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Centro de Animação Bíblico-Catequética<br />
Diocese de Ponta Grossa<br />
“Ide… anunciai a Boa-Nova.” (Mateus 28,19)
Prefácio<br />
Após mais de 15 anos de utilização da Coleção Sementes – manual de catequese elaborado na<br />
Diocese de Ponta Grossa (PR) – utilizada por catequistas de muitas regiões do Brasil, é para mim<br />
motivo de alegria e grande esperança apresentar a nova coleção, totalmente reformulada no espírito<br />
do Documento de Aparecida e do processo de Iniciação à Vida Cristã.<br />
Compreendemos hoje melhor que a catequese não é uma transmissão de conteúdos de doutrina<br />
(“instrução”), nem apenas preparação para receber este ou aquele sacramento (“etapa de formatura”),<br />
mas é um processo dinâmico e abrangente de educação da fé, um itinerário de vida, que leva<br />
alguém ao encontro de comunhão e intimidade com Jesus Cristo e a aderir à proposta do Reino,<br />
que é vivida na Igreja.<br />
Duas consequências brotam dessa visão: o catequista precisa ser alguém orante, que experimenta e<br />
vive o seu encontro pessoal com o Senhor, e assim é capaz de introduzir os catequizandos no Mistério<br />
(mistagogia); esse processo de discipulado se realiza na comunidade eclesial, e toda a comunidade paroquial<br />
é catequizadora, com a participação da família e do sacerdote. A dinâmica toda da Catequese vai<br />
inserir o catequizando na vida da comunidade...<br />
Daí uma grande novidade da nova coleção: a inserção de celebrações litúrgico-catequéticas ou ritos<br />
de Iniciação, que vão assinalando as várias etapas e introduzindo o catequizando no Mistério do Ressuscitado,<br />
levando-o a assimilar a linguagem dos símbolos, gestos, à vida de oração e contemplação, bem<br />
como a participar de maneira ativa e frutuosa na Liturgia e na transformação da sociedade.<br />
O primeiro volume começa com uma preciosa apresentação, que expõe de maneira clara a mística<br />
da Iniciação à Vida Cristã, sempre iluminada pela atitude de Jesus com os discípulos de Emaús. Respeita<br />
a psicologia das idades e os diversos momentos do ano litúrgico. Será muito útil para a preparação dos<br />
catequistas, no início das atividades.<br />
Parabenizando a Equipe de Animação Bíblico-Catequética da diocese e a <strong>Editora</strong> <strong>Ave</strong>-<strong>Maria</strong> por<br />
colocar à disposição dos catequistas e das comunidades do Brasil este precioso instrumento, invoco sobre<br />
todos as bênçãos de Deus uno e trino.<br />
Na Festa de <strong>Maria</strong>, Mãe da Divina Graça, padroeira da Diocese.<br />
Ponta Grossa, 15 de setembro de 2011.<br />
Dom Sergio Arthur Braschi
Apresentação<br />
Esta edição reformulada do Manual de iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua<br />
Comunidade faz parte da Coleção Sementes e é expressão do amadurecimento da edição publicada em<br />
1995 na Diocese de Ponta Grossa (PR).<br />
Reformulada com a colaboração de catequistas, religiosos, pedagogos, psicólogos e sacerdotes, esta<br />
edição alinha o processo catequético com as orientações do Documento de Aparecida, do Diretório<br />
Nacional de Catequese, do Estudo 97 sobre iniciação à vida cristã e das diretrizes gerais da Ação Evangelizadora<br />
da Igreja (2011-2015). Deseja oferecer à Igreja um instrumento vivo e dinâmico de transmissão<br />
da fé, para auxiliar o “processo de iniciação à vida cristã”, que conduz a pessoa para um mergulho no<br />
Mistério de Cristo, formando nela um coração de discípulo missionário.<br />
É preciso tratar com zelo uma importante parcela do povo de Deus confiada à Igreja composta de<br />
crianças e adolescentes. Para eles, a catequese de iniciação à vida cristã é fundamental para o crescimento<br />
na fé, porque proporciona um encontro pessoal com Cristo pela escuta da Palavra, da Celebração dos<br />
mistérios da fé e da vida comunitária.<br />
O método de “iniciação” requer cuidado no planejamento para o êxito da ação catequética no<br />
âmbito paroquial. Necessita também de catequistas mistagogos, isto é, que tenham segurança para<br />
conduzir ao Mistério pela vivência da fé, da espiritualidade e do testemunho de vida de comunhão<br />
na comunidade. Por sua vez, a comunidade também é chamada a realizar essa tarefa, que é “do<br />
conjunto da Igreja”.<br />
A formação e a criatividade de nossos catequistas são sempre uma qualidade a ser valorizada e estimulada.<br />
Embora o trabalho dedicado de muitos catequistas seja objeto de nosso respeito e admiração,<br />
a iniciação de nossas crianças e adolescentes tem sido fragmentada e, às vezes, insuficiente diante dos<br />
desafios e das urgências desta “mudança de época”.<br />
Esta edição reformulada do manual da Coleção Sementes proporciona a diminuição da distância<br />
entre a catequese e a liturgia, que são duas faces do mesmo Mistério, em vista da adesão a Jesus e do<br />
discipulado.<br />
A catequese de iniciação à vida cristã favorece a integração entre Anúncio, Celebração e Vivência<br />
Comunitária. Sendo um método mais participativo, fomenta a conexão entre catequista, catequizandos,<br />
família e comunidade.<br />
A Coleção Sementes contém cinco volumes para realizar um processo global de catequese,<br />
instruindo com os quatro pilares da doutrina (crer, celebrar, viver e rezar), favorecem a experiência<br />
das primeiras e fundamentais noções da fé. Os três primeiros volumes preparam para a intimidade<br />
com Cristo, a inserção e a pertença à Sua comunidade, que se expressará por meio da participação<br />
eucarística. Os outros dois volumes confirmam a opção e a adesão a Jesus e à Sua comunidade,<br />
consolidando no catequizando um coração de discípulo missionário para atuar, na força do Espírito<br />
Santo, como “sal da terra e luz no mundo”. (Mateus 5,13-14)<br />
Este manual inicia-se com uma carta de acolhida aos pais e catequizandos e um encontro de acolhida<br />
dos catequizandos. Em seguida, sugere um encontro de reflexão sobre a Campanha da Fraternidade.
