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COMISSIONAMENTO EM REDES INDUSTRIAIS VAZAMENTO EM ...

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Segundo ele, o que se vê é que os efeitos não são tão<br />

significativos porque nossos principais parceiros comerciais<br />

estão na Ásia e não na Europa. Sobre os efeitos negativos da<br />

crise europeia ao Brasil, Raphael Martello cita as consequências<br />

das políticas expansionistas adotadas pelo Banco Central<br />

Europeu, que buscou ativos de maior rentabilidade. "Esses<br />

recursos vêm para o Brasil e isso gera um fluxo maior de<br />

dólares, pressionando a taxa de câmbio e encarecendo as<br />

exportações", explica ele. Na avaliação do economista, "os<br />

impactos são mais localizados e de menor magnitude que em<br />

2008, quando a crise afetou os Estados Unidos". Numa escala<br />

de 1 a 10, o economista diz que o reflexo da crise de 2008 para<br />

o Brasil representa 10 pontos. Já o da atual crise na Europa<br />

afeta apenas em três pontos. "É um efeito macro muito menor<br />

que em 2008", diz Raphael Martello. Ele conclui que, "por não<br />

ser uma crise das mesmas dimensões, hoje estamos mais bem<br />

preparados para enfrentar".<br />

Outra análise tranquilizadora é a do Presidente do Conselho<br />

Regional de Economia e Ordem dos Economistas do Brasil.<br />

Manuel Enriquez Garcia é categórico ao afirmar que "o<br />

Brasil não corre risco porque tem US$ 352 bilhões de dólares<br />

de reservas, uma dívida externa muito pequena, excelente<br />

taxa de juros, a dívida em relação ao PIB é baixa e, portanto,<br />

a economia vai bem". Enriquez também foi categórico<br />

ao dizer que o Brasil não sofrerá os impactos da crise na<br />

Europa. Porque "tem excelentes fundamentos do ponto<br />

de vista macroeconômico, está bem blindado do ponto<br />

de vista bancário e os bancos brasileiros têm muito pouca<br />

representatividade no exterior".<br />

Enriquez fez a mesma ressalva que Raphael Martello: as<br />

empresas com segmento voltado à exportação sofrem os<br />

efeitos da crise na Europa. Porque "é claro que quando<br />

os gregos têm menos poder de compra, os espanhóis e os<br />

italianos também vão comprar menos entre si e vão comprar<br />

menos produtos brasileiros", conclui.<br />

Foto: Divulgação.<br />

Enriquez:<br />

“o Brasil não corre risco”.<br />

CRISE EUROPEIA reportagem<br />

Já o coordenador do curso de Administração da FESPSP<br />

foi mais cauteloso. O professor Silvio José Moura e Silva<br />

concorda que o mercado interno é um ponto positivo para<br />

o Brasil. Mas alerta sobre a necessidade de se controlar a<br />

inflação. "Quem vai ao supermercado hoje sabe que os<br />

números oficiais podem não ser reais", diz ele. E mais: "o<br />

preço da gasolina subiu em 2011 e não baixou ainda, o que<br />

significa que há pressão de preços", explica. O professor<br />

Silvio chama atenção para o mercado imobiliário. Ele diz<br />

que "se o governo não cuidar e não fizer uma intervenção,<br />

poderemos não ter recursos para honrar o pagamento de<br />

imóveis, cujas vendas estão sustentadas no crédito. Se os<br />

compradores tiverem problema com a fonte de renda, pode<br />

haver calote, como na bolha vivida pelos Estados Unidos em<br />

2008". Mesmo com ressalvas, Silvio José diz que "o Brasil<br />

tem potencial para crescer mais do que já está crescendo.<br />

Um avanço em proporções menores, mas positivo. Um<br />

desenvolvimento abaixo do potencial, típico de quem sente o<br />

impacto de mais uma crise internacional", explica.<br />

COMO A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF<br />

ENCARA A CRISE NA EUROPA<br />

A presidente Dilma Rousseff estava na Alemanha no dia 6 de<br />

março, quando o IBGE divulgou aqui no Brasil os dados do<br />

crescimento da economia. Uma visita para estreitar relações<br />

comerciais entre os dois países e para discutir a crise na<br />

Europa com a chanceler alemã Angela Merkel. De lá mesmo,<br />

a presidente brasileira falou sobre o fraco desempenho da<br />

economia em 2011. Dilma responsabilizou a crise nos países<br />

desenvolvidos pela desaceleração econômica nos países<br />

emergentes e cobrou dos líderes europeus uma solução<br />

para o problema que não prejudique as economias em<br />

desenvolvimento. "Na verdade, o que tem acontecido é que<br />

os países emergentes têm visto suas taxas de crescimento<br />

diminuir", afirmou a presidente. Sobre a reunião com a<br />

chanceler alemã, Dilma disse: "Nós acertamos que cada<br />

Foto: Divulgação.<br />

Silvio José:<br />

o Brasil pode<br />

crescer mais.<br />

InTech 140 79

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