alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...
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seu ‘aqui’ e o seu ‘agora’ são quase sempre o ‘lá’ do educando [...] não <strong>é</strong> possível ao (a)<br />
educador(a) <strong>de</strong>sconhecer, subestimar ou negar os ‘saberes <strong>de</strong> experiência feitos’ com que os<br />
educandos chegam à escola” (FREIRE, 1992, p. 59).<br />
A criativi<strong>da</strong><strong>de</strong> se encontra presente nesta investigação, principalmente quando as<br />
educadoras expressam a importância <strong>de</strong> um fazer diferente na alfabetização <strong>de</strong> jovens e<br />
adultos (como explicado anteriormente), utilizando sua <strong>inteligência</strong> inventiva. E, encontramos<br />
uma <strong>prática</strong> curiosa, quando as educadoras fazem enten<strong>de</strong>r, que precisam ser curiosas, estar<br />
sempre apren<strong>de</strong>ndo para apo<strong>de</strong>rar-se <strong>de</strong> uma ação educacional <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, procurar saber<br />
mais, para saber fazer melhor. Encontramos isso na fala <strong>da</strong> professora Chiquinha Gonzaga “<strong>é</strong><br />
preciso mais incentivo <strong>da</strong> parte do município, no que diz respeito a uma preparação <strong>de</strong><br />
professores e tamb<strong>é</strong>m a busca <strong>de</strong>ssa preparação pelos próprios professores. Atrav<strong>é</strong>s <strong>de</strong><br />
facul<strong>da</strong><strong>de</strong>, cursos e especializações. Há sempre algo mais a fazer”(grifo nosso).<br />
4.2 Persistência do educando, um meio para o êxito<br />
Este tema chama a atenção do(a) alfabetizador(a) em enten<strong>de</strong>r a importância <strong>de</strong><br />
estimular o educando jovem e adulto a permanecer na escola, aju<strong>da</strong>ndo na construção <strong>de</strong> sua<br />
percepção crítica no processo ensino-aprendizagem, <strong>de</strong>spertando a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ser<br />
alfabetizado, <strong>de</strong> apren<strong>de</strong>r a se comunicar no mundo letrado. A professora Maria Quit<strong>é</strong>ria fala<br />
“[...] para o alfabetizando obter êxito <strong>é</strong> necessário muito estímulo e empenho do alfabetizador<br />
para li<strong>da</strong>r com suas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s”. Sobre essa questão, a professora Margari<strong>da</strong> Alves observa<br />
“que o alfabetizando seja capaz <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r que quanto mais ele freqüenta a escola ele<br />
enriquece seus conhecimentos, fazer ele compreen<strong>de</strong>r que um dia sem comparecer a aula <strong>é</strong><br />
como se fosse um dia sem registro em sua vi<strong>da</strong>”. Nesse sentido, os(as) educadores(as) se<br />
tornam responsáveis em promover por meio <strong>de</strong> sua <strong>prática</strong>, uma compreensão no educando <strong>de</strong><br />
que <strong>é</strong> preciso acreditar, freqüentar, insistir no <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> seguir sua trajetória educacional.<br />
Outro fator importante <strong>é</strong> a persistência do próprio educando em se lançar a sua<br />
aprendizagem. Os discursos <strong>da</strong>s educadoras entrevista<strong>da</strong>s revelam a firmeza, a força <strong>de</strong><br />
vonta<strong>de</strong> e a perseverança do educando, como requisitos fun<strong>da</strong>mentais para ele obter o<br />
aprendizado esperado. Como diz a professora Pagu “para o aluno esse <strong>de</strong>ve ser ca<strong>da</strong> dia mais<br />
persistente para não se <strong>de</strong>ixar vencer pelo cansaço do dia e ter muita força <strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> para<br />
vencer”.<br />
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