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Anos Anos Anos - Folha - Uniban

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Jornal da Universidade Bandeirante de São Paulo • UNIBAN • Ano 10 • de 27 de março a 02 de abril de 2006<br />

Fotomontagem: Ricardo Neves, inspirado na obra de Andy Warhol<br />

O POETA VIVE<br />

ENTREVISTA<br />

O diretor de<br />

Jornalismo da ESPN<br />

Brasil, José Trajano.<br />

(págs. 4 e 5)<br />

1 <strong>Anos</strong> <strong>Anos</strong> <strong>Anos</strong><br />

EXEMPLAR GRATUITO<br />

Edição:<br />

296<br />

Mesmo passados 10<br />

anos de sua morte, a<br />

imagem e a obra de<br />

Renato Russo<br />

permanecem vivas<br />

para os seus milhares<br />

de fãs. Na semana em<br />

que completaria 45<br />

anos de idade, a <strong>Folha</strong><br />

Universitária traz uma<br />

matéria especial.<br />

(págs. 8 e 9)<br />

DIÁRIO OFICIAL UNIBAN<br />

Edição LXVIII


02<br />

ED EDITO ED<br />

ED EDITO ED ITO ITORIAL ITO<br />

ITO ITORIAL ITO RIAL RIAL<br />

ÍND ÍNDICE ÍND ÍNDICE ÍND ICE<br />

ICE<br />

Nesta semana, a <strong>Folha</strong> Universitária<br />

homenageia um músico do cenário<br />

brasileiro: Renato Russo, que completaria 45<br />

anos nesta segunda-feira, 27 de março de<br />

2006. A Matéria de Capa faz um contraponto<br />

ao que é de praxe.<br />

Neste ano, em outubro, completará 10<br />

anos de sua morte. Resolvemos fazer uma<br />

edição exclusiva em seu aniversário, pois<br />

achamos que “comemorar” a morte é algo<br />

muito fúnebre. Opiniões à parte, os<br />

assíduos fãs do músico vibraram ao saber<br />

da pauta. A propósito, aqui em nossa<br />

Redação temos alguns.<br />

Marcante personalidade da década de<br />

80, Renato Russo ditou, ou melhor, cantou<br />

as palavras de uma geração. Figura<br />

polêmica, com sua sexualidade duvidosa e<br />

com uma grande queda pelas substâncias<br />

ilícitas, de forma assumida, esse carioca de<br />

nascimento motivou os atuais trintões a<br />

questionar os valores, conceitos e o governo.<br />

À frente da fervorosa Legião, que ainda<br />

arrasta multidões, o interprete provoca<br />

saudade e indaga as atuais gerações<br />

musicais apontadas por algumas boas<br />

bandas jurássicas como movimento sem<br />

expressão. Independente de ponto de vista,<br />

muitas de suas músicas são regravadas<br />

constantemente, porém não com o mesmo<br />

propósito que Renato Russo, mas com<br />

sucesso e retorno garantido.<br />

Entre os anos 90 e 2000, a Legião Urbana<br />

ainda era a banda mais tocada nas rádios da<br />

Capital, sendo que Renato faleceu em 1996.<br />

Hoje, não está mais em primeiro lugar devido<br />

ao surgimento de novos grupos com<br />

propostas mais abstratas e atuais. Mesmo<br />

assim, Renato ainda arrasta sua Legião.<br />

Por fim, quero falar aos nossos leitores<br />

que estaremos nas próximas edições<br />

integrando os campi da UNIBAN em nossas<br />

matérias na editoria Cidades. Osasco e<br />

Grande ABC também fazem parte de<br />

nossas pautas aqui na Redação. Portanto,<br />

alunos e moradores das regiões enviem<br />

e-mails e sugestões à Redação:<br />

folha_universitaria@uniban.br. Sobre<br />

problemas das cidades, pontos turísticos e<br />

o que mais queiram nos contar.<br />

Tenham uma ótima leitura!<br />

Mariana de Alencar<br />

Diretora de Redação<br />

Ação Social................................. 3<br />

Entidade trava luta mundial<br />

Entrevista ............ 4 E 5<br />

Jornalismo esportivo,<br />

segundo Trajano<br />

território copa ....................... 6<br />

Holanda e Sérvia e Montenegro<br />

TEATRO UNIBAN .......................... 7<br />

Nelson Rodrigues: pequeno<br />

esboço de sua vida e obra<br />

Matéria de Capa.................... 8 E 9<br />

Tempo perdido<br />

SAÚDE.......................... 10<br />

Pais influenciam na má<br />

alimentação dos filhos<br />

por dentro da uniban........11<br />

Pesquisa em ratos envolve natação<br />

e reabilitação<br />

CULTURA ..................... 12<br />

Em busca de um maior<br />

público<br />

Guia Universitário<br />

e Preliminares ......................... 13<br />

ESTÁGIOS e CLASSIFICADOS .... 14<br />

TV UNIBAN<br />

E HORÓSCOPO ........... 15<br />

ENTRETENIMENTO .................... 16<br />

Diário Oficial UNIBAN<br />

(encartado)<br />

ED EDITO ED<br />

ED EDITO ED ITO ITORIAL ITO<br />

ITO ITORIAL ITO RIAL<br />

RIAL<br />

po polític po<br />

po polític po lític lítico lític<br />

lític lítico lític<br />

Segundo a Lei 1.079/50, comete crime de<br />

responsabilidade quem se serve de<br />

autoridades sob sua subordinação imediata<br />

para praticar abuso do poder ou que não pune<br />

os auxiliares que tenham cometido<br />

irregularidades.<br />

Com base nessa lei, o PSDB entrou com<br />

uma representação contra Palocci, na qual<br />

consta que o ministro da Fazenda se serviu<br />

de subalternos para quebrar o sigilo bancário<br />

de Francenildo – que agora está mais famoso<br />

que um ex-BBB, improbidade administrativa<br />

e por ter mentido na CPI dos Bingos. Houve<br />

até um rumor sobre a renúncia de Palocci,<br />

que foi logo desmentido pelo ministro das<br />

Relações Institucionais, Jaques Wagner.<br />

Enquanto o Governo Federal tenta<br />

desqualificar a testemunha – que agora passa<br />

para a condição de suspeito por lavagem de<br />

dinheiro, a Caixa Econômica Federal “lançou<br />

aos leões” dois funcionários, que até o<br />

fechamento desta edição não tiveram os nomes<br />

divulgados. Quanto a quem deu a ordem para<br />

a ação, este dificilmente vai aparecer.<br />

No decorrer deste turbilhão de<br />

acontecimentos, o prefeito da cidade do Rio<br />

de Janeiro, o pefelista Cesar Maia, e o<br />

governador de São Paulo, o tucano Geraldo<br />

Alckmin, formalizaram uma aliança e juntos<br />

“cascam o bico”!<br />

Há duas semanas, fizemos uma edição da<br />

<strong>Folha</strong> Universitária dedicada à mulher, em razão<br />

de sua batalha frente aos obstáculos impostos<br />

pela sociedade. Semana passada, em virtude<br />

da absolvição do deputado federal João Magno<br />

(PT-MG) - que confessou ter recebido R$ 425,<br />

95 mil – Angela Guadagnim (PT-SP)<br />

protagonizou a insólita “Dança da Pizza”!<br />

Todos têm direito de manifestar suas<br />

convicções, contudo dançar em plenário é<br />

lamentável, para não dizer ridículo, tanto para<br />

a classe política, quanto para as mulheres!<br />

André Sato<br />

Nós Erramos<br />

Na edição 295, editoria Matéria de Capa, pág. 8, na primeira frase do primeiro parágrafo houve uma<br />

falha: “Em 1918, a Gripe Espanhola assolou os EUA, matando 50 milhões de pessoas”. Na verdade, os dados<br />

da época são imprecisos, pois enciclopédias apresentam números que variam entre 20 milhões e 40 milhões<br />

de óbitos em todo o mundo, não somente nos EUA.<br />

EXPEDIENTE: <strong>Folha</strong> Universitária é uma publicação semanal da Universidade Bandeirante de São Paulo - UNIBAN - Ano 10. Edição nº 296 de 27 de março a 02 de abril de 2006.<br />

Reitor: Prof. dr. Heitor Pinto Filho. Vice-Reitores: Prof. MS Milton Linhares e Prof. dr. Silvino Lopes. Pró-Reitor Acadêmico: Prof. dr. Heitor Pinto Filho (interino). Assessor Comunitário: Américo<br />

Calandriello Júnior. Diretora e Jornalista responsável: Mariana de Alencar (Mtb 39.663). Direção de Arte, ilustrações, produções gráfica e editorial: Ronaldo Paes e Ricardo Neves. Editorchefe:<br />

Nilson Hernandes. Editor de Ação Social, Cidades, Território Copa, Comportamento, Moda e Beleza: Cleber Eufrasio. Editor de Entrevista, Capa e Cultura: Renato Góes. Repórteres:<br />

André Sato, Flávia Delgado, Francielli Abreu e Manuel Marques. Fotos: Ricardo Trida. Estagiário: Jairo Giovenardi . Diário Oficial UNIBAN: coordenação profa. Flávia Delgado. Impressão: <strong>Folha</strong> Gráfica.<br />

Cartas para a redação: Av. Braz Leme, 3029, Santana, São Paulo, CEP 02022-011. Tel. (11) 6972-9008. e-mail: folha_universitaria@uniban.br - Home page: www.uniban.br - Tiragem: 50.000 exemplares.