Neste volume, a 1a unidade traz cinco temas que possibilitam a reflexão sobre si mesmo, sobre a<br />
própria história e sobre sua relação com a obra da criação, encerrando com a “Celebração litúrgica do<br />
Querigma”. A 2a unidade, com cinco temas, favorece a experiência da abertura para as relações com os<br />
outros, valorizando o dom da amizade e do perdão; conclui-se com a “Celebração litúrgica da entrega<br />
do Pai-Nosso”. Também com cinco temas, a 3a unidade aponta para a relação que somos chamados a ter<br />
com Deus, a qual se consolida em Jesus Cristo, ao apresentar a novidade do projeto do Reino. Conduz<br />
para a experiência de oração, tendo como base o Pai-Nosso. Na 4a unidade, há sete temas que convidam<br />
para relações fraternas na comunidade de fé, que é assistida pela Virgem <strong>Maria</strong>. Nessa unidade, acontece<br />
a “Celebração litúrgica da Redição do Pai-Nosso”.<br />
Cada encontro apresenta orientações e formação para o catequista e é organizado segundo os quatro<br />
passos da metodologia do encontro dos discípulos de Emaús com o Ressuscitado: Acolhida, Fundamentação<br />
bíblica, Espiritualização e Atividades de fixação para integrar a família e fomentar o compromisso<br />
cristão.<br />
Este manual apresenta um processo pedagógico dinâmico, cristocêntrico, litúrgico-comunitário,<br />
orante e bíblico, que integra a família, o catequista, o catequizando e a comunidade, ajudando o catequizando<br />
a desenvolver o costume de ouvir a Palavra de Deus dentro e fora da família.<br />
“Ide, fazei discípulos meus... ensinando-os tudo o que vos ordenei” (Mateus 28,19-20). Desejosos<br />
de que esse mandato de Jesus à Igreja aconteça de modo sempre renovado e caracterizado pela alegria,<br />
pedimos os auxílios da Mãe da Divina Graça.<br />
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética<br />
Diocese de Ponta Grossa, PR
Carta de acolhida aos pais<br />
e catequizandos<br />
Queridos pais e catequizandos,<br />
A Igreja recebe seu filho com carinho e se alegra em poder compartilhar com vocês deste momento<br />
de especial responsabilidade para uma família cristã, que é o processo de iniciar ou conduzir uma pessoa<br />
para a inserção na “vida” da comunidade cristã.<br />
Contando com a participação e o compromisso da família, a Igreja deseja auxiliar nessa tarefa,<br />
dando continuidade na missão de iniciação cristã, que significa conduzir para o encontro com o Ressuscitado,<br />
formando no cristão um coração de discípulo missionário.<br />
Toda pessoa carrega no coração o “desejo de ser feliz”. O processo de iniciação é a resposta para esse<br />
desejo e também a missão da Igreja de conduzir o homem para a “alegria do encontro vivo com Cristo”,<br />
inserindo no lugar onde Ele escolheu permanecer vivo: a comunidade cristã.<br />
A catequese inicia no ventre materno, que acolheu, com a experiência de amor, com sentimentos de<br />
afeto e gratidão, o dom da vida em seus primeiros momentos e se estende pela convivência familiar, que<br />
deve ser naturalmente compreendida como um núcleo de relações de amor que formam valores.<br />
É no ambiente de um lar com pais cristãos, permeado de gestos e valores do Evangelho, que são<br />
realizados nos filhos os primeiros e fundamentais traços que imprimirão neles uma fisionomia cristã. A<br />
Igreja, por sua vez, aprofundará e dará continuidade a essa tarefa que se inicia na família: “Os pais são<br />
os catequistas insubstituíveis dos seus filhos”.<br />
“Nos primeiros anos de vida da criança, lançam-se a base e o fundamento do seu futuro. Por isso<br />
mesmo, devem os pais compreender a importância de sua missão a esse respeito. Em virtude do batismo<br />
e do matrimônio, são eles os primeiros catequistas de seus filhos: de fato educar é continuar<br />
o ato de geração. Nessa idade, Deus passa de modo particular ‘mediante a intervenção da família’.<br />
As crianças têm necessidade de aprender e de ver os pais que se amam, que respeitam a Deus, que<br />
sabem apresentar o ‘conteúdo cristão’ no testemunho e na esperança ‘de uma vida de todos os dias<br />
vivida segundo o evangelho’. O testemunho é fundamental. A Palavra de Deus é eficaz em si mesma,<br />
mas adquire sentido concreto quando se torna realidade na pessoa que anuncia. Isso vale de modo<br />
particular para as crianças que ainda não têm condições de distinguir entre a verdade anunciada e a<br />
vida daquele que a anuncia. Para a criança, não há distinção entre a mãe e o pai que rezam e a oração:<br />
mais ainda, a oração tem especial valor porque é reza da mãe e do pai.”<br />
(João Paulo II – discurso em Porto Alegre, RS, 1980)<br />
“Escutai: Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte da semente caiu à beira do caminho,<br />
e vieram as aves e a comeram.<br />
Outra parte caiu no solo pedregoso e, não havendo terra bastante, nasceu logo, porque não havia terra<br />
profunda, mas, ao surgir do sol, queimou-se e, por não ter raiz, secou.<br />
Outra parte caiu entre os espinhos; os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto.<br />
Outras caíram em terra boa e produziram fruto, crescendo e se desenvolvendo, e uma produziu trinta,<br />
outra sessenta e outra cem por cento.”<br />
(Marcos 4,3-8)<br />
11
Essa exposição pretende estimular a família, os sacerdotes, catequistas, catequizandos e toda a comunidade<br />
a tomar consciência da necessidade de olhar sempre para o campo semeado, e a fazê-lo a<br />
partir de uma perspectiva de fé e de misericórdia. (Diretório Geral para Catequese no 14)<br />
Catequizando, a parábola “Saiu o semeador a semear” (Marcos 4,3) é fonte inspiradora para a<br />
evangelização. A semente é a Palavra de Deus, que será lançada no seu coração em cada encontro de<br />
catequese. O semeador é Jesus Cristo. Ele anunciou o Evangelho na Palestina há 2 mil anos e enviou os<br />
seus discípulos a semeá-lo pelo mundo, e assim fazem hoje os catequistas e a “ação do conjunto da Igreja<br />
em suas pastorais e movimentos”. (Diretório Geral para Catequese no 15)<br />
Jesus Cristo hoje, presente na Igreja por meio do Espírito, continua a semear amplamente a<br />
Palavra do Pai no campo do mundo. Ele deseja lançar “sementes de vida” em seu coração por meio<br />
do seu catequista.<br />
Lemos na parábola que a qualidade do terreno é sempre muito variada. A semente do Evangelho<br />
cai “à beira do caminho” (Marcos 4,4), quando não é realmente escutada; cai “em solo pedregoso”<br />
(Marcos 4,5), sem que possa penetrar profundamente na terra; cai “entre os espinhos” (Marcos 4,7) e<br />
é imediatamente sufocada no coração daqueles que se fazem distraídos porque têm outras preocupações.<br />
Mas a parábola conta que há sementes que caem “em terra boa” (Marcos 4,8), isto é, no coração<br />
aberto e disposto à relação pessoal com Deus, que deseja ser solidário com o próximo, e a semente<br />
produz frutos abundantes!<br />
Com qual dessas situações você deseja que seu coração se assemelhe neste ano catequético?<br />
Caríssimos pais e catequizandos, meditando sobre isso, iniciemos com coragem, dinamismo e decisão<br />
a participação nesse processo.<br />
Seja bem-vindo, catequizando! Junto com seus pais e nossa comunidade, faremos um bonito caminho<br />
de “iniciação para uma vida de comunhão com Cristo na sua Comunidade”!<br />
12<br />
“Conhecer a Jesus é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado foi o<br />
melhor que ocorreu em nossas vidas, e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras é nossa alegria.”<br />
(Documento de Aparecida n o 29)<br />
Equipe Diocesana de Animação Bíblico-Catequética<br />
Diocese de Ponta Grossa (PR)
Encontro de acolhida<br />
dos catequizandos<br />
Objetivos:<br />
• Acolher os catequizandos para criar um ambiente<br />
familiar.<br />
• Ajudá-los a compreender os valores que aprenderão<br />
