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As metáforas farmacoquímicas<br />
com que vivemos
<strong>Garamond</strong><br />
U n i v e r s i t á r i a<br />
<strong>Garamond</strong> Universitária<br />
Conselho Editorial<br />
Bertha K. Becker<br />
Candido Mendes<br />
Cristovam Buarque<br />
Ignacy Sachs<br />
Jurandir Freire Costa<br />
Ladislau Dowbor<br />
Pierre Salama
OrLAnDO COSer<br />
As metáforas farmacoquímicas<br />
com que vivemos<br />
Ensaios de metapsicofarmacologia<br />
<strong>Garamond</strong>
Copyright © 2010, Orlando Coser<br />
Direitos cedidos para esta edição à<br />
editora <strong>Garamond</strong> Ltda.<br />
rua da estrela, 79 – 3º andar<br />
CeP 20251-021 – rio de Janeiro – Brasil<br />
Telefax: (21) 2504-9211<br />
e-mail: editora@garamond.com.br<br />
website: www.garamond.com.br<br />
Preparação de originais e revisão Carmem Cacciacarro<br />
Projeto gráfico e capa estúdio <strong>Garamond</strong> / Anderson Leal<br />
CIP-BrASIL. CATALOGAÇÃO-nA-FOnTe<br />
SInDICATO nACIOnAL DOS eDITOreS De LIVrOS, rJ<br />
A225<br />
Agroecologia : um novo caminho para extensão rural sustentável ; Suzi Huff<br />
Theodoro, Laura Goulart Duarte, João nildo Viana (orgs.). - rio de Janeiro :<br />
<strong>Garamond</strong>, 2009.<br />
236p. - (Terra Mater)<br />
Inclui bibliografia<br />
ISBn 978-85-7617-168-3<br />
1. extensão rural. 2. Agricultura sustentável. I. Theodoro, Suzi Huff, 1959-. II.<br />
Duarte, Laura Maria Goulart. III. Viana, João nildo. IV. Série.<br />
09-4860. CDD: 630.715<br />
CDU: 374.72:631<br />
15.09.09 23.09.09 015276<br />
Todos os direitos reservados. A reprodução nãoautorizada<br />
desta publicação, por qualquer meio, seja total<br />
ou parcial, constitui violação da Lei nº 9.610/98.
Sumário<br />
Agradecimentos 7<br />
Apresentação 9<br />
Breve história dos tratamentos da alma e de<br />
suas formas metaforizantes 15<br />
Maravilhas curativas 37<br />
Psiquiatras de todo o mundo, uni-vos! O discurso<br />
revolucionário na psiquiatria 47<br />
Ontologização das metáforas farmacoquímicas 59<br />
A voz do dono: Anúncios institucionais 67<br />
Como se lança uma droga maravilhosa. Um case publicitário 81<br />
Quanto de publicidade tem um medicamento? 99<br />
Princípios da ação metapsicofarmacológica 109<br />
Post-scriptum sobre o século e seus dispositivos de controle 121<br />
Bibliografia 127
Agradecimentos<br />
Diferente dos meus livros anteriores, cuja elaboração seguiu uma via onde<br />
eles foram pensados, desenvolvidos e divulgados num contexto institucional<br />
e acadêmico, este segue um caminho distinto. nasceu a partir de uma conversa,<br />
numa manhã de domingo, com o comentário de Leda, minha mulher,<br />
acerca de algo que via numa das revistas que suplementam os jornais. Como<br />
são engenhosos estes anúncios!, disse, e me mostrou a revista. não sei bem<br />
porque meu cérebro concatenou uma ligação entre a propaganda que ela<br />
mostrava – de xampu, me lembro bem –, e o campo psicofarmacológico, mas<br />
o fato é que isto, mais de vinte anos atrás, fez nascer a idéia deste estudo.<br />
na mesma ocasião, o diálogo entre uma bela menina de cinco anos e sua<br />
mãe ecoou a idéia. Mãe, aqui diz que esse xampu deixa os cabelos sedosos<br />
e macios. Sua mãe, tarimbada linguista, responde no ato: Você está certa,<br />
minha filha. Diz que.<br />
Ao longo de muitos anos eu não apenas conservei a idéia, como ela<br />
foi cultivada, alimentada. e ela sucessivamente retornava, me convocando<br />
à ação. Foi assim até que em meados de 2005 eu me coloquei uma questão<br />
decisiva: ou faz o projeto, ou larga de lado. Decidi agir. e todos os meus<br />
me apoiaram.<br />
Leda participou de diversas maneiras, tanto me deixando livre para<br />
achar caminhos, quanto como sócia do empreendimento, contribuindo na<br />
escrita e revisão do texto.<br />
