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ESPORTE ESPETACULAR

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Pontodefuga<br />

sado,mas que os bons ventos,segundo<br />

os chilenos,levaram as lavas para<br />

o lado da Argentina.<br />

O Salar fica no território de Lickan-<br />

Antay e é um impressionante mar duro<br />

e branco de sal de 3.200 quilômetros<br />

quadrados. Lá estão 40% das reservas<br />

mundiais de lítio e é tão ofuscante<br />

que fica difícil caminhar sem<br />

óculos escuros.O calor sobe pelas pernas,<br />

entra nas narinas e toma conta<br />

de tudo.Valha-nos! Apesar do ambiente<br />

ressecado,lagunas de águas verdes<br />

emergem do solo (detalhes técnicos<br />

do fenômeno,que incluem rochas subterrâneas,<br />

me obrigariam a chamar<br />

outro filho...),onde caitís,chorlos,plajeros<br />

(são pássaros, não frutas) e flamingos<br />

se alimentam.<br />

À tarde, após um descanso no hotel,<br />

saímos para assistir ao pôr-do-sol<br />

no Vale da Lua e no Vale da Morte (que<br />

o guia insiste ser Vale de Marte,<br />

transformado em Morte pelo sotaque<br />

de estrangeiros).O Vale da Lua é a foto<br />

que abre a reportagem – algo tão<br />

espetacular e emocionante que,à beira<br />

do precipício,muita gente pensa na<br />

vida,no universo e acaba em lágrimas.<br />

Depois,seguimos para o Vale da Morte.Caminhamos<br />

por uma trilha de areias<br />

cinzas cavalgadura acima<br />

para chegar a um lugar,<br />

segundo o guia,secreto.<br />

A viagem exige gosto por<br />

caminhadas. Do alto vimos<br />

do outro lado do vale todos<br />

os turistas, enquanto estávamos<br />

em um ponto privilegiado,de<br />

onde se via o sol descer<br />

lentamente,mudando as cores<br />

na geografia ondulada, como<br />

um caleidoscópio. Na descida,<br />

uma surpresa – uma happy hour<br />

50 51 C Y R E L A<br />

foi instalada pelo guia e motorista nas areias avermelhadas e pudemos beber vinho,beliscar<br />

amêndoas e rir de tamanha extravagância no deserto.<br />

Os passeios são organizados de maneira a impressionar de maneira crescente.<br />

O terceiro dia foi extraordinário.Fomos aos gêiseres del Tatio.O hotel nos enviara<br />

em São Paulo recomendações de roupas para frio abaixo de zero e roupas de banho<br />

para esse passeio. Era intrigante que um só passeio contivesse ambas as roupas.Enfim,saímos<br />

às 5 da manhã.Estava frio,mas nem tanto,mesmo assim,por precaução<br />

preferimos beber o chá de coca que habitualmente ficava na bancada do<br />

café,pois sabíamos que o ônibus nos levaria a uma altitude de 4.320 metros.<br />

Ao chegar lá no alto,o clima estava 4 graus abaixo de zero.Nessa altura,há quem se<br />

sinta mal – meu marido teve dores de cabeça.Mas o mais comum,e nada incômodo,<br />

é a respiração tornar-se ofegante.Adiante,em uma grande planície esfumaçada,o show:<br />

aos primeiros raios de sol,jorros de água a 85 graus centígrados são cuspidos da terra<br />

a uma altura de 3 metros,por contados 6 minutos no relógio.Ao final deles,os borrifos<br />

secam,para recomeçar em 3 minutos cronometrados.Cada cratera tinha seu tempo<br />

e sua manifestação de água – umas mais baixas,outras mais altas.A água profunda<br />

passa por pedras vulcânicas a temperaturas altíssimas, que em contato com o ar<br />

abaixo de zero,cria um fumacê de vapor em toda a área.Impressionante.<br />

Policiais posam diante da<br />

única tinta permitida nas<br />

construções da cidade<br />

(abaixo) e a praça de<br />

Tucanao, às 3 da tarde:<br />

tudo de pedra

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