COMISSIONAMENTO EM REDES INDUSTRIAIS VAZAMENTO EM ...
COMISSIONAMENTO EM REDES INDUSTRIAIS VAZAMENTO EM ...
COMISSIONAMENTO EM REDES INDUSTRIAIS VAZAMENTO EM ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
eportagem CRISE EUROPEIA<br />
A CRISE NA EUROPA<br />
AFETA OU NÃO O BRASIL?<br />
Ângela Ennes (*)<br />
(*) Jornalista há 22 anos com atuação em editoria e textos nas TVs Bandeirantes/Porto Alegre,<br />
RBSTV e nos últimos 10 anos na TV Record/São Paulo. Trabalhou para o telejornal diário matutino<br />
“Fala Brasil” e atualmente é editora-chefe do Programa “Hoje em Dia”.<br />
Em 2008, quando a crise nos Estados Unidos quebrou vários<br />
bancos, entre eles o Lehman Brothers, o então presidente<br />
Lula disse que o "tsunami" da crise provocaria no Brasil<br />
uma simples "marola". Significava dizer que seríamos<br />
afetados, mas não da mesma forma que os países ricos. A<br />
declaração repercutiu no mundo e chegou a ser criticada<br />
por economistas e políticos de oposição. Um ano depois da<br />
declaração, um dos principais jornais do mundo, o francês<br />
Le Monde, disse que Lula acertou. Na reportagem, o jornal<br />
publicou que o Brasil foi um dos últimos países atingidos pela<br />
recessão e um dos primeiros a sair dela. A receita foi a aposta<br />
no mercado interno brasileiro com a redução de impostos<br />
na indústria automobilística e de eletrodomésticos, o que<br />
manteve as vendas. Em 2010, o PIB fechou em 7,5%.<br />
Agora, com a crise na Europa, fomos em busca de opiniões<br />
de alguns especialistas. Ouvimos três economistas. O<br />
presidente do Conselho Regional de Economia e da Ordem<br />
dos Economistas do Brasil, Manuel Enriquez Garcia; o<br />
coordenador do curso de Administração da Fundação<br />
Escola de Sociologia e Política de São Paulo, a FESPSP,<br />
professor Silvio José Moura e Silva e o economista da equipe<br />
de macroeconomia e política da Tendências Consultoria<br />
Integrada, Raphael Martello. Todos acreditam que a crise<br />
pode afetar de alguma forma o Brasil, mas de maneira<br />
superficial. E a explicação é principalmente o crescimento do<br />
mercado interno. Outro fator que ajuda a isolar o Brasil dessa<br />
78 InTech 140<br />
crise na Europa é que a nossa economia está estável. Sem<br />
grande crescimento, mas também sem retrocessos. Em 2011,<br />
o PIB do Brasil foi de 2,7%. Ficou abaixo da média mundial de<br />
3,8%. E abaixo de outros países emergentes. Cresceu menos<br />
que o previsto, mas superou o PIB de países como Reino<br />
Unido, Estados Unidos e França. O Brasil subiu de sétima para<br />
sexta economia do mundo. Ultrapassou o Reino Unido. O<br />
emprego resistiu. Cresceu menos, mas não encolheu.<br />
A ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS<br />
Questionado sobre o quanto a crise na Europa pode ou<br />
não afetar o Brasil, o consultor da Tendências Consultoria<br />
Integrada, Raphael Martello, avalia que "é difícil passar<br />
imune por este problema".<br />
Foto: Divulgação.<br />
Martello: impactos<br />
mais localizados<br />
e de menor magnitude<br />
que em 2008.