Os meus filhos, Francisco e Noel, participaram com a torcida e o interesse<br />
sempre vibrantes, contribuindo, direta e indiretamente, com sugestões,<br />
dicas, leituras etc.<br />
Minha irmã Stela me emprestou livros sensacionais. Outra irmã, Magda,<br />
que tem formação em publicidade, colocou sua biblioteca a minha disposição.<br />
Minhas outras irmãs e irmão me incentivaram, cada um do seu jeito.<br />
João Luiz, meu cunhado, acompanhou todo o processo, contribuindo<br />
de numerosas formas e com sugestões decisivas, tendo lido cuidadosamente<br />
o manuscrito.<br />
Cláudia noronha e Walter Clemente, grandes amigos, entusiastas do<br />
projeto desde o início, também leram o manuscrito e contribuíram com
longas e animadas conversas que sempre germinavam idéias fecundas e<br />
esclareciam pontos obscuros.<br />
João Barbosa e Marlene Braz também me emprestaram livros e idéias<br />
generosas.<br />
Com os meus pacientes pude aprender muito, e descobrir possibilidades<br />
de encantamento do mundo muito além da química.<br />
A todos os meus agradecimentos. Para Leda, o livro é dedicado.<br />
Grande parte da pesquisa que resultou neste livro foi efetivada no<br />
Instituto Fernandes Figueira / Fiocruz, razão pela qual agradeço em particular<br />
aos funcionários da biblioteca e à direção do IFF.<br />
Parte da pesquisa foi apresentada em conferência na VII Jornada do<br />
espaço Brasileiro de estudos Psicanalíticos, “A dor no mundo”, em 17 de<br />
maio de 2008.<br />
Agradeço à Faperj pelo auxílio para a publicação.
Apresentação<br />
A força das metáforas na expressão do pensamento é largamente reconhecida,<br />
mas elas também são decisivas na percepção que temos do mundo,<br />
influindo no modo como pensamos o que vemos e inclusive no que iremos<br />
ver. A percepção não é imediata nem neutra, e sim filtrada pelas nossas<br />
metáforas, pessoais e coletivas. Mesmo o que supomos como o nosso mais<br />
íntimo é atravessado por tais metáforas. este conjunto metaforizante pode<br />
ser pensado como superposto ao que numa outra referência teórica se designa<br />
como o imaginário. Que não se resume ao campo do especular nem<br />
ao modo como ele é estudado por Lacan, embora comumente seja traduzido<br />
nestes termos. reducionista, tal concepção empobrece a riqueza existente<br />
neste campo de questões, empobrecimento que acomete indistintamente<br />
psiquiatras, psicanalistas, sociólogos, antropólogos e outros.<br />
Existem aqui problemas que ocupam a reflexão filosófica desde sempre:<br />
“O que posso conhecer?”, “como?”, problemas não somente filosóficos ou<br />
epistemológicos mas que a todos envolvem ao referir o que se encontra<br />
em questão na própria possibilidade do conhecimento, na intimidade do<br />
processo através do qual conhecemos as coisas do mundo e da vida. na<br />
impossibilidade de conhecermos a “coisa em si” (Kant, 1787), operamos com<br />
imagens, representações, fantasias, metáforas. Tais metáforas são datadas,<br />
e assim também o conhecimento. Considere-se o seguinte trecho:<br />
nós criamos ferramentas e então nos moldamos a suas imagens. 1 O mecanismo<br />
dos relógios no século XVII inspirou metáforas mecanicistas (“o coração é<br />
uma bomba”) tal como o desenvolvimento dos dispositivos de autorregulação<br />
da metade do século 20 resultou na imagem cibernética (“o cérebro é um<br />
computador”). (Brockman, 1999)<br />
Hoje, início do século 21, pensamos que os comportamentos são regulados<br />
pelo cérebro, e que este seja neuroquímico. não passa de uma analogia,<br />
1. “nós moldamos nossas ferramentas e, depois, as nossas ferramentas nos moldam” (We<br />
shape our tools and thereafter our tools shape us). A frase é de Lewis Lapham, na introdução<br />
que escreve para Understanding media (McLuhan, 1964, p. IX), e esta nota não se encontra<br />
no texto de Brockman, sou eu que acrescento.