Por Jairo Giovenardi<br />

Divulgação<br />

CRÔNIC CRÔNICAS CRÔNIC<br />

CRÔNICAS CRÔNIC S S DO<br />

DO<br />

DO<br />

DO<br />

COTID<br />

OTID OTIDIANO<br />

OTID<br />

OTID OTIDIANO<br />

OTID IANO<br />

IANO<br />

AÇÃO AÇÃO SOCIAL SOCIAL CRÔNIC<br />

Entidade trava luta mundial<br />

A CARE Brasil atua em vários pontos<br />

do território nacional e está presente em 72 países<br />

com apoio da ONU e do BID<br />

Uma instituição que oferece cuidado,<br />

carinho, atenção e se preocupa com a falta<br />

de trabalho e com o baixo índice educacional.<br />

Os problemas sociais são enfrentados pela<br />

CARE Brasil, que tem a árdua missão de<br />

combater a pobreza no País. A entidade surgiu<br />

da CARE Internacional, que iniciou suas ações<br />

há 59 anos, quando países devastados e em<br />

reconstrução recebiam pacotes de<br />

suprimentos após a 2ª Guerra Mundial.<br />

Atualmente, a associação está em 72 países<br />

e conta com a ajuda de organizações,<br />

empresas e governos como a Organização das<br />

Nações Unidas (ONU), a União Européia<br />

(UE), o Banco Mundial e o Banco<br />

Interamericano de Desenvolvimento (BID).<br />

Entretanto, para fortalecer as atividades e<br />

promover mais projetos, a instituição depende<br />

de doações que recebe de pessoas físicas e<br />

jurídicas.<br />

No Brasil foi criada em 2001, após uma<br />

avaliação da CARE Internacional a respeito<br />

da enorme pobreza brasileira. Muitos<br />

programas de educação, capacitação e<br />

geração de trabalho e renda passaram a ser<br />

desenvolvidos aqui. Devido a isso, obteve o<br />

título de Organização da Sociedade Civil de<br />

Interesse Público (OSCIP). Com esse atributo<br />

é habilitada para firmar convênios com órgãos<br />

públicos.<br />

Catalisar Mudanças<br />

Uma das<br />

atividades<br />

oferecidas<br />

pelo CARE na<br />

região de<br />

Perus e<br />

Anhangüera é<br />

a marchetaria,<br />

que forma<br />

novos artesãos<br />

Pode soar estranho o verbo catalisar, mas<br />

a CARE sabe explicar muito bem seu sentido.<br />

“A entidade atua em seus programas como<br />

catalisadora de processo de mudança, sem<br />

concorrer com agentes locais ou substituir o<br />

setor público fortalecendo, assim, seus<br />

processos”, afirmou Ana Maria Ribeiro,<br />

coordenadora do Programa São Paulo.<br />

O projeto desenvolvido nos distritos de<br />

Perus e Anhangüera - com altas taxas de<br />

desemprego - constatou um grande potencial<br />

humano e natural. Ele teve início em janeiro<br />

de 2003. Conta com diferentes fases e pode<br />

ser concluído em até oito anos. Nas regiões<br />

houve um grande crescimento, que não<br />

acompanhou o desenvolvimento sócioeconômico.<br />

Neste sentido, o programa faz<br />

com que a comunidade busque alternativas.<br />

O curso de Marchetaria, desenvolvido pelo<br />

projeto Empreendedores Sociais, forma<br />

artesãos que utilizam técnicas de<br />

reaproveitamento de sobras de madeira para<br />

a transformação de objetos decorativos e<br />

acontece a seis meses com a ajuda da<br />

subprefeitura de Perus. “Isso faz com que a<br />

comunidade passe a construir políticas<br />

públicas para melhorar a qualidade de vida”,<br />

finalizou a coordenadora do programa.<br />

Mais informações: www.care.org.br ou 3616-2557<br />

‘Lá em casa tem um poço,<br />

mas a água é muito limpa’<br />

Foi um presente de amigo X – de onde eu<br />

venho é assim que se chama aquela brincadeira<br />

de trocar presentes no fim do ano, que costuma<br />

deixar a gente em maus lençóis. Porque ou<br />

nunca se sabe direito o que comprar ou, de<br />

verdade, nunca se gosta do que se ganhou. Na<br />

dúvida, a adolescente que vivia naquele final<br />

de 1986, resolveu comprar o vinil (CD? Nem<br />

existia!) mais vendido do ano, uma espécie de<br />

garantia de satisfação entre a moçada da época.<br />

Juntou toda a mesada e comprou um disco<br />

dourado, liso e sem fotos. Era o Dois.<br />

Mas, sinceramente ela não entendia porque<br />

tanto frisson em torno daquele quarteto, na<br />

época. Um vocalista horroroso e desconjuntado,<br />

(que esta semana assopraria 45 velinhas), letras<br />

meio duras, nada mastigadas como a de outras<br />

bandas... em todo caso, levou. Não fazia parte<br />

da legião da Legião. Mas quem diria que uma<br />

traquinagem mudaria seus conceitos...<br />

Saiu da loja com o vinil e um pensamento<br />

não saía da cabeça... e se ouvisse o disco antes<br />

do próprio dono? Ah, jogue a primeira pedra<br />

quem nunca teve esta vontade! Só uma<br />

ouvidinha não mataria ninguém, o dono nem<br />

perceberia. Ela queria matar a curiosidade, já<br />

que só conhecia as músicas pelo rádio.<br />

Com cuidado, a menina que não era mais<br />

criança (mas que também estava longe de ser<br />

uma mulher) tirou o plástico, abriu a capa,<br />

pegou com cuidado o bolachão - assim como<br />

se pega no colo uma criança com moleira. Pôs<br />

na vitrola, devagar conduziu a agulha. E deixou<br />

a música ecoar pela sala. Primeiro, Daniel na<br />

Cova dos Leões, depois, Quase sem querer,<br />

pula para Eduardo e Mônica e Tempo Perdido.<br />

Era um barato. Não chegava aos pés do futuro<br />

As Quatro Estações, mas foi o suficiente para<br />

mudar seus conceitos. As letras eram a tradução<br />

perfeita das agruras da adolescência daquela<br />

década perdida, sem perspectiva. A menina,<br />

hoje balzaquiana, é que não tinha capacidade<br />

de entender. Éramos mesmo os filhos da<br />

revolução e burgueses sem religião. O disco<br />

nem agradou tanto quem ganhou. Mas mudou<br />

a visão de quem presenteou.<br />

O mais impressionante é que, 20 anos<br />

depois, as palavras são atualíssimas. Os<br />

costumes mudaram, veio a globalização, a<br />

tecnologia, a Internet... tudo parece mais fácil.<br />

Mas, que mundo é este onde ‘há tempos são<br />

os jovens que continuam adoecendo? E onde<br />

há tempos o encanto continua ausente e ainda<br />

há ferrugem nos sorrisos, onde só o acaso<br />

estende os braços a quem procura abrigo e<br />

proteção?’<br />

por Flávia Delgado<br />

03


04<br />

ENTREVIST<br />

ENTREVISTA<br />

ENTREVIST<br />

ENTREVISTA<br />

Jornalismo esportivo, segundo Trajano<br />

Um jornalista polêmico, de opiniões fortes, que não tem papas na língua.<br />

Este é José Trajano, diretor de Jornalismo da ESPN Brasil<br />

Trajano faz parte de uma espécie rara no<br />

jornalismo esportivo brasileiro. Primeiro porque<br />

não faz merchandising, algo que parece ser<br />

obrigatório nos programas de esporte da TV<br />

aberta. Segundo porque não tem medo de bater<br />

na toda poderosa Rede Globo, principalmente<br />

quando o assunto gira em torno dos direitos de<br />

transmissão das partidas de futebol. Para ele há<br />

um monopólio descarado. Curiosamente neste<br />

ano o canal ESPN, no qual Trajano é diretor de<br />

Jornalismo, conseguiu os tão sonhados direitos de<br />

transmissão da Copa. Em junho, ele e cerca de<br />

40 profissionais vão para a Alemanha conferir de<br />

perto se a seleção brasileira traz o hexa. Esses e<br />

tantos outros assuntos fazem parte desse batepapo,<br />

inclusive as expectativas de Trajano quanto<br />

ao sucesso de seu time de coração, o América do<br />

Rio, que até o fechamento dessa edição disputava<br />

as semifinais da Taça Rio.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Qual será o investimento<br />

da ESPN Brasil para a Copa da Alemanha?<br />

José Trajano – Falar em dinheiro é complicado,<br />

pois o investimento é feito nas pessoas, na<br />

qualidade. Vamos aproveitar a experiência que<br />

a gente teve desses anos todos e jogar nessa<br />

cobertura.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Neste ano os direitos de<br />

transmissão foram adquiridos pela ESPN. Em<br />

2002, a emissora fez a cobertura sem mostrar<br />

as partidas. A diferença fica apenas na<br />

cobertura dos jogos ou existe algo a mais?<br />

José Trajano – É o tipo de jornalismo que nós<br />

fazemos, que criou até uma certa marca depois<br />

de alguns anos. Temos um jeito próprio de fazer,<br />

que é uma característica.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Nas duas Copas, 98 e<br />

2002, o que ficou para você quanto às<br />

transmissões, a cobertura jornalística em si?<br />

José Trajano – Você vai aprendendo, não repete<br />

os mesmos erros, vai tentando melhorar<br />

algumas coisas que podem ser melhoradas. O<br />

importante é ter cada vez mais estrutura para<br />

os profissionais trabalharem.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – O que fazer para que o<br />

favoritismo não atrapalhe a Seleção Brasileira<br />

neste Mundial?<br />

José Trajano – Não ficar falando muito disso,<br />

né? Entrar focado, jogar sem frescura. Não pode<br />

deixar se contaminar por esse favoritismo entre<br />

aspas. Entramos nessa condição de favorito,<br />

temos o melhor jogador do mundo, que é o<br />

Fotos: Divulgação<br />

“Não entendemos<br />

isso (merchandising)<br />

como jornalismo,<br />

apesar de ser uma<br />

briga antiga, longa,<br />

comprida, que já deu<br />

até processo na<br />

Justiça. Não temos<br />

nada com isso, e,<br />

quem faz isso, acha<br />

que faz jornalismo,<br />

parabéns. Nós não<br />

fazemos e<br />

estamos orgulhosos<br />

de não fazer”<br />

Ronaldinho Gaúcho, um time tarimbado. Isso<br />

é preocupante, pois temos o melhor futebol do<br />

mundo, mas não sei se é a melhor seleção. Copa<br />

do Mundo se resolve naquele mês. A seleção<br />

tem que estar bem neste período.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Quem pode complicar?<br />

José Trajano – Os favoritos numa Copa do<br />

Mundo são os de sempre: Inglaterra, Alemanha,<br />

Itália, França. Não tem como Togo ganhar uma<br />

Copa do Mundo.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Há um monopólio da<br />

Rede Globo com relação aos direitos de<br />

transmissão?<br />

José Trajano – Sim. Os direitos estão todos nas<br />

mãos da Rede Globo, como Campeonato<br />

Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores. Aí se<br />

torna praticamente impossível pra gente<br />

conseguir.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária –Você acredita que, com o<br />

surgimento de novos canais e a manutenção e<br />

evolução dos já existentes na TV fechada<br />

diminuem as chances da TV aberta ter um canal<br />

dedicado exclusivamente ao esporte, como a<br />

Band fazia na década de 90?<br />

José Trajano – Nessa época a programação não<br />

era totalmente dedicada ao esporte. Era apenas<br />

uma parte. Vendia o peixe que era, mas era<br />

fim de semana basicamente. Não era o dia


inteiro, como são os canais especializados. Acho<br />

que isso é impossível na TV aberta. É um serviço<br />

da TV fechada. Não tem como, pois a TV aberta<br />

tem outras preocupações, é uma receita de<br />

programação, com entretenimento, novelas,<br />

programas jornalísticos, programação infantil.<br />

Quer dizer, um canal só de esporte, fica<br />

complicado.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – O que mudou do Trajano<br />

da TV Cultura para o de hoje, diretor de<br />

jornalismo da ESPN Brasil?<br />

José Trajano – Na Cultura eu era apenas um<br />

comentarista. Aqui na ESPN sou diretor de<br />

jornalismo e programação. Tenho que me<br />

preocupar com o canal inteiro, ou seja, o que<br />

vai para o ar, o que não vai, contratar gente,<br />

mudar, acertar e planejar. Então, são 24 horas<br />

ligados nisso. Já ali era um iniciante,<br />

como comentarista.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Mas também foi<br />

um momento importante para sua<br />

carreira?<br />

José Trajano – Foi gostoso, vamos<br />

dizer assim. Foi importante também.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Até que ponto<br />