nos encontros da catequese.<br />
Dinâmica de acolhida<br />
1a parte – desenhando a família<br />
Objetivo: “quebrar o gelo” para criar um ambiente familiar.<br />
2a parte – descobrindo os valores da catequese<br />
Objetivo: ajudá-los a compreender o que é um encontro de catequese e os valores que aprenderão.<br />
Compromisso para o catequizando realizar com sua família<br />
O catequista explica que cada catequizando deve trazer para o próximo encontro<br />
uma caixinha pequena vazia (creme dental, sabonete ou chá) encapada com<br />
papel de presente.<br />
Dentro dela os pais devem colocar uma mensagem dirigida a seu filho e a todos os catequizandos de<br />
sua turma e uma lembrança (à sua escolha), que deve servir para todo o grupo de catequizandos.<br />
Oração final:<br />
Catequista:<br />
– Jesus, nestes encontros de catequese, ajuda-nos a viver a/o...<br />
(Os catequizandos leem cada uma das palavras escritas nos cartões e os colocam sobre a Bíblia.)<br />
13
Encontro sobre a Campanha<br />
da Fraternidade<br />
Acolhimento – ver a realidade<br />
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)<br />
14<br />
Objetivos:<br />
• Descobrir o tema e o lema da Campanha da Fraternidade<br />
do ano corrente, refl etir sobre a questão<br />
e defi nir ações concretas.<br />
• Mobilizar-se para uma vida mais cristã e fraterna.<br />
• Concluir que fraternidade é algo que se constrói<br />
no dia a dia.<br />
Dinâmica: descobrindo a família dos meus amigos<br />
Objetivo: interação dos catequizandos entre si e com as famílias para gerar um<br />
ambiente mais comunitário na catequese.<br />
Fundamentação – iluminar<br />
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)<br />
Desde 1962, a Igreja convida as comunidades no Brasil a refletir, no decorrer<br />
da Quaresma, sobre alguma questão social, ambiental, religiosa ou econômica,<br />
propondo a elas um gesto concreto de testemunho da fraternidade cristã, de conversão<br />
e de mudança de vida.<br />
A Campanha da Fraternidade provoca nas comunidades cristãs um sentimento profundo de solidariedade,<br />
considerando que existem muitas necessidades com as quais podemos ser mais fraternos.<br />
Desde então, em cada ano que chega é proposto um tempo de refl exão que se fundamenta num apelo<br />
profundo de conversão na vida de cada cristão e de gestos concretos em relação a uma temática proposta.<br />
Estamos vivendo com a Igreja o tempo da Quaresma. O espírito quaresmal acentua a necessidade<br />
de fraternidade, estimula um compromisso com um novo tipo de evangelização e nos faz olhar com<br />
carinho para as necessidades apresentadas.<br />
Cada cristão é chamado a refl etir sobre as ações concretas que podem ser realizadas em favor do próximo<br />
e em relação às temáticas apresentadas na Campanha da Fraternidade. Para isso, faz-se necessária uma<br />
conversão do coração, acrescida de um esforço, a fi m de benefi ciar a sua vida, a do outro ou a realidade.<br />
O amor cristão não é puramente sentimento interior; é, sim, um comportamento expresso por<br />
atitudes concretas, dentro e fora da comunidade, de hospitalidade, solidariedade, respeito, testemunho<br />
(Mateus 25,37-40).
Quando o cristão vive os ensinamentos de Jesus e os leva a sério, ele se transforma e se compromete<br />
com a comunidade e a sociedade. Sabe colocar generosamente em comum os dons que<br />
tem e aquilo que lhe pertence. Consequentemente, acontece a justiça, a verdadeira fraternidade,<br />
e aparecem ações que amenizam a pobreza e a miséria e, sobretudo, promovem a dignidade do ser<br />
humano, porque um cristão supre a necessidade do outro, partilhando livre e cons cien temente o<br />
que possui.<br />
Dinâmica: cenário da Campanha da Fraternidade<br />
Objetivo: descobrir o tema, o lema e a reflexão proposta pela Campanha<br />
do ano.<br />
O que Deus falou para mim neste texto?<br />
Espiritualização – celebrar<br />
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)<br />
Rezar a oração da Campanha da Fraternidade, que deve ser distribuída a cada um<br />
pelo catequista.<br />
Este momento será concluído com um dos cantos da Campanha da Fraternidade, que poderá ser<br />
escolhido a critério do catequista.<br />
O que sinto vontade de dizer a Deus?<br />
Atividades de fixação – agir cristão<br />
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)<br />
1) O catequista divide a turma em três grupos.<br />
2) Cada grupo ficará responsável por uma das atividades abaixo:<br />
a) Fazer uma manchete para o jornal relacionada com o tema da campanha.<br />
b) Recortar imagens que ilustrem o tema da campanha.<br />
c) Elaborar uma pequena matéria ou reportagem com as atitudes concretas que podem ser desenvolvidas<br />
em relação ao tema da campanha.<br />
3) Após o término da atividade nos grupos, e com o auxílio do catequista, todos organizarão a<br />
montagem do jornal no papel de bobina ou na cartolina.<br />
Vivendo a fé em família –<br />
transformando a oração em compromisso de ação cristã<br />
Rezar com sua família a oração da Campanha da Fraternidade e comentar com<br />
eles sobre o que a campanha pede para estarmos atentos, relembrando a experiência<br />
vivida na montagem do jornal.<br />
Procurar colocar em prática as atitudes concretas sugeridas no jornal confeccionado no encontro.<br />
15
16<br />
Celebração Litúrgica de apresentação dos catequizandos<br />
Aos pais, sacerdotes e catequistas<br />
Na realização do processo de iniciação à vida<br />
cristã, a Igreja propõe dentro do Ano Litúrgico um<br />
momento para o início do processo e um momento<br />
para a recepção sacramental. Lembrando que a finalidade<br />
deste processo é uma vida de intimidade com<br />
Cristo e a inserção na Sua Comunidade que se expressa<br />
na vida sacramental, seguem algumas pistas e<br />
sugestões pastorais para a celebração litúrgica de apresentação<br />
dos catequizandos, inspirada nos elementos<br />
do processo catecumenal da iniciação à vida cristã.<br />
A celebração que se segue é uma maneira de<br />
inspirar nossa catequese nos ritos que fazem parte<br />
do processo da iniciação à vida cristã. Lembrando<br />
que iniciação vem da palavra latina in-ire, que indica<br />
a maneira, o modo, a forma ou o jeito pelo<br />
qual conduzimos uma pessoa que deseja fazer a experiência<br />
de um encontro vivo com Cristo.<br />
Iniciação não é tanto o que se diz, ou ensina.<br />
Antes, é o modo como se diz a fé, a qual deve estar<br />
impressa no coração e nos gestos de quem conduz<br />
aquele que deseja crescer no mistério de Cristo.<br />
“A Iniciação Cristã é um desafio que devemos<br />
encarar com decisão, coragem e criatividade, visto<br />
que em muitas partes a Iniciação Cristã tem sido pobre<br />
e fragmentada. Ou educamos na fé, colocando<br />
as pessoas realmente em contato com Jesus Cristo e<br />
convidando-as para seu seguimento, ou não cumpriremos<br />
nossa missão de Evangelizar” (Doc. Ap. 287).<br />
Esta celebração deseja contribuir na compreen são<br />
da comunidade, dos pais e dos catequizandos a respeito<br />
do papel de cada um nessa tarefa – junto com a Igreja<br />
– em educar mediante o testemunho do primeiro<br />
anúncio que desperta a fé (querigma). A comunidade<br />
que já recebeu esse anúncio agora o transmite pelos<br />
seus gestos. Iniciação não se limita a um período de<br />
preparação imediata para a recepção deste ou daquele<br />
sacramento. Claro que uma boa catequese conduz a<br />
isso, mas não como ponto de chegada, e sim como força<br />
para desenvolver um caminho no discipulado.<br />
Tudo isso deve ser realizado visando a uma<br />
melhor compreensão do processo que a catequese<br />
deseja realizar por meio de um caminho que conduza<br />
ao discipulado.<br />
Sendo assim, o que se segue pode ser reelaborado<br />
ou simplificado ou, ainda, feito de modo<br />