mas uma analogia poderosa dada a força da metáfora neuroquímica no imaginário<br />
contemporâneo. e a analogia equivale a um pharmakon (Stengers<br />
& Bensaude-Vincent, 2003, p. 15), palavra que, em grego, significa tanto<br />
remédio como veneno. 2 Tudo isso é datado, e certamente richard rorty tem<br />
razão em conceber a história da linguagem, das artes e das ciências como a<br />
história das metáforas que elas introduzem (rorty, 1993, p. 38). não sendo<br />
o mundo movido apenas por ideias, o que estas ideias, metáforas e analogias<br />
fomentam, têm que produzir royalties, commodities, lucros. Como isso se<br />
passa no campo da produção, circulação e consumo de psicofármacos?<br />
no plano econômico, a indústria farmacêutica funciona pelo capital,<br />
o que exige que os pharmakon que ela produz tenham que ser consumidos;<br />
no plano farmacoquímico, funciona pela química e física das investigações<br />
moleculares; no propagandístico, por ícones, analogias e metáforas. Sua<br />
disseminação no meio profissional e social cria representações do viver e<br />
instaura políticas de produção subjetiva que nelas se fundamentam, constituindo<br />
uma encarnação das metáforas. nós criamos ou damos consistência<br />
imaginária para essas metáforas, que, encarnadas, são vividas como o grande<br />
enigma (ou a grande resposta) que governa a vida de cada um – a serotonina,<br />
a endorfina…, metáforas farmacológicas com as quais se vive. 3 O que isso<br />
faz em mim? É a pergunta de sempre, de todos os humanos. ela hoje não<br />
encontra como resposta uma dimensão subjetiva, mas um vazio subjetivo:<br />
quem padece é o neurônio.<br />
no uso que farei da metáfora, conceito fundamental da semiótica, me<br />
interessa sublinhar não a distinção entre metáfora conceitual, linguística e<br />
seus outros desdobramentos, como fazem Lakoff & Johnson (1980), nem<br />
uma figura de estilo, como na retórica de Aristóteles (que aliás é o sentido<br />
restrito que lhe é dado, habitualmente, nos nossos dicionários), mas um<br />
poder metaforizante em ação no campo discursivo que habitamos. Para<br />
isso, a leitura que a psicanálise faz da questão, principalmente a partir de<br />
Lacan, é fundamental, e me servirá de bússola. Guiado por ela não farei<br />
diferença entre os conceitos de metáfora, analogia, símile etc., que serão<br />
2. Além de encanto, feitiço, fascinação, droga, fórmula, amuleto, medicamento, substância,<br />
magia, cor artificial, verniz, filtro, seguindo as pistas de Jacques Derrida, que traça os múltiplos,<br />
indecidíveis e ambivalentes sentidos atribuídos a este termo nos diálogos de Platão<br />
(Derrida, 1997, p. 14).<br />
3. este título é uma menção ao clássico trabalho de Lakoff & Johnson (1980), o que não<br />
significa concordância com as suas teses.<br />
10 Orlando Coser
utilizados para analisar o conjunto de recursos simbólicos e imagéticos<br />
usados para descrever a ação dos medicamentos e seus efeitos sobre o<br />
comportamento.<br />
As metáforas farmacoquímicas funcionam como uma novilíngua, só que<br />
ao revés: em vez de impedir o uso de certas palavras, termos ou expressões,<br />
como em 1984, obra de George Orwell (1998), ela os impõe, instituindo<br />
um discurso, uma linguagem, uma forma de dizer que instrui as sintaxes do<br />
viver e instaura novas formas de satisfação e/ou de gerenciamento de economias<br />
subjetivas, pulsionais, orgânicas, libidinais… Fomenta-se a partir<br />