SportTV e ESPN são concorrentes?<br />

José Trajano – São os dois canais mais<br />

fortes do cabo. São especializados em<br />

esportes, evidentemente que há uma<br />

concorrência em tudo o que se faz. É<br />

até muito bom que haja concorrência,<br />

pois um faz um negócio bom aqui, o<br />

outro tenta fazer melhor. É bom que<br />

exista isso.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – A ida de alguns<br />

profissionais da ESPN para o SportTV ajuda a<br />

manter essa disputa?<br />

José Trajano – Ajuda, mas devemos trazer gente<br />

nova. Ninguém é insubstituível.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Como é feita a escolha de<br />

novos profissionais dentro da emissora?<br />

José Trajano – Na verdade os novos já estão<br />

ficando velhos, né? Mas ficamos sempre de olho<br />

no que está acontecendo. Não trazemos<br />

ninguém de outro lugar, tentamos aproveitar<br />

pessoas novas. É necessário ficar de olho e ver<br />

o perfil da pessoa, se combina com a emissora.<br />

Aí é tentar trazer.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Por que você é contra o<br />

merchandising?<br />

José Trajano – Não faz parte do nosso show.<br />

Está longe disso.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Você, inclusive, tem dois<br />

colegas que mostram essa separação quanto<br />

ao merchandising. O Juca Kfouri é contra e o<br />

Flávio Prado, o qual você conviveu por anos,<br />

não vê problema...<br />

José Trajano – Não entendemos isso como<br />

jornalismo, apesar de ser uma briga antiga,<br />

longa, comprida, que já deu até processo na<br />

Justiça. Não temos nada com isso, e, quem faz<br />

isso, acha que faz jornalismo, parabéns. Nós não<br />

fazemos e estamos orgulhosos de não fazer.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – É um antijornalismo?<br />

José Trajano – Eu acho que sim. É um<br />

comprometimento que o jornalista não deveria<br />

ter.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Em 2005, numa semana<br />

de palestras em São Paulo, você disse que “falta<br />

ética no jornalismo esportivo”. Mantém essa<br />

opinião?<br />

José Trajano – Está até um pouco em cima do<br />

que estamos falando mesmo. Do<br />

merchandising, essa preocupação em virar<br />

estrela, transformar o jornalismo em espetáculo.<br />

Mas nós temos nossa vidinha aqui do nosso<br />

jeito, acreditamos nela e vamos tocar a toalha<br />

pra frente. Eles que se cuidem lá e se resolvam<br />

do jeito deles. Mas é água e azeite.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Como conciliar os<br />

interesses comerciais. O que a ESPN faz?<br />

José Trajano – Fazemos do jeito normal. Há<br />

uma área comercial que vende, tem os espaços<br />

comerciais entre um programa e outro, tudo<br />

bem distribuído. Não interferem aqui e eu não<br />

interfiro lá. São áreas bem marcadas e<br />

preservadas.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Como surgiu o amor pelo<br />

América, seu clube do coração?<br />

José Trajano – O amor surgiu de garoto, morava<br />

perto e freqüentava o clube. Nunca virei casaca<br />

e estou preparado para o que der e vier. Não<br />

Por Jairo Giovenardi, com colaboração de Renato Góes<br />

vou virar casaca e desistir, nunca. A última<br />

lembrança foi boa. Fomos numa caravana ver<br />

a final da Taça Guanabara entre Botafogo e<br />

América. Um grupo de amigos do canal, e da<br />

família se reuniu, passamos o dia no Rio, no<br />

Maracanã e foi muito legal, emocionante.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – O título escapou, mas o<br />

time está no caminho certo?<br />

José Trajano – Vamos tirar essa dúvida na Taça<br />

Rio. Se for bem mostra que evoluiu, mas se<br />

andar para trás, agente fica com a pulga atrás<br />

da orelha.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Há a possibilidade de<br />

traçar um paralelo entre o futebol paulista e o<br />

carioca, atualmente?<br />

José Trajano – O futebol carioca é mais pobre<br />

e tem menos estrelas. Os grandes times<br />

estão decadentes. Já São Paulo tem mais<br />

dinheiro, mais estrutura, mais estrelas e<br />

tem se dado muito melhor nos<br />

campeonatos brasileiros. O futebol<br />

carioca está em baixa há anos. Vasco e<br />

Flamengo, principalmente, que têm<br />

grandes torcidas. É complicado.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Há volta?<br />

José Trajano – Difícil saber, prever, mas<br />

tem que haver uma grande mudança de<br />

estrutura, de direção, aí pode ser que<br />

melhore.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – E o calendário do<br />

futebol brasileiro?<br />

José Trajano – É aquela coisa sempre<br />

horrível, mal planejada. Há jogos<br />

demais, campeonatos que não deveriam<br />

existir. Melhorou um pouco,<br />

principalmente com a manutenção dos pontos<br />

corridos no campeonato brasileiro, que já foi<br />

um avanço.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Nós devemos nos adequar<br />

ao calendário europeu ou eles ao nosso?<br />

José Trajano – Nós a eles, que são muito mais<br />

poderosos e as grandes estrelas jogam lá. Em<br />

termos de estrutura estão mais avançados que<br />

a gente.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária – Quem melhor escreve<br />

sobre esporte no Brasil?<br />

José Trajano – Armando Nogueira é o mestre<br />

de todos. Mas o Calazans escreve muito bem.<br />

O Juca também tem o seu estilo. Tem uns<br />

que aparecem que não são da imprensa<br />

esportiva, mas ocupam algum espaço, como<br />

o Veríssimo, que quando escreve sobre<br />

esporte é uma delícia. Mas, fico com o<br />

Armando, que é o mestre. Leio Armando<br />

Nogueira desde garoto. É um texto esmerado,<br />

cuidado e precioso.<br />

05


06<br />

TERRITÓRI<br />

TERRITÓRIO TERRITÓRI<br />

TERRITÓRIO O C CCOPA<br />

C CCOPA<br />

Holanda<br />

O uso de drogas é livre na Holanda. Desde abril de 2001, o<br />

casamento entre homossexuais é legalizado. Também foi a<br />

primeira nação a autorizar a eutanásia. Ali também vivem algumas<br />

das prostitutas, quase todas legalizadas, mais cobiçadas do mundo.<br />

Tão cobiçadas que o falecido craque do futebol Mané Garrincha<br />

atravessava o oceano para sair com algumas delas. Há até uma<br />

rua, chamada de vermelha, dedicada exclusivamente ao comércio<br />

do sexo, com mais de mil mulheres de 58 países diferentes. Os<br />

mais conservadores podem até chamar os holandeses de tortos,<br />

mas o fato é que eles são bem certos, é o país mais plano do mundo.<br />

E põe plano nisso. O ponto mais alto do país é o morro (lá não<br />

existem cadeias montanhosas) Vaalserberg, na fronteira com Bélgica<br />

e Alemanha. Esse morro localiza-se a uma altitude de 321 metros.<br />

Pouco mais da metade do território holandês fica a menos de um<br />

metro acima do nível do mar, e boa parte das terras está abaixo do<br />

nível do mar, chamada de Holanda inferior.<br />

Por que as águas não invadem o país? As áreas baixas estão protegidas<br />

por diques e barragens. Essas comportas, diques, canais e moinhos de<br />

vento fazem parte de um sistema de drenagem que vem desde a época<br />

medieval. Sem esse complexo de drenagem, mais da metade do país<br />

estaria totalmente inundado, inabitável. Estações de bombeamento mantêm<br />

a terra seca para a agropecuária e plantio de flores, frutas e hortaliças.<br />

Os moinhos de vento tradicionais podem ser vistos por toda a Holanda.<br />

Por séculos os holandeses confiaram neles para produzir energia.<br />

Construíram cerca de nove mil até o fim século XIX. Por ser um lugar<br />

incomum, a Holanda é um dos países mais visitados do globo. O<br />

crescimento da economia holandesa é muito acima da média das<br />

demais nações da União Européia. Mas se não recebesse tantos turistas,<br />

ainda sim seriam gigantes. Eles exportam flores, maquinaria e<br />

equipamentos de transporte, animais, combustíveis minerais,<br />

alimentos processados, gás natural, produtos de papel e mais uma<br />

infinidade de produtos. Quanto à agricultura,<br />

o solo holandês é o mais fértil da Europa.<br />

O país não é torto, é abençoado por<br />

Deus e, na opinião dos turistas, é bonito<br />

não pela natureza, mas pela engenharia<br />

e diligência daquele povo.<br />

Nem tudo é alegria em território<br />

holandês. No futebol,<br />

a Holanda formou algumas<br />

das maiores seleções<br />

da história, mas nunca<br />

ganhou uma final de<br />

Copa do Mundo. A Laranja<br />

Mecânica foi vice em 74 e 78 e<br />

continua grande. É terceira colocada<br />

no ranking da FIFA. Os<br />

entendidos de futebol<br />

garantem<br />

que isso pode<br />

mudar com os<br />

gols do atacante<br />

Van Nistelrooy.<br />

Por Manuel Marques<br />

Sérvia e Montenegro<br />

Brasil e Iugoslávia jogaram quatro vezes em Copas do<br />

Mundo. Houve dois empates e uma vitória de cada lado. Embora<br />

nunca tenha chegado a uma final, o time iugoslavo era muito<br />

temido nessa competição. Disputou duas semifinais. Para muitos<br />

é uma pena que esse antigo país e sua respeitada seleção não<br />

existam mais. Na verdade existem em parte, mas com outro nome:<br />

Sérvia e Montenegro. Embora tenha sido a primeira colocada no<br />

grupo 7 das Eliminatórias européias, a equipe já não é tão habilidosa<br />

como em outras Copas e carece de talento. O atacante Kezman é<br />

apontado como o principal destaque de uma seleção que têm como<br />

ponto forte a defesa, que só levou um gol nas Eliminatórias.<br />

A Sérvia e Montenegro é um Estado europeu, descendente direto<br />

da Iugoslávia, composto pelas repúblicas da Sérvia, que ocupa 86%<br />

do território e do Montenegro, com 14%. A capital desse país de<br />

poucos mais de 12 milhões de habitantes é Belgrado. No dia 27 de<br />

abril de 1992, Sérvia e Montenegro decidiram unir-se e estabeleceram<br />

a República Federal da Iugoslávia.<br />

O povo dessa região se tornou conhecido internacionalmente pela<br />

bravura, principalmente os lenhadores da região montanhosa de<br />

Montenegro. Durante cinco séculos os turcos os atacaram sem conseguir<br />

sucesso em qualquer investida. Numa das batalhas havia 100 soldados turcos<br />

para 1 de Montenegro. E os turcos apanharam e quem não arredou pé da<br />

batalha, morreu. Os montenegrinos nunca foram conquistados por qualquer<br />

exército. Também pudera. Os homens dessa região são os mais altos do<br />

mundo, quase todos superam os dois metros de altura. Dá pra encarar?<br />

Eles são festeiros e quando um morador se sente feliz costuma dar um<br />

tiro, normalmente de espingarda, para o alto. Aliás, foram eles os inventores<br />