espontâneo, desde que aquilo que for feito contribua<br />
para o encantamento com a fé dos envolvidos.<br />
Rito de apresentação dos catequizandos<br />
O objetivo desta celebração é auxiliar a comunidade,<br />
os pais e os catequizandos a perceber o caminho<br />
de fé que a catequese propõe. Os catequizandos devem<br />
perceber que estão iniciando um processo por meio do<br />
qual serão auxiliados a despertar progressivamente para<br />
o significado da fé, que vão amadurecer passo a passo;<br />
uma fé trinitária, a qual possibilitará um encontro vivo<br />
com a pessoa de Jesus. Essa experiência é uma tarefa<br />
de conjunto da Igreja comunicada pelos pais, fiéis e<br />
catequistas, e necessita ser vivida em uma comunidade.<br />
O rito de apresentação dos catequizandos é<br />
uma acolhida feita pela comunidade para celebrar<br />
o momento no qual os catequizandos darão os primeiros<br />
passos no despertar para a vivência da fé<br />
em comunidade, aprendendo os primeiros gestos<br />
de conversão. Pressupõem-se o começo da vivência<br />
da fé e também o desenvolvimento do sentido de<br />
pertencer e agir como membro da Igreja.<br />
Preparando a celebração<br />
O catequista deverá reservar o lugar para os<br />
catequizandos na Igreja. Os pais podem ficar normalmente<br />
na assembleia.<br />
O grupo de catequistas reúne os catequizandos<br />
que participarão do rito, se possível na porta da<br />
Igreja ou no início do átrio, a fim de que ali esperem<br />
ser chamados pelo sacerdote para a apresentação.<br />
Iniciando a celebração<br />
A missa inicia com o canto e a procissão de<br />
entrada normalmente.<br />
Ao chegar ao presbitério, o sacerdote faz o sinal<br />
da cruz, acolhe e esclarece a comunidade:<br />
– Caríssimos irmãos, neste dia, nossa comunidade<br />
se alegra porque acolherá os catequizandos do 1o tempo,<br />
os quais iniciarão sua caminhada na educação da fé<br />
cristã, em vista de uma pertença mais efetiva à comu-
nidade. Essa responsabilidade de educar na fé começa<br />
desde o ventre materno, prolonga-se em casa com os<br />
gestos de fé dos pais, que “são os catequistas insubstituíveis<br />
dos seus filhos”, prosseguindo também com<br />
o auxílio da comunidade que deve ser catequizadora.<br />
Nossos catequistas são enviados em nome da Igreja e de<br />
nossa comunidade para acompanhar esses catequizandos<br />
no processo do despertar da fé. Acolhamos os pais,<br />
catequizandos e catequistas com uma salva de palmas.<br />
Sacerdote aos catequizandos:<br />
– Caríssimos catequizandos, com alegria a<br />
Igreja os toma pela mão para que vocês percorram<br />
um caminho de despertar para o aprendizado da<br />
fé por meio do encontro vivo com Jesus. Vocês estão<br />
dispostos a percorrer esse caminho com a ajuda<br />
dos seus pais, da comunidade e dos catequistas?<br />
Catequizandos (Combinar antes para que possam<br />
responder algo como o exemplo e, se houver condições<br />
pastorais, o sacerdote poderá perguntar o nome<br />
de cada um dos catequizandos.):<br />
– Sim, estamos dispostos.<br />
Primeira adesão<br />
Sacerdote:<br />
– Catequista, leve até os catequizandos o<br />
Círio Pascal, que simboliza a Luz do Céu,<br />
pois é a luz do Ressuscitado que acompanhará<br />
e iluminará o caminho deles.<br />
(O catequista, ao pegar o Círio Pascal, se<br />
dirige até a porta onde estão os catequizandos.<br />
Chegando lá, posiciona-se à frente deles<br />
e os convida a entrar, trazendo-os até o<br />
presbitério. Enquanto isso, pode-se cantar:<br />
“Deixa a luz do céu entrar” ou outro canto<br />
conveniente.)<br />
Sacerdote:<br />
– Estendamos num instante de silêncio nossa<br />
mão, deixando a luz de Deus iluminar nossa vida.<br />
(O padre pode adaptar esta oração para melhor<br />
compreensão das crianças.)<br />
Caríssimos catequizandos, Deus comunica a<br />
sua luz a todos os homens que vêm a este mundo, e<br />
a partir das coisas criadas manifesta-lhe as suas perfeições<br />
invisíveis, para que o ser humano saiba dar<br />
graças ao seu Criador. Vós seguistes a luz de Deus e,<br />
por isso, agora, abre-se diante de vós o caminho do<br />
evangelho. Vocês caminharão para conhecer o Deus<br />
vivo que fala verdadeiramente aos homens, e esse é<br />
o ponto de partida de tudo o mais. Guiados pela luz<br />
de Cristo, começarão a descobrir a Sua sabedoria.<br />
Apoiando cada vez mais sua vida em Jesus, vocês<br />
acabarão por acreditar Nele de todo o coração. Aqui<br />
vocês vão percorrer o caminho da fé, e Cristo vos<br />
conduzirá, na caridade, à posse da vida eterna.<br />
Compromisso para pais e comunidade<br />
Em seguida, dirigindo-se aos pais e a todos os<br />
fiéis, o sacerdote interroga-os com estas palavras<br />
ou outras semelhantes:<br />
Sacerdote:<br />
– Caríssimos pais, irmãos e irmãs da comunidade,<br />
estão dispostos a ajudá-los a encontrar Cristo<br />
e a segui-lo?<br />
Todos:<br />
– Sim, estamos dispostos. (As respostas podem ser<br />
projetadas ou contidas numa folha com esta celebração.)<br />
Ato penitencial<br />
Depois, o sacerdote, dirigindo-se aos pais, convida-os<br />
a vir ao presbitério para ficarem ao lado dos<br />
filhos, motivando toda a comunidade a que olhe<br />
para o Círio Pascal e examine como tem sido seu<br />
caminho de fé, pedindo a luz de Deus pelas vezes<br />
que andamos nas trevas. (Instante de silêncio.)<br />
Em seguida, o sacerdote motiva os pais, recebendo<br />
dos catequistas uma sandália que simbolizará<br />
o caminho que percorrerão, a entregá-la a seus<br />
filhos, dizendo:<br />
– Meu filho(a), caminhe na luz de Deus!<br />
Enquanto isso, todos cantam o canto penitencial.<br />
Hino de Louvor<br />
Para concluir o rito e continuar a celebração<br />
da missa, o sacerdote pede aos pais que entreguem<br />
seus filhos aos catequistas, pois eles, em nome da<br />
Igreja e da comunidade, os auxiliarão a conduzir-<br />
-se nesse caminho de fé.<br />
Enquanto a comunidade canta o Hino de Louvor,<br />
os catequistas conduzem os catequizandos aos<br />
bancos reservados e os pais retornam aos seus lugares.<br />
O sacerdote prossegue a missa normalmente.<br />
17
1 a Unidade<br />
Eu e minha<br />
história
1 o Encontro<br />
Quem sou eu?<br />
Deus me conhece e me<br />
chama pelo nome
22<br />
Objetivos:<br />
• Reconhecer-se como pessoa querida, amada, conhecida por Deus e pelos outros.<br />
• Valorizar o próprio nome e o dos outros.<br />
• Identificar-se pelos nomes.<br />
• Respeitar o nome de Deus.<br />
Acolhimento – Ver a realidade<br />
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)<br />
Dinâmica: conhecendo meu amigo<br />
Objetivo: ajudá-los no entrosamento, conhecendo melhor o nome dos amigos e<br />
um pouco de sua história.<br />
O catequista conclui, dizendo: vamos criar cada vez mais um espírito de “família”, acolhendo-nos<br />
fraternalmente. Deus criou as pessoas para serem amigas. Ele é nosso amigo e nos ama assim como somos.<br />
Vamos olhar bem os nossos amigos e perceber que somos diferentes porque cada um de nós é único (alguns<br />
segundos de silêncio). Mesmo sendo diferentes, estamos aqui para crescer como pessoas, sendo amigas<br />
umas das outras, por isso nos acolhamos, cantando:<br />
Canto: “Tomado pela mão”<br />
(repetir o refrão 2 vezes)<br />
Tomado pela mão com Jesus eu vou, sigo como ovelha que encontrou o Pastor<br />
Tomando pela mão com Jesus eu vou, aonde ele for.<br />
Fundamentação – Iluminar<br />
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)<br />
Buscaremos sempre na Palavra de Deus a luz que iluminará nossos encontros. Vamos<br />
recebê-la cantando:<br />
Canto: “Pela Palavra de Deus” (Frei Luiz Turra, Paulinas COMEP, ou outro canto que favoreça a<br />
reflexão do tema)<br />
Pela palavra de Deus, saberemos por onde andar,<br />
ela é luz e verdade, precisamos acreditar.
