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alfabetizar: o segredo é a inteligência da prática - Centro de ...

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A pesquisa aqui <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> <strong>é</strong> <strong>de</strong> base qualitativa. Foram utiliza<strong>da</strong>s diferentes fontes<br />

<strong>de</strong> informação: observação, entrevistas individuais e trabalho <strong>de</strong> grupos focais, com a<br />

finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> coletar <strong>da</strong>dos que possibilitassem compreen<strong>de</strong>r o objeto estu<strong>da</strong>do. Acreditamos<br />

ter encontrado com esse procedimento, um meio atrav<strong>é</strong>s do qual os sujeitos pu<strong>de</strong>ssem<br />

expressar suas id<strong>é</strong>ias e sentimentos com mais espontanei<strong>da</strong><strong>de</strong> e maior clareza sobre o tema em<br />

discussão. A escolha <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem qualitativa foi privilegia<strong>da</strong> porque permite enten<strong>de</strong>r a<br />

história <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> dos participantes, questão relevante nesta investigação, po<strong>de</strong>ndo o<br />

pesquisador interagir apreen<strong>de</strong>ndo a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> social dos sujeitos envolvidos.<br />

Vale ressaltar que a observação <strong>é</strong> um caminho que constata <strong>de</strong> forma mais precisa a<br />

<strong>prática</strong> educativa procura<strong>da</strong> nesta pesquisa. Optamos assim pela observação realiza<strong>da</strong> por<br />

meio <strong>da</strong>s análises <strong>da</strong>s entrevistas e do trabalho <strong>de</strong> grupos focais realiza<strong>da</strong>s no espaço <strong>da</strong> sala<br />

<strong>de</strong> aula. Acreditamos <strong>de</strong>ssa forma, encontrar nas falas e nas expressões <strong>da</strong>s alfabetizadoras e<br />

dos alfabetizandos as ações, as t<strong>é</strong>cnicas, as <strong>inteligência</strong>s utiliza<strong>da</strong>s no processo ensinarapren<strong>de</strong>r<br />

na EJA. As falas não são simples falas, são expressões que representam anseios,<br />

emoções, perspectivas, experiências e condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, que emergem no movimento <strong>da</strong><br />

investigação, aju<strong>da</strong>ndo no esclarecimento gra<strong>da</strong>tivo <strong>da</strong>s buscas almeja<strong>da</strong>s.<br />

Conforme, Santos Filho (2002) uma investigação qualitativa, expõe uma visão<br />

envolvente, em que investigador e investigado são partes fun<strong>da</strong>mentais no processo <strong>da</strong><br />

pesquisa. Sobre essa mesma questão assinala MAZZOTTI (1991, p.55):<br />

Para os ‘qualitativos’ a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>é</strong> uma construção social, o investigado participa e,<br />

portanto os fenômenos só po<strong>de</strong>m ser compreendidos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma perspectiva<br />

holística que leva em consi<strong>de</strong>ração os componentes <strong>de</strong> uma <strong>da</strong><strong>da</strong> situação em suas<br />

interações e influências recíprocas [...] Para os ‘qualitativos’ não se po<strong>de</strong> no<br />

processo <strong>de</strong> investigação <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> valorizar a imersão do pesquisador no contexto e<br />

interação com os participantes, procurando apreen<strong>de</strong>r os significados por eles<br />

atribuídos aos fenômenos estu<strong>da</strong>dos. É tamb<strong>é</strong>m compreensível, que o foco vá<br />

sendo progressivamente ajustado durante a investigação em que <strong>da</strong>dos <strong>de</strong>la<br />

resultantes sejam predominantemente <strong>de</strong>scritivos atrav<strong>é</strong>s <strong>da</strong>s palavras. (grifo<br />

nosso).<br />

No m<strong>é</strong>todo qualitativo não há como negar o lugar dos sujeitos no percurso <strong>de</strong> uma<br />

investigação. Nessa direção, assinalam Brito e Leonardos (2000, p. 08) acerca do seu processo<br />

<strong>de</strong> investigação:<br />

Nem mesmo a distância assegura<strong>da</strong> por um m<strong>é</strong>todo científico po<strong>de</strong>ria controlar a<br />

influência <strong>da</strong> subjetivi<strong>da</strong><strong>de</strong> própria ao ser humano, que se faz presente durante todo<br />

o processo <strong>da</strong> pesquisa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escolha dos objetos, passado pelo estabelecimento<br />

<strong>da</strong>s hipóteses, seleção e recorte do campo <strong>de</strong> estudo at<strong>é</strong> a análise e interpretação.<br />

Atrav<strong>é</strong>s <strong>da</strong> análise dos <strong>da</strong>dos oriundos <strong>da</strong>s entrevistas e <strong>da</strong>s discussões dos grupos<br />

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