desse tipo de celebração, hoje adotada em quase todo o mundo. Os<br />

moradores da antiga Iugoslávia também preservam suas antigas tradições.<br />

Desde tempos remotos a manifestação folclórica chamada Criança de<br />

Natal - que pode ser composta por um grupo de homens ou mulheres<br />

- vestidos com seus trajes típicos tradicionais aparecem na época de<br />

Natal para distribuir pequenos presentes durante as festividades nas<br />

aldeias do povo sérvio. Os casamentos quase<br />

sempre acontecem aos domingos, mas as festas<br />

começam na quinta-feira.<br />

Eles também são acusados de serem<br />

machistas, mas até nisso mantêm a tradição.<br />

Ainda hoje, quando um jovem<br />

vai pedir uma moça em casamento,<br />

convida dois amigos para fazer companhia<br />

e leva uma torta de farinha<br />

e um ramo de flores. Um dos amigos<br />

vai armado para dar um tiro<br />

para o alto e celebrar, no caso do<br />

pai da noiva aceitar o pedido. O<br />

noivo também dá uma quantia<br />

em dinheiro, simbolizando<br />

que está comprando a rapariga<br />

e que tem plenos direitos<br />

sobre ela. Podem<br />

ser machistas, mas têm<br />

memória.


Por Nilson Hernandes<br />

TEATRO TEA TEATRO TEA TRO UNIBAN<br />

UNIBAN<br />

Nelson Rodrigues: pequeno esboço de sua vida e obra<br />

Ele escreveu 17 peças, 11 romances, cinco contos, 12 crônicas e três novelas, além de inúmeros artigos<br />

Com oito anos, ganhou um<br />

concurso de redação escrevendo<br />

sobre adultério. Estudou até a 3ª série<br />

do antigo ginásio. Aos 13, tornou-se<br />

repórter. Trabalhou com Monteiro<br />

Lobato. Sua vida sempre foi marcada<br />

por tragédias. Em 1929, o irmão foi<br />

assassinado dentro da Redação. Dois<br />

meses depois faleceu o pai.<br />

Em 1934 ele foi acometido por<br />

tuberculose. Dois anos depois, o<br />

outro irmão morre da mesma<br />

doença. Casou-se aos 28 anos. Seis meses depois,<br />

acorda cego. Após avaliação médica, descobriu que<br />

perdeu 30% da visão. Também teve uma filha com<br />

paralisia cerebral.<br />

A primeira peça A mulher sem pecado foi em<br />

1941 e, a última, A Serpente, em 1979. Foram 17<br />

ao todo. Um fato curioso ocorreu em 1957: os<br />

críticos atacaram a peça Perdoa-me por me traíres<br />

e ele, para se vingar, escreveu Viúva, porém honesta<br />

– encenada no campus Rudge da UNIBAN, sob<br />

direção de Eloisa Cichowitz. Faleceu<br />

em 1980. No mesmo dia, acertou os<br />

treze pontos na loteria esportiva, num<br />

“bolo” com seu irmão Augusto e<br />

alguns amigos de O Globo.<br />

Fonte: www.releituras.com<br />

<strong>Folha</strong> Universitária - A 1ª<br />

temporada do espetáculo foi um<br />

sucesso. A que você atribui?<br />

Eloisa Cichowitz - Em primeiro lugar,<br />

está o pioneirismo da Universidade<br />

em oferecer um espetáculo de qualidade gratuito<br />

para a comunidade. Todos indiscriminadamente<br />

têm acesso ao espetáculo. Resultado: teatro lotado<br />

todas as noites. O fato de tratar-se de uma<br />

comédia do Nelson, também é um facilitador. É<br />

um texto divertido, mordaz e inteligente, e o<br />

público sente-se respeitado e valorizado. Por<br />

último está o encanto com o próprio espetáculo,<br />

com o desempenho dos atores, a iluminação<br />

criativa e o cenário surpreendente.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária - O termo ’farsa irresponsável’<br />

dá margem para várias interpretações. Qual o<br />

sentido do termo para você, que dirige o<br />

espetáculo?<br />

Eloisa Cichowitz - A ‘farsa irresponsável’ está<br />

no fato do Nelson não poupar nenhum setor da<br />

sociedade. Alvejando a hipocrisia e brincando<br />

com personagens alegóricos e passagem de<br />

tempo inimagináveis.<br />

<strong>Folha</strong> Universitária - Fale um pouco da<br />

Ivonete.<br />

Eloisa Cichowitz - Ivonete é filha do dr. JB, dono<br />

do maior jornal do Brasil, que depois da morte<br />

do marido, recusa-se a sentar. Citando Ivonete:<br />

“O único marido que merece fidelidade é o<br />

marido morto.”<br />

<strong>Folha</strong> Universitária - Nelson Rodrigues, por<br />

Eloisa Cichowitz, é...<br />

Eloisa Cichowitz - O nosso maior dramaturgo e<br />

a cara do Brasil.<br />

07


08<br />

MA MATÉRIA MA MATÉRIA TÉRIA D DDE<br />

D DDE<br />

E C CCAP<br />

C CCAPA<br />

AP APA AP<br />

O poeta da geração anos 80,<br />

Renato Manfredini Júnior teve<br />

um filho, o Giuliano. Pouco antes<br />

de o menino nascer ele o<br />

registrou numa canção,<br />

intitulada Pais e Filhos, o seu<br />

sonho para a vida do garoto:<br />

‘Meu filho vai ter nome de santo<br />

/ Quero o nome mais bonito’.<br />

Nesse pequeno trecho ele<br />

mostra que sabia que os pais têm<br />

boas intenções e sonham alto<br />

quando geram suas crianças.<br />

Desejam a felicidade e tentam<br />

escolher os melhores nomes e o<br />

bem da vida para seus herdeiros.<br />

No restante da longa canção,<br />

descreveu como pais e filhos se<br />

perdem, cometem erros que não<br />

queriam e se tornam tristes e solitários. Não<br />

culpa nenhum lado, mas dá um recado para<br />

ambos: ‘É preciso amar as pessoas como se<br />

não houvesse amanhã /... na verdade não há’.<br />

Talvez esse pequeno verso explique porque<br />

Manfredini era tido como um irmão mais<br />

velho para milhares de pessoas. Neste ano faz<br />

uma década que o poeta da geração cocacola<br />

deixou órfã uma legião de fãs, mas como<br />

as pessoas morrem, e a poesia não, neste dia<br />

27 o Brasil celebra 45 anos de nascimento de<br />

Renato Russo, líder e autor de todas as letras<br />

tocadas pela banda Legião Urbana.<br />

Dentre esses milhões de fãs órfãos está<br />

Wellington Alves, vocalista da banda Hífen,<br />

grupo que foi criado para homenagear a<br />

Legião Urbana. “Em termos de poesia<br />

perdemos muita coisa, mas pra mim, foi<br />

como perder alguém da<br />

minha família, o meu<br />

irmão”, disse ele. E garantiu<br />

que não está sozinho:<br />

“Quando fazemos shows<br />

chega essa garotada que<br />

nunca viu um show da<br />

Legião e fica chorando,<br />

curtindo. A gente fez um<br />

evento no Sesc Itaquera que<br />

foi só pra galera de 11 a 16<br />

anos. Todo mundo cantava as<br />

músicas”, resumiu.<br />

Tempo perdido<br />

Se estivesse vivo, nesta segunda-feira, 27, o cantor Renato Russo completaria 45 anos.<br />

Para entender um pouco mais sobre o líder da Legião Urbana, relatos de parentes, críticos e fãs,<br />

