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diversos futuros em potencial que a espécie humana está criando para si mesma<br />
em massa.<br />
Como conseqüência, Snow recomenda que, em vez de construir abrigos<br />
antibomba ou nos mudarmos para regiões que não serão destruídas pelas<br />
"mudanças vindouras da Terra" previstas por alguns sensitivos, deveríamos<br />
despender o tempo acreditando e visualizando um futuro positivo. Ele cita a<br />
Comissão Planetária — o conjunto adhoc de milhões de indivíduos em torno<br />
do mundo que concordam em passar das 12hOO à IhOO, hora de Greenwich,<br />
todo 31 de dezembro, em oração e meditação pela paz e cura mundial — como<br />
um passo na direção certa. "Se estamos constantemente formando nossa<br />
realidade física futura pelos pensamentos c ações coletivos de hoje, então o<br />
tempo de despertar para a alternativa do que criamos é agora", afirma Snow.<br />
"As escolhas entre o tipo de Terra representada por cada um dos tipos é claro.<br />
Qual nós queremos para nossos netos? Qual nós queremos, talvez para nós<br />
próprios voltarmos, algum dia?" 89<br />
MUDANDO O PASSADO<br />
O futuro pode não ser a única coisa a ser formada e reformada pelo<br />
pensamento humano. Na Convenção Anual da Associação Parapsicológica de<br />
1988, Helmut Schmidt e Marilyn Schlitz declararam que diversos experimentos<br />
que tinham conduzido indicavam que a mente pode ser capaz de alterar o<br />
passado também. Num estudo, Schmidt e Schlitz utilizaram um processo<br />
computadorizado de escolha ao acaso para registrar mil seqüências de som<br />
diferentes. Cada seqüência consistia de cem tons de duração variada, alguns<br />
deles agradáveis ao ouvido e alguns que eram apenas irrupções de barulho. Porque<br />
o processo de seleção era ao acaso, de acordo com as leis de probabilidade,<br />
cada seqüência podia conter grosseiramente 50 por cento de sons agradáveis e<br />
50 por cento de barulho.<br />
Gravações em cassete das seqüências eram então enviadas a voluntários.<br />
Era dito aos participantes do experimento que ouviam os cassetes gravados<br />
anteriormente, para tentar aumentar psicocineticamente a duração dos sons<br />
agradáveis e diminuir as durações do barulho. Depois que os participantes<br />
completavam a tarefa, comunicavam ao laboratório suas tentativas e Schmidt e<br />
Schlitz então analisavam as seqüências originais. Eles descobriram que as<br />
gravações que os participantes ouviam continham períodos mais longos de sons<br />
agradáveis do que de barulho. Em outras palavras, parecia que os participantes<br />
tinham conseguido atingir psicocineticamente o tempo passado e conseguido<br />
um efeito sobre o processo ao acaso, a partir do qual seus cassetes gravados<br />
previamente tinham sido feitos.<br />
Num outro teste, Schmidt e Schlitz programaram o computador para<br />
produzir seqüências de cem tons casualmente compostos de quatro notas<br />
diferentes e os participantes eram instruídos a tentar fazer, psicocineticamente,<br />
com que mais notas altas aparecessem nos videoteipes do que baixas. Outra<br />
vez, um efeito PK retroativo foi encontrado. Schmidt e Schlitz também<br />
descobriram que os voluntários que meditavam regularmente exerciam um<br />
efeito PK maior do que os que não meditavam, sugerindo outra vez que o<br />
contato com o inconsciente é a chave para se ter acesso às porções estruturantes<br />
da realidade da psique. 90<br />
A idéia de que podemos alterar psicocineticamente os eventos que já<br />
aconteceram é uma noção incerta, pois estamos tão profundamente<br />
programados para acreditar que o passado está congelado, como se fosse uma<br />
borboleta no vidro, que é difícil para nós imaginarmos de outra maneira. Mas<br />
num universo holográfico, um universo no qual o tempo é uma ilusão e a<br />
realidade não é mais do que uma imagem criada pela mente, é uma<br />
possibilidade com a qual temos que nos acostumar.<br />
UM PASSEIO PELO JARDIM DO TEMPO<br />
Tio fantásticas quanto são as duas noções acima, são mudanças pequenas<br />
comparadas à última categoria de anomalia do tempo que merece nossa<br />
atenção. Em 10 de agosto de 1901, duas professoras de Oxford, Anne Moberly,<br />
diretora da Faculdade São Hugh, Oxford, e Eleanor Jourdain, vice-diretora,<br />
estavam andando pelo jardim do Petit Trianon, em Versalhes, quando viram um<br />
efeito de luz trêmula atravessar a paisagem na frente delas, nada diferente dos<br />
efeitos especiais num filme, quando muda de uma cena para outra. Depois que<br />
a luz trêmula passou, elas perceberam que a paisagem tinha mudado. De<br />
repente as pessoas em volta delas estavam usando trajes e perucas do século 18<br />
e se comportavam de uma maneira agitada. Como as duas mulheres ficaram<br />
confusas, um homem repulsivo, com o rosto marcado por cicatrizes de varíola,<br />
se aproximou e insistiu para que elas mudassem de direção. Elas o seguiram<br />
perto de uma linha de árvores, para um jardim, onde ouviram canções musicais<br />
flutuando pelo ar e viram uma senhora aristocrática pintando uma aquarela.<br />
Finalmente, a visão se desvaneceu e a paisagem voltou ao normal, mas a<br />
transformação foi tão drástica que, quando as mulheres olharam para trás,<br />
perceberam que o caminho que tinham acabado de descer estava agora<br />
bloqueado por uma velha parede de pedra. Quando voltaram para a Inglaterra,<br />
procuraram por registros históricos e concluíram que tinham sido transportadas<br />
de volta no tempo, para o dia em que o saque das Tulherias e o massacre do<br />
Corpo de Guarda Suíço tinha acontecido — o que respondia pela maneira<br />
agitada do povo no jardim — e aquela mulher no jardim era nada menos do que<br />
Maria Antonieta. A experiência foi tão vivida, que as mulheres encheram um<br />
livro inteiro sobre a ocorrência e o apresentaram à Sociedade Britânica para<br />
Pesquisa Sensitiva. 91<br />
O que torna a experiência jde Moberly e Jourdain tão significativa é que<br />
elas não tiveram simplesmente uma visão retrocognitiva do passado, mas