Quando Deus Pai anunciou, por intermédio do anjo Gabriel, o nascimento do seu Filho entre os<br />
homens, deu-lhe um nome: Jesus, nome pelo qual o chamamos até os dias de hoje (Lucas 2,1ss).<br />
Na convivência entre pessoas, é importante que elas se chamem pelo nome, com respeito e carinho;<br />
pois o nome traz consigo sua história, suas virtudes e o jeito de ser de cada pessoa.<br />
Na Bíblia, encontramos uma citação na qual o próprio Deus diz que nos conhece pelo nome.<br />
“... nada temas, pois eu te chamo pelo nome. És meu, és precioso a meus olhos. Eu te aprecio e te<br />
amo” (Isaías 43,1).<br />
As pessoas que acreditam em Deus não precisam ter medo. Ele nos dá a segurança de que somos<br />
Dele e por isso nos diz: “És meu, és precioso a meus olhos”.<br />
Jesus pronunciará nosso nome com amor. Ele se apresenta como o Bom Pastor que nos conhece e acolhe.<br />
“Eu sou o Bom Pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim” (João 10,14).<br />
“Eu, o Senhor, chamei-te realmente, e te segurei pela mão” (Isaías 42,6).<br />
Neste texto, quando a Bíblia nos fala, “Eu, o Senhor”, ela nos apresenta Deus Pai como Criador,<br />
que nos conhece e chama pelo nome. Ele nos ama, por isso nos protege, nos acompanha, conhece toda<br />
a nossa vida e “nos segura pela mão”.<br />
“...Teu nome está gravado na palma da minha mão” (Isaías 49,16).<br />
O catequista pergunta aos catequizandos:<br />
– Por que as pessoas escrevem alguma coisa na palma da mão? (Deixar que falem.)<br />
Depois da partilha diz:<br />
– Somente quando desejamos não esquecer aquilo que é muito importante escrevemos na palma<br />
das mãos. Se Deus escolheu escrever nossos nomes na palma de sua mão, então somos importantes,<br />
amados por Deus, e Ele não quer esquecer-se de nós.<br />
Dinâmica: na mão de Deus<br />
Objetivo: compreender que todos nós temos nosso nome e nossa vida gravada<br />
nas mãos de Deus.<br />
O que Deus falou para mim neste texto?<br />
Espiritualização – Celebrar<br />
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)<br />
Deus nos conhece e nos chama pelo nome. Ele nos ama com amor eterno, sabe de<br />
nossas vidas, está sempre conosco, nos traz no seu coração bondoso de Pai.<br />
Devemos gostar do nosso nome e agradecer diariamente ao Senhor, como vamos<br />
fazer agora.<br />
Dinâmica: Deus me ama<br />
Objetivo: perceber que estamos no coração de Deus.<br />
O amor de Deus por nós é tão grande que em seu coração cabemos todos. Ele nos ama e nos traz<br />
no seu coração. Por isso, como seus filhos queridos, agradeçamos o nome que temos.<br />
23
Oração: vamos agora rezar, façamos juntos o sinal da cruz e reflitamos:<br />
Fazendo o sinal da cruz: Em nome do Pai (mão no centro da testa, que pode indicar o Pai que<br />
pensou em criar o mundo),<br />
Do Filho (mão no centro do peito perto do coração, lembrando que Jesus é o centro de nossa vida<br />
e nos amou dando sua vida por nós),<br />
E do Espírito Santo (mão que vai do ombro esquerdo para o direito indicando que o Espírito Santo<br />
nos envolve e abraça).<br />
Invocando a proteção do Anjo da Guarda:<br />
Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador.<br />
Se a ti me confiou a piedade divina,<br />
Sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine. Amém.<br />
24<br />
O que sinto vontade de dizer a Deus?<br />
Atividades de fixação – Agir cristão<br />
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)<br />
O grupo pode ler junto este propósito e depois realizar individualmente a atividade:<br />
1) Neste ano, participarei da catequese junto com este grupo tão querido que hoje conheci.<br />
Cada um de nós se esforçará para criar um espírito de família. Juntos vamos<br />
conhecer e amar a Deus Pai, deixando nosso coração aberto para que Deus possa nos amar.<br />
2) Com muito carinho e capricho, desenhe em seu manual o cartaz do “Coração de Deus” e copie<br />
o nome de cada um de seus amigos.<br />
Vivendo a fé em família –<br />
Transformando a oração em compromisso de ação cristã<br />
1) Peça que seus pais ou responsáveis leiam para você o texto que está em Isaías<br />
43,1. Depois pergunte como eles já sentiram essa experiência de Deus que<br />
cuida, protege e ama por meio de um fato concreto da vida.<br />
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana<br />
1) Para ter sempre presente “Deus na vida”, durante a semana procure rezar ao ir à<br />
escola ou ao voltar dela a oração invocando o nome de Jesus com ternura e respeito.<br />
“Jesus meu bom amiguinho, me leve sempre para o bom caminho.”<br />
2) Quem você poderá ensinar a rezar esta oração nesta semana? Faça isso!<br />
Material para o próximo encontro: além do seu material de catequese, levar giz de cera.
2 o Encontro<br />
Quem sou eu?<br />
“Sou pessoa,<br />
vivo em família”
26<br />
Objetivos:<br />
• Reconhecer a família como um presente de Deus para nós.<br />
• Perceber como é minha família, o papel e a missão de cada um.<br />
Acolhimento – Ver a realidade<br />
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)<br />
É agradável e realmente muito bom en contrá-los novamente. Estamos unidos para<br />
refletir sobre as coisas lindas do amor de Deus e construir a grande família dos filhos<br />
de Deus. Vendo-os tão dispostos, fico feliz e os convido para que, de mãos dadas em<br />
ciranda, possamos cantar.<br />
Canto:<br />
Amigo, que bom! Que bom que você veio!<br />
Amigo, ô, ô, que bom que você veio, ô, ô!<br />
Foi Jesus quem o chamou, ô, ô!<br />
e você aceitou.<br />
Amigo, que bom! Que bom que você veio! (bis)<br />
Dinâmica: minha família, nossa família<br />
Objetivo: perceber como cada catequizando enxerga sua família e levá-lo a<br />
refletir que a família de todos nós forma a família de Deus.<br />
Fundamentação – Iluminar<br />
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)<br />
Deus Pai nos criou para relacionarmo-nos com outras pessoas, que convivem conosco<br />
dia riamente, que nos ajudam e nos orientam, partilham conosco os bons e os maus momentos,<br />
passando a fazer parte de nossa família.<br />
A família é a primeira comunidade na qual ingressamos desde o momento em que nascemos.<br />
Independentemente das características próprias das pessoas que a compõem, precisamos amar,<br />
respeitar e honrar nossa família, pois ela é o lugar de acolhida, encontro, participação, doação,<br />
amor e perdão.
