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alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...

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Esta abor<strong>da</strong>gem <strong>é</strong> uma reflexão sobre a orali<strong>da</strong><strong>de</strong> no ato <strong>de</strong> <strong>alfabetizar</strong>, numa<br />

perspectiva <strong>de</strong> valorização no processo ensino-aprendizagem, <strong>da</strong>s experiências <strong>de</strong> mundo que<br />

o educando jovem e adulto traz consigo por meio <strong>de</strong> sua orali<strong>da</strong><strong>de</strong> para a escola. Sobre esta<br />

questão Freire (In MORAES, 2002, p.2) diz que,<br />

Insisto em afirmar: o ensino <strong>de</strong>ve sempre respeitar os diferentes níveis <strong>de</strong><br />

conhecimento que o aluno traz consigo à escola. Tais conhecimentos exprimem o<br />

que po<strong>de</strong>ríamos chamar <strong>de</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> cultural do aluno-ligado, evi<strong>de</strong>ntemente, ao<br />

conceito sociológico <strong>de</strong> classe. O educador <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar essa ‘leitura <strong>de</strong> mundo’<br />

inicial que o aluno traz consigo, ou melhor, em si. Ele forjou-a no contexto <strong>de</strong> seu<br />

lar, <strong>de</strong> seu bairro, <strong>de</strong> sua ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, marcando-a fortemente com sua origem social.<br />

Reconhecer os saberes que o educando já possui, seus conhecimentos experimentados,<br />

por meio <strong>de</strong> sua orali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>é</strong> i<strong>de</strong>ntificar seus saberes pr<strong>é</strong>vios na ação alfabetizadora, tão poucos<br />

utilizados na <strong>prática</strong> e tanto teoricamente discutidos.<br />

Vale ressaltar, que promover os saberes <strong>da</strong> experiência do educando na <strong>prática</strong><br />

educativa, não <strong>é</strong> <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar os conteúdos elaborados pelo sistema formal <strong>de</strong> ensino, como<br />

assinala Campos (apud MORAES, 2002, p. 4), “não se trata em absoluto <strong>de</strong> negar os meios,<br />

os instrumentos científicos <strong>de</strong> que dispomos, como livros, trabalhos <strong>de</strong> laboratório, conteúdo<br />

<strong>de</strong> programas – todo saber oficial, enfim”. Trata-se <strong>de</strong> construir uma ponte entre o que o<br />

educando jovem e adulto apren<strong>de</strong> na escola e o que ele apren<strong>de</strong> com suas experiências <strong>de</strong><br />

mundo.<br />

3.3 Desafios contemporâneos na alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos<br />

A Alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos possui caracteres diversos que envolvem<br />

interesses <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m pessoal, política, social e econômica <strong>de</strong> um país, exigindo, portanto,<br />

maiores e melhores investimentos. Em relação à questão <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m pessoal, lembramos <strong>de</strong><br />

mulheres e homens, jovens e adultos num sentimento concreto <strong>de</strong> sua <strong>de</strong>svalorização na<br />

socie<strong>da</strong><strong>de</strong>, sendo colocados à margem do mundo letrado. Sobre essa questão Kalman (2000,<br />

In UNESCO-CEAAL-CREFAL-INEA, p.71) ressalta que,<br />

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