daí uma tendência a perceber o mundo com base nos clichês divulgados, e<br />
o hábito de pensar por estereótipos. Um destes, muito prestigiado, ensina<br />
que medicamento bom é medicamento novo, isto é, o último, o recém-lançado.<br />
O movimento de renovação que isso introduz na economia acarreta<br />
o (e depende do) obsoletismo psicológico dos medicamentos já existentes<br />
(Dupuy & Karsenti 1979, especialmente capítulo 7).<br />
No campo científico, a uma produção de saber sucede outra, o que<br />
faz com que a produção científica seja volátil. Isso que é uma verdade na<br />
academia também o é no campo social, onde tudo se torna volúvel. Talvez<br />
seja uma maneira de acompanhar a incessante produção industrial. Os<br />
resultados não demoram. na medida em que o emprego, por exemplo, se<br />
torna inconstante, a insegurança dos trabalhadores não tarda a explodir.<br />
Acompanhando a tendência da ordem econômica instaurada e disseminada<br />
pelo capital globalizado, as carreiras também se tornam voláteis, e os efeitos<br />
são claros e imediatos: entrevistas realizadas no Brasil com executivos<br />
de 350 empresas mostram que 84% deles são infelizes no trabalho, 76%<br />
acessam email profissional fora do horário de trabalho, 58% acham que os<br />
cônjuges estão descontentes com seu ritmo excessivo de trabalho, e assim<br />
por diante (ÉpocaNegócios, mai. 2007, p. 46-72).<br />
A ideia de que os artigos científicos são voláteis, o que é um fato<br />
empírico e acadêmico, decorre de inúmeros fatores, entre os quais as<br />
incessantes possibilidades e exigências de renovação no campo científico.<br />
Reconhecer tal fato não significa culpar nem os pesquisadores nem suas<br />
investigações; apenas diferenciar o discurso científico do modo como ele<br />
circula na mídia, onde não há espaço para a dúvida, e cria-se, a partir dele,<br />
uma moral de base científica que funciona como um imperativo, e que<br />
sempre apela ao novo.<br />
A realidade clínica, no entanto, acompanha, além destes valores atuais<br />
do mercado de bens – teóricos, conceituais, instrumentais, materiais –, a<br />
As metáforas farmacoquímicas com que vivemos 11
história. razão pela qual uma genealogia da produção desses conceitos,<br />
verdades, produtos, tem um sentido que alcança, para além da rememoração,<br />
a própria intimidade da clínica. Assim, a pretensão de desnudar as estratégias<br />
discursivas através das quais um determinado campo científico – no caso<br />
aqui, o da psicofarmacologia – se apresenta publicamente, encontra sua<br />
dignidade ética e clínica ao nos permitir elucidar as operações não apenas<br />
laboratoriais e científicas, mas também metaforizantes, que a descoberta<br />
científica inclui. Acerca deste ponto, é oportuno frisar que na intimidade<br />
tecidual da descoberta científica está em ação a construção de metáforas<br />
conceituais. elas não são apenas (mas são também) um a mais, um excedente<br />
que se acrescenta à descoberta. Desse modo, pode ser fecundo indagar esse<br />
saber, mesmo antigo, e mesmo que do ponto de vista da volatilidade acadêmica<br />
seja considerado “fora de mercado”, podendo assim não interessar<br />
à academia. Isso porque eles contam uma verdade que se configura como<br />
um capítulo censurado da história oficial da disciplina em questão, razão<br />
mais que suficiente para indagá-lo com as ferramentas da psicanálise.<br />