A família de Jesus nos dá um lindo exemplo.<br />
Pedir aos catequizandos que digam juntos:<br />
– Jesus, <strong>Maria</strong> e José, a minha família, vossa é.<br />
Vamos ler a palavra e refletir:<br />
“Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa” (Lucas 2,41).<br />
Olhando para a família de Jesus, podemos aprender que eles eram unidos e sabiam viver e celebrar<br />
juntos os momentos festivos. Na vida de família é muito importante que os pais e responsáveis<br />
participem das celebrações e atividades da Igreja, assim como <strong>Maria</strong> e José fizeram quando levaram<br />
Jesus ao templo.<br />
Vamos refletir juntos e depois partilhar:<br />
– Quais as atividades que vocês realizam juntos em família?<br />
“... <strong>Maria</strong> e José voltaram da festa e o Menino Jesus ficou sem que seus pais percebessem. Pensando que<br />
ele estivesse com seus companheiros de viagem, andaram o caminho de um dia e o buscaram entre os<br />
parentes e conhecidos, mas não o encontraram e voltaram a Jerusalém a procura Dele” (Lucas 2,43-45).<br />
Deus Pai havia confiado Jesus a <strong>Maria</strong> e José. Jesus sabia disso e valorizava isso; e Ele tinha uma<br />
grande missão. Nessa ocasião, não ter voltado com seus pais não significa que Jesus tivesse sido desobediente.<br />
Ao ficar em Jerusalém, Ele estava fazendo a vontade de Deus, o seu Pai.<br />
– Alguma vez vocês já se envolveram tanto com algo que naquele momento era importante e se<br />
esqueceram de comunicar antes os seus pais, deixando-os preocupados?<br />
Também podemos perceber que na família de Jesus há um grande amor e preocupação de uns para<br />
com os outros.<br />
“Quando <strong>Maria</strong> e José encontraram Jesus novamente, sua mãe lhe disse: Meu filho, que nos fizeste?<br />
Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição” (Lucas 2,48).<br />
Como Jesus era um grande presente de Deus Pai confiado a <strong>Maria</strong> e José, eles cuidavam dele com<br />
muito zelo e preocupação; e até sentiram medo e angústia quando sentiram a sua ausência.<br />
– O que você acha que seus pais sentem quando vocês estão ausentes? Por quê?<br />
Quando saíram do templo, Jesus ficou lá com os doutores, e seus pais nem perceberam. Andaram<br />
muito: <strong>Maria</strong> pensava que Ele estava com José, e José achava que o menino estava com <strong>Maria</strong>. Quando<br />
notaram sua falta, ficaram preocupados e foram à sua procura. Nossos pais também se preocupam<br />
conosco, fazem tudo para sermos felizes e para nos encaminhar bem na vida. (Exemplo: preocupação<br />
quando ficamos doentes, quando viajamos, preocupação com a nossa vida estudantil, procurando nos<br />
ensinar a amar a Deus e a respeitá-Lo etc.)<br />
Quando encontraram Jesus, <strong>Maria</strong> disse:<br />
– Meu filho! Por que você fez isso conosco?<br />
“Jesus voltou para casa e ali viveu com humildade e obediência a seus pais” (Lucas 2,51).<br />
Jesus ajudava nas tarefas que podia e sabia executar: buscar água para a mãe, pegar os materiais<br />
para José, estudar as Escrituras. Gostava de estar junto dos amigos. Enfim, vivia o verdadeiro espírito de<br />
família com José e <strong>Maria</strong>.<br />
27
Jesus fez questão de ter uma família. Nasceu e viveu entre os homens. Sua família sempre o ajudou,<br />
respeitou, acolheu, incentivou e educou.<br />
Em nosso convívio humano e familiar, existem pessoas que nos são tão queridas que fazem por<br />
nós tudo o que José e <strong>Maria</strong> faziam por Jesus. Quem são essas pessoas? Vamos identificá-las e escrever o<br />
nome delas:<br />
Nem sempre nossa família é constituída como a família de Nazaré, com o pai, a mãe, mas todos<br />
temos pessoas que nos amam e nos acolhem: avós, professores, catequistas, parentes, amigos, pessoas que<br />
nos criam e nos educam. Essas pessoas são as que constituem também nossa família.<br />
Independentemente das pessoas que constituem nossa família, todos precisamos aceitar nossa história<br />
e nossa família. Respeitá-la, honrá-la, pois a família é o lugar de acolhida, encontro, amizade, ajuda,<br />
participação, amor e doação.<br />
28<br />
Marque um X naquilo que você aprende com sua família:<br />
Na família, aprendemos a<br />
( ) conviver e respeitar pais e irmãos;<br />
( ) assumir as dificuldades com tranquilidade;<br />
( ) não atender aos pedidos dos nossos pais;<br />
( ) construir novos conhecimentos;<br />
( ) dividir trabalhos e responsabilidades;<br />
( ) não respeitar as pessoas da nossa família;<br />
( ) perdoar e cultivar amigos;<br />
( ) conhecer e amar nosso Deus.<br />
O que Deus falou para mim neste texto?<br />
Espiritualização – Celebrar<br />
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)<br />
É na família e em família que aprendemos a amar nosso Deus.<br />
Peçamos com muita fé a Deus Pai que abençoe nossa família e que nos faça estimados<br />
e obedientes como Jesus. Rezemos juntos:<br />
– JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINHA FAMíLIA, VOSSA É.<br />
Oração:<br />
– Jesus, meu bom amigo, tu, que tiveste uma família exemplar, atende, Senhor, o meu pedido.
Todos:<br />
– Abençoa e protege as famílias do mundo inteiro, cuida de meus pais, protege sempre meus irmãos<br />
e a mim também. Ajuda-me a ser um filho educado, amável e obediente. Amém.<br />
Oração pela família: (Pe. Zezinho, SCJ)<br />
Sol nascente, sol poente<br />
1. Que nenhuma família comece em qualquer de repente.<br />
Que nenhuma família termine por falta de amor.<br />
Que o casal seja um para o outro de corpo e de mente.<br />
E que nada no mundo separe um casal sonhador.<br />
Que nenhuma família se abrigue debaixo da ponte.<br />
Que ninguém interfira no lar e na vida dos dois.<br />
Que ninguém os obrigue a viver sem nenhum horizonte.<br />
Que eles vivam do ontem no hoje em função de um depois.<br />
Que a família comece e termine sabendo aonde vai.<br />
E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai.<br />
Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor.<br />
E que os filhos conheçam a força que brota do amor.<br />
Abençoa, Senhor, as famílias. Amém!<br />
Abençoa, Senhor, a minha também!<br />
2. Que marido e mulher tenham força de amar sem medida.<br />
Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão.<br />
Que as crianças aprendam no colo o sentido da vida.<br />
Que a família celebre a partilha do abraço e do pão.<br />
Que marido e mulher não se traiam nem traiam seus filhos.<br />
Que o ciúme não mate a certeza de amor entre os dois.<br />
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho…<br />
Seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!<br />
O que sinto vontade de dizer a Deus?<br />
29
Atividades de fixação – Agir cristão<br />
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)<br />
30<br />
1) Localize no quadro abaixo:<br />
a) Três palavras que identifiquem o bom filho (obedecer – respeitar – amar);<br />
b) Os nomes dos pais de Jesus (<strong>Maria</strong> – José);<br />
c) Duas tarefas importantes para seus pais ou responsáveis (catequizar – educar).<br />
A A M O V M A r I A L M L J D<br />
C A D B E M L r U Z I V A E E<br />
J O S E Z B X W Y K V L M B D<br />
E F I D Q T A M A r M O P Q U<br />
S I M E U M I P E H T P O U C<br />
P N K C A T E Q U I Z A r r A<br />
S O I E O E Q A I U T P E O r<br />
Q W Y r E S P E I T A r G H E<br />
Vivendo a fé em família –<br />
Transformando a oração em compromisso de ação cristã<br />
Em nossa família existe amor, respeito, perdão, trabalho, momentos de oração etc.<br />
1) Convide seus pais para ler em família o texto de Lucas 2,41-52.<br />
2) Depois de lerem o texto, ensine-os a rezar a oração que você aprendeu no encontro da catequese:<br />
– JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINHA FAMíLIA, VOSSA É.<br />
3) Agora, com a ajuda dos pais e de seus irmãos, descubra em que sua família se parece com a Sagrada<br />
Família: Jesus, <strong>Maria</strong> e José.<br />
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana<br />
Num momento em que sua família estiver reunida, assuma o compromisso de<br />
ler esta oração para eles a cada dia desta semana:<br />
Senhor, ensina-nos a viver bem em família.<br />
Que os pais do mundo inteiro sejam como José;<br />
as mães, como <strong>Maria</strong>;<br />
e os filhos cresçam queridos e obedientes como Jesus.<br />
Fica conosco, Senhor,<br />
para que juntos possamos formar a grande família<br />
dos filhos de Deus neste mundo. Amém.<br />
– JESUS, MARIA E JOSÉ, A MINHA FAMíLIA, VOSSA É.<br />
Material para o próximo encontro: trazer escrito para o próximo encontro os nomes dos avós<br />
paternos e dos avós maternos.
