O - Universo Holográfico
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Whitton também encontrou evidências que sugeriam fortemente que as experiências eram vidas passadas reais. Um aspecto incomum era a capacidade que as memórias tinham de explicar um âmbito amplo de eventos aparentemente não relacionados e de experiências na vida atual dos sujeitos. Por exemplo, um homem, um psicólogo que nasceu e se criou no Canadá, tinha tido um sotaque britânico inexplicável quando criança. Ele também tinha um medo irracional de quebrar a perna, uma fobia de viagem aérea e um terrível problema de unha encravada, um fascínio obsessivo por tortura e quando era adolescente tinha tido uma breve e enigmática visão de estar num recinto com um oficial na/.ista, logo depois de ulili/ar os podais de um carro durante um exame de motorista. Sob hipnose, o homem lembrou ter sido um piloto inglês durante a Segunda Guerra Mundial. Durante uma missão sobre a Alemanha, seu avião foi atingido por uma chuva de balas, uma das quais penetrou a fuselagem e quebrou sua perna. Isto por sua vez o fez perder o controle dos pedais do avião, forçando-o a aterrisar. Ele foi a seguir capturado pelos nazistas, torturado por informações, tendo as unhas arrancadas e morrendo pouco tempo depois. 49 Muitos dos sujeitos também experimentavam profundas curas psicológicas e físicas como resultado das memórias das traumáticas vidas passadas que eles descobriram e davam detalhes históricos esquisitamente corretos sobre as épocas nas quais tinham vivido. Alguns até falavam línguas desconhecidas para eles. Enquanto revivia uma suposta vida passada como um viking, um cientista comportamental de 37 anos gritou palavras que as autoridades lingüísticas mais tarde identificaram como escandinavo arcaico. 50 Depois de voltar para uma antiga existência persa, o mesmo homem começou a escrever numa escrita aranei forme estilo arábico, que um especialista em línguas do Oriente Próximo identificou como uma representação autêntica de Sassanid Pahalavi, uma língua mesopotâmica extinta há muito tempo, que floresceu entre 226 e 651 da nossa era. 51 Mas a descoberta mais notável de Whitton veio quando ele fez os sujeitos regressarem para o ínterim das vidas, um domínio cheio de luz, deslumbrante, no qual não havia "nenhuma dessas coisas como tempo ou espaço, da forma que os conhecemos". 52 De acordo com seus sujeitos, parte do objetivo desse domínio era permitir-lhes planejar sua próxima vida, para literalmente projetar os eventos importantes e as circunstâncias que aconteceriam a eles no futuro. Mas esse processo não era simplesmente algum exercício de conto de fadas, de cumprimento da vontade. Whitton achou que, quando os indivíduos estavam no domínio entrevidas, entravam num estado incomum de consciência, no qual eram intensamente autoconscientes e tinham um elevado sentido ético e moral. Além disso, eles não tinham mais a capacidade de racionalizar para se livrar de quaisquer dos seus defeitos e delitos, e viam a si próprios com total honestidade. Para distingui-Io de nossa consciência cotidiana normal, Whitton chama esse estado da mente intensamente consciente de "metaconsciência". Assim, quando os sujeitos planejavam sua próxima vida, faziam-no com o sentido de obrigação moral. Escolhiam renascer com pessoas com as quais tinham errado numa vida anterior, de forma que teriam a oportunidade de reparar suas ações. Planejavam encontros agradáveis com "companheiros de alma", indivíduos com os quais tinham construído uma relação mutuamente benéfica e amorosa em muitas existências, e fixavam eventos "acidentais" para cumprir ainda outras lições e propósitos. Um homem disse que, enquanto planejava sua próxima vida , visualizou "um tipo de instrumento com mecanismo de relógio, dentro do qual você podia colocar certas partes em ordem para conseqüências específicas acontecerem". 53 Estas conseqüências nem sempre eram agradáveis. Depois de voltar a um estado de metaconsciência, uma mulher que foi violentada quando tinha 37 anos revelou que tinha na realidade planejado o evento antes de entrar nessa encarnação. Como explicou, era necessário para ela mudar "a compleição inteira de sua alma" e assim evoluir em direção a um entendimento mais positivo e mais profundo do significado da vida. 54 Um outro sujeito, um homem afligido por sérios problemas renais que ameaçavam sua vida, descobriu que tinha escolhido a doença para punir-se por uma transgressão passada. Porém, também revelou que morrer da doença do rim não era parte de seu roteiro e, antes de entrar nesta vida, tinha também arranjado um encontro com alguém ou algo que o ajudaria a se lembrar desse fato e assim capacitá-lo a se curar, tanto da culpa como do corpo. Fiel a suas palavras, depois que começou suas sessões com Whitton, experimentou uma recuperação completa quase miraculosa. 