esta é também uma razão para não referendar a ideia de que as publicações<br />
acima mencionadas seriam destinadas à vaporização, tendência<br />
comum. 4 Observe-se o paradoxo aqui existente. De um lado, a volatilidade<br />
acadêmica, que permanentemente exige novidades e determina a perecibilidade<br />
dos produtos que fabrica, numa espécie de obsoletismo programado,<br />
uma vez que são os produtos patenteados – isto é, novos –, que garantem os<br />
lucros de que a indústria depende. De outro, essas publicações constituem<br />
um arquivo histórico e, enquanto tal, pode ser reaberto, submetido a novas<br />
leituras, que assim farão os textos continuarem vivos, potencialmente ativos<br />
e inclusive ganharem novos sentidos. Folhas mortas, algo como o dejeto da<br />
produção acadêmica, podem assim ser recicladas e investidas de um capital<br />
significante, eventualmente rentável.<br />
Tais processos, portanto, além de filosóficos, científicos e criativos,<br />
são também marcados pela história. e marcados, igualmente, por uma<br />
característica inusitada dos processos históricos, de se autoatribuírem a<br />
chancela natural. É natural que seja assim! Tomemos como exemplo a<br />
biologia. É natural para os biólogos que o organismo seja apreendido a<br />
partir da metáfora da máquina. no século 17, onde dominava a ideologia do<br />
universo da precisão e o relógio de Huygens (1659) era o objeto de desejo<br />
4. “Caráter perecível deste tipo de pesquisa”, reconhece acertadamente Serpa Jr. (1999, p.<br />
281).<br />
12 Orlando Coser
universal das ciências, Harvey descobria a circulação sanguínea (1628), e<br />
a metáfora mecanicista do coração como uma bomba era natural. Com a<br />
evolução da física, o declínio da mecânica e o surgimento das teorias da<br />
relatividade e da física quântica, modifica-se o horizonte filosófico e metafórico<br />
dos processos de conhecimento. Somos, desde a metade do século 20,<br />
levados a pensar em termos de autorregulação, feedback, códigos de informação,<br />
DnA, neuro-hormônios, receptores sinápticos. O coração continua<br />
bombeando, mas na ultracontemporaneidade ele não é mais apenas uma<br />
bomba. Do mesmo modo, e pelas mesmas razões, o eu não é mais apenas<br />
um exercício do pensar, uma metáfora não mais apenas uma metáfora. Até<br />
então soberano – Penso, logo Sou –, o eu se virtualizou, fragmentando-se.<br />
e passou a ser adornado de numerosos instrumentos auxiliares: próteses,<br />
gadgets diversos para comunicação (celular, smart phones, blogs …), e<br />
aditivos químicos. Para dormir, Somnil, para despertar, Alegril, para transar,<br />
Tesil, em caso de dor, Doril. nada mais natural. Também essas metáforas<br />
são conjunturais e históricas.<br />
A força e a gravidade destes raciocínios precisam ser demonstrados. É<br />
o que me levou a recensear a produção discursiva metaforizante no campo<br />
da psicofarmacologia e se lerá a seguir. 5<br />
5. Disclaimer: todas as marcas comerciais mencionadas são propriedade registrada dos seus<br />
respectivos proprietários. “Metáforas farmacoquímicas” é uma marca registrada do projeto<br />
“Modelos conceituais e metaforizantes em saúde mental”, que eu coordeno, e constitui o seu<br />
capítulo 1. Do capítulo 2, que se dedica à abordagem da genética psiquiátrica, uma pequena<br />
amostra pode ser encontrada em Coser (2003b).<br />
As metáforas farmacoquímicas com que vivemos 13