3 o Encontro<br />
Eu e a minha<br />
identidade cristã
Acolhimento – Ver a realidade<br />
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)<br />
32<br />
Objetivo:<br />
• Refletir sobre o valor do batismo que nos tornou filhos de Deus e membros da comunidade cristã.<br />
Dinâmica: árvore da minha família<br />
Objetivo: perceber o dom de ser família.<br />
Com o nome dos avós que trouxemos, vamos completar o desenho da Árvore da Família, colocando<br />
também o nome dos nossos pais e irmãos.
Cada um de nós tem a própria identidade e por meio do batismo recebemos a graça de nos tornar<br />
membros da comunidade dos filhos de Deus.<br />
O batismo nos confere a identidade de “filhos de Deus”, por isso é importante respeitar todas as pessoas.<br />
Essa identidade cristã nos foi dada como um grande presente por Deus no dia em que nossa família<br />
nos levou a Igreja até as águas do batismo. A partir de então nos tornamos membros da comunidade<br />
dos filhos de Deus.<br />
A base de toda a comunidade é a família, e as famílias unidas no ideal de crescer em Deus formam<br />
uma comunidade cristã.<br />
Dinâmica: identidade de filhos de Deus<br />
Objetivo: ajudar os catequizandos a perceberem-se como membros de uma<br />
família, através da qual foram levados para as águas do batismo,<br />
tornando-se filhos de Deus e membros da comunidade cristã.<br />
Vamos juntos preencher nossa identidade de filhos de Deus.<br />
Fundamentação – Iluminar<br />
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)<br />
Tendo essa identidade nas mãos, rezemos pelas famílias, pedindo<br />
que Deus lhes dê abertura e generosidade de coração para<br />
que juntos formemos uma verdadeira comunidade cristã.<br />
(Oração espontânea agradecendo pela filiação divina que recebemos.)<br />
Vindos de famílias e lugares diferentes, pelo batismo recebido formamos a nossa comunidade<br />
de fé. Nela, juntos buscamos conhecer, vivenciar e acreditar na Palavra de Deus.<br />
Começamos a fazer parte da comunidade Igreja desde o momento em que fomos batizados.<br />
Com o batismo, nossos pais e padrinhos assumiram o compromisso de nos ensinar a viver segundo a proposta<br />
de Jesus. O batismo nos fez filhos de Deus Pai, irmãos em Jesus Cristo e membros da comunidade cristã.<br />
Assim como nós, Jesus também teve uma família, amigos, vizinhos, viveu em comunidade e foi<br />
apresentado no templo. Esse gesto indicava que a família reconhecia o recém-nascido como “dom de<br />
33
Deus” e simbolicamente o entregava a Ele, consagrando-o. A partir desse momento, o recém-nascido<br />
começava a fazer parte do povo de Deus, o povo que Deus havia escolhido para oferecer a salvação a<br />
todos os homens. Do mesmo modo, o batismo nos introduz numa nova comunidade, a comunidade de<br />
Jesus. A união de todas as pessoas que vivem a fraternidade, o serviço aos outros e a união na fé forma<br />
a grande família de Jesus.<br />
Deus Pai quer o bem de todos os filhos e deseja que vivam como irmãos. Envia Seu Filho Jesus ao<br />
mundo e Ele nos garante que sempre estará com aqueles que construírem o bem. Ele diz:<br />
34<br />
“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles.” (Mateus 18,20)<br />
E ainda:<br />
“Amarás o teu próximo como a ti mesmo.” (Marcos 12,31)<br />
Para viver o amor ao próximo, precisamos conhecer as pessoas de nossa comunidade, tratá-las bem,<br />
oferecer e aceitar ajuda, conviver fraternalmente, testemunhando que somos filhos do mesmo Pai.<br />
A força que une as pessoas na comunidade brota da vida e da união que elas têm com Deus. Por<br />
isso, reúnem-se para celebrar a presença de Deus nos vários momentos de suas vidas. (Exemplo: a celebração<br />
de sacramentos ou outros motivos de culto.)<br />
Dinâmica: o presente<br />
Objetivo: compreender que o batismo é um grande presente que nos torna<br />
Filhos de Deus.<br />
Canto: “És Água Viva”<br />
Eu te peço desta água que Tu tens, és água viva, meu Senhor; tenho sede, tenho fome de amor e acredito<br />
nesta fonte de onde vens.<br />
Vem de Deus, estás em Deus, também és Deus e Deus contigo, faz um só, eu, porém, que vim da terra e<br />
volto ao pó, quero viver eternamente ao lado Seu.<br />
És água viva, és vida nova, e todo dia me batizas outra vez, me fazes renascer, me fazes reviver, eu quero<br />
água desta fonte de onde vens. (2 vezes)<br />
O que Deus falou para mim neste texto?<br />
Espiritualização – Celebrar<br />
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)<br />
Mediante o batismo fomos introduzidos na comunidade dos filhos de Deus, a Igreja.<br />
Nela devemos buscar a união e a fraternidade, percebendo que Deus está sempre presente<br />
em nossas vidas, mostrando-nos sua vontade. Ele nos orienta, nos guia e nos aponta caminhos<br />
novos e novas maneiras para amarmos os irmãos e vivermos em comunidade.<br />
Quem segue as orientações de Deus pode celebrar a riqueza da vida em comunidade, rezando como<br />
o salmista.<br />
Oração: Salmo 132<br />
Catequista:<br />
– Como é bom e agradável viver juntos, como irmãos.
