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alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...

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um trabalho consi<strong>de</strong>rando a partir <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> local do educando. E, po<strong>de</strong>mos acrescentar a<br />

isso, a complexibili<strong>da</strong><strong>de</strong> dos conteúdos nele expostos, <strong>de</strong> um nível fora do alcance dos<br />

educandos. O <strong>de</strong>scaso com o universo do educando <strong>é</strong> nítido nos livros didáticos. Em relação<br />

ao ensino <strong>da</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos, há um gran<strong>de</strong> vácuo nos livros didáticos ao se<br />

tratar à reali<strong>da</strong><strong>de</strong> vivi<strong>da</strong> pelos educandos. Refletindo sobre essa questão, percebemos a<br />

necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar numa maneira mais inteligente <strong>de</strong> utilizar o livro didático na <strong>prática</strong><br />

educativa na alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos.<br />

No entanto, vale frisar que apesar <strong>da</strong> crítica ao livro didático, não significa dizer que<br />

não se possa trabalhar e tirar bons proveitos <strong>de</strong>le; ao contrário trata-se <strong>de</strong> uma ferramenta <strong>de</strong><br />

trabalho, um referencial, que bem produzido e utilizado colabora <strong>de</strong> forma fun<strong>da</strong>mental como<br />

aporte <strong>da</strong> <strong>inteligência</strong> <strong>da</strong> <strong>prática</strong> educativa e, conseqüentemente, com o aprendizado do<br />

educando.<br />

O(a) educador(a) encontra no livro didático apropriado, assim, como em outras fontes<br />

<strong>de</strong> conhecimento, apoio para o seu trabalho pe<strong>da</strong>gógico. Os livros didáticos não são<br />

indispensáveis na <strong>prática</strong> pe<strong>da</strong>gógica, mas não se <strong>de</strong>ve valorizá-los <strong>de</strong>mais, tampouco cair no<br />

outro extremo. Sem dúvi<strong>da</strong>, eles são valiosas fontes <strong>de</strong> informações e o seu uso <strong>de</strong>sperta no<br />

educando o gosto pela leitura. Por meio <strong>de</strong>le, em sala <strong>de</strong> aula, o(a) educador(a) terá mais um<br />

instrumento que po<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver no educando a <strong>prática</strong> <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>r sozinho, <strong>de</strong> se informar<br />

com mais autonomia, o que po<strong>de</strong>rá levá-lo a adquirir mais in<strong>de</strong>pendência, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seu<br />

conteúdo seja a<strong>de</strong>quado e trabalhado <strong>de</strong> acordo com a sua reali<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Contudo, <strong>é</strong> importante que o(a) educador(a) analise o livro didático e escolha o mais<br />

a<strong>de</strong>quado para o contexto <strong>de</strong> seu educando. O i<strong>de</strong>al seria passar por sua avaliação antes <strong>de</strong><br />

serem impostos nas escolas pelas secretarias <strong>de</strong> educação. Esta <strong>é</strong> uma reali<strong>da</strong><strong>de</strong> que já<br />

encontramos, mas, que, por<strong>é</strong>m não funciona. Os(As) educadores(as) escolhem os livros num<br />

<strong>de</strong>terminado encontro pe<strong>da</strong>gógico, mas geralmente chegam outros sem maiores explicações.<br />

Dessa forma, consciente <strong>da</strong> importância <strong>de</strong> um bom livro didático, se faz necessário<br />

refletir e re-pensar na melhor forma <strong>de</strong> utilizá-lo na <strong>prática</strong> pe<strong>da</strong>gógica com jovens e adultos.<br />

Por<strong>é</strong>m, vale ressaltar, que as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do(a) educador(a) não po<strong>de</strong>m se resumir em transmitir<br />

aos educandos o conteúdo estabelecido pelo livro, diante <strong>da</strong>s limitações que ele apresenta no<br />

momento atual. Dito <strong>de</strong> outro modo, em nossa perspectiva <strong>de</strong> análise os textos didáticos não<br />

<strong>de</strong>vem constituir-se nos limites <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s pe<strong>da</strong>gógicas, haja vista, compreen<strong>de</strong>rmos que o<br />

ensino <strong>da</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos <strong>de</strong>ve ter como ponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> vivi<strong>da</strong><br />

pelos educandos.<br />

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