OBE são muito mais comuns do que a<br />
maioria das pessoas percebe.<br />
A OBE típica é em geral espontânea e ocorre mais freqüentemente<br />
durante o sono, meditação, anestesia, doença, e momentos de dor traumática<br />
(apesar de que podem ocorrer sob outras circunstâncias tambem).<br />
De repente, uma pessoa experimenta a sensação vivida de que sua mente<br />
está separada do corpo. Muitas vezes ela se encontra flutuando sobre seu<br />
corpo e descobre que pode viajar ou voar para outros lugares. Como é<br />
achar-se livre do físico, olhar para baixo e ver o próprio corpo? Num<br />
estudo de 1980 de 339 casos de viagens fora do corpo, o dr. Glen<br />
Gabbard da Fundação Menninger em Topeka, o dr. Stuart Twemlow do<br />
Centro Médico da Administração dos Veteranos de Topeka e o dr.<br />
Fowler Jones do Centro Médico da Universidade de Kansas encontraram<br />
que um número enorme de 89 por cento descreveram a experiência<br />
como agradáveis e cerca da metade deles disse que era alegre. 6<br />
Conheço a sensação. Tive uma OBE espontânea quando era adolescente<br />
e, depois de me recuperar do choque de me encontrar flutuando<br />
sobre meu corpo e olhar para baixo e ver a mim mesmo dormindo na<br />
cama, tive um tempo indescritivelmente divertido voando através das<br />
paredes e planando sobre o topo das árvores. No decorrer de minha<br />
viagem sem corpo, até topei com um livro da biblioteca que minha<br />
vizinha tinha perdido e fui capaz de dizer a ela onde o livro estava no dia<br />
seguinte. Descrevo esta experiência com detalhes em Além do Quantum.<br />
Não é pouco significativo que Gabbard, Twemlow e Jones também<br />
tenham estudado o perfil psicológico dos que experimentam OBE e<br />
tenham achado que eram psicologicamente normais e no todo extremamente<br />
bem ajustados. No encontro de 1980 da Associação Psiquiátrica<br />
Americana eles apresentaram suas conclusões e disseram a seus<br />
colegas que reasseguram que as OBE são ocorrências comuns e que<br />
encaminhar o paciente a livros sobre o assunto pode ser "mais terapêutico"<br />
do que tratamento psiquiátrico. Eles até sugeriram que os<br />
pacientes poderiam obter mais alívio falando com um iogue do que com<br />
um psiquiatra! 7<br />
Apesar de tais fatos, nenhuma quantidade de achados estatísticos é<br />
mais convincente do que os relatos reais de tais experiências. Por<br />
exemplo, Kimberly Clark, uma operária social de um hospital em<br />
Seatlle, Washington, não levava as OBE à sério até que encontrou uma<br />
paciente coronária chamada Maria. Vários dias depois de ser admitida<br />
no hospital, Maria teve uma parada cardíaca e foi revivida rapidamente.<br />
Clark visitou-a mais tarde naquela noite esperando encontrá-Ia ansiosa<br />
pelo fato de seu coração ter parado. Como esperava, Maria estava<br />
agitada, mas não pela razão que ela tinha antecipado.<br />
Maria disse a Clark que tinha experimentado algo muito estranho.<br />
Depois que seu coração parou, ela de repente encontrou-se olhando para<br />
baixo, do teto, e assistindo os médicos e as enfermeiras trabalhando<br />
sobre ela. Então algo na rampa de acesso à sala de emergência a distraiu<br />
e assim que ela "se pensou lá", ela estava lá. Em seguida, Maria "se<br />
imaginou subindo" para o terceiro andar do edifício e achou-se "com os<br />
olhos vidrados nos cadarços" de um tênis. Era • um velho tênis e ela<br />
percebeu que o dedinho tinha feito um buraco no tecido. Ela também<br />
notou diversos outros detalhes, tais como o fato de que o cadarço estar<br />
esticado sob o calcanhar. Depois que Maria terminou seu relato pediu a<br />
Clark para por favor ir até a marquise e ver se havia um sapato lá, de<br />
forma que ela pudesse confirmar se sua experiência tinha sido real ou<br />
não.<br />
Cética mas intrigada, Clark saiu e olhou para cima, para a marquise,<br />
mas não viu nada. Subiu para o terceiro andar e começou a entrar<br />
e sair dos quartos dos pacientes, olhando por janelas tão estreitas, que