aliados a uma reflexiva análise de suas composições<br />

Foto de acervo da família Manfredini<br />

Pedro Manfredini e o designer Marcos<br />

Manfredini confirmam o apreço que<br />

diferentes gerações nutrem por Renato Russo.<br />

Há pouco mais de um ano eles criaram o site<br />

oficial do cantor, por sinal o mais completo<br />

relato sobre a vida do autor de Faroeste<br />

Caboclo. Marcos, que também é músico,<br />

relembra com carinho a época em que<br />

conviveu com o primo. “Todo ano ele me dava<br />

CDs de bandas, sempre desconhecidas para<br />

mim e para o meu irmão. E eram coisas que a<br />

gente nunca ouviu falar, mas que eram<br />

maravilhosas”, comentou. “Aprendi com ele,<br />

que era iluminado. Quando a gente analisa o<br />

cenário musical do nosso tempo percebe que<br />

ele não foi apenas um dos maiores do rock<br />

nacional, foi um dos maiores intérpretes e<br />

poetas do mundo”.<br />

“Todo ano ele me<br />

dava CDs de<br />

bandas, sempre<br />

desconhecidas<br />

para mim e para o<br />

meu irmão”,<br />

lembrou Marcos<br />

Manfredini, primo<br />

de Renato Russo<br />

Fotos: Divulgação<br />

Não é fácil descrever o<br />

carioca da zona Sul do Rio de<br />

Janeiro chamado Renato Russo,<br />

que aos 15 anos de idade já era<br />

professor de inglês. Esse ilustre<br />

amante da leitura tinha pouco de<br />

carioca, estava mais para<br />

cidadão do mundo. Aliás, o<br />

sobrenome de Russo era uma<br />

homenagem aos filósofos Jean-<br />

Jacques Rousseau, ao pintor<br />

Henri Rousseau e ao filósofo<br />

Bertrand Russell, a quem ele e o<br />

pai amavam. O pai de Renato,<br />

um bem sucedido economista<br />

do Banco do Brasil e a mãe,<br />

professora de inglês, deram ao<br />

filho e à irmã uma educação<br />

privilegiada. Quando completou<br />

sete anos de idade, a família se mudou para<br />

Nova York e de lá para Brasília.<br />

E foi ali, no Planalto Central, onde ele disse<br />

aos pais que seria o líder da maior banda do<br />

País, que ocorreram alguns dos episódios mais<br />

tristes e felizes de sua vida. A tristeza teve início<br />

ainda na adolescência, quando ele sofreu de<br />

um mal chamado Epifisiólise, doença rara que<br />

ataca os ossos. Superou esse mal e foi<br />

totalmente curado. Outro episódio triste foram<br />

as vaias que sofreu num conturbado show. As<br />

alegrias começaram quando Renato formou<br />

a banda Aborto Elétrico, em 1978, que chegou<br />

a fazer sucesso em alguns festivais locais, mas<br />

os músicos se separaram. Em 1982 surgiu a<br />

Legião Urbana, composta por Renato Russo,<br />

Renato Rocha (que foi afastado após a<br />

gravação do terceiro disco), Dado Villa-Lobos<br />

e Marcelo Bonfá.<br />

Para traçar o perfil de Renato Russo é<br />

preciso visitar sua obra. Quem garante é o<br />

advogado Cláudio Oliveira, amigo e tio do<br />

compositor. “Antes de morrer ele disse para o<br />

pai dele o seguinte: ‘Olha, tudo o que eu tinha<br />

pra dizer eu coloquei nas minhas canções. Se<br />

vocês quiserem me conhecer, ouçam as<br />

minhas músicas”. E foi em janeiro de 1985<br />

que ele começou a narrar sua história musical<br />

com o lançamento do disco Legião Urbana<br />

com sucessos como Será, Geração Coca-Cola<br />

e Por Enquanto, que ficou conhecida na voz


de Cássia Eller. Em agosto do mesmo ano os<br />

integrantes da banda deixaram Brasília e foram<br />

morar no Rio de Janeiro.<br />

“Na fase inicial da banda, nós<br />

conversávamos muito porque ele morava na<br />

casa dos meus pais e sempre gostei muito dele.<br />

Falávamos sobre temas do dia-a-dia, mas ele<br />

tinha o dom de enxergar através das palavras”,<br />

relatou Cláudio. Dessas conversas e na<br />

observação dos amigos, Renato buscou<br />

inspiração para compor os clássicos que fariam<br />

parte do disco Dois. Gravado em 86, se tornou<br />

o álbum mais vendido da banda e também o<br />

melhor na opinião de alguns críticos.<br />

Biográfico, Russo relembrou uma amiga de<br />

Brasília na canção Eduardo e Mônica. Mas a<br />

canção Fábrica revela bem as preocupações<br />

do compositor. “Muitas das nossas conversas<br />

foram utilizadas em músicas, Fábrica é um<br />

exemplo disso. Ela surgiu num tempo em que<br />

a gente falava muito da relação injusta entre<br />

o capital e o trabalho. O empregador tem todo<br />

o poder, o empregado tem muito pouco. Na<br />

época eu era um petista não-decepcionado”,<br />

relatou. Os primeiros versos da canção<br />

prometem uma revolução da classe<br />

trabalhadora, ‘Nosso dia vai chegar / Teremos<br />

nossa vez’. O disco seguinte Que País é Este<br />

reflete o posicionamento político do<br />

compositor. “Ele era de esquerda como o pai.<br />

Só que ele se manifesta com a sensibilidade<br />

do poeta, que eterniza o que toca”, relatou o<br />

tio confidente.<br />

Nesse período estourou nas rádios de<br />

todo o Brasil o épico Faroeste Caboclo,<br />

canção que dura quase dez minutos e narra<br />

as peripécias de João de Santo Cristo. Uma<br />

obra-prima de 159 versos, sendo que<br />

nenhum é repetido. O crítico da revista<br />

Bizz, Ricardo Alexandre, fez<br />

algumas restrições ao trabalho<br />

do compositor carioca e de sua<br />

banda, mas reconhece que essa<br />

é uma das canções mais<br />

importantes do cancioneiro<br />

brasileiro. “Musicalmente eu<br />

acho que a Legião e Renato<br />

não deixaram um grande<br />

legado como Paralamas e Titãs.<br />

Pra mim o grande legado foi o<br />

da postura, a idéia de que você<br />

não tem de fazer o jogo da<br />

indústria pra fazer sucesso.<br />

Faroeste Caboclo é a melhor<br />

música dele porque quando ela<br />

entrou no rádio se provou que<br />

a Legião poderia fazer o que<br />

quisesse. Ela teve o papel mais<br />

“Em termos de poesia<br />

perdemos muita coisa,<br />

mas pra mim, foi como<br />

perder alguém da minha<br />

família, o meu irmão”,<br />

afirmou Wellington Alves<br />

(dir.), vocalista da banda<br />

Hífen que faz covers da<br />

Legião Urbana<br />

importante na trajetória da banda”, relatou.<br />

O detalhe é que a canção que revela a<br />

preocupação política e social do cantor foi<br />

composta muito antes de sua banda existir.<br />

Renato ainda era adolescente.<br />

Na seqüência veio o álbum As Quatro<br />

Estações, que já se mostra mais<br />

introspectivo. É também o mais erudito do<br />

compositor, que fez uma mistura do texto<br />

bíblico do apóstolo Paulo e do soneto ll de<br />

Camões na canção Monte Castelo. Ao longo<br />

do disco faz citações do Livro de Buda, do<br />

livro de Mórmon, falou do nascimento do<br />

filho e relata sua bissexualidade.<br />

Em 91, Renato enfrentou uma séria crise<br />

com drogas e álcool e para piorar soube que<br />

era soropositivo. Descreveu essa experiência<br />

em várias letras do disco V. Na canção Metal<br />

Contra as Nuvens, que dura mais de 11<br />

minutos, falou dessa angústia e choca os<br />

ouvintes nos versos: ‘É a verdade o que<br />

assombra / O descaso o que condena / A<br />

estupidez o que destrói / Tenho os sentidos<br />

já dormentes / O corpo quer, a alma<br />

entende’. Sua preocupação com os jovens<br />

e o Brasil são descritos em Teatro dos<br />

Renato Russo e sua Legião Urbana ao vivo<br />

Por Manuel Marques<br />

Vampiros, talvez o melhor retrato já feito<br />

das angústias e dilemas de uma geração:<br />

‘Este é o nosso mundo / O que é demais<br />

nunca é o bastante / A primeira vez é<br />

sempre a última chance / Os assassinos<br />

estão livres / Nós não estamos / Vamos sair,<br />

mas não temos mais dinheiro / Os meus<br />

amigos todos estão procurando emprego’.<br />

Parece que esses versos foram compostos<br />

nos dias de hoje.<br />

O disco O Descobrimento do Brasil é<br />

lançado em novembro de 1993 e abordou<br />

as perdas. Russo lamentou pelos que se<br />

foram e parece prever um fim triste para si<br />

mesmo. No último trabalho da banda, A<br />

Tempestade, o que se vê é um quadro<br />

altamente depressivo em que ele parecia<br />

se despedir daqueles a quem amava. A<br />

canção Via Láctea dá a entender que o autor<br />

está beijando a morte. Ele descreve uma<br />

febre que não passa, e termina dizendo: ‘E<br />

obrigado por pensar em mim’.<br />

Ele perdeu a luta contra a Aids. Com 20<br />

quilos a menos que os 65 habituais, barba<br />

comprida, Renato morre no dia 11 de outubro<br />

de 1996. A morte interrompeu a composição<br />

de uma ópera rock, um novo<br />

Faroeste Caboclo que duraria<br />

mais de uma hora. “Renato<br />

sempre foi uma pessoa muito<br />

questionadora e que ultrapassava<br />

suas medidas e metas. Ele era<br />

muito inquieto, indagador e<br />

intuitivo, adiante do nosso tempo,<br />

em termos de sentimento, de<br />

inteligência, de cultura e<br />

humanidade”, emocionou-se<br />

Cláudio, tio do cantor. E terminou:<br />

“Ele está vivo na minha memória<br />

e no meu coração”. Engana-se<br />

quem pensa que esse sentimento<br />

é exclusivo dele. Certo é que a<br />

obra de Renato Russo, essa sim,<br />

permanecerá viva, afinal a<br />

poesia não morre.<br />

Ricardo Trida<br />

09


10<br />

saúd saúde saúd saúde<br />

Por André Sato<br />

Pais influenciam na má alimentação dos filhos<br />

Alimentos gordurosos e sem proteínas são dados aos filhos diariamente.<br />

Isto afeta o futuro da criança<br />

Fotos: Ricardo Trida<br />

Refrigerante, salgadinho,<br />

biscoito e doce em geral.<br />

Certamente este não é o tipo de<br />

alimento a ser destinado a uma<br />

criança. De seis meses a quatro<br />

anos ela ainda não sofre tanta<br />

influência do meio social.<br />

Entretanto, muitas crianças que<br />

estão iniciando uma vida ingerem<br />

grande variedade de substâncias<br />

indevidas, e o pior de tudo é que<br />

quem deveria proteger e zelar<br />

pela alimentação delas - os pais -<br />

são os protagonistas desta<br />

péssima conduta!<br />

A criança ao nascer se vê em uma situação<br />

adversa. Acaba de sair de um local confortável<br />

para um lugar estranho, no qual precisa<br />

respirar e se alimentar. Até os seis meses seu<br />

alimento é o leite materno. Gradativamente,<br />

a criança passa a conhecer novos alimentos<br />

como frutas, sucos até compartilhar com as<br />

refeições de fato.<br />

Ao pensar na função dos pais frente à<br />

criação dos filhos, subentende-se que entre<br />

as premissas básicas está a alimentação. Porém<br />

é comum ver crianças tomando refrigerantes<br />

na mamadeira ou comendo salgadinho entre<br />

as refeições. Nesta fase, elas ainda não têm<br />

discernimento para classificar o que é<br />

saudável, são dependentes dos pais e têm de<br />

confiar neles<br />

“É responsabilidade dos pais zelar pela boa<br />

conduta e aquisição de bons hábitos<br />

alimentares das crianças, no entanto muitos<br />

deles, principalmente da classe menos<br />

favorecida, desconhecem sua importância<br />

“É responsabilidade dos<br />

pais zelar pela boa conduta<br />

e aquisição de bons hábitos<br />

alimentares das crianças, no<br />

entanto muitos deles,<br />

principalmente da classe<br />

menos favorecida,<br />

desconhecem sua<br />

importância neste<br />

processo”, relatou Luiz<br />

Tarelho, coordenador do<br />

curso de Psicologia da<br />

UNIBAN<br />

“Muitas mulheres deixam<br />

de cuidar da alimentação<br />

dos filhos quando voltam<br />

ao mercado de trabalho,<br />

pois não há tempo<br />

suficiente para se dedicar<br />

às crianças”, destacou<br />

Maria Idati, do curso de<br />

Nutrição da UNIBAN<br />

neste processo”, relatou o prof. dr. Luiz<br />

Tarelho, coordenador do curso de Psicologia<br />

da UNIBAN.<br />

Um dos fatores que atrapalham no<br />

aprendizado alimentar é quando a mãe tem<br />

compromissos profissionais. “Muitas mulheres<br />

deixam de cuidar da alimentação dos filhos<br />

quando voltam ao mercado de trabalho, pois<br />

não há tempo suficiente para se dedicar às<br />

crianças”, destacou a profa. dra. Maria Idati,<br />

do curso de Nutrição da UNIBAN.<br />

Outro ponto que influencia de maneira<br />

voraz e que muitas vezes põe os esforços dos<br />

pais por água abaixo é a publicidade. Existem<br />

campanhas especialmente preparadas para<br />

atingir uma faixa etária que é vulnerável a<br />

determinados estímulos. Entre os recursos<br />

utilizados, sobretudo na TV, estão as cores,<br />

ambientação e principalmente os ícones<br />

infantis. Um exemplo típico são as promoções<br />

feitas por tradicionais redes fast-food.<br />

Produtos industrializados que contêm<br />

corantes, gorduras trans - salgadinho e biscoito<br />

- devem ser evitados. Refrigerantes também<br />

são desnecessários. “Crianças que<br />

possuem mau hábito alimentar,<br />

correm o risco de se tornar<br />

adultos obesos, fato que já<br />

acontece nos EUA”, frisou Idati.<br />

“Muitos pais têm um certo<br />

receio em assumir uma postura<br />

mais rígida. Ao serem<br />

repreendidas, as crianças ficam<br />

zangadas, choram, em razão<br />

disto, muitos preferem agir de<br />

maneira negligente”, concluiu<br />

Tarelho.


