alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...
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escola, auxilia os(as) educadores(as) em sua <strong>prática</strong> educativa, oferecendo aos educandos<br />
condições <strong>de</strong> reconstruir seus próprios conhecimentos.<br />
A preocupação que norteia esta pesquisa <strong>é</strong> i<strong>de</strong>ntificar uma <strong>prática</strong> educativa inteligente<br />
que, possibilite uma alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> que, sirva aos interesses e<br />
expectativas do educando, sendo uma forma <strong>de</strong> garantir sua maior inclusão social e<br />
conscientização acerca <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> do seu próprio reconhecimento como um ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro<br />
ci<strong>da</strong>dão. Como diz Piconez (2002, p. 87) ao enten<strong>de</strong>r que<br />
[...] embora o aluno adulto não <strong>de</strong>tenha os códigos formais, nem opere <strong>de</strong> acordo<br />
com seus crit<strong>é</strong>rios, ele possui, ain<strong>da</strong> assim, as estruturas necessárias para<br />
compreendê-los [...] garantir uma escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> exige do professor<br />
acesso a tais conhecimentos, para que possa compreen<strong>de</strong>r os diferentes modos e<br />
estilos cognitivos <strong>de</strong> apropriação subjetiva <strong>da</strong> própria cultura que os alunos<br />
constituem, suas formas <strong>de</strong> expressão, e garantir um patamar comum <strong>de</strong> habili<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
e atitu<strong>de</strong>s que lhe permitam a ampliação <strong>de</strong> suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunicação na<br />
socie<strong>da</strong><strong>de</strong> em que vive e nas diferentes <strong>da</strong> sua.<br />
Valorizar na <strong>prática</strong> educativa os saberes dos educandos, concretizá-los na dinâmica<br />
do ensino-aprendizagem, <strong>é</strong> dimensionar a forma <strong>de</strong> trabalho estabelecido pelos livros,<br />
produzindo criativamente um conhecimento <strong>de</strong> mundo que permita ao educando jovem e<br />
adulto comunicar-se <strong>de</strong> forma inteligível com a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> letra<strong>da</strong>.<br />
Os jovens e adultos que não freqüentaram escola, produziram conhecimentos<br />
informais – como já mencionado - tendo como referência sua <strong>prática</strong> social. Sobre essa<br />
questão Piconez (2002, p. 73), referindo-se ao estudo realizado no Programa <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong><br />
Adultos 6 , assinala<br />
[...] os sujeitos que não tiveram escolarização em tempo regular apresentam<br />
construções mentais estrutura<strong>da</strong>s com base nas relações com o meio social e<br />
cultural, sem supostamente dispor dos instrumentos formais <strong>de</strong> registro dos seus<br />
raciocínios.<br />
Assim, vale ressaltar que a união dos conhecimentos pr<strong>é</strong>vios do educando, com os<br />
saberes formais <strong>da</strong> escola po<strong>de</strong> tornar a <strong>prática</strong> pe<strong>da</strong>gógica mais coerente e proveitosa.<br />
Coaduna-se com essas explicações quando Piconez (2002, p. 81) expõe durante a sua<br />
pesquisa, um problema em sala <strong>de</strong> aula<br />
6 Estudo <strong>de</strong>senvolvido com alunos do Programa <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Adultos (funcionários do campus USP).<br />
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