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COMISSIONAMENTO EM REDES INDUSTRIAIS VAZAMENTO EM ...

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comprometer a cortar gastos, privatizar mais, demitir 100<br />

mil funcionários públicos até 2015 e reduzir benefícios de<br />

milhares de aposentados. Assim como a Grécia, outros países<br />

enfrentam problemas na economia.<br />

Em fevereiro, a agência de classificação de risco Moody's<br />

rebaixou a nota de crédito de seis países: Itália, Portugal,<br />

Espanha, Malta, Eslováquia e Eslovênia. E colocou<br />

sob perspectiva negativa os ratings da França, Reino<br />

Unido e Áustria – o que significa que podem sofrer<br />

rebaixamentos. Culpa da incerteza sobre as condições<br />

de financiamento ao longo dos próximos trimestres e<br />

seu impacto correspondente no crédito. A avaliação de<br />

risco de investimento é um sistema de nota desenvolvido<br />

por agências de análise para alertar os investidores de<br />

todo o mundo sobre os perigos do mercado em que eles<br />

escolhem para aplicar seu dinheiro. A balança da zona<br />

do euro fechou 2011 com déficit (compras superiores<br />

que as vendas) de 7,7 bilhões de euros, segundo dados<br />

da Eurostat, a agência oficial de estatísticas do bloco.<br />

E as previsões para a economia em 2012 não são nada<br />

animadoras. Segundo a Comissão Europeia, este ano a zona<br />

do euro terá recessão. Oito dos 17 países terão queda no<br />

PIB, incluindo Espanha e Itália. Só a Grécia terá queda de<br />

4,4% do PIB em 2012, segundo a Comissão europeia. Será<br />

o quinto ano de recessão consecutiva na Grécia. Alguns<br />

economistas acreditam que a alternativa seria a Grécia<br />

abandonar a zona do euro. Isso levaria à volta de uma velha<br />

moeda desvalorizada. O turismo e as exportações gregas<br />

ganhariam competitividade no mercado internacional. Já as<br />

importações ficariam mais caras e o país precisaria aumentar<br />

a produção interna. Outros defendem que a saída da Grécia<br />

da União Europeia poderia ser traumática, com fechamento<br />

de bancos, inflação alta e mais desemprego. O bloco<br />

europeu perderia a credibilidade. E o efeito dominó atingiria<br />

outros países como Portugal, Espanha e até a Itália. O exministro<br />

da Fazenda, Maílson da Nóbrega, escreveu um<br />

artigo para a Revista Veja, de quem é colunista. No texto,<br />

intitulado "O desafio europeu", o economista questiona<br />

a resistência do euro à crise. Fala como surgiu a moeda e<br />

explica a importância dela para a Europa. Segundo Maílson,<br />

"o euro é o mais ousado projeto político da história. A<br />

integração permitiria à Europa enfrentar a ameaça soviética,<br />

negociar em pé de igualdade questões de segurança e<br />

comércio com os Estados Unidos, recuperar-se dos estragos<br />

da guerra e promover o estado de bem-estar social. Esses<br />

objetivos foram atingidos. A paz se consolidou." Ótimo.<br />

CRISE EUROPEIA reportagem<br />

Só que o texto pondera que "o euro nasceu sem as<br />

precondições para sustentar-se. O bloco não era uma área<br />

monetária ótima. Assimetrias de produtividade entre os<br />

países requereriam uma união fiscal, com um governo<br />

central forte e capaz de fazer transferências para reduzir<br />

essas desigualdades, como ocorre em federações como a<br />

brasileira e americana." De acordo com o artigo, "a saída<br />

que alguns advogam seria o abandono da moeda pela<br />

Grécia e por outros países, que assim poderiam restabelecer<br />

suas antigas moedas e desvalorizá-las, recuperando a<br />

competitividade e as condições para voltar a crescer. Ocorre<br />

que isso poderia disparar crises bancárias que contagiaram<br />

outros países, sob o risco de graves e imprevisíveis<br />

consequências econômicas, sociais e políticas." Maílson da<br />

Nóbrega conclui o texto sobre o desafio europeu usando<br />

uma citação da chanceler alemã, Angela Merkel que diz que<br />

"se o euro fracassar, a Europa fracassará". Esse texto foi<br />

publicado em dezembro de 2011 e, ao que parece, ecoou,<br />

porque três meses depois, no dia 2 de março, líderes de<br />

25 países da União Europeia assinaram em Bruxelas,<br />

sede da UE, o Pacto de Estabilidade Fiscal, que firma o<br />

compromisso com a disciplina orçamentária. O objetivo<br />

é equilibrar as contas públicas para evitar futuras crises<br />

de endividamento, como a que atinge a zona do euro.<br />

Com exceção do Reino Unido e da República Tcheca -<br />

que não assinaram o acordo - os demais países do bloco<br />

se comprometem a manter o déficit do PIB anual abaixo<br />

de 3%. O país que descumprir a regra sofre sanções<br />

financeiras. O presidente da União Europeia, Herman Van<br />

Rompuy, ressaltou que “o pacto reforça a confiança na<br />

união econômica e monetária". Agora é só esperar o pacto<br />

entrar em vigor. Em 2013.<br />

Foto: "The Council of the European Union".<br />

Herman Van Rompuy, presidente da União Europeia.<br />

InTech 140 81

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