Por Gisela Lima, Núcleo de Jornalismo UNIBAN<br />

Por Ricardo Trida<br />

po por po r dentro d ddentro<br />

d entro da d dda<br />

d a uniban<br />

uniban<br />

Pesquisa em ratos envolve natação e reabilitação<br />

Esse estudo experimental verifica o comportamento de ratos jovens e velhos<br />

após o treinamento físico com a natação<br />

Uma linha de pesquisa envolvendo estudos<br />

motores e comportamentais com modelos<br />

animais, ratos Wistar, é oferecida pelo Programa<br />

de Mestrado em Reabilitação Neuromotora da<br />

UNIBAN. Os estudos estão sendo desenvolvidos<br />

por alunos da pós-graduação e da graduação,<br />

em iniciação científica, possibilitando a todos o<br />

aprendizado na utilização, manuseio,<br />

observação e avaliação da atividade motora e<br />

comportamental dos ratos.<br />

Sob orientação da profa. dra. Célia Aparecida<br />

Paulino, a pesquisa é realizada no Laboratório<br />

de Comportamento Animal do campus Maria<br />

Cândida, onde os ratos nadam numa piscina<br />

adaptada dividida por raias e com aquecimento<br />

da água controlado por um termostato. Logo<br />

após a natação, os ratos são colocados em uma<br />

sala de descanso totalmente aquecida.<br />

Um dos trabalhos atuais estuda o<br />

comportamento de ratos jovens e velhos após o<br />

treinamento físico com a natação. O objetivo é<br />

avaliar os efeitos biológicos da idade e a eventual<br />

capacidade desses exercícios físicos interferir em<br />

alguns parâmetros motores e comportamentais<br />

desses animais.<br />

No último dia 23, no campus Marte, houve uma<br />

apresentação casada: o jornal mural, feito pelos<br />

alunos do 1º ano do curso de Comunicação<br />

Empresarial, e a Banda Mitos, sendo que dois<br />

integrantes são alunos do curso.<br />

Fotos: Ricardo Trida<br />

O objetivo é<br />

avaliar os efeitos<br />

biológicos da<br />

idade. Ao lado, a<br />

pós-graduanda<br />

Daniela no<br />

laboratório de<br />

Comportamento<br />

Animal<br />

Dos resultados obtidos em experimentos<br />

iniciais (pilotos) realizados pela pós-graduanda<br />

Daniela Maria Teraoka Rossi, orientada pela<br />

profa. Célia, verificou-se que a natação foi capaz<br />

de reduzir a atividade motora e aumentar o nível<br />

de ansiedade dos ratos, sugerindo, em princípio,<br />

que o esforço físico dos animais possa<br />

desencadear maior estresse físico e/ou<br />

importante fadiga muscular. Dessa forma, exige-<br />

se maior cuidado, especialmente na fase de<br />

adaptação do organismo aos exercícios.<br />

Todavia, a pesquisa continua em<br />

desenvolvimento de forma mais aprofundada e<br />

com um grupo muito maior de ratos, para se<br />

obter conclusões mais fidedignas sobre os efeitos<br />

da natação, comparando-se<br />

tais efeitos entre ratos jovens<br />

e velhos.<br />

De acordo com a dra.<br />

Célia, por meio dessa<br />

pesquisa será possível fazer<br />

uma interferência sobre<br />

certos efeitos dos exercícios<br />

físicos nos seres humanos,<br />

pois de acordo com a profa.<br />

Célia temos que pensar no exercício físico como<br />

uma forma de manter uma boa saúde ou de<br />

reabilitação para o corpo humano.<br />

Mais informações a respeito da pesquisa<br />

ou sobre os trabalhos do Laboratório de<br />

Comportamento Animal podem ser obtidas<br />

com a profa. dra. Célia Paulino pelo e-mail:<br />

celiapaulino@yahoo.com.br.<br />

foto foto da d dda<br />

d a semana<br />

semana<br />

11


12<br />

CUL CULTUR CUL CULTURA TUR TURA TUR<br />

G<br />

“Ah, teatro é muito caro!”. Esta afirmação<br />

já não pode ser mais usada como desculpa<br />

para deixar de assistir a um espetáculo. A<br />

campanha de popularização Teatro é um<br />

barato!, realizada pela Associação dos<br />

Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado<br />

de São Paulo (APETESP) em parceria com o<br />

governo do Estado, disponibiliza uma<br />

variedade de peças com desconto de 60% no<br />

valor do ingresso. São 58 espetáculos<br />

diferentes, sendo 41 adultos e 17 infantis. Este<br />

ano a campanha, que começou no dia 02/<br />

03, vai até 02/07. Então, ainda existe tempo<br />

de sobra para aproveitar!<br />

Em busca de um maior público<br />

Esse é o lema da campanha Teatro é um barato!, que oferece ingressos<br />

de peças adultas e infantis a preços populares<br />

E tem peça pra todos os<br />

gostos, seja dramática ou<br />

cômica. As recordistas em<br />

vendas de ingresso são as<br />

comédias Operação Abafa, que<br />

faz observação e crítica aos<br />

costumes sociais; Quarta-Feira,<br />

sem falta, lá em casa, na qual as<br />

amigas Alcina e Laura revelam<br />

segredos e histórias inusitadas<br />

em reuniões que ocorrem às<br />

quartas-feiras e Ai, Caçarola!,<br />

que aborda os desencontros e<br />

confusões num pequeno vilarejo por causa<br />

de um tesouro escondido numa caçarola.<br />

Recriação livre de uma comédia romana<br />

escrita por Plauto em 250 a.C.<br />

De acordo com Ascânio Pereira Furtado,<br />

coordenador da campanha, os preços<br />

compensam. Para se ter uma idéia, alguns<br />

ingressos são oferecidos por apenas R$ 4,00.<br />

“Uma peça que na bilheteria custa R$ 50,00<br />

vendemos por R$ 20,00”, afirmou.<br />

Todos podem participar da campanha<br />

criada em 1974 e que já levou mais de 5<br />

Fotos: Divulgação<br />

“Há três anos vendíamos<br />

os ingressos em Kombis<br />

estacionadas em locais<br />

estratégicos, como em<br />

frente ao Masp ou ao<br />

Teatro Municipal, por isso<br />

éramos conhecidos como<br />

a campanha da Kombi”,<br />

lembrou Ascânio Furtado,<br />

coordenador da<br />

campanha<br />

milhões de espectadores ao teatro. Este ano,<br />

estima-se um público de 20 mil pessoas por<br />

mês. O interessado deve ir a um dos postos<br />

de compra e adquirir um vale-ingresso, a<br />

ser trocado com até meia hora de<br />

antecedência na bilheteria do espetáculo<br />

escolhido. Ou ainda, pode comprar pela<br />

internet, pagando uma taxa administrativa<br />

de 15% do valor da compra para a empresa<br />

Ingresso.com. “Há três anos vendíamos os<br />

ingressos em Kombis estacionadas em locais<br />

(Da esq. para dir.)<br />

Um Padre à Italiana<br />

de Paolino Raffanti;<br />

Operação Abafa com<br />

Marcos Caruzo e<br />

Jandira Martine e<br />

direção de Elias<br />

Andreatto e Aroma do<br />

Tempo, dirigida por<br />

José Renato<br />

Ricardo Trida<br />

Por Francielli Abreu<br />

estratégicos, como em frente<br />

ao Masp ou ao Teatro<br />

Municipal, por isso éramos<br />

conhecidos como a campanha<br />

da Kombi”, lembrou Furtado.<br />

Uma novidade para este<br />

ano, em relação às vendas, é a<br />

abertura de um posto na região<br />

do ABC “Ano passado tivemos<br />

uma procura grande de<br />

pessoas desta região para<br />

assistir aos espetáculos, mas os<br />

postos de compra ficavam<br />

distantes, por isso criamos um<br />

em São Bernardo do Campo”, explicou o<br />

coordenador.<br />

Quem comprar os ingressos pela<br />

campanha tem lugar garantido e pode<br />

escolher o assento que quiser. “Nosso objetivo<br />

é estimular a população a ir ao teatro. Muitos<br />

se tornam público cativo. A produção das<br />

peças destina uma quantidade de ingressos<br />

para a campanha, que provavelmente, não<br />

seriam vendidos e deixariam lugares vazios<br />

na platéia”, finalizou Furtado.<br />

Postos de venda<br />

• APETESP – Rua: Paim, 72 (ao lado do<br />

Teatro Maria Della Costa, próximo à<br />

Praça 14 Bis, na Bela Vista). De terça a<br />

sábado, das 13h às 19h; domingo, das<br />

13h às 18h.<br />

Poupatempo – Posto Sé – Praça do<br />

Carmo, s/nº.<br />

Poupatempo – Posto Itaquera – Av. do<br />

Contorno, 60 (Metrô Itaquera)<br />

Poupatempo São Bernardo do Campo<br />

– Rua Nicolau Filizola, 100 (ao lado da<br />

Rodoviária).<br />

De segunda a sexta, das 7h às 19h;<br />

sábados, das 7h às 13h.<br />

Vendas pela Internet:<br />

www.ingresso.com.br.<br />

Informações no telefone 3255-3783<br />

ou no site: www.apetesp.org.br.


