alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...
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frente ao <strong>de</strong>sejo do educando <strong>da</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos, <strong>de</strong> ser bem recepcionado e<br />
<strong>de</strong> ter um ambiente acolhedor na escola.<br />
Depoimentos como estes acima ressaltados, <strong>de</strong>safiam os(as) educadores(as) a terem<br />
uma <strong>prática</strong> educativa amistosa, atenciosa, capaz <strong>de</strong> ouvir e sentir a história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos<br />
jovens e adultos, e, sobretudo, <strong>de</strong> respeitá-la. Mostrando que, o educando <strong>de</strong>ssa mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ensino, po<strong>de</strong> ter uma educação que o i<strong>de</strong>ntifique como sujeito ativo, aju<strong>da</strong>ndo-o a<br />
reconhecer-se como agente atuante <strong>de</strong> sua socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, colaborando na realização <strong>de</strong> suas<br />
expectativas, sonhos e <strong>de</strong>sejos. Sobre essa questão adverte Georges Sny<strong>de</strong>rs, citado por Freire<br />
(1992, p. 83) “o ato <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>r, <strong>de</strong> ensinar, <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r, <strong>de</strong> conhecer <strong>é</strong> difícil, sobretudo<br />
exigente, mas prazeroso”. Nesse sentido, Freire (op. cit. p. 83) assinala, “É preciso, pois, que<br />
os educandos <strong>de</strong>scubram e sintam a alegria nele embuti<strong>da</strong>, que <strong>de</strong>le faz parte e que está<br />
sempre disposta a tomar todos quantos a ele se entreguem”.<br />
4.4 O livro didático na <strong>prática</strong> pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos<br />
Nos preocupamos em analisar a forma como o livro didático <strong>é</strong> utilizado na <strong>prática</strong><br />
pe<strong>da</strong>gógica <strong>da</strong>s educadoras, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> provocar uma reflexão acerca <strong>de</strong> seu uso na<br />
alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos.<br />
Mesmo sendo o livro didático uma abor<strong>da</strong>gem já muito <strong>de</strong>bati<strong>da</strong> em outros níveis <strong>de</strong><br />
ensino, na mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> EJA <strong>é</strong> rara a discussão, por isso fazemos questão <strong>de</strong> salientá-lo<br />
nesta pesquisa. Pois acreditamos que ele interfere <strong>de</strong> forma relevante na <strong>prática</strong> pe<strong>da</strong>gógica do<br />
ensino <strong>de</strong> jovens e adultos, consi<strong>de</strong>rando que não há uma formação específica para essa<br />
mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ensino (Graduação), e nem sempre uma formação continua<strong>da</strong> impondo, assim,<br />
aos educadores e às educadoras a recorrerem com mais freqüência aos conteúdos dos livros<br />
didáticos, como meio facilitador <strong>de</strong> orientação em sua <strong>prática</strong> educativa, tornando, <strong>de</strong>sse<br />
modo, uma temática importante <strong>de</strong> ser refleti<strong>da</strong>.<br />
De forma geral, seis <strong>da</strong>s sete educadoras investiga<strong>da</strong>s, afirmaram que o livro <strong>é</strong><br />
complexo e está fora <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> do educando, apesar <strong>de</strong> em alguns casos os textos<br />
apresentarem alguma consistência. O livro didático intitulado: Educação para Jovens e<br />
Adultos trabalha, segundo as alfabetizadoras, numa abor<strong>da</strong>gem que não trata <strong>da</strong> vivência do<br />
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