Todos:<br />
– Como é bom e agradável viver juntos, como irmãos.<br />
O batismo nos fez filhos de Deus; portanto, somos todos irmãos. Simbolizando isso vamos nos dar<br />
as mãos e, em silêncio, agradecer pelo dom do batismo que nos fez comunidade.<br />
Esta vela simboliza Jesus. Nela brilha a luz do Filho de Deus. Vamos estender a nossa mão em direção<br />
a este símbolo, indicando que também nós recebemos desta mesma luz de filhos, enquanto cantamos.<br />
Canto: Minha luz é Jesus, e Jesus me conduz pelos caminhos da paz. (bis)<br />
O que sinto vontade de dizer a Deus?<br />
Atividades de fixação – Agir cristão<br />
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)<br />
1) Pinte apenas os espaços numerados.<br />
2) Ordene as palavras contidas na figura, formando a seguinte frase: “Deus Pai nos<br />
ama; Ele quer o bem de todos os seus filhos”.<br />
35
Vivendo a fé em família –<br />
Transformando a oração em compromisso de ação cristã<br />
1) Com a ajuda de seus pais ou responsáveis, leiam o texto de Marcos 1,9-11 e,<br />
depois de lido o texto, partilhem:<br />
a) Quando Jesus saiu das águas do batismo, o que aconteceu com Ele?<br />
b) Como Deus Pai passa a chamar aqueles que como Jesus também foram batizados?<br />
Compromisso do discípulo de Jesus para a semana<br />
Neste encontro você aprendeu que o batismo é um presente que nos faz filhos<br />
de Deus, irmãos em Cristo e membros de sua comunidade.<br />
1) Procure saber se em sua família existe alguém que não tenha recebido esse<br />
presente e convide-o a recebê-lo.
4 o Encontro<br />
Sou batizado,<br />
tenho uma missão
38<br />
Objetivos:<br />
• Valorizar a graça do batismo.<br />
• Assumir a missão de ser batizado.<br />
Acolhimento – Ver a realidade<br />
“Jesus aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles.” (Lucas 24,15)<br />
Dinâmica: Batismo, Vida Nova<br />
Objetivo: dramatizar com os catequizandos a experiência do Batismo, que nos<br />
tornou novas criaturas.<br />
Fundamentação – Iluminar<br />
“Explicava-lhes as Escrituras.” (Lucas 24,27)<br />
Nossa vida é marcada por momentos importantes e significativos. São esses momentos,<br />
somados uns aos outros, que fazem a história de nossa vida.<br />
O batismo é o mais belo e o mais magnífico dom que Deus nos deixou.<br />
O catecismo nos lembra o que está na Sagrada Escritura: o batismo nos faz “uma cria tura nova”,<br />
“filhos queridos de Deus, membros de Cristo e da Igreja e templos do Espírito Santo” (2Coríntios 5,17;<br />
1Coríntios 6,19).<br />
Como membro da Igreja, a pessoa batizada passa a participar da vida e missão de Jesus, que morreu<br />
e ressuscitou para nos salvar.<br />
Todos os batizados, pela força da graça do sacramento do batismo, têm como privilégio uma graça<br />
especial que Deus nos dá:<br />
• Viver como verdadeiros filhos de Deus.<br />
• Testemunhar nas comunidades a fé que pela Igreja recebemos de Deus.<br />
• Participar ativamente da atividade apostólica e missionária junto ao povo de Deus.<br />
• Chamar a Deus de Pai e sentir-se realmente seu filho querido e amado.<br />
• Conhecer e alimentar-se com a Palavra de Deus.<br />
• Participar ativamente da comunidade e receber os sacramentos.<br />
Dinâmica: desenhando e brincando de mímica<br />
Objetivo: compreender que, como batizados, a nossa vida deve transmitir,<br />
mesmo no silêncio de nossos gestos, a missão que possuímos.
Onde quer que estejamos, somos convocados a dar testemunho de Jesus, pois é Ele próprio que nos<br />
ordena: “Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.<br />
Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi...” (Mateus 28,19-20).<br />
Como cristãos, recebemos do próprio Jesus a missão de tornar presente a ação Dele por meio do<br />
nosso trabalho, da nossa vida, da nossa oração e do nosso testemunho.<br />
O que Deus falou para mim neste texto?<br />
Espiritualização – Celebrar<br />
“Ele tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e serviu-lhes.” (Lucas 24,30)<br />
Quando éramos ainda bem pequenos e fomos bati zados, nossos pais e padrinhos<br />
assumiram em nosso nome o compromisso do batismo. Naquele dia eles se aproximaram<br />
da pia batismal, apresentando-nos a Deus.<br />
Fomos banhados na água e com a invocação da Trindade nos tornamos fi lhos de Deus. Nossos pais<br />
e padrinhos, comprometeram-se em nos educar segundo os ensinamentos de Jesus e ao longo do tempo<br />
foram encaminhando-nos e introduzindo-nos na vida da Igreja.<br />
Agora com a dinâmica que faremos, vamos manifestar o nosso pedido para que possamos cumprir<br />
nossa missão de bons cristãos atuantes no mundo.<br />
Dinâmica: da fl or<br />
Objetivo: fazê-los perceber que, assumindo nossa missão, estamos desabrochando<br />
nossa vida cristã com mais plenitude.<br />
Aproximemo-nos com nosso manual da pia batismal (ou de uma bacia com água), que nos<br />
recorda o nosso batismo; cada um pode escolher um dos compromissos ou criar outro e um a um,<br />
ao colocar a fl or na água, reza, assumindo o compromisso de viver como bom cristão sua missão<br />
de batizado.<br />
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Compromissos<br />
a) Eu, NOME, quero viver o meu batismo, testemunhando a luz de Jesus a todos.<br />
b) Eu, NOME, quero viver o meu batismo, comunicando a todos que Deus nos ama.<br />
c) Eu, NOME, quero viver o meu batismo, transmitindo os ensinamentos de Jesus aos meus familiares.<br />
d) Eu, NOME, quero ser filho de Deus, amando e perdoando os meus irmãos.<br />
Canto: “Pelo batismo recebi uma missão”<br />
1. Pelo batismo recebi uma missão;<br />
vou trabalhar pelo Reino do Senhor,<br />
vou anunciar o Evangelho para os povos,<br />
vou ser profeta, sacerdote, rei, pastor.<br />
Vou anunciar a boa-nova de Jesus;<br />
como profeta recebi esta missão;<br />
onde eu for serei fermento, sal e luz,<br />
levando a todos a mensagem de cristão.<br />
O que sinto vontade de dizer a Deus?<br />
Atividades de fixação – Agir cristão<br />
“Levantaram-se na mesma hora e foram a Jerusalém.” (Lucas 24,33)<br />
1) Desenhe como você acha que foi o momento do seu batismo, colocando as pessoas<br />
que estavam presentes e os outros dados pedidos: pai, mãe, padrinho, madrinha,<br />
seu nome, nome do padre, dia do seu batismo, nome da Paróquia etc.<br />
(Pesquise as informações que você não souber em casa, com seus pais e padrinhos, para completar o desenho.)<br />
2) Procure a chave que abre a porta que nos introduz na vida cristã.<br />
Na linha da chave que abrir a porta, una as letras e identifique a<br />
palavra que se formou:
3) A semente do batismo gera em nós fl ores que representam as graças batismais. Os frutos representam<br />
nossa missão. Escreva dentro das fl ores as graças batismais (viver como fi lhos de Deus; chamar Deus<br />
de pai; e sentir-se seu fi lho querido e amado) e, nos frutos, o compromisso da missão do batizado<br />
(testemunho da fé; participação na missão apostólica missionária; recebimento dos sacramentos).<br />
Vivendo a fé em família –<br />
Transformando a oração em compromisso de ação cristã<br />
1) Converse com seus pais sobre o encontro e escolha uma fl or e um fruto – a<br />
exemplo da atividade anterior de fi xação – que simbolizem a graça batismal<br />
recebida e o compromisso missionário para a vivência cristã de sua<br />
família nesta semana.<br />
2) Faça uma visita, dê um telefonema ou mande uma cartinha, um torpedo ou e-mail a seus padrinhos<br />
de batismo, contando-lhes o que você aprendeu hoje no encontro catequético e agradeça-<br />
-lhes por fazerem parte dessa graça que você recebeu. Peça a eles que lhe contem como foi o dia<br />
de seu batismo.<br />
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