PRELIMINARES<br />

PRELIMINARES<br />

GUIA GUIA GUIA UNIVERSITÁRIO<br />

UNIVERSITÁRI<br />

UNIVERSITÁRIO UNIVERSITÁRI PRELIMINARES<br />

O Plano Perfeito<br />

Um assalto a banco em que as aparências enganam. Dono de<br />

uma filmografia em que predominam histórias com a temática racial,<br />

Spike Lee foge um pouco dos seus padrões ao dirigir esse suspense<br />

policial. Em comum com suas produções anteriores a cidade de<br />

Nova York e o ator Denzel<br />

Washington, que já havia<br />

trabalhado em Malcom X e Mais e Melhores Blues, ambos<br />

dirigidos por Lee. No papel do detetive Frazier, ele é<br />

encarregado de resolver um assalto com reféns a um<br />

importante banco, representado pela figura da influente<br />

Madeline (Jodie Foster). O problema é que os assaltantes,<br />

liderados pelo inteligente Russell (Clive Owen) e que estão<br />

sempre um passo à frente dos policiais, parecem estar à<br />

procura de algo a mais. Uma trama em nada é apenas o<br />

que parece. (RG) Onde assistir: Center Norte Cinemark<br />

1, Kinoplex Osasco 5, Shopping ABC 3, Cine Morumbi<br />

3 e grande circuito.<br />

Ricardo Trida<br />

Reações Psicóticas<br />

“Eles não seriam heróis se fossem infalíveis, na verdade não<br />

seriam heróis se não fossem uns cães sarnentos e miseráveis, os<br />

párias da terra, e mais, a única razão para se construir um ídolo é<br />

jogá-lo por terra novamente”. Esse trecho de um artigo sobre<br />

Lou Reed exemplifica bem a postura do jornalista e<br />

crítico musical Lester Bangs. Influenciado pela beat<br />

generation de Keuroac um adepto do jornalismo<br />

gonzo, uma variação alterada por substâncias ilícitas<br />

do new journalism, ele não fazia concessões com<br />

nenhum artista. Esse estilo ácido fez Bangs ser<br />

amado por uns e odiado por tantos outros. Nesse<br />

livro, seu texto cortante como navalha dá as caras<br />

em matérias sobre Jethro Tull, Kraftwerk e Iggy<br />

Pop e reflexões sobre as mortes de Elvis e<br />

Lennon. (RG) Reações Psicóticas – Lester<br />

Bangs – Conrad Ed. – Preço médio: R$ 20.<br />

Ser-Hum-Mano<br />

O percussionista, cantor e compositor baiano Dinho Nascimento traz<br />

diferentes roupagens para a música de raiz brasileira em seu novo disco.<br />

Além dos tradicionais berimbau, agogô e atabaque há espaço para o pandeiro<br />

de Marcos Suzano, a flauta de Toninho Carrasqueira, o samba de Osvaldinho<br />

da Cuíca e os scratchs de DJ Cia. Essa<br />

mistura de elementos musicais<br />

distintos funciona em faixas como Gunga Zambi,<br />

Canoeiro, Bala de Amor e Berimbau Trance, um dos<br />

flertes com a música eletrônica que fazem parte do<br />

álbum. Essa junção entre o primitivo e o moderno se<br />

dá graças à utilização de filtros e efeitos eletrônicos.<br />

Influências de soul, hip hop e jazz são facilmente ouvidas<br />

nas outras faixas que compõem a obra. (RG) Ser-Hum-<br />

Mano – Dinho Nascimento – Selo Genteboa – Preço<br />

médio: R$ 18,00.<br />

Divulgação<br />

Divulgação<br />

Minha dúvida é sobre o tamanho do meu<br />

pênis. Queria saber se ele está na média ou<br />

não. Receio que seja um pouco menor que o<br />

“normal”, mas para ter certeza, gostaria de<br />

saber qual o tamanho em média do pênis do<br />

brasileiro. Mas para que fique claro, queria<br />

saber as medidas em estado ereto e em<br />

situações normais.<br />

V.H. aluno da UNIBAN<br />

Resposta: Olha, esse é um típico de<br />

polêmica que gera muitas discussões em<br />

boteco. Segundo o livro A descriptive dictionary<br />

and atlas of sexology, o pênis humano, em<br />

estado flácido tem entre 7,5 e 10 cm de<br />

comprimento e 2,5 cm de circunferência. Já<br />

com ereção, a média fica entre 12,5 e 17,5<br />

cm de comprimento com 4 cm de<br />

circunferência. Tem um estudioso chamado<br />

John Murtag que atestou em um artigo as<br />

mesmas medidas de comprimento acima. Só<br />

divergiu quanto a circunferência, que em seu<br />

estudo tiveram médias de 6,5 a 10 cm em<br />

estado flácido e de 10 a 15 cm em estado ereto.<br />

Se você está tão encanado com o tamanho do<br />

seu, pegue uma régua e meça pra ver se você<br />

se encaixa na média. Mas independente de<br />

tamanho, o ideal é você saber como usar o<br />

seu pênis, pois isso sim é que faz diferença para<br />

as mulheres.<br />

Estou apaixonada pelo meu padrasto. Ele e<br />

minha mãe estão juntos há pouco mais de um<br />

ano e desde que começaram a namorar, eu já<br />

sentia atração por ele. E com o tempo só<br />

piorou. Pensei que fosse algo passageiro, mas<br />

sofro muito com isso. Dói ter que vê-lo com<br />

minha mãe, apesar de eu querer que ela seja<br />

feliz. E o pior é que eu sinto que ele sabe que<br />

sou apaixonada por ele. Não sei mais o que<br />

fazer. Como posso lidar com essa situação?<br />

P.A. aluna da UNIBAN<br />

Resposta: Na real! Você deve esquecer esse<br />

cara e se envolver com outro, afinal de contas<br />

a pessoa que está com ele é sua mãe. Tem<br />

paixão que é melhor esquecer, não vale<br />

apostar. Além do mais, olha a situação que você<br />

pode causar se insistir nesta idéia. Sua mãe<br />

ficará muito magoada com você, sua família<br />

vai te achar uma pessoa muito cruel e você<br />

corre até o risco de perder algumas amigas.<br />

Elas podem pensar: “se a menina faz isso com<br />

a própria mãe, imagine com a gente”. Não<br />

adianta dizer que o cara também corresponde,<br />

fazer a coisa certa depende de você. Então,<br />

desista da idéia e procure um cara legal, livre,<br />

leve e solto!!!<br />

Se você quer contar sua história ou<br />

solucionar alguma questão relacionada a sexo,<br />

relacionamento e outros assuntos é só enviar<br />

um e-mail para folha_universitaria@uniban.br<br />

13


14<br />

estági estágios<br />

estági estágios os<br />

Para as vagas que não estão com os códigos,<br />

os coordenadores de cada curso estão aptos a<br />

prestarem informações aos alunos.<br />

Os alunos devem entrar em contato pelo<br />

site www.ciee.org.br ou telefone: 3046-8211<br />

113 vagas de ADMINISTRAÇÃO DE<br />

EMPRESA – Cód. 00052180P.<br />

15 vagas de PEDAGOGIA – Cód. 00053080P<br />

07 vagas de TURISMO.<br />

34 vagas de CIÊNCIAS CONTÁBEIS.<br />

26 vagas de TECNOLOGIA EM GESTÃO DE<br />

PESSOAS.<br />

25 vagas de ANÁLISE DE SISTEMAS.<br />

01 vaga de ENFERMAGEM.<br />

11 vagas de TEC. EM PROCESSAMENTO DE<br />

DADOS.<br />

cla classific cla classificados<br />

ssific ssificados<br />

ssific ados<br />

Vende-se Marea HLX 2.0 20v 1999, preto completo. Doc.<br />

ok. Valor: R$ 21.750,00. Gustavo. Tel.: (011) 3681-3107.<br />

E-mail. turcaohaddad@ig.com.br<br />

Vende-se 2 livros de informática: Introdução a Internet<br />

(SENAC) e Microsoft Windows 98, NT Workstation 4.0.<br />

(SENAC). Os dois possuem CD-ROM. Valor: R$ 30,00.<br />

Pámela. Tel.: (11) 7327-0722 / 6726-6175. E-mail.<br />

pamelacute@gmail.com<br />

Vende-se Berlingo 1.8 Multispace. Ano 00/00 - Prata -<br />

Gasolina. Ótimo estado. Completo. Tel.: (11) 6917.5522<br />

/ 8415.3716. Luciana. E-mail.<br />

luciana@famadeeventos.com.br<br />

Vende-se freezer horizontal, marca Cônsul, 204 litros,<br />

seminovo. Valor: R$ 500,00. Vânia. Tel.: (11) 8102-1653<br />

– Vânia. E-mail. comercial@famadeeventos.com.br<br />

Vende-se computador IMac 233 - 120Mb com teclado e<br />

mouse. Com Mac OS 9.2.2 instalado + outros aplicativos.<br />

Valor: R$ 500,00. Ana. Tel.: (11) 9857-9419. E-mail.<br />

amforin@superig.com.br<br />

Vende-se Computador IBM Pentiun II, Hd 4.3gb, 64mb<br />

de memória, leitor de cd rom, floppy 1.44, placa de rede,<br />

som e vídeo onboard, teclado, mouse, caixas de som.<br />

Valor: R$ 700.00. Alex. Tel.: (11) 3439-3939.<br />

NUBE oferece 650 oportunidades de estágio nesta semana<br />

Para consultar as oportunidades de estágio os estudantes devem acessar o site<br />

www.nube.com.br.<br />

No site é possível cadastrar o currículo gratuitamente e concorrer a centenas de oportunidades<br />

de estágio todo dia.<br />

Caso alguma das oportunidades abaixo esteja adequada ao seu perfil anote o código OE e<br />

ligue para (11) 4501-1850.<br />

Os serviços aos estudantes são gratuitos.<br />

Estágio para Marketing – 5° ao 6° semestre - BA 1000,00 – OE 33944.<br />

Estágio para Administração/Marketing-3° ao 6° semestre – BA 550,00- OE 33950.<br />

Estágio para Comunicação Social – 3° ao 6° semestre – BA 900,00 – OE 33812.<br />

Estágio para Engenharia Civil – 6° ao 8° semestre – BA 600,00 – OE 33949.<br />

Estágio para Análise de Sistemas – 3° ao 7° semestre – BA 813,00 – OE 33929.<br />

Estágio para Psicologia – 6° ao 7° semestre – BA 1252,78 – OE 33830.<br />

Estágio para Adm. Gestão em Com. Exterior – 1° ao 7° semestre – BA 650,00 – OE 29923.<br />

Estágio para Administração – 1° ao 6° semestre – BA 550,00 – OE 33619.<br />

Estágio para Ensino Médio – 1° ao 4° semestre – BA 350,00 - OE 33939.<br />

Vende-se Matricial Epson FX-1170 132 Colunas, ótima<br />

para nota fiscal. Cabeça nova e revisada a pouco tempo.<br />

Valor: R$ 200,00. Bruno. Tel.: (11) 7674-9900 / 3609-<br />

2374 (após as 22:30). E-mail. bruno.bnrfiles@gmail.com<br />

Vende-se Palio 1.6 – 8v, 1999, azul, completo + rodas,<br />

trava, alarme e cd. Valor: R$ 17.200,00. Marcelo. Te.:<br />

(11) 8184-9851.<br />

Vende-se guitarra Eagle na cor preta com fundo branco<br />

(possui alavanca). Junto a pessoa leva uma caixa meteoro<br />

com 20 rms. Obs: a guitarra nunca foi usada. Valor: R$<br />

400,00. Vanessa. Tel.: (11) 7438-3480. E-mail.<br />

vpalma@est.oabsp.org.br<br />

Ofereço carona para universitário da <strong>Uniban</strong> de Osasco,<br />

que reside nas regiões do Butantã, Rio Pequeno, Jd.<br />

Bonfiglioli, Jd.Guaraú, Jd. Rosa Maria. Vila Borges. Junior.<br />

Tel.: (11) 9721-0201. E-mail. junior.rhemana@ig.com.br.<br />

Vendem-se ovos de páscoa diversos sabores: trufado,<br />

prestígio, brigadeiro, tipo sonho de valsa e ferrero roche.<br />

Temos Cestas, Corações e Chocolates Eróticos. Éster /<br />

Anne. Tel.: 6912-9289 / 9380-8688.<br />

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Cidade de Itú ou Sorocaba aos sábados - Campos Marte.<br />