55 Nem todos os pacientes de Whitton eram tão ávidos de aprender sobre o futuro que seus eus metaconscientes tinham formulado para eles. Diversos censuravam suas próprias memórias e pediam a Whitton para por favor dar a eles instruções pós-hipnóticas para não se lembrarem de nada que tivessem dito durante o transe. Como explicaram, não queriam ser tentados a pôr à prova os roteiros que seus eus metaconscientes tinham-lhes escrito. 56 Esta é uma idéia espantosa. É possível que nossa mente inconsciente não só esteja ciente do rude esboço do nosso destino, mas na verdade nos guie em direção ao seu cumprimento? A pesquisa de Whitton não só é a evidência de que este pode ser o caso. Num estudo estatístico de 28 acidentes sérios de estrada de ferro dos Estados Unidos, o parapsicólogo William Cox achou que significativamente menos gente tomava trens em dias de acidentes do que nos mesmos dias das semanas anteriores. 57 O achado de Cox sugere que todos nós podemos estar constantemente conhecendo previamente o futuro e tomando decisões baseadas nesta informação: alguns de nós, optando por evitar o infortúnio e talvez alguns —
como a mulher que escolheu experimentar uma tragédia pessoal e o homem que escolheu passar por uma doença renal — escolhendo experimentar situações negativas para cumprir outros desígnios e propósitos inconscientes. "Por cuidado ou por acaso, escolhemos nossas circunstâncias terrenas", diz Whitton. "A mensagem da metaconsciência é de que a situação de vida de todo ser humano não é nem casual nem inadequada. Vendo objetivamente a partir da intervida, toda experiência humana é simplesmente outra lição na sala de aula cósmica." 58 É importante notar que a existência de tais agendas inconscientes não significa que nossas vidas estejam rigidamente predestinadas e que todo o destino seja inevitável. O fato de muitos dos pacientes de Whitton pedirem para não se lembrar do que disseram sob hipnose significa que outra vez o futuro está apenas esboçado de maneira tosca e ainda sujeito à mudança. Whitton não é o único pesquisador da reencarnação que descobriu evidências de que nosso inconsciente está mais metido em nossa vida do que podemos compreender. Um outro é o dr. lan Stevenson, professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia. Em vez de utilizar a hipnose, Stevenson entrevistou crianças pequenas que se lembravam espontaneamente de existências anteriores autênticas. Ele passou mais de trinta anos nessa busca e colecionou e analisou milhares de casos de todas as partes do mundo. De acordo com Stevenson, a lembrança espontânea da vida passada é relativamente comum entre crianças, tão comum que o número de casos que pareciam merecer consideração excediam muito a capacidade de seu pessoal para investigá-las. Em geral, as crianças tinham enlre 2 e 4 anos quando começavam a falar sobre suas "outras vidas" e muitas vezes Iembravam-se de inúmeras particularidades, inclusive seus nomes, o nome de membros da família e de amigos, onde moravam, como suas casas eram, o que fizeram durante uma vida, como morreram e até informações obscuras, tais como onde esconderam dinheiro antes de morrerem e, nos casos envolvendo assassinato, algumas vezes até quem as matara. 59 Na verdade, muitas vezes suas lembranças eram tão detalhadas que Stevenson era capaz de ir ao encalço da identidade da personalidade anterior delas e virtualmente verificar todas as coisas que elas disseram. Ele até levava as crianças para a região na qual sua encarnação passada vivera, e via como elas andavam sem esforço por vizinhanças estranhas e identificavam corretamente sua casa anterior, seus pertences, parentes e amigos da vida passada. Como Whitton, Stevenson juntou uma enorme quantidade de dados sugestivos da reencarnação, 60 e até o momento publicou evidências de que o inconsciente desempenha um papel muito maior em nossa história e destino do que até agora suspeitamos. Ele corroborou o achado de Whitton de que nós muitas vezes renascemos com indivíduos que conhecemos nas existências anteriores e que a força condutora por trás de nossas escolhas é muitas vezes afeição ou um sentimento de culpa ou obrigação. 