alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...
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focais, educadoras e educandos <strong>da</strong> alfabetização <strong>de</strong> jovens e adultos foram passo a passo<br />
<strong>de</strong>svelando sua <strong>prática</strong> educativa.<br />
1.3 Caminhos <strong>da</strong> pesquisa<br />
A pesquisa <strong>é</strong> <strong>de</strong> base interpretativa e os <strong>da</strong>dos aqui analisados foram coletados no<br />
período <strong>de</strong> dois meses (<strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2005 a <strong>de</strong>zembro do mesmo ano), por meio <strong>de</strong><br />
entrevista e do trabalho <strong>de</strong> grupos focais, com educadoras (to<strong>da</strong>s mulheres) e educandos nas<br />
Escolas Municipais <strong>de</strong> Itamb<strong>é</strong>, que trabalham com a mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> EJA.<br />
O an<strong>da</strong>mento <strong>de</strong>sta pesquisa teve como plano inicial um contato pr<strong>é</strong>vio com as<br />
interlocutoras educadoras e os interlocutores educandos. Esse primeiro contato proporcionou<br />
respaldo para a elaboração <strong>de</strong> uma entrevista que aten<strong>de</strong>u a crit<strong>é</strong>rios previamente elaborados.<br />
Assim, as educadoras foram entrevista<strong>da</strong>s com roteiros <strong>de</strong> perguntas por escrito que<br />
posteriormente foram respondi<strong>da</strong>s e discuti<strong>da</strong>s atrav<strong>é</strong>s <strong>da</strong> dinâmica <strong>de</strong> grupo focal. Quanto<br />
aos educandos, tamb<strong>é</strong>m entrevistados com roteiros <strong>de</strong> perguntas escritas, mas respondi<strong>da</strong>s<br />
oralmente e <strong>de</strong>pois discuti<strong>da</strong>s no trabalho <strong>de</strong> grupo focal, permitindo assim, uma discussão na<br />
qual todos participavam espontaneamente do círculo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate. Vale ressaltar que “no âmbito<br />
<strong>da</strong>s abor<strong>da</strong>gens em pesquisa social, a t<strong>é</strong>cnica do grupo focal vem sendo ca<strong>da</strong> vez mais<br />
utiliza<strong>da</strong>” (GATTI, 2005, p. 7).<br />
O trabalho <strong>de</strong> grupos focais estabelece uma integração com os sujeitos envolvidos na<br />
pesquisa, <strong>da</strong>ndo-lhes oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> esclarecer e discutir coletivamente as concepções<br />
acerca do tema abor<strong>da</strong>do. Sobre este aspecto, Kitzinger (Apud GATTI, 2005, p.7) afirma que<br />
“o grupo <strong>é</strong> ‘focalizado’, no sentido <strong>de</strong> que envolve algum tipo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> coletiva – como<br />
[...] <strong>de</strong>bater um conjunto particular <strong>de</strong> questões”, em que os sujeitos investigados expressam,<br />
numa dinâmica <strong>de</strong> grupo, o que pensam e o que sentem a respeito <strong>da</strong>s questões em discussão.<br />
Deste modo, usar o grupo focal numa pesquisa <strong>é</strong> <strong>da</strong>r condições <strong>de</strong> não haver má<br />
interpretação <strong>da</strong>s posições dos participantes frente às questões abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s. Os sujeitos<br />
envolvidos têm a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, nesse processo <strong>de</strong> interação, <strong>de</strong> eluci<strong>da</strong>r, questionar, criticar,<br />
possibilitando levantar novas hipóteses para a pesquisa. Trabalhar com grupo focal <strong>é</strong> uma<br />
contribuição singular e relevante, visto que com outros m<strong>é</strong>todos não seria possível captar to<strong>da</strong><br />
essa complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sentimentos, ações, percepções dos sujeitos envolvidos. Segundo Gatti<br />
(op.cit. p. 7), Powell e Single dizem que um grupo focal ‘<strong>é</strong> um conjunto <strong>de</strong> pessoas<br />
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