Andréia. Tel.: (15) 9726-1484. E-mail: ribertto@ig.com.br<br />

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RA (aluno), RGF (funcionário) e e-mail<br />

Vende-se máquina de escrever (processador de<br />

texto) Brother AX 525 com visor de 16 dígitos, ótimo<br />

estado, fita nova e manual. Comporta folha A3, uso em<br />

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E-mail. alexileke@yahoo.com.br<br />

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matemauni@ibest.com.br<br />

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(com cabo USB + manual do proprietário + capa de<br />

couro), pouco uso. Valor: R$ 350,00. João. Tel.: (11) 9233-<br />

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estudem na <strong>Uniban</strong> Campus Marte, tenho 3 vagas no<br />

carro para volta, deixo próximo de casa (período noturno).<br />

Luciana. Tel.: (11) 9527-5411<br />

classificados@uniban.br<br />

CLASSIFICADOS<br />

CLASSIFICADOS


TV UNIBAN<br />

ENTREVISTA<br />

Mães que maltratam os filhos<br />

Áries – 21/03 a 20/04<br />

Conclua seus planos com relação à pessoa<br />

amada. Este é o momento de ultrapassar<br />

barreiras e ser feliz, mas para isso precisará<br />

esquecer o passado. Na vida profissional colherá os<br />

resultados do que foi empreendido nos últimos meses.<br />

Dica da semana: valorize a introspecção e a<br />

contemplação. Fique no seu canto.<br />

Touro – 21/04 a 20/05<br />

Seu par irá apreciar sua lealdade, pois<br />

você tem o dom de engrandecer as<br />

pessoas que ama. Dê mais ênfase ao<br />

trabalho coletivo no ambiente profissional, pois valoriza<br />

as idéias. Dica da semana: cultive os laços de amizade<br />

e de companheirismo, para entrar em sintonia com<br />

pessoas afins.<br />

Gêmeos - 21/05 a 20/06<br />

Peça ajuda ao seu amor e todos os<br />

empecilhos serão resolvidos com muita<br />

clareza. Você passa por um período<br />

profissional importante de realização e o<br />

reconhecimento. Conquiste seu espaço. Dica da<br />

semana: cuide do seu lado espiritual para não perder<br />

coisas que realmente valem a pena.<br />

Câncer – 21/06 a 21/07<br />

Aproveite os bons momentos junto da<br />

pessoa amada. Curta esta felicidade. Se<br />

tiver a possibilidade de realizar viagens<br />

de estudos vá em frente, pois poderá favorecer seus<br />

entretenimento<br />

entretenimento<br />

Canal Universitário: 11 NET e 71 TVA<br />

(HORÁRIO EXCLUSIVO PARA SÃO PAULO)<br />

horóscopo<br />

objetivos profissionais. Dica da semana: momento<br />

propício ao desenvolvimento da espiritualidade, fé e<br />

sensibilidade.<br />

Leão – 22/07 a 22/08<br />

Grandes mudanças no lado sentimental<br />

irão deixar sua vida mais movimentada,<br />

mas não perca o foco dos seus<br />

ideais.Trabalhe com mais determinação e poderá<br />

surpreender-se com os resultados. Dica da semana:<br />

renove suas energias deixando os sentimentos fluírem.<br />

Compartilhe suas emoções com pessoas queridas.<br />

Virgem - 23/08 a 22/09<br />

Cultive a sintonia emocional e espiritual<br />

para não haver um rompimento amoroso<br />

definitivo. Compreenda as razões dos<br />

colegas de trabalho, pois desta forma o ambiente ficará<br />

mais positivo. Dica da semana: não se faça de vítima,<br />

você tem tendência a bancar o papel de mártir.<br />

Libra – 23/09 a 22/10<br />

O seu relacionamento amoroso está<br />

passando por um momento de decisão.<br />

Pense no que irá fazer a respeito disso.<br />

As mudanças que estão acontecendo na vida<br />

profissional darão um novo rumo à carreira. Dica da<br />

semana: cuide da saúde mental e do espírito para<br />

melhorar a qualidade de vida.<br />

Escorpião – 23/10 a 21/11<br />

Tudo está ao seu favor na vida sentimental.<br />

Use a criatividade e imaginação para deixar<br />

sua paixão de “queixo caído”. Preste<br />

atenção às pessoas que convivem contigo no ambiente<br />

de trabalho, pois algumas atitudes poderão decepcionálo.<br />

Dica da semana: não permita que alguns problemas<br />

interfiram na vida afetiva.<br />

PROGRAMAÇÃO:<br />

www.uniban.br<br />

Destaques de 27 de março a 04 de abril de 2006<br />

Como se explica o comportamento<br />

de mulheres que rejeitam<br />

seus filhos? Os casos<br />

de crianças abandonadas pelas<br />

mães, como a da mãe que<br />

jogou sua filha no rio, dentro de um saco plástico.<br />

As docentes da UNIBAN Ana Maria Ferreira,<br />

psicóloga e coordenadora acadêmica do campus<br />

MB II, e Tânia Gandolfo, de Psicologia da Educação,<br />

discutem o tema no programa Entrevista.<br />

Horário: 2ª: 9h, 4h30, 3ª: 22h, 4ª: 15h30,<br />

5ª: 9h, 4h30, 6ª: 22h, Sáb.: 15h30, Dom.: 9h, 4h30<br />

Imagens: André Martins/TV UNIBAN<br />

ENTREVISTA<br />

Hebiatria<br />

A hebiatria é uma especialidade<br />

que surgiu nos EUA e<br />

na Europa na década de 50<br />

para tratar adolescentes. Essa<br />

fase que se estende dos 10<br />

aos 20 anos, cheia de novidades, mudanças físicas<br />

e psicológicas, é explicada pelo médico especialista<br />

dr. Maurício de Souza Lima, que também<br />

fala sobre seu livro, Filhos crescidos, pais enlouquecidos.<br />

Horário: 2ª: 15h30, 3ª: 9h, 4h30, 4ª: 22h,<br />

5ª: 15h30, 6ª: 9h, 4h30, Sáb.: 22h, Dom.: 15h30<br />

REPÓRTER UNIBAN<br />

Síndrome de Down<br />

Conheça a história do jornalista<br />

Giba Um, que após o<br />

nascimento de seu filho, portador<br />

de Síndrome de Down,<br />

desbravou um assunto que<br />

ainda era tabu na década de 80, e foi responsável<br />

pela criação do Projeto Down. Acompanhe<br />

mais relatos de histórias comoventes de portadores<br />

desta doença, as dificuldades enfrentadas<br />

pela família e como é a vida dessas pessoas.<br />

Horário: 2ª: 23h30, 4ª: 11h30, 5ª: 0:30,<br />

Sáb.: 17h<br />

Texto: Ana Carolina Ushirobira é aluna do 3.º ano de Jornalismo da UNIBAN<br />

Sagitário – 22/11 a 21/12<br />

A sensibilidade poderá atrapalhar seu<br />

relacionamento com a pessoa amada.<br />

Controle suas emoções. Seja mais<br />

objetivo no campo profissional e desta forma<br />

poderá concluir alguns trabalhos que ficaram<br />

pendentes durante o mês. Dica da semana:<br />

pratique algumas atividades que busquem o<br />

equilíbrio emocional.<br />

Capricórnio – 22/12 a 20/01<br />

Fale claramente com a pessoa amada<br />

sobre seus planos, mas cuidado para<br />

não se machucar. Não crie falsas<br />

esperanças na vida profissional, pois para<br />

alcançar seus objetivos precisará de muito esforço<br />

e dedicação. Dica da semana: use seu lado<br />

sensível para entender algumas situações.<br />

Aquário – 21/01 a 19/02<br />

Veja o que realmente importa para<br />

sua vida amorosa e não se lamente<br />

com as decisões tomadas. Pense no<br />

seu crescimento profissional e não se questione<br />

sobre assuntos financeiros, pois tudo se resolverá<br />

a seu tempo. Dica da semana: dê mais<br />

importância ao lado sentimental. Não desenvolva<br />

a avareza.<br />

Peixes – 20/02 a 20/03<br />

Sua vida amorosa está passando por<br />

mudanças radicais. Permita que as<br />

energias positivas reinem neste<br />

relacionamento. As atitudes no ambiente<br />

profissional serão fundamentais para o bom<br />

andamento das tarefas diárias. Dica da semana:<br />

respeite seu lado sensível, mas torne-se uma pessoa<br />

mais acessível.<br />

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entretenimento<br />

entretenimento<br />

CHARGE PALAVRAS CRUZADAS<br />

Promoção<br />

José de Alencar<br />

Concorra aos livros Lucíola, Cinco Minutos e a Viuvinha e Diva do escritor<br />

José de Alencar. É mandar um e-mail para folha_universitaria@uniban.br<br />

com a resposta correta da seguinte pergunta:<br />

Qual dessas peças foi a primeira incursão de José de Alencar no teatro?<br />

a) O Crédito<br />

b) O Demônio Familiar<br />

c) Verso e Reverso<br />

Não esqueça de acrescentar nome, RA<br />

(alunos) ou RGF (funcionários), curso e<br />

campus. O nome do vencedor do kit com<br />

três livros sai na próxima edição da <strong>Folha</strong><br />

Universitária.<br />

Nomes da promoção Trama Universitário<br />

Seguem abaixo os nomes dos vencedores dos kits Trama Universitário<br />

que contêm camiseta, chaveiro, pingente de celular, revista e adesivo. O<br />

prêmio pode ser retirado a partir de quinta-feira nas respectivas secretarias<br />

de campus.<br />

· Tatiane Toshie Nice, do curso de Arquitetura e Urbanismo do<br />

campus MR<br />

· Julia Moreira Luz, do curso de Comunicação Empresarial do campus<br />

MB II<br />

· Marciano Alves de Sousa, do curso de Biomedicina do campus MC<br />

· Olavo Maciel, bibliotecário do campus CL<br />

Na próxima edição da <strong>Folha</strong> Universitária:<br />

Matéria de Capa<br />

Correpondentes Internacionais<br />

Entrevista<br />

Carlos Heitor Cony

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