61 Ele concorda que a responsabilidade pessoal, e não o acaso, é o árbitro de nosso destino. Ele achou que, embora as condições materiais de uma pessoa possam variar grandemente de uma vida para a próxima, sua conduta moral, interesses, aptidões e atitudes permanecem os mesmos. Indivíduos que foram criminosos na existência anterior tendem a ser arrastados para o comportamento criminal outra vez; pessoas que foram generosas e bondosas continuam a ser generosas e bondosas e assim por diante. A partir disto, Stevenson conclui que não é o ornamento externo da vida que importa, mas os internos, as tristezas, alegrias e o "crescimento interior" da personalidade é que parece ser o mais importante. Mais significativo de tudo, ele não encontrou nenhuma evidência irrefutável do "carma retribuidor" ou qualquer indicação de que somos cosmicamente punidos por nossos pecados. "Não existe, então — se julgarmos pela evidência dos casos —, nenhum juiz externo de nossa conduta e nenhum ser que nos mude de posição de uma vida para outra de acordo com nossos merecimentos. Sc este mundo é (na frase de Keat) um vale de criação da alma', somos os criadores de nossa própria alma", afirma Stevenson, 62 Stevenson também descobriu um fenômeno que não apareceu no estudo de Whitton, uma descoberta que fornece evidência ainda mais expressiva do poder que a mente inconsciente tem para esculpir e influenciar nossas circunstâncias de vida. Ele achou que a encarnação anterior de uma pessoa pode afetar visivelmente a verdadeira forma e estrutura do nosso atual corpo físico. Ele descobriu, por exemplo, que as crianças birmanesas que se lembravam de vidas anteriores como pilotos da Força Aérea americana e inglesa, que derrubaram aviões sobre a Birmânia durante a Segunda Guerra Mundial, têm todas cabelos e compleições mais loiras do que seus irmãos. 63 Ele também encontrou casos nos quais os aspectos faciais característicos, deformidades dos pés e outras características foram transportadas de uma vida para a seguinte. 64 Os mais numerosos entre estes são os danos físicos transportados como cicatrizes e marcas de nascença. Num caso, um menino que se lembrava de ter sido assassinado em sua vida anterior, tendo a garganta cortada, ainda apresentava uma grande marca vermelha que lembrava uma cicatriz, de um lado a outro do pescoço. 65 Num outro caso, um menino que se lembrava de ter cometido suicídio atirando em si mesmo na cabeça, em sua encarnação passada, ainda tinha duas marcas de nascença semelhantes a cicatrizes que se alinhavam perfeitamente na trajetória da bala, uma onde a bala entrara e outra onde saíra. 66 Num outro, um menino tinha uma marca de nascença que lembrava uma cicatriz cirúrgica completa, com uma linha de
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escolheu passar por uma doença renal — escolhendo experimentar situações<br />
negativas para cumprir outros desígnios e propósitos inconscientes. "Por<br />
cuidado ou por acaso, escolhemos nossas circunstâncias terrenas", diz Whitton.<br />
"A mensagem da metaconsciência é de que a situação de vida de todo ser<br />
humano não é nem casual nem inadequada. Vendo objetivamente a partir da<br />
intervida, toda experiência humana é simplesmente outra lição na sala de aula<br />
cósmica." 58<br />
É importante notar que a existência de tais agendas inconscientes não<br />
significa que nossas vidas estejam rigidamente predestinadas e que todo o<br />
destino seja inevitável. O fato de muitos dos pacientes de Whitton pedirem para<br />
não se lembrar do que disseram sob hipnose significa que outra vez o futuro<br />
está apenas esboçado de maneira tosca e ainda sujeito à mudança.<br />
Whitton não é o único pesquisador da reencarnação que descobriu<br />
evidências de que nosso inconsciente está mais metido em nossa vida do que<br />
podemos compreender. Um outro é o dr. lan Stevenson, professor de psiquiatria<br />
na Faculdade de Medicina da Universidade de Virgínia. Em vez de utilizar a<br />
hipnose, Stevenson entrevistou crianças pequenas que se lembravam<br />
espontaneamente de existências anteriores autênticas. Ele passou mais de trinta<br />
anos nessa busca e colecionou e analisou milhares de casos de todas as partes<br />
do mundo.<br />
De acordo com Stevenson, a lembrança espontânea da vida passada é<br />
relativamente comum entre crianças, tão comum que o número de casos que<br />
pareciam merecer consideração excediam muito a capacidade de seu pessoal<br />
para investigá-las. Em geral, as crianças tinham enlre 2 e 4 anos quando<br />
começavam a falar sobre suas "outras vidas" e muitas vezes Iembravam-se de<br />
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família e de amigos, onde moravam, como suas casas eram, o que fizeram<br />
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esconderam dinheiro antes de morrerem e, nos casos envolvendo assassinato,<br />
algumas vezes até quem as matara. 59<br />
Na verdade, muitas vezes suas lembranças eram tão detalhadas que<br />
Stevenson era capaz de ir ao encalço da identidade da personalidade anterior<br />
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as crianças para a região na qual sua encarnação passada vivera, e via como<br />
elas andavam sem esforço por vizinhanças estranhas e identificavam<br />
corretamente sua casa anterior, seus pertences, parentes e amigos da vida<br />
passada.<br />
Como Whitton, Stevenson juntou uma enorme quantidade de dados<br />
sugestivos da reencarnação, 60 e até o momento publicou evidências de que o<br />
inconsciente desempenha um papel muito maior em nossa história e destino do<br />
que até agora suspeitamos.<br />
Ele corroborou o achado de Whitton de que nós muitas vezes renascemos<br />
com indivíduos que conhecemos nas existências anteriores e que a força<br />
condutora por trás de nossas escolhas é muitas vezes afeição ou um sentimento<br />
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acaso, é o árbitro de nosso destino. Ele achou que, embora as condições<br />
materiais de uma pessoa possam variar grandemente de uma vida para a<br />
próxima, sua conduta moral, interesses, aptidões e atitudes permanecem os<br />
mesmos. Indivíduos que foram criminosos na existência anterior tendem a ser<br />
arrastados para o comportamento criminal outra vez; pessoas que foram<br />
generosas e bondosas continuam a ser generosas e bondosas e assim por diante.<br />
A partir disto, Stevenson conclui que não é o ornamento externo da vida que<br />
importa, mas os internos, as tristezas, alegrias e o "crescimento interior" da<br />
personalidade é que parece ser o mais importante.<br />
Mais significativo de tudo, ele não encontrou nenhuma evidência<br />
irrefutável do "carma retribuidor" ou qualquer indicação de que somos<br />
cosmicamente punidos por nossos pecados. "Não existe, então — se julgarmos<br />
pela evidência dos casos —, nenhum juiz externo de nossa conduta e nenhum<br />
ser que nos mude de posição de uma vida para outra de acordo com nossos<br />
merecimentos. Sc este mundo é (na frase de Keat) um vale de criação da alma',<br />
somos os criadores de nossa própria alma", afirma Stevenson, 62<br />
Stevenson também descobriu um fenômeno que não apareceu no estudo<br />
de Whitton, uma descoberta que fornece evidência ainda mais expressiva do<br />
poder que a mente inconsciente tem para esculpir e influenciar nossas<br />
circunstâncias de vida. Ele achou que a encarnação anterior de uma pessoa<br />
pode afetar visivelmente a verdadeira forma e estrutura do nosso atual corpo<br />
físico. Ele descobriu, por exemplo, que as crianças birmanesas que se<br />
lembravam de vidas anteriores como pilotos da Força Aérea americana e<br />
inglesa, que derrubaram aviões sobre a Birmânia durante a Segunda Guerra<br />
Mundial, têm todas cabelos e compleições mais loiras do que seus irmãos. 63<br />
Ele também encontrou casos nos quais os aspectos faciais característicos,<br />
deformidades dos pés e outras características foram transportadas de uma vida<br />
para a seguinte. 64 Os mais numerosos entre estes são os danos físicos<br />
transportados como cicatrizes e marcas de nascença. Num caso, um menino que<br />
se lembrava de ter sido assassinado em sua vida anterior, tendo a garganta<br />
cortada, ainda apresentava uma grande marca vermelha que lembrava uma<br />
cicatriz, de um lado a outro do pescoço. 65 Num outro caso, um menino que se<br />
lembrava de ter cometido suicídio atirando em si mesmo na cabeça, em sua<br />
encarnação passada, ainda tinha duas marcas de nascença semelhantes a<br />
cicatrizes que se alinhavam perfeitamente na trajetória da bala, uma onde a bala<br />
entrara e outra onde saíra. 66 Num outro, um menino tinha uma marca de<br />
nascença que lembrava uma cicatriz cirúrgica completa, com uma linha de