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COMISSIONAMENTO EM REDES INDUSTRIAIS VAZAMENTO EM ...

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eportagem CRISE EUROPEIA<br />

governo, entendendo os problemas das suas respectivas<br />

regiões, vai buscar as melhores formas de cooperação no<br />

sentido de ultrapassar este período, que é um período adverso<br />

para a economia internacional". A presidente brasileira falou<br />

sobre as ações a serem tomadas. Segundo ela, "o governo<br />

brasileiro terá uma posição proativa no sentido de ampliar cada<br />

vez mais a taxa de crescimento no Brasil de forma sustentável,<br />

respeitando o equilíbrio macroeconômico com finanças<br />

públicas e uma estrutura fiscal sólidas".<br />

Foto: Roberto Stuckert Filho/Presidência da República.<br />

A chanceler alemã Angela Merkel e a presidente Dilma Rousseff,<br />

durante sua visita à Alemanha em março.<br />

Antes de se encontrar com Angela Merkel, logo na chegada à<br />

Alemanha, Dilma Rousseff acusou os países ricos, principalmente<br />

Estados Unidos e Europa de provocar um "tsunami monetário"<br />

com suas políticas expansionistas. E alegou que a liberação<br />

de empréstimos a juros baixos disponibilizados aos bancos da<br />

região provocará a desvalorização do euro e levará ao aumento<br />

do fluxo de divisas para países emergentes o que fortalece o<br />

real frente ao dólar encarecendo as exportações brasileiras.<br />

Angela Merkel respondeu à crítica com outra crítica. Disse estar<br />

preocupada com medidas protecionistas unilaterais. A chanceler<br />

alemã não citou diretamente o Brasil, quando se referiu a medidas<br />

protecionistas, mas alguns que estavam na plateia entenderam<br />

que não foi um recado e sim uma direta. Ao ser questionada<br />

sobre a "farpa" de Angela, a presidente Dilma reafirmou que<br />

"diante da desvalorização artificial das moedas dos outros<br />

países, o Brasil tomará todas as medidas que não firam as<br />

disposições da Organização Mundial do Comércio para evitar<br />

que essa desvalorização artificial das moedas desindustrialize<br />

a economia brasileira". Um relatório recente do Global Trade<br />

Alert citou o Brasil entre os dez países mais protecionistas do<br />

G20, o grupo que reúne as maiores economias do mundo. De<br />

acordo com o mesmo relatório, a União Europeia adotou 242<br />

medidas protecionistas.<br />

80 InTech 140<br />

ENTENDA A CRISE NA EUROPA<br />

Os maiores bancos centrais do mundo - Fed, BCE, Banco do<br />

Japão e da Inglaterra já ofereceram aos bancos em ajuda de<br />

liquidez mais de US$ 5 trilhões. A ajuda mais recente foi no<br />

final de fevereiro, quando o Banco Central Europeu anunciou<br />

a liberação adicional de 530 bilhões de euros para os bancos<br />

europeus a juros de 1% ao ano. Em dezembro, outros 489<br />

bilhões de euros já haviam sido oferecidos aos bancos. A<br />

dívida governamental total da União Europeia teve ligeira<br />

alta, atingindo 82,2% da produção econômica no terceiro<br />

trimestre de 2011, segundo a agência de estatísticas da UE,<br />

Eurostat. A dívida é menor do que a dos Estados Unidos, mas<br />

continua sendo uma carga que poderá levar décadas para ser<br />

paga. Apenas 13 dos 27 países têm dívidas abaixo do limite<br />

de 60% estabelecido pela Comissão Europeia, o que o bloco<br />

julga ser o máximo para uma economia saudável. As dívidas<br />

da Europa elevaram-se após 1999, uma vez que os países<br />

fizeram empréstimos massivos com taxas de juros muito<br />

baixas. Mas, com o crescimento da economia empacando, a<br />

UE enfrenta um progresso muito lento em diminuir a carga<br />

de dívida, mesmo com os cortes de custos pelo bloco, a fim<br />

de diminuir os déficits fiscais. Até mesmo a Alemanha, a<br />

maior economia do bloco e que está guiando os esforços de<br />

austeridade da UE, registrou taxa de 81,8% no período entre<br />

julho e setembro de 2011.<br />

ZONA DO EURO<br />

2012 marca os 10 anos de criação da Zona do Euro, que<br />

reúne 17 países. Uma década depois, o bloco registra<br />

fraqueza. O desemprego está alto. Média de 10,7% em<br />

janeiro. Significa dizer que em 17 países, há 16,92 milhões<br />

de pessoas desempregadas. A Espanha é o país em pior<br />

situação, com taxa de desemprego de 23,3%. Em seguida,<br />

vêm Grécia, com 19,9%, e Irlanda e Portugal, ambos com<br />

taxa de 14,8% cada. Estes três países mais a Itália integram<br />

o grupo com economias mais ameaçadas e fragilizadas pela<br />

crise da dívida europeia. Todos adotaram medias rígidas de<br />

austeridade exigidas pela União Europeia. Os governos têm<br />

dívidas grandes. A Grécia lidera a lista. Deve 360 bilhões de<br />

euros. A agência de classificação de risco Standard and Poor's<br />

reduziu a nota da Grécia para o nível de calote seletivo. De<br />

acordo com a agência, o que motivou o rebaixamento foi<br />

o programa de troca de títulos do governo grego que vai<br />

impor aos investidores perdas de 53,5% em relação ao valor<br />

original dos papéis. Para receber ajuda